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História Moon Lovers: The Second Chance - Um tapa e um intruso


Escrita por: VanVet e AndyeGW

Notas do Autor


Oi gente, demorei um pouco essa semana, mas apareci. Obrigada pelos acompanhamentos e comentários. Vamos seguindo que as coisas vão ficando melhores.

Abraços!

Capítulo 12 - Um tapa e um intruso


Rodeada pelo silêncio tenso que se instalou, Ha Jin não fazia ideia de quanto tempo permaneceu parada encarando o olhar de So até uma mão qualquer agarrar o seu braço e lhe arrancar para longe dele. Os olhos, contudo, não se desviaram do homem que também a encarava, o contato sendo quebrado apenas quando uma parede o bloqueou.

Conduzida para os recônditos dos bastidores, a cozinha, ouviu vozes distantes ecoando em algum ponto fora da sua bolha particular de torpor, que diziam algo sobre “ficar parada”, “permanecer onde digo que deve permanecer”, “evitar contato com os patrões”, “não poderia ter derrubado as taças”, “você está bem?”... Mas ela não respondia. O pensamento estava longe, divagando entre Goryeo e a sala de estar da mansão da lua.

Se pedissem para que explicasse sobre como se sentia naquele momento, ela não conseguiria responder. Ela mesma não sabia o que sentia exatamente - confusão? ansiedade? euforia? alegria? medo? - e se viu impossibilitada de racionalizar. Procurou por So durante todo aquele mês, já havia perdido totalmente as esperanças de encontrá-lo ali e, para seu espanto, agora ele estava na sala onde ela acabara de derrubar uma dúzia de taças de cristal.

Piscou os olhos, emergindo das profundas águas da sua mente, e buscou se situar sobre o que estava acontecendo e onde estava. Percebeu a governanta Nyeo analisando seu rosto e, logo atrás, com um semblante bem assustado, Ryung, que roía a unha de um dos dedos freneticamente. Além delas, mais alguns funcionários se beneficiavam da quebra da monotonia para espiar por cima dos ombros das mulheres.

Preciso sair daqui. Preciso falar com So. Preciso conversar com ele. Pedir desculpas…

— Eu quero que vocês saiam daqui agora — ela reconheceu a voz de Yun Mi assombrar e a olhou de onde estava sentada, escancarando a porta da cozinha com violência e se aproximando de Ha Jin no tinir irritante dos saltos agulha.

Os funcionários que estavam observando as governantas saíram rapidamente, tão logo ouviram a voz da senhorita. A governanta Nyeo, porém, lhe dedicou um olhar apreensivo, com um dizer misterioso, o qual a jovem não conseguiu decifrar. Ryung permaneceu esticada em frente ao balcão principal, sendo levada pela mão da governanta, que a tirou dali rapidamente. O olhar angustiado pedia desculpas à amiga.

— O que tem a dizer sobre o que acabou de fazer? — a herdeira começou enquanto a cercava. Um sorriso dissimulado no rosto e o queixo erguido  — Você pensa, por acaso, que essa casa é um albergue que acolhe pessoas como você por motivos de caridade?

— Senhorita Yun Mi…

— Cale-se — a outra interrompeu a fala de Ha Jin erguendo o dedo indicador peremptoriamente — Tenho sido muito conivente com você todo esse tempo, mas percebi desde que a contrataram que não serve para esse cargo nem para essa mansão… Você é uma criatura imbecil e sem talento que mal consegue manter uma bandeja com taças nas mãos. Tem ideia do que o seu descuido causou em nossa recepção? Se dá conta de como seremos comentados por causa da sua mania insuportável em querer chamar à atenção de todos? Sabe o valor de cada uma daquelas taças que, com toda certeza, será subtraída do seu pagamento?

