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História Moondust (camren) - O Fim - Temos Visitas


Escrita por: tainamendes196

Notas do Autor


A história tá começando e vou logo avisar que a Camila não vai se apaixonar pela Lauren de um dia pro outro como na maioria das fic, mas vai ser tudo lindo. E vao se apaixonar pelo amor que a Camila tem pela Sofi. Tudo lindo
Tt: tainamendes196

Capítulo 2 - O Fim - Temos Visitas


Fanfic / Fanfiction Moondust (camren) - O Fim - Temos Visitas

P.O.V Camila Cabello

- Camila? Sofia?

Hein?

Minha respiraçao sai em nuvens de marshmallow, e meu coração bate depressa como se eu tivesse tendo um ataque cardíaco. É um homem, é claro, com uma voz que não consigo reconhecer, mas como ele sabe nossos nomes? Será que é amigo da mamãe?

- Meninas? Candece!

Candece Estrabao é o nome da minha mãe, só que ela não está aqui para responder. Na verdade, a gente nao vê a mamãe faz mais de um mês, acho que nessa altura, já tem uns 2. Me senti preocupada porque ela nunca sumiu por tanto tempo sem dar notícias. Até Sofia se mostrou preocupada: seu rosto é um livro aberto, apesar de que a boca se recusa a pronunciar palavras.
Já flagrei Sofi várias vezes contando os enlatados e os bujões de gás. Ela também sofre com a mesma preocupação: que vamos ficar sem as coisas que precisamos antes que mamãe volte...se é que ela vai voltar. Nos últimos tempos, as sumidas dela me deixaram com esse pensamento.
Minha irmã só fala comigo, nem com mamãe ela falava. E quando fala, é de forma tão sussurrante quanto o bater das asas de uma mariposa...e isso só acontece quando estamos sozinhas. Assim que Sofia fez 9 anos, mamãe já estava preocupada o bastante para fantasiar a filha mais nova de "Robert" um dia e levá-la à um fonoaudióloga na cidade, uma mulher que parecia esperta e diagnosticou Sofia com "multismo seletivo". Nada que alguém dissesse, ameaçasse ou fizesse acabaria com a determinação de Sofi.

- Camila? Sofia!

Tapo os ouvidos com as mãos e uso meu pensamento para abafar os chamaos
Calma, Camila. Deve ser coisa da sua cabeça.

É esquisito ouvir a voz de um homem quando temos sido só nós mulheres. Eu costumava querer ter um pai. A única lembrança que tenho dele são os seus sovacos. O cheiro de pinheiro e musgo de carvalho que eu lembrava era de um desodorante chamado Brut, o que ele usava.

- Está tudo bem, meninas! Podem aparecer!

Sofia chega, tropeça, sua boca abre e uma arfada escapa. Sua cabeça tomba pra esquerda, depois pra direita. O homem provavelmente pensa que ela está procurando uma rota de fuga, mas conheço minha irmãzinha melhor até do que deus. Sofia está tentando me encontrar. Quando apareço, Sofi corre para os meus braços. Nossas cabeças se viram na direção de um novo movimento, dessa vez vindo de uma mulher magra que nem ossos de galinha que vem andando com passos irregulares porque seus saltos afundam no solo da floresta.

- Camila e Sofia Estrabao, certo? - diz a mulher nos encarando, enquanto o homem olha para qualquer lugar, mas não coloca o olhar em nós duas. Seus olhos mostram ódio, mas ao mesmo tempo tristeza e ansiedade.

- Sim senhora. Sou a Camila e essa é minha irmã, Sofia. Se está procurando pela minha mãe, ela foi até a cidade comprar suprimentos. Posso ajudar em alguma coisa?

Sofia se agarra em mim e se contorce em meu abraço de urso. Não queria demonstrar medonpara minha irmã, mas verdade seja dita, eu estava tremendo por dentro.

- Tem uma mesa ali, se vocês quiserem se sentar um pouco - espero que ela recuse.

- Você não gostaria de se sentar? - pergunta a mulher, com voz suave.

Ela retira um envelope pardo cheio de papel dentro. Consigo até ler de cabeça pra baixo a etiqueta branca na frente. "Estrabao, Camila e Sofia"

- Sou a sra. Yousaf - diz ela - sabe por que estamos aqui?

Eu a encaro, esperando o inevitável.

