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História Moon Lovers: The Second Chance - A Exaustiva Preparação


Escrita por: VanVet e AndyeGW

Notas do Autor


Agora começa a nossa festa, e ela foi dividida em alguns muitos capítulos senão tudo ficaria gigantesco, então vamos com calma mesmo :D
Esperamos que gostem do que vem por ai, e vamos lá ler...

Capítulo 10 - A Exaustiva Preparação


Ha Jin despertou ao som do celular que tocava uma música qualquer enquanto a incomodava. Virou-se sob o edredom e bateu a cabeça inúmeras vezes contra o travesseiro declamando um mantra irritadiço.

"Que inferno. Que inferno. Que inferno."

Virou novamente, a barriga para cima, afastando o edredom com os pés de modo irritado, observando algum ponto inanimado do teto em seguida, se maldizendo sobre aquele dia infeliz.

"Por que simplesmente não marquei um retorno qualquer com o cardiologista? Poderia ter inventado que minha mãe precisava de mim esse fim de semana, mas não, não pensei em nada antes e, agora, me ferrei."

Ela levantou se sentindo como um elefante com enxaqueca, pesada e pateticamente lenta, e desligou o incômodo aparelho que a havia despertado. Rumou para o chuveiro e, em seguida, abriu a geladeira resgatando e comendo o resto de kimchi do dia anterior, antes de ir esperar seu ônibus.

Enquanto era levada, a contragosto, para a Mansão da Lua, massageou as têmporas lembrando da promessa descabida em ficar na mansão feita à prima na noite anterior.

"Por que prometeu isso, sua idiota?"

Pensou batendo a cabeça contra o encosto do coletivo e percebendo um rapaz ao seu lado estranhando suas atitudes. Teve vontade de xingá-lo, queria saber quem aguentaria muito tempo em seu lugar, mas desistiu e resolveu aceitar aquele fatídico dia definitivamente.

Dos males, o menor. Como Mi Ok bem a havia lembrado, receberia um extra consideravelmente gordo e poderia tentar voltar mais cedo para casa. Poderia até mesmo arriscar uma carona com Eujin…

Chegou à casa e já percebeu um estardalhaço. Os funcionários que dormiam na mansão já estavam em seus afazeres para o tão falado jantar de reunião dos Wang. Os três rapazes responsáveis pela limpeza das piscinas executavam a drenagem e a cloração outra vez  - "Mas elas foram limpas ontem" — enquanto uma equipe contratada de eletricistas, orientados pelos empregados, se ocupava em instalar pontos luminosos a mais, pelos jardins, entradas e demais trajetos.

O pessoal da jardinagem trabalhava a todo o vapor também, nivelando o gramado já impecável e transitando para todo lado, dirigindo um carrinho elétrico, lotado de vasos pesados e plantas ornamentais.

 Mais rostos desconhecidos foram avistados pela governanta. Profissionais de uniforme social, ordenando exaustivamente os seus subordinados onde as coisas, desde uma simples flor até um banco de jardim, deveria ser posto. Ela supôs ser os decoradores de ambiente e resolveu ir até a lavanderia de uma vez para descobrir quem comandaria quem naquele dia atípico.  

Ela olhou ao redor e viu uma boa parte dos funcionários da lavanderia trabalhando em toalhas, lençóis, guardanapos e tapeçarias. Estranhou, pois grande parte daquele serviço havia sido feito durante a semana e, se aproximando de um deles, perguntou:

— Por que estão lavando a tapeçaria novamente?

— A senhorita Yun Mi ordenou… — o homem falou simplesmente.

— Por que? — ela tentou manter a voz pacífica enquanto engolia sua raiva.

— Ela disse que não estavam à altura do evento de hoje a noite e perguntou para a governanta Nyeo se precisaria ordenar que comprassem novos enxovais para hoje; se a equipe de lavanderia era tão incompetente a esse ponto.

— Como ela pode ter dito isso? — deixou externar sua irritação — Nós fizemos um ótimo trabalho.

— Nós sabemos, senhorita Go Ha Jin, inclusive comentamos sobre isso com a governanta Nyeo. As coisas têm corrido bem nesse último mês, mas todos conhecemos a senhorita Yun Mi e já estamos acostumados quanto as suas manias… 

Ha Jin ficou dividida entre a exasperação e a alegria. Não sabia se interpretara bem, mas acreditou que o funcionário a havia elogiado de uma forma bem sutil e que, os outros, a tinham protegido quanto ao seu serviço.