— Eu não…

— Não fale nada, garota estúpida! Sei muito bem que tipinho de pessoa você é… — o olhar mordaz tencionou constranger a jovem governanta, mas nem há mil anos nem agora ela se abateria diante daquela mulher, devolvendo o fitar dela na mesma intensidade — Tenho observado sua aproximação com alguns dos meus irmãos e sei bem que pensamentos deve alimentar. Você não é a primeira miserável com sonho de riqueza que vejo…

— O que quer dizer? Eu nunca…

— Meus irmãos são uns idiotas por se deixarem levar por pessoas como você, mas não sou como eles… Eu te leio melhor do que pode imaginar e tenho certeza que, tal como sua prima, você é uma oportunista interesseira que deseja subir às custas de homens que lhe sustente — sorriu novamente, triunfante, como se tivesse acabado de abrir a caixa de pandora e não tivesse ficado nenhum pouco surpresa com seu conteúdo — Pouco me importa os tipos de serviço que você faz para eles ou o quanto eles te pagam por isso, mas nessa casa, sua serviçal imunda, você nunca deixará de ser uma servente.

Havia um limite de acusações que a governanta poderia aguentar calada e a herdeira conseguiu ultrapassá-lo:

— Não faço nenhum tipo de serviço além daquele para o qual eu fui contratada…  

— Cale-se — Yun Mi interrompeu com irritação, mas a outra não parou.

— O fato de você ser dona, ou melhor, a filha do dono desse lugar, não lhe dá o direito de querer me humilhar dessa forma e me tachar como bem entender e minha prima…

— Não me responda!

O barulho do tapa que Ha Jin recebeu poderia ter sido ouvido por todos no salão, caso a orquestra não tivesse voltado a tocar. Sentia o rosto ardendo enquanto uma das mãos foi instintivamente até o local, acariciando o ponto dormente. Provou, então, o gosto salgado de uma lágrima quente que se formou em seu olho, escorrendo para os lábios, e não sabia se era resposta à dor física ou emocional que agora sentia.

— Ponha-se em seu lugar e não pense que seus serviços extras darão a você algum tipo de posição diferente da que já tem — ainda segurando o rosto machucado ela virou-se e encarou a herdeira — E agradeça minha gentileza em não demiti-la nesse exato instante. Agora volte a fazer a sua tarefa e mantenha-se na linha… Não vou perdoar mais nenhum deslize seu, sua garota estúpida.

Enquanto os passos de Yun Mi retornavam para a reunião, Ha Jin fechou os olhos com força, a mão ainda repousada sobre a bochecha. Aquela sensação terrível de que nada mudara em sua vida retornou. Era como se tivesse nascido para ser humilhada.

Desejou ardentemente voltar para o conforto da sua casa, seus lençóis. Queria apenas dormir e esquecer de tudo o que aconteceu em sua vida. Fugir parecia tão mais simples do que lutar...

So

Lembrou-se de seu grande amor, na sala, em pé, há poucos metros dela, e o coração palpitou novamente. A coragem voltou. Por ele valia a pena suportar a dor de alguns espinhos… Somente para reencontrá-lo e conceder uma segunda chance aos dois.

Respirando profundamente enquanto enxugava o rosto, a governanta se recompôs e procurou uma forma de continuar as tarefas da noite. Na mente, contudo, os pensamentos estavam em So... Precisava conversar com ele, mas não ali, não daquela forma.

***

A única coisa com a qual ele não contava era que aquela garota retirasse dele toda a atenção daquele momento. Sua entrada fora impactante, como ele bem queria, mas a criatura desajeitada o interrompera em seu ápice.

Enquanto os convidados fofocavam aos cochichos sobre as muitas taças quebradas que um grupo de criados limpava com uma velocidade magistral, viu a governanta Nyeo puxando a outra, que parecia assustada, pelo braço.

— Meu irmão — o bonito rapaz de rosto bondoso, Eujin, se aproximou dele com os braços estendidos e o puxou para um abraço carinhoso — Há quanto tempo… Por que demorou tanto em aparecer?

— Estive um pouco… ocupado — ele respondeu, brevemente desconcertado, afinal não esperava encontrar aquele afeto tão repentino e em tão pouco tempo, porém retribuiu o abraço, observando Yun Mi seguir também para a cozinha.

— Você não mudou nada, exceto por essas roupas… Não sabia que a ocasião pedia gala? — o irmão brincou.