- Viemos aqui levá-la para casa, Camila.

Casa?

- Isso é impossível, senhora. A gente estava em casa. Nós moramos aqui com nossa mãe.

- Onde está sua mãe, querida? - foi a vez do homem me perguntar.

- Já falei, minha mãe foi na cidade comprar suprimentos. Estávamos ficando...ficando sem algumas...algumas coisas e...

- Faz quanto tempo que ela foi para a cidade?

Só consigo pensar "caralho preciso mentir, preciso mentir". Sofia já estava hiperventilando, prestes a ter mais um dos seus ataques de pânico.

- A mamãe saiu hoje de manhã - minto - a gente acha que ela deve voltar antes do anoitecer.

- Sua mãe falou que foi embora há mais de dois meses. Recebemos a carta dela ontem.

Que?

- Que...que carta?

As lágrimas de Sofia fazem cócegas no meu braço, mas não ouso me desvencilhar da mão dela.

- Sua mãe nos escreveu mês passado, Camila. Ela disse que não conseguia mais cuidar de vocês. Teríamos vindo antes, mas foi difícil encontrar vocês duas. Ela as escondeu muito bem.

- Mentira! Ela nunca abandonaria a gente. Ela...ela não faria isso...não...você deve ter entendido errado, senhora. Mamãe não abandonaria a gente pra sempre.

- Ah meu deus, querida, não...

- So deixa a gente em paz. Queria que vocês nunca tivessem achado a gente e ainda estão assustando a Sofi.

- Não posso fazer isso, querida. Não posso deixar duas menores sozinhas na floresta.

- Posso ler a carta, por favor?

"A quem interessar possa,
Escrevo a respeito das minhas filhas, Camila e Sofia Estrabao..."

Só consigo ler ate aí antes de desabar em lágrimas. Peço para ficar com a carta e a sra Yousaf levemente assentiu dizendo que era só uma cópia, pois precisaria da original para a audiência, quando o caso chegasse ao juiz.

- Sei quem ele é. Nós não vamos com ele - digo assim que ela afirma que teríamos de ir com o homem sentado ali, ou melhor, meu pai - temos outra escolha?

- Sim, Camila. Caso se recuse a ir com ele, podemos colocá-la em um abrigo para menores. Dois lares adotivos. As famílias estão cheias e não tem ninguém que possa ficar com vocês duas, ou seja...

- Não vou me separar de Sofia. Vamos com ele! Quanto tempo a gente tem?

- O suficiente para arrumar suas coisas - a mulher diz com um sorriso amarelo no rosto - pegue apenas o necessário. Vamos mandar alguém aqui para empacotar o resto.

Começo a arrumar as coisas de Sofi primeiro. Ela se senta na cama dobrável, sem se mexer ou sequer pular quando pego o livro do Ursinho Pooh e uso para matar a barata que corre pela pequena pia de aço.
Quase tudo que Sofi tem é de algum tom de rosa. Guardo um par de sapatos boneca gastos e um tênis rosa-claro, a camiseta de manga comprida rosa-neon, uma camiseta listrada rosa-escuro e vermelha e outra camiseta com uma imagem da Cinderela descascando na frente. Pego sua camisola e calcinha extra (uma usando e outra não). A calça jeans de Sofi parece pequena e vulnerável esticada nas minhas mãos, e meu coração fica apertado. Depois coloco minha calça jeans (uma usando e outra não), uma camiseta mais nova, duas regatas, minha calcinha extra e o único saparo que tenho além dos tênis medonhos que estou calçando. Não esqueço meu objeto mais precioso: meu violão que mamãe me ensinou a tocar no ano em que nos mudamos para o bosque.

- Que tal eu levar você nas costas? - pergunto para Sofi enquanto meu pai e sra. Yousaf carregam nossas coisas com uma certa dificuldade por conta do peso - segura firme, tá?

Durante o percurso para Miami, Sofi fica no meu colo agarrada em mim, como se estivesse com medo.

- Vai ficar tudo bem, minha pequena - digo suavemente - você vai ter uma cama de verdade. Tem um monte de coisas que você nunca viu, como biscoitos com mel do Pooh, quanto você conseguir comer, sorvete...tem um negócio chamado TV, que é como se seus livros ganhassem vida, só que em uma tela. Você vai adorar.

Eu espero...



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