— O que temos a mais para fazer por aqui? — ela perguntou se aproximando das pilhas de toalhas à sua frente. "Isso tudo é tão exagerado…"

— A senhorita não tem nada para fazer aqui — ele continuou — A governanta Nyeo pediu que fosse diretamente para a cozinha assim que chegasse.

— Tudo bem — ela suspirou já sentindo-se cansada — Obrigada e bom trabalho.

— Para a senhorita também.

Ha Jin caminhou até a cozinha observando todos os preparativos que a acompanhavam em seu percurso. Havia muito mais gente do que ela pensou.

Claro que a maioria eram empresas contratadas para organizar a ornamentação e tudo o mais, mas ela não conseguia entender o porquê de tanto trabalho para uma única noite, para um encontro de poucas horas. Aliás, entendia sim… Esse pessoal podre de rico gostava de ostentar e desperdiçar somente para mostrar que permaneciam nadando no dinheiro.

— Bom dia, governanta Nyeo — ela saudou se fazendo notar na movimentada cozinha.

— Bom dia, Ha Jin — a mulher mantinha o semblante de sempre, mesmo diante do desespero da maioria dos funcionários, e caminhava em direção à outra — Vou precisar de sua ajuda. Já percebi que é a única a quem posso confiar certos tipos de afazeres — a garota ficou em silêncio, apenas acenando positivamente com a cabeça, como já era de costume — Inicialmente, pensei em te deixar na cozinha, responsável pelo andamento do menu de hoje, mas não vou poder — falou voltando a olhar para os funcionários nervosos — Então gostaria que assumisse a limpeza da casa.

— Sim, senhora — ela aceitou prontamente — Mas não seria mais fácil contratar um buffet para servir o jantar?

— Sim, seria, mas a senhora Ah Ra não pensa assim —  ela teve impressão de notar a mulher mais velha revirando os olhos de impaciência, mas foi um gesto quase imperceptível.

— O que tenho que fazer, afinal? — a mais jovem encerrou o assunto anterior sabendo que não ouviria mais nada sobre ele — Nunca estive, de fato, na mansão.

— Eu sei… — ela suspirou observando novamente os criados na cozinha. Eles pareciam perdidos demais em suas funções e Ha Jin notou a preocupação da outra governanta em relação ao que seria preparado e qual seria o resultado — Você irá comandar a limpeza como um todo. Salas, escritório, sala de reuniões, sala de leitura, biblioteca, banheiros, quartos… todos os lugares da casa, dando atenção especial para os locais onde os convidados possam estar.

— Tudo bem — Ha Jin concordou novamente, lembrando que, até aquele momento, nunca havia cruzado os corredores que davam acesso para a intimidade dos Wang.

— Os quartos do senhor Hansol, da senhorita Yun Mi, do senhor Sook e do senhor Gun já estão livres para a limpeza. Mantenha-se entre a sala de jantar e o corredor. Conforme os demais forem acordando, dê ordem para a limpeza do quarto correspondente.

— Sim, senhora.

— Outra coisa que precisarei pedir. Sei que já comentamos antes, mas você não me deu uma resposta ao certo… Se puder ficar durante a noite me ajudará demais, Ha Jin. Já conversei com o senhor Wang sobre o adicional noturno e de final de semana. O seu será relativo ao seu salário.

— Vamos ver como será a noite. Caso seja necessário, ficarei.

A garota se corroeu por dentro quando proferiu aquelas palavras. Ela sabia que seria necessário ficar tanto quanto sabia que não o queria, mas não conseguiu dizer não para a governanta Nyeo, ainda mais agora que havia lhe dado ainda mais crédito demonstrando sua confiança.

Alisando o avental, partiu com uma considerável equipe de limpeza nomeada pela governanta chefe, temendo que as mesmas não lhe obedecessem, como ocorreu inicialmente na lavanderia, mas percebeu que a tensão daquele dia não deixava espaço para os funcionários se estranharem entre si.