— Eu nunca fui dado as convencionalidades.

— E eu não sei? Venha… — Eujin continuou animado — Vamos sentar na minha mesa com Sun e mamãe. Quero saber o que andou aprontando por aí… Faz tanto tempo...

Ele seguiu ao lado do irmão mais novo enquanto se sentia perfurado por diversos olhos. O choque da sua entrada continuava reverberando nos presentes, principalmente nos outros membros da sua desagradável família. Não pode deixar de localizar, vestida de vermelho, a sua cor favorita, a mãe o encarando surpresa e sorriu para a mesa dela quando passou próximo.

Chegando à mesa de Eujin, logo foi recepcionado pelo sorriso sincero da senhora Ji Eun Tak, que se levantou respeitosamente para cumprimentá-lo.

— Shin — a senhora o recebeu — Há quanto tempo não o via. Sinta-se à vontade conosco.

— Agradeço a cordialidade, senhora Ji Eun Tak — ele sentou-se observando o sorriso de Eujin contrastado com a expressão emburrada de Sun.

Wang Shin tinha boas recordações da senhora que agora conversava com ele. Ji Eun Tak fora, além da governanta Nyeo, a única mulher que lhe apresentou um carinho que poderia se aproximar ao maternal, o qual ele jamais recebera de sua mãe legítima quando residente daquela mansão.

— Você deu um belo sumiço, Shin. Quantos anos? — ela perguntou com genuíno interesse.

— Cinco — ele respondeu sem muita emoção, fitando a mesa de Min-joo de vez em quando.

— Cara… — Eujin interrompeu — Eu pensei que nunca mais te veria. Nunca entendi porque se alistou tão novo e porque foi direto para os EUA depois.

— Tinha umas coisas para resolver, basta que saiba disso. Afinal, já voltei, não é? — ele concluiu, não querendo se estender nas suas motivações pessoais. Relembrá-las não trazia nenhuma felicidade para si.

— Sim. Ainda bem.

Respondendo o irmão mais novo, ele dividia a atenção na conversa e no que acontecia pelo salão. Eram os rostos de sempre que rodeavam o pai, à exceção por estarem mais velhos e mais ricos. Saindo da cozinha, Shin notou a irmã ressurgir com a expressão triunfante que ele bem conhecia, a qual também não gostava. Instantes depois, a funcionária “derrubadora de taças” seguiu equilibrando outra bandeja. Parecia triste e alheia, mas mesmo assim seus olhos procuraram por ele, olhando-o de uma forma estranha.  

Não conseguiu desviar o olhar e viu que o rosto dela estava avermelhado. A sensação que carregava era de que já a conhecia de algum lugar. Ela, porém, rompeu o contato visual e seguiu, mesa a mesa, servindo os convidados.

— Ah… Ela? — Euijin começou assim que percebeu para onde o irmão olhava — É Go Ha Jin, a nova governanta. Está aqui há uns trinta dias…

— Não é muito jovem para ser uma governanta? — perguntou com curiosidade.

— É sim, mas acredito que ela trabalha bem. Além do mais, é uma pessoa muito divertida. A governanta Nyeo parece gostar dela também — ele voltou os olhos para o irmão. Sun continuava calado, cutucando o tofu murcho no seu prato com um único hashi.

— O que você tem, garoto?

Sun pareceu espantado de ter sido notado por Shin. Não guardava muitas recordações do irmão mais velho, além de algumas brincadeiras infantis que dividiram no passado quando era levado pela mãe para visitar o pai e os irmãos, antes de mudar definitivamente para a mansão. A verdade é que, realmente, nunca foram muito próximos.

— Essa festa está um saco — o rapaz respondeu irritado, tomando um gole de sua bebida.

— Concordo com você — Shin continuou — Cheguei faz cerca de cinco minutos e já estou entediado.

— Não falem assim, garotos. Está tudo muito bonito e bem organizado. Ah Ra e Yun Mi fizeram um excelente trabalho — Eun Tak falou com doçura para os rapazes.

