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História Moondust (camren) - O Fim - Casa?


Escrita por: tainamendes196

Notas do Autor


Eu sei que a história ta meio devagar e voces querem logo o amorzinho camren, mas calma. Vai ter camren a historia toda, mas pra isso, preciso contar a história da camila. Mais uns 2 caps e começa a baitolagem. Eu acho...vamo ver
Tt: tainamendes196

Capítulo 3 - O Fim - Casa?


Fanfic / Fanfiction Moondust (camren) - O Fim - Casa?

P.O.V Camila Cabello

- Não sei como perguntar isso, mas...você sabe quem é o pai da Sofi, Camila?

Eu me contorço, o rosto em chamas.

- A mamãe a chamava de "filha de um cliente, um bebê ao acaso..." - minha voz desaparece.

- Sua mãe ainda usa aquelas drogas?

- Sim, senhor.

Ele suspira pesadamente, inspirando fundo o ar.

- Vocês tinham comida todo dia?

- Não, senhor. Sofi chorava quando eu matava coelhos e pássaros e era um milagre fazê-la comer. Os enlatados tinham que durar. Nem sempre mamãe voltava no dia que dizia que voltaria e, se isso acontecia, eu dava minha parte pra Sofi. Nao me importo de ficar com fome pra alimentá-la.

- É uma tremenda mudança, daquilo para isso, né?

- Sim, senhor.

- Nunca mais vai lhe faltar comida ou qualquer outra coisa enquanto você estiver comigo, está bem? Eu prometo, filha.

Sou jogada para frente com a reduçao da marcha. A BMW diminui a velocidade conforme o homem vira em direçao a uma antiga estrada.

- Essa estrada vai nos levar a nossa casa. Fica um pouco afastada da cidade...apenas 2 km. Tem bastante espaço para correrem. Exatamente como na floresta.

- Estamos em Miami?

- Sim, Camila - ele responde com um sorriso - só um pouco para o oeste de onde vocês duas estavam morando.

O barulho mais esquisito, um grito parecendo um latido, fica mais alto. Sofia que estava deitada no banco de trás, se senta, empolaga, procurando pelo que está fazendo esse barulho.
Auuuuuuuuu! Auu auu auu auu!
Ela se vira pra mim, mas não tenho resposta.
Auuuuuu! Auuuuuu!
Sofi pula do carro, seu rosto explodindo em um grande sorriso assim que avistamos o animal que conhecemos nos livros ilustrados dela.

- Esse é meu cachorro, A Menos. Ele é albino e da raça chamada Pastor Alemão. O que foi, não gosta de cachorro?

- Sim, mas...ele é bem grande - digo com a voz trêmula - Por que se chama A Menos?

- Porque ele tem uma pata a menos.

Olho com mais atenção e é verdade: o cachorro não tem a pata traseira esquerda, apesar de estar correndo de um lado para o outro como se não houvesse amanhã.

- Eu o encontrei abandonado, magrinho que nem você e Sofia, preso numa armadilha para ursos. Não foi possível salvar a pata dele. Mas ele aprendeu a se virar rapidinho - disse o homem de um jeito orgulhoso.

- Meu cachorro - sussurra Sofi baixo demais para que nosso pai escute - meu - acrescenta ela, sem mudar de ideia.

Olho pra frente e me deparo com uma casa maior do que qualquer uma que eu tenha visto, com 2 andares e toda feita em vidro.
Na escada há uma mulher bonita de avental, o cabelo enrolado em uma trança e ao lado há uma garota, com o rosto sombrio como uma tempestade, os braços cruzados no peito, decidida, como Sofi em relaçao ao A Menos.

- Talvez eu devesse ter dito alguma coisa antes, mas não queria assustar vocês, meninas. Essa é minha mulher, Sinu Cabello, e nossa filha que adotamos quando tinha apenas 2 anos, Dinah Jane Hansen - diz Alejandro enquanto caminhamos em direçao a casa.

- Está pronta?

Sofi concorda com a cabeça, absorvendo a confiança como se por osmose. Ela segura minha mão e confere meu rosto.

- Vai ficar tudo bem. Nós temos uma à outra, certo? - ela apenas assentiu e permaneceu em silêncio.

- Como vai, senhora? Sou Camila e essa é minha irmã, Sofia.

Estendo a mão para Sinu e ela envolve minha mão em ambas as mãos dela, sorrindo para a gente.

- É maravilhoso conhecer você, Camila. E você também, pequena Sofia. Sou Sinu. Vocês devem estar cansadas dessa viagem. O jantar está esquentando no formo e Dinah vai levá-la aos seus quartos.