Eles iniciaram pelo quarto do patriarca e o espanto que ela teve quando abriu a porta do aposento justificou o tamanho do corpo de ajudantes que teria de comandar. Tentou conter a boca que forçava se abrir em resposta ao que via, mas se controlou imaginando, enquanto cada empregado se dispunha de uma função, quantos apartamentos como o dela caberiam ali dentro. Uma dezena não seria chutar alto.

Deixou uma parte do grupo limpando os corredores e passou para os quartos de Gun, Sook e Yun Mi. Temeu entrar e ver algum deles em trajes menores, mas percebeu que aqueles que saíam de seus aposentos deixavam suas portas entreabertas, o que facilitava o trabalho.

— Ha Jin? — ela se virou saindo do quarto de Yun Mi -facilmente identificado devido à um quadro de proporções gigantescas do rosto da moça na parede - ao ouvir a voz reconfortante e familiar de Wang Eujin.

— Bom dia! — respondeu animada, corrigindo-se ao lembrar das outras pessoas que estavam ao seu redor — Senhor.

— O que faz aqui? — ele continuou, ignorando as formalidades.

— A governanta Nyeo pediu — respondeu enquanto decretava para os atentos empregados que limpassem o quarto anterior ao recém aberto — Estou responsável pela limpeza da mansão e terei de ficar para o jantar também.

— Que bom — ele falou com sinceridade  — Estava mesmo pensando se não viria. Essas reuniões geralmente são um saco. Será legal ter você pra me fazer dar umas escapadas… Meu quarto já está livre também, acordei ainda há pouco. Quando for para lá, me avisa que tiro meu fagote novo do armário, aquele que comentei no outro dia. Ele é perfeito e eu quero te mostrar... — o tom entusiasmado era facilmente identificado na voz.

— Estarei trabalhando, Eujin. Não será nada fácil… — ela explicou carinhosa.

— Eu sei, mas não tenho problemas com o que é difícil — deu uma piscadela de olho antes de continuar — Vai ser muito bom te ter por aqui hoje.

— Obrigada.

Enquanto acompanhava com o olhar Eujin ir pelo corredor em direção ao desjejum, Ha Jin fora surpreendida novamente por outro Wang. Uma sensação estranha se formou em seu peito ao ouvir a voz familiar.

— Bom dia, senhor Taeyang — curvou a fronte delicadamente, recebendo um aceno de volta.

— Fazia um bom tempo que não a encontrava…

O herdeiro, muito alinhado logo pela manhã, em um conjunto de camisa slim fit azul marinho e calça preta, perscrutou o rosto da governanta parecendo interessado.

— Sim, senhor — ela preferiu manter os olhos mais baixos.

— Acho que desde o dia em que te conheci… quando você tentou derrubar a porta da sauna.

Ha Jin não ia olhar, temendo ruborizar à menção daquele ocorrido fatídico, mas o tom brincalhão e a risada seguida ao comentário fez com que ela o encarasse também, sorrindo discretamente em conjunto a ele, ao compartilharem da lembrança.

— Quero me desculpar por aquele dia, senhor. Não tive oportunidades desde então.

— Não precisa se desculpar, foi bem divertido ver Jung tão assustado — ele sorriu novamente, exibindo dentes perfeitos, recordando os pormenores  — E também não precisa manter a cabeça baixa enquanto fala comigo, eu realmente não gosto disso, do mesmo jeito que não precisa me chamar de senhor, afinal, você é prima da Na Na… Somos quase parentes.

Ha Jin obedeceu, enfim nivelando seus olhares e relaxando o semblante em agradecimento.

Era verdadeiramente o amável e bondoso Wook manifestado naquele rapaz. Sentiu, em seguida, o peito encher de uma tristeza repentina ao lembrar de todas as coisas que o oitavo príncipe fizera após sua desilusão e temeu que este Wang, à sua frente, cometesse erros semelhantes futuramente.

Desejou que estes dias jamais retornassem, mas se estivesse ao alcance dela ajudá-lo a não repetir as falhas passadas, ela se esforçaria ao máximo e de todo o coração para isto.

Após recrutar mais dois conjuntos de criados para os quartos de Eujin e Tayeang, e antes que pudesse comentar qualquer coisa a mais com o rapaz que permanecia com a aparência descontraída à sua frente, ouviu uma nova leva de vozes familiares se aproximando. Sentiu desejo de sumir, mas não o fez, assumindo a postura rigidamente formal.