— Mas não esqueça, senhora, que todo o serviço é realizado pelos invisíveis… Acredito que o preto tenha sido escolhido por Yun Mi para que eles ficassem mais próximos das sombras, como ela bem deve desejar.

— Não seja tão rude com sua irmã, Shin — a mais senhora prosseguiu — Certamente não é esse o motivo.

Ele olhou para a mãe de seus irmãos mais novos e sorriu brevemente, concordando. Ela era, sem dúvidas, uma grande mulher. Sempre disposta a enxergar o melhor das pessoas, sempre discreta e bondosa. Até hoje não entendia o porquê do pai ter deixado que ela fosse embora.

— Mas me falem de vocês. Como vai a banda, Eujin? E você, Sun, continua gostando de games?

Sun deu de ombros, realmente deixando claro que não estava para papo. Eujin, ao contrário, comentou resumidamente sobre o andamento da sua vida profissional. A banda havia sido desfeita e ele agora tocava apenas para não enferrujar, na solidão do seu quarto. Ele estava substituindo a música por uma função qualquer na empresa e passou desânimo para o irmão mais velho ao incluir esse detalhe.

Shin estudou os acontecimentos ao redor, novamente. Estar na companhia de um querido irmão e a agradável mãe dele era algo bom, que o rapaz não esperava durante sua recepção repentina, contudo seus olhos permaneciam inquietos pois havia outras prioridades que ele gostaria de se dedicar naquele evento. Um pouco mais adiante de onde estava, viu Taeyang sentado à mesa de seu pai, com sua mãe e Yun Mi. Manteve um breve contato visual que fora quebrado pelo irmão.

Reconheceu mais alguns amigos de seu pai, alguns familiares e sorriu ironicamente para aqueles que ainda o olhavam de maneira assustada. Viu a garota da bandeja voltar para a cozinha, certamente para reabastecê-la. Em seguida, mirou Gun com sua expressão desgostosa o observando e sentiu muita vontade de ir interagir naquela mesa.

— Com licença — pediu educadamente saindo do assento.

Caminhou com um sorriso debochado moldando o rosto e cumprimentou algumas das poucas pessoas que não se esquivaram dele durante o trajeto. A sensação de que levava consigo uma doença contagiosa lhe trouxe mais recordações do porquê de ter abandonado aquele lugar cinco anos atrás.

Ao chegar na mesa, puxou uma cadeira e sentou-se calmamente, a perna cruzada sobre o joelho, revelando o solado grosseiro da botina gasta, fazendo Min-joo franzir o nariz em desaprovação. Jung pareceu interessado no irmão, mas foi interrompido de seu pensamento quando este começou a falar.

— Boa noite, mamãe. Não vai dar um abraço de boas-vindas em seu filho querido?

A pergunta soou sarcástica, como desejava, e o sorriso desprovido de alegria reforçou.

— O que está fazendo aqui, Shin? — a mulher perguntou com frieza — Você sabe que essa mansão não é lugar para você.

— E porque não, mamãe? — ele não pareceu abalado ao fingir curiosidade — Até onde sei, sou tão herdeiro quanto meus queridos irmãos.

O olhar permaneceu vidrado na mãe à espera de sua fala, mas ela tomou um gole de sua bebida e virou  rosto, o desprezando sumariamente. No fundo do peito, Shin sentiu a velha mágoa querendo renascer, mas engoliu em seco e desviou os olhos para o salão, disfarçando. Observou a nova governanta sair novamente da cozinha.

— Como vai, maninho? — se dirigiu para Gun que parecia a ponto de esmurrá-lo, cerrando os punhos em cima da mesa — Não vai me apresentar sua acompanhante?

Na Na olhou de Gun para Min-joo, em seguida para Jung e, finalmente, para aquele estranho sentado à sua frente. Havia quatro anos que trabalhava na Wang S.A, porém jamais ouvira falar de um oitavo herdeiro. Estava curiosa, mas permaneceu em silêncio. O clima não parecia ameno.

— Já que sua educação não é das melhores — continuou provocando — eu mesmo me apresento.

