História Moonlight shadow II Beta Alfa Ômega - Capítulo VIII- Bonnie

Bonnie coloca café em sua cafeteira e depois enche a caneca de agua e a liga, enquanto os ovos e fatias de bacon fritam na chapa e torradas assam na torradeira, ela vai em direção ao armário e pega alguns pratos e copos e monta a mesa para o café da manhã, em seguida desliga a chapa sai da cozinha subindo as escadas em direção aos quartos.

Ela primeiro vai ao quarto dos garotos ela abre a porta, e em silencio ela entra no quarto com cuidado para não acordar os garotos, o quarto estava escuro ela vai na direção das janelas e em um puxão abre as cortinas, batendo palma e gritando e puxando os cobertores de Lugh e Pedro.

Bonnie – Ei molecada! Levanta! Já são dez horas!

Pedro – Ah não enche.

Bonnie – Eu ouvi isso mocinho anda levanta, e você também Lugh, não espere tratamento especial por ser meu sobrinho, pra você é pior.

Lugh – Ah tia só mais um minuto.

Bonnie – Um minuto nada anda levanta!

Pedro – Por que o nosso quarto primeiro e não o da Luck?

Bonnie – Porque garotos são mais preguiçosos. Andem vão para o banho e escovem os dentes e de pressa se não o café vai esfriar.

Bonnie vai para o quarto de Luck e repete o procedimento padrão de despertar.

Bonnie – Anda Luck, você também você é uma mocinha tem que dar o exemplo.

Andy – A tia não faz isso comigo.

Bonnie – Nada disso, anda levanta mocinha.

Andy – Eu estava tendo um sonho tão lindo, Hayden estava amarrada em uma arvore em chamas enquanto eu e Liam estamos juntos assistindo tudo ele ia me beijar bem na hora que você me acordou.

Bonnie – Quem é Hayden e esse garoto Liam?

Lugh – É a paixão platônica de Luck.

Pedro – O que?  O Lugh ta tendo sonhos eróticos com Liam? A Luck sabe disso?

Os garotos aparecem na porta do quarto de Andy.

Lugh – Eu não é a Luck quem anda sonhando com o Liam não eu.

Pedro – Liam a nova obsessão de Luck?

Lugh – Sim ele mesmo.

Andy – Seus fofoqueiros, não foi um sonho erótico foi um sonho romântico, e saiam daqui eu estou de camisola.

Pedro – É mesmo? É daquela, tipo transparente?

Pedro enfia a cabeça dentro do quarto se esticando, e Andy ergue o cobertor na altura do pescoço.

Bonnie –  Pedro comporte-se. E o que tem de romântico em uma garota amarrada em uma arvore em chamas?

Andy – Será que é porque ela é uma bruxa má.       

Bonnie –  Nem toda bruxa é má, ai ai ai o que essa molecada anda aprontando, anda levanta, todos pro banho. E você Andy quero me conte essa história todinha depois viu, adem vamos.

Bonnei sai do quarto e desce para a cozinha, ela monta os pratos dos garotos que não demoram muito a se juntar a ela. Bonnie vai até a geladeira e pega leite e uma jarra com suco de laranja e coloca na mesa.

 – Obrigado pela comida.

Dizem todos.

Lugh – Bonnie eu prefiro comer cereal, não acordei com muita fome.

Bonnie – Como quiser.

Lugh – Não pode deixar eu pego.

Lugh se levanta vai ao armário e pega uma tigela e o cereal se senta novamente enche sua tigela com cereal e um pouco de leite leva a colher vagarosamente a tigela e depois a boca.

Bonnie – Não vai esquentar o leite querido?

Lugh – Não tia tá bom assim.

Bonnie – Algum problema?

Lugh – Não, está tudo bem.

Andy – É mentira Bonnie, Lugh não está nada bem.

Lugh – Andy sua bocuda, depois eu quem sou fofoqueiro!

Bonnie – Meninos! Olha Lugh não  precisava Luck me dizer que você não está bem, até um sego veria isso, você não sabe disfarçar, na verdade notei que você estava estranho desde ontem, então você vai me dizer o que está acontecendo