— Bom dia, irmão — Yun Mi cumprimentou Taeyang ignorando Ha Jin por completo — Algum problema com a criadagem?

— Não — o homem retrucou com tranquilidade enquanto observava a governanta virar para cumprimentar os recém chegados.

— Bom dia — ela fez aquela habitual vênia, longa e demorada, levando um choque ao fitar um dos patrões.

— Bom dia — apenas ele, entre os recém chegados ao corredor, respondeu.

Este herdeiro trazia consigo um sorriso nobre e olhar pacífico, como a garota bem lembrava dos anos passados. Ao seu lado, uma linda menina, que lhe observou acenando com a cabeça, segurava sua mão. Era Wang Sook, ela teve certeza, ou o herdeiro de Goryeo, Wang Moo.

— Como dizia, Gun — Yun Mi continuou, fitando a governanta com superioridade  — Estou à frente da organização dessa reunião. Não precisa se preocupar. Nada sairá de maneira errada. Mamãe me deu carta branca para fazer o que achar melhor.

— Tudo bem, Yun Mi — Gun falou sem se importar muito com a meia-irmã enquanto se dirigia ao quarto. Ha Jin se pressionando contra a parede para evitar uma colisão — Só quero que tudo corra bem.

— E assim será, irmão — a mulher continuou, virando-se para a governanta em seguida — Por que ainda está aqui parada, garota?

— Desculpe…

— Yun Mi, por favor — Taeyang se intrometeu — Ela está aqui porque eu estava conversando com ela.

— E posso saber o que tem para conversar com uma empregada?

— O que eu bem quiser — ele respondeu simplesmente, fazendo a irmã ficar com a face avermelhada.

— O que você está fazendo aqui? — se virou novamente para a funcionária — Você não tem ordem para estar na mansão.

— Estou aguardando as equipes de limpeza para continuarmos o trabalho — respondeu sem fitar os olhos da outra.

— Como assim? — Yun Mi franziu o cenho, zangada — Seu trabalho é na lavanderia, bem longe daqui.

— A governanta Nyeo me passou essa função, senhorita — teve de mover uma força sobre humana dentro de si para não soltar respostas ácidas, já formuladas e que estavam na ponta da língua. Ela também queria sair dali, mas suas pernas, e suas obrigações, não permitiam.

— E quem essa governanta pensa que é para passar por cima das minhas ordens? O seu lugar é na lavanderia junto com aquele bando de incompetentes que conversam demais e não fazem o serviço direito.

— Yun Mi, se acalme — era Sook interrompendo o diálogo tenso com extrema gentileza enquanto sua filha observava tudo com estranheza — Todo o serviço está sendo feito. Não sei porque esse interesse onde a senhorita estaria ou não. O que importa é que tudo saia de acordo com o que nosso pai deseja, não é?

— Mas eu vou agora mesmo falar com minha mãe — ela bufou contrariada e apontou o dedo para a governanta, tentando diminuí-la — Essa garota tem que permanecer na lavanderia, onde é o seu lugar.  

—  Yun Mi, já chega disso…

— Bom dia —  a governanta Nyeo se uniu ao grupo, interrompendo Taeyang delicadamente — Peço desculpas pelo inconveniente com todos, principalmente com a senhorita — falou virando-se para Yun Mi — Mas creio que não seja necessário incomodar a senhora Ah Ra quanto a distribuição dos funcionários para o trabalho do dia de hoje. Por ser um dia especial, alguns foram remanejados para outras funções e tudo já teve a autorização prévia do senhor Hansol.

A herdeira encarou a governanta Nyeo e Ha Jin sabia que ela engolira muitos insultos. Olhou para Taeyang e Sook que nada falaram ou fizeram e, nada feliz, seguiu pelo corredor em direção ao seu quarto. Sook se despediu educadamente das duas funcionárias e do irmão, sendo seguido por sua filha que fez o mesmo, e se encaminhou para a brinquedoteca. Taeyang fez o mesmo, seguindo o caminho feito anteriormente por Eujin.

— Está tudo bem por aqui, Ha Jin? — a governanta perguntou quando já estavam a sós, ainda fitando o longo corredor com o olhar de uma leoa defendendo seu território.