Levantou-se e seguiu até Na Na sob o olhar dos outros, se curvando e estendendo a mão, que ela aceitou, se apresentando em seguida:

— Wang Shin, filho de Wang Hansol com esta adorável senhora — apontou para a mãe — Provavelmente não me conhece porque minha família tem o hábito de fingir que eu não existo.

— Ah… Kim Na Na. Muito prazer — a garota parecia atônita

— O prazer é todo meu. E o que faz sentada ao lado de companhias tão simpáticas? — continuou enquanto voltava para o seu lugar.

— Gun e eu… Somos namorados — ela hesitou antes de responder, olhando para Gun que permanecia observando em silêncio.

— Noivos — Gun corrigiu com azedume.

— É que iremos noivar em breve — ela sorriu para ambos.

— Uma pena — Shin suspirou, desapontado — Uma moça tão bonita e que aparenta ser tão gentil… Sinto muito, mas você escolheu o lado errado dessa família. Espero que tenha muito boa sorte em sua vida.

— E, por acaso, seria você o lado certo? — Gun o questionou com aguda irritação — Um delinquente que não sabe fazer nada além de criar confusões?

—  Não caia na provocação dele, filho… —  Min-joo se fez ouvir, tendo olhos apenas para seu primogênito.

— Não sou eu quem diz o lado certo, mas, certamente, sou bem mais emocionante e divertido que você, querido irmão.

Dizendo isso, esvaziou uma taça que havia sobrado na mesa e saiu, seguindo para onde estava antes, encantado por, ao menos, ter tirado o direito de resposta do outro. E estava apenas começando… pensou, animado.

Ao sentar, percebeu novamente a governanta desastrada se aproximando justamente da mesa deles. Parecia nervosa e ele temeu que ocorresse novamente alguma tragédia. Ao menos, dessa vez, não trazia taças.

Ha Jin fez uma vênia para o recém-chegado que não a retribuiu, mas focou intensamente o semblante da garota. Sun pareceu finalmente acordar de sua rabugice assim que viu a garota, pedindo que ela se aproximasse para poder pegar alguns doces da bandeja.

— O que aconteceu com seu rosto, Ha Jin? — Eujin quebrou o silêncio formal, apontando para a bochecha avermelhada da governanta que agora, na posição que estava, deixava o rosto bem mais evidente.

— Ah… Eu não sei, senhor — ela respondeu, ansiosa — Devo ter batido em algum lugar da cozinha enquanto pegava as bandejas.

Ela baixou os olhos, não podendo encarar as pessoas daquela mesa e Shin, que conhecia bem uma mentira, teve certeza que estava testemunhando uma.

— Tem certeza que bateu em algo? — a senhora Eun Tak quis saber, preocupada e atenciosa — Seria bom colocar uma bolsa gelada. Está bem vermelho.

— Farei isso, senhora, e agradeço a preocupação — a governanta parecia desconcertada.

Na verdade, Ha Jin sentia o peito doer tamanha era a velocidade na qual o seu coração batia percebendo que o olhar de So era dedicado exclusivamente para ela. Era seu So, e ele estava diante dela, quieto e introspectivo como de costume, porém não parecia reconhecê-la. Como todos os outros, ele esquecera dela. Era o castigo que merecia por tê-lo abandonado naquele mundo tão triste e cruel. Recebera, enfim, o esquecimento como recompensa por seus atos.

— Ha Jin, esse é meu irmão, Wang Shin — Eujin o apresentou e, mais uma vez, ela retribuiu uma vênia.

— Seja bem-vindo, senhor. Com licença.

Ela saiu da presença deles antes que seus olhos a traíssem. Os sentimentos dentro da garota estavam nublados demais. Ha Jin não tinha mais certeza do que queria. Saber que So a esquecera por completo a deixava triste, angustiada…

Talvez Yun Mi estivesse certa, afinal, e aquela realidade não pertencesse a ela. Talvez o melhor fosse realmente deixar que a vida seguisse o seu curso e se afastar de vez daquelas pessoas fosse o mais saudável.



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