História Moonlight shadow II Beta Alfa Ômega - Capítulo IV- Despertar.

Melissa preenchia um relatório no balcão quando vê Scott se aproximando dela, ela da um beijo em seu filho e o cumprimenta.

Melissa – Bom dia meu querido, conseguiu descansar?

Scott – Mais ou menos, tive alguns pesadelos, mas dormi um pouco.

Melissa – Quer falar a respeito?

Scott – Não, não é nada acho que foram os acontecimentos recentes, como está Allison?

Melissa – Ela parece melhor, mas não acordou ainda.

Scott – Os médicos disseram algo a respeito do estado dela.

Melissa – Não disseram muita coisa, apenas que ela estava desidratada, e parecia desnutrida com um quadro de leve anemia, seus sinais vitais estavam baixos como a pressão e a taxa de glicose, fora isso nada incomum, não  se sabe a razão dela ainda não ter acordado.

Scott – Cada vez mais eu entendo menos tudo isso.

Melissa toca o ombro de Scott ela ia dizer algo mas três jovens se aproximam do balcão.

Lugh – Bom dia Melissa como vai?

Melissa – Olá bom dia... Lugh não é mesmo?

Lugh – Sim isso mesmo, estive internado aqui há alguns dias.

Melissa – Sim me lembro, sua recuperação foi extraordinária, um verdadeiro milagre.

Lugh – Minha tia disse o mesmo, estes aqui são meus amigos, Andy e Pedro.

Andy – Olá muito prazer.

Pedro – Prazer em conhece-la.

Melissa – O prazer é todo meu, este é meu filho Scott.

Scott – Olá como vão.

Todos se cumprimentam e se apresentam a Scott.

Andy – Lugh falou muito bem da senhora, disse que cuidou muito bem dele o tempo em que ele esteve aqui.

Melissa – Imagina é o meu trabalho afinal.

Pedro – É bom saber que ainda á bons profissionais na área da saúde.

Melissa – Obrigado, apenas tento fazer meu trabalho da melhor forma possível, afinal as pessoas que chegam aqui muitas vezes estão fragilizadas devido seu estado de saúde. Mas o que o traz aqui Lugh? Está tudo bem com você?

Lugh – Sim estou bem, vim apenas pegar o resultado de alguns exames e aproveitar para fazer uma visita para o pessoal do voluntariado, afinal eles me deram muito apoio nos dias em que estive aqui, trouxe alguns livros alguns materiais para doar a eles.

Melissa – Que bom, o trabalho deles ajuda muito na recuperação dos pacientes.

Lugh – Sim verdade graças a eles minha estadia aqui foi muito mais agradável. Trouxe isso para a senhora é uma pequena lembrança.

Diz o garoto entregando uma trufa para Melissa.

Melissa – Obrigado Lugh, muita gentileza de sua parte.

Andy – Tenho a impressão de que te conheço Scott.

Diz Andy encarando Scott tentando se lembrar.

Scott – Serio? De onde?

Andy – Ah sim é claro! Aquela festa, daquela garota, qual o nome dela mesmo Lugh?

Lugh – Acho que era Juliet.

Andy – Sim isso mesmo, agora me lembro, nossa aquela festa foi muito loca, acho que até hoje eu to ressaca, ficamos todos loucos aquele dia.

Pedro – Uma pena eu ainda não ter chegado ao país naquela época.

Scott fica sem jeito ao recordar daquele dia.

Andy – Você é amigo do Liam não é mesmo?

Scott – Sim somos amigos.

Lugh – E da Rayden.

Andy – Verdade como pude me esquecer, Hayden a queridinha.

Diz Andy em um tom que levanta suspeitas de todos.

Scott – Sim somos todos amigos, eu estudei no colégio de Beacon Hills até o ano passado.

Lugh – Estudamos lá também, na verdade Andy e eu entramos quase no fim do semestre, estamos na turma de Liam e Hayden.

Pedro – Também vou estudar lá.

Scott – Me desculpe por não lembrar de vocês.