- Vou pegar as coisas das meninas. - meu pai vai até o carro. Penso nos sacos de lixo que usamos para guardar nossas coisas pois não tínhamos mala e me encolho. Estamos fora da nossa zona de conforto, como um peixe se debatendo ao redor de um ninho de passarinho, e percebo que isso não passa despercebido a Dinah. Ela parece satisfeita.
Entramos na casa e Sofi fica de olhos arregalados ao ver tudo sofisticado. Móveis novíssimos com uma grande lareira na sala, uma escada de vidro que levava ao andar de cima, piso amadeirado com lustres espalhados pela casa. Tinha 8 quartos, 1 piscina enorme, além de sala de cinema e sinuca e mesa de ping pong na área na piscina. Era a casa dos sonhos de qualquer pessoa.

- Sai daqui, seu vira lata idiota!

A Menos que vinha atrás de nós, se encolhe na escada como se as palavras de Dinah fossem tapas. Sofi ofega de alegria e solta minha mão correndo em direçao ao cachorro com o braço estendido e agarrando-o em seguida. Ela dá um largo sorriso quando o animal lambe sua bochecha.

- Ainda bem que um banho já está na programação. Ela não sabe que não se deve deixar um cachorro lamber o rosto? - Dinah diz ao observar Sofi agarrada ao Pastor Alemão. - o quê? Agora ela também não fala?

- DJ, por favor.

Dinah suspira alto, como se fôssemos um estorvo. Mordo a língua, já totalmente sem paciência.
Paramos na frente de nossos quartos quando Sofi assobia e A Menos sobe depressa as escadas e vem pelo corredor, as patas dianteiras deslizando na superfície lisa. Sorrimos uma para a outra quando ele diminui a velocidade e segue pelo tapete com os olhos brilhantes atentos em Sofi.
A Menos nos segue de um quarto a outro. O meu tinha uma grande cama de casal com uma tv de plasma grudada na parede, um closet que se duvidar era maior que o quarto e um banheiro. O quarto era mais do que confortável. O de Sofi não era diferente, so que Sinu mudou o papel de parede e deixou mais parecido com o quarto de uma criança e na porta tinha um recado "só é permitida a entrada de princesas". Nem preciso dizer que ela pulou de alegria.
Quando terminamos de tomar banho, Sofi vai para o meu quarto e se joga na minha cama com A Menos que olha pra mim de um jeito receoso.

- Tudo bem, garoto. Eu não ligo.

Dinah estava parada na porta, com as mãos nos quadris.

- Esse não é o quarto dela.

- Vai ser se ela quiser. Não ligo se ela quiser ficar aqui comigo.

- O que tem de errado com ela afinal? Quer dizer, por que ela não consegue falar?

- Ela consegue, se quiser. Só não quer, na maior parte do tempo.

- Acho que somos meios-irmãs. Foi o que minha mãe disse. Mas não sei se quero ser meia-irmã de uma menina retardada.

- Ela não é retardada. - tento manter a calma, apesar da minha irritação, tão forte quanto um relâmpago, queimar minhas veias. - nos dê licença, por favor. - ela nao se move - eu disse, por favor, saia!

- Porta aberta ou fechada?

- Fechada - assim que Dinah fecha a porta, lágrimas escorrem, quentes como o rio no verão. Não é surpreendente que Dinah tenha rido de nós. Aparentamos exatamente o que somos: crianças pobres.

- Entre - respondo à batida na porta e rapidamente enxugo as lágrimas. - o que é agora? - resmungo ao ver o rosto de Dinah na soleira da porta.

- Pegue - diz ela ao jogar um cobertor a mais para mim - não achei que fosse querer acordar sua irmã puxando as cobertas. Faz frio de noite então...pegue outro pra você.

- Obrigada.

- O que é isso? - pergunta ao ver meu violão encostado - você toca? - se mostra animada querendo saber a resposta

- Sim. Toco desde os 4 anos. Minha...minha mãe me ensinava quando eu era mais nova.

- Papai me falou que sua mãe tocava bem - ela suspira - me desculpa pela forma como te tratei, eu só...não sei o que deu em mim. Acho que podemos acabar sendo grandes amigas. E eu vou adorar te ouvir tocando um dia.

- Tudo bem. De certa forma, eu entendo você.

- Tudo bem, então...boa noite, Camila - caminha em direçao a minha irmã e deposita um beijo em sua cabeça - boa noite pra você também, pequena - sussurra no ouvido de Sofi.

Dinah Jane sai do quarto e assim que deito na cama, adormeço ao lado de A Menos e minha irmãzinha.



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