— Sim, governanta, tudo em ordem — respondeu sem esconder sua frustração.

— Tente não se aproximar demais dos patrões. Quando terminar os quartos, me encontre novamente na cozinha. Ainda temos muito o que organizar.  

***

Não tardou para os intensos afazeres na Mansão da Lua sobrecarregarem Ha Jin a ponto dela não conseguir avistar mais nenhum dos herdeiros no decorrer da tarde, nem ter tempo para necessidades pessoais básicas, como se alimentar.

O crepúsculo se insinuava no horizonte quando os empregados que continuavam escalados para o período da noite, decidido na reunião que fizeram entre si, se dividiram em dois grupos para poderem jantar e trocar de roupa antes do evento.

A governanta mais nova fez parte da primeira leva de funcionários, assim como Sung Ryung, e ambas se sentaram no refeitório devorando avidamente a sopa de broto de feijão com panquecas de legumes.

Entre uma mastigada e outra, as duas garotas contavam desvantagens sobre quem teve o dia mais agitado, além de partirem para as especulações de como seria a reunião.

Ha Jin, que não possuía nenhuma experiência com a "nova' família Wang durante festividades, escolheu ouvir atentamente Ryung enumerar os principais acontecimentos que normalmente surgiam durante a aglomeração de tantas desavenças.

—  O senhor Taeyang e o senhor Gun sempre se estranham pelos corredores, mas ninguém sabe ao certo o porquê… suspeitamos que sejam problemas com a empresa; a lambisgoia da Yun Mi acha que está abalando e fica mais arrogante do que nunca dando mais ordens do que de costume; o senhor Jung e o senhor Sun acabam resolvendo discutir por alguma idiotice como, por exemplo, quem vai poder pegar a Ferrari do Sr. Wang no fim de semana e as mães acabam tomando as dores dos filhos.

Ryung deu mais algumas colheradas interrompendo a descrição dos acontecimentos mais corriqueiros. Ha Jin pensou em pedir que ela comesse mais devagar ou poderia ter uma indigestão, mas foi interrompida pelo olhar da garota que focou o seu enquanto assumia uma expressão estranha, como se fosse revelar coisas sombrias. Respirou fundo e olhou ao redor antes de continuar seu monólogo.

— A senhora Min-joo... —  a empregada se interrompeu, realizando o sinal da cruz numa espécie de "espanto ao mau-agouro" —   não demora para alfinetar a senhora Ah Ra sobre a magreza do ex-marido, a indisciplina dos funcionários, a decoração cafona das tapeçarias, ou qualquer outra coisa que faça a senhora da casa perder as estribeiras e sair revoltada da festa, criando o maior climão. Isso quando ela não toma todas e saí carregada pelo senhor Taeyang. A primeira esposa do Sr. Wang, a senhora Li, toma umas e outras também e gosta de enumerar o porquê da segunda ex-esposa ser tão indesejada , naturalmente causando bastante raiva na senhora Min-joo...  Tudo costuma terminar com o Sr. Wang dizendo para o senhor Gun que está na hora de levar a mãe para a casa dela.

Ha Jin já estava ficando zonza só de ouvir sobre tantas intrigas. Procurando não se preocupar antes da hora, afinal ela era apenas uma doméstica invisível e nenhum daqueles conflitos deveriam chegar até ela, terminou sua refeição e foi ao banheiro feminino tomar uma ducha breve.

O uniforme dos serventes que atenderiam o interior da mansão naquela ocasião era diferente do usual. Ha Jin entrou no dormitório denominado para ela e encontrou, já engomado no cabide dentro do armário, um elegante avental meio corpo preto e calças escuras, do mesmo tom, para combinar.  

A governanta Nyeo havia explicado mais cedo que quando ela fosse se arrumar deveria optar por um rabo de cavalo alto, bem penteado, e não o costumeiro coque. Também deveria fazer uma maquiagem, nada pesado, para dar brilho à face e se tornar uma visão mais alegre para os convidados.

As ordens vinham de cima, da senhora da casa, mas Ha Jin não achou ruim cuidar um pouco da vaidade e estar mais apresentável para o trabalho e enquanto se produzia para voltar a assumir suas funções, os primeiros convidados despontavam diante da entrada principal.



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