Andy – Não se preocupe, nós nunca fomos o tipo que chamasse muito a atenção.

Pedro – Mas você bem que gosta.

Andy – Peechan!

Pedro – Desculpe força do habito.

Lugh – Bem pessoal acho melhor irmos.

Andy – Verdade.

Diz Andy fuzilando Pedro com um olhar, enquanto o garoto desvia o rosto fingindo que esse olhar não era para ele.

Lugh – Mais uma vez obrigado por tudo Melissa. Você pode me dizer onde fica o pessoal do voluntariado?

Melissa – Fica no segundo andar, final do corredor.

Lugh – Obrigado, até mais Scott, foi um prazer conhece-lo.

Pedro – Tchau pessoal.

Andy – Prazer Melissa, Scott, diga ao Liam que mandei lembranças.

Scott – O prazer é todo meu, pode deixar digo sim.

Os jovens se despedem de Scott e Melissa e seguem em frente em direção ao elevador.

Lugh – Ele é um rapaz bonito.

Andy – Sim muito, mas prefiro o Liam.

Lugh – Você sempre prefere o Liam.

Andy – Gosto não se discute.

Pedro – Gosto? Para mim isso mais me parece uma obsessão isso sim, desde que cheguei aqui a cada dez palavras que ouço você falar onze delas é Liam.

Lugh – E aquele monte de fotos que você conseguiu dele, onde você as pegou?

Andy – No Faceboock.

Pedro – Temos que tomar cuidados com essas redes sociais, afinal nunca sabemos que tipo de malucos estão nos observando.

Andy – O que você quis dizer com isso Peechan?

Pedro – Nada, nada, foi apenas uma observação inocente.

Lugh para de caminha e abaixa a cabeça.

Andy – O que foi Lugh?

Lugh – Preciso fazer algo, vocês podem ir na frente.

Andy – Nós vamos com você.

Lugh – Não é necessário, vão na frente eu logo os alcanço.

Diz o garoto se afastando dos dois jovens, Andy ia segui-lo, mas Pedro a segura pelo braço e sacode a cabeça.

Pedro – Deixa ele.

Andy – Estou ficando preocupada com Lugh, eles não é o mesmo desde o acidente, tem esses apagões e age como se fosse outra pessoa, ele não se abre mais com a gente.

Pedro – Você lembra do que Bonnie nos disse, quando ele se sentir a vontade ele ira nos procurar e falar sobre o que sente. Ele perdeu os pais ainda está lidando com tudo isso.

Andy – Tem razão, bem vamos.

Os garotos entram no elevador enquanto Scott os observa de longe.

Scott – Parecem ser uma turminha bem animada pelo jeito.

Melissa fica seria por um instante Scott a observa intrigado.

Scott – O que foi?

Melissa – Aquele garoto, Lugh, você notou algo de estranho nele?

Scott – Não, por que a pergunta?

Melissa – Acho que ele pode ser um lobisomem ou algo do tipo.

Scott – Por que você acha isso?

Melissa – Lembra aquele dia em que vocês trouxeram Derek ao hospital? Quando o resgataram de Kate?

Scott – Sim me lembro.

Melissa – Lugh deu entrada aqui no hospital no mesmo dia, ele e seus pais, acho que foi um acidente de carro, o pai morreu na hora a mãe e o garoto ficaram gravemente feridos estavam na UTI. O garoto quase morreu, teve três paradas cardíacas, mas de repente o quadro dele se estabilizou e ele melhorou.

Scott – Melhorou em que sentido?

Melissa – Totalmente, eles tinha uma hemorragia interna, vários ossos quebrado pelo corpo, seu pulmão estava destruído mas, de repente do nada ele melhorou, estava sem um arranhão se quer. Os médicos passaram dias tentando entender o que havia acontecido fizeram vários exames, na hora conclui que a cura do garoto havia sido algo sobrenatural.

Scott – Por que você não me contou isso antes?

Melissa – Me esqueci, estávamos em meio a tantos problemas que nem me lembrei, mas agora que o vi aqui me recordei do acontecido.

Scott – Ele disse que estuda no colégio de Beacon Hills vou pedir para Liam e Hayden ficarem de olhos nele e tentarem descobri algo.

Melissa – Faça isso, afinal não sabemos quantos aliados Peter tinha.

Lugh caminha pelos corredores do Hospital, ele para em frente a porta de um dos quartos e a abre com cuidado, ele observa o local, Cris estava sentado em uma poltrona cochilando, Lugh se aproxima da cama de Allison, observa seu rosto pálido, ele tira os cabelos de seu rostos com um toque seus dedos e coloca a mão no peito de Allison.

Lugh – Vamos ver o que você está escondendo. Quod si revelabit veritas anima.

A mão do garoto brilha sobre o peito de Allison ele se concentra, e é tomada por uma aura escura Lugh sente uma forte descarga elétrica em sua mão e recua.

Lugh – Está protegida, era de se esperar. Que poder é esse e a quem ele pertence?

Ele acaricia o rosto de Allison.

Lugh – Pobre garota.

Cris – Ei garoto? Quem é você e o que faz aqui?

Diz Cris puxando Lugh pelo braço.

Lugh – Desculpe me enganei de quarto.

Cris – Saia daqui!

Lugh – É sua filha não é mesmo?

Cris – Sim por que?

Lugh se aproxima de Cris e o olha nos olhos, Cris recua o garoto tinha um olhar penetrante e frio e um estranho brilho azulado em seus olhos.

Lugh – Não se preocupe senhor Argent, sua filha logo ira despertar.

Diz Lugh se afastando saindo do quarto seguindo pelo corredor, deixando Cris intrigado sem entender nada, ele vai até a porta do quarto e chama o garoto, mas o garoto ignora o chamado, totalmente indiferente e apenas continua a caminhar. 

Cris – Ei garoto volte aqui!

Scott – O que houve Cris? Há algo errado?

Cris –  Aquele garoto ele entrou aqui no quarto e disse um monte de coisas estranhas.

Scott olha na direção que Cris aponta apenas a tempo de ver a porta do elevador se fechando sem  poder identificar o garoto ao qual Cris se referia.

Scott – Não vi ninguém.

Cris – Ele estava aqui eu o vi.

Scott – Cris você está muito cansando, passou a noite toda acordado ,logo depois de nosso combate, deve estar estressado, precisa descansar.

Cris – Scott eu não estou ficando maluco eu sei o que vi e ouvi.

Scott – Não foi isso o que eu quis dizer, você está muito cansado da pra ver na sua cara. Vá para casa tome um banho coma alguma coisa eu fico aqui com Allison, John está vindo para cá minha mãe também está aqui, vamos ficar de olho nela e se alguma coisa acontecer nós te avisamos.

Cris – E se ela acordar?

Scott – Estaremos aqui, e se ela acordar precisara de você recuperado e em um bom estado.

Cris – Você tem razão, vou até em casa tomar um banho e comer algo, mas logo volto.

Scott – Tudo bem, faça isso ao menos, eu fico aqui com ela.

Cris – Até mais.

Cris sai do quarto deixando Allison aos cuidados de Scott, o garoto olha no corredor se certificando de que não havia nada ou ninguém estranho no local e logo retorna ao quarto, ele acaricia o rosto de Alison dá um beijo em sua testa, e senta na poltrona onde antes estava Cris.

Derek entra na recepção do hospital acompanhado por Brendan, logo atrás vinha Stiles acompanhado por Malia, eles de dirigem a recepção onde estava Melissa.

Melissa – Olá rapazes, garotas.

Todos a cumprimentam.

Derek – Então alguma novidade a respeito de Allison?

Melissa – Sem muitas novidades, o estado dela melhorou, mas ela ainda se encontra desacordada.

Malia – Podemos vê-la?

Melissa – Sinto muito ainda não, ainda falta uma hora para o horário de visitas, Scott está com ela mas porque Cris o autorizou, esperem um pouco mais daqui a pouco as visitas estarão liberadas.

Stiles – Nós esperamos.

Brendan – Já que vamos esperar, poderíamos ir ao restaurante em frente, para almoçar.

Malia – Ótima ideia, senti o cheiro da comida quando passamos em frente, parece ser muito boa.

Stiles – Estou sem fome podem ir vocês.

Malia – Ah vamos Stiles, você não comeu nada ainda.

Brendan – Vamos garoto, é por minha conta.

Stiles – Tudo bem só um minuto vou ao banheiro.

Stiles deixa todos e vai na direção do banheiro, ele abre a porta e entra no lugar, sua cabeça latejava tamanha a confusão que estava sua mente, ele passa as mãos em sua cabeça e da um soco na parede, trincando o azulejo, sua mão sangra, ele abre a torneira e lava sua mão e joga um pouco de água em seu rosto e na nuca, ele ouve a porta do banheiro se abrir atrás dele.

Derek – Precisamos conversar.

Stiles – Sim precisamos.

Stiles levanta e se vira, segurava as lagrimas em seus olhos, Derek estava sério, mas ao ver o estado do garoto ele não resiste vai em sua direção, os dois se abraçam, Stiles não consegue mais segurar suas lagrimas, Derek encosta a cabeça do garoto em seu ombro e a acaricia. 

Derek – Calma está tudo bem.

Stiles – Me desculpe eu fui um idiota, um idiota e infantil.

Derek – Me desculpe, também não fiquei atrás, eu fui ao seu quarto explicar a situação, mas quando vi Malia com você fiquei sem reação sem saber o que dizer. Brendan havia me pedido para vir comigo, ela queria vê-lo também.

Stiles – Também fiquei sem reação, quando você chegou não sabia o que fazer, fui te procurar para explicar mas quando vi Brendan lá fui eu quem fiquei sem reação. Malia chegou de surpresa la em casa, eu ia aproveitar a oportunidade para conversar com ela, mas não tive coragem, bom e o resto você já sabe.

Derek – Tudo bem Stiles, vai ficar tudo bem.

Stiles – Me desculpe.

Derek – Está tudo bem.

Derek se afasta, de Stiles e diz com calma.

Derek – Está vendo porque precisamos resolver isso o mais rápido possível, se nós mantivermos as coisas como estão, situações como estas sempre acontecerão.

Stiles – Você tem razão, precisamos resolver isso logo.

Derek – Não quero que você se sinta pressionado, eu espero o tempo que você achar preciso, só pense a respeito.

Stiles – Tudo bem, eu prometo que vou pensar.

Derek – E temos que tomar cuidado no que se refere a Brendan e Malia, não é certo alimentarmos falsas esperanças.

Stiles – Você tem razão, fiz burrada.

Derek acaricia o rosto de Stiles e o beija, Stiles agarra Derek com força.

Derek – Lave seu rosto, vou me juntar as garotas espero por você nós vamos comer e depois voltamos para ver Allison.

Stiles – Tudo bem.

Derek da um beijo na testa de Stiles e sai do banheiro. Stiles lava seu rosto e agora mais aliviado  se reúne ao grupo.

Stiles – Devíamos chamar o Scott para ir com a gente.

Melissa – Acredito que ele não vai deixar Allison, Cris pediu para que ele fizesse companhia a ela até ele chegar.

Stiles – Entendo, melhor deixar ele lá então.

Derek – Vamos?

Os jovens saem da recepção e do Hospital indo em direção ao restaurante.

Scott cochilava sentado na poltrona com seu celular nas mãos, ele não resiste ao sono afinal fazia dias que o garoto não dormia direito, desde de a noite do resgate de seus amigos. Allison continuava inconsciente, mas estava em um sono inquieto, sua face e movimentos de seu corpo revelavam que ela estava tendo um pesadelo, o monitor cardíaco dispara anunciando a drástica mudança nos batimentos cardíacos, Allison se debate na cama ela abre os olhos se senta  puxando o ar para dentro de seus pulmões com toda a força assim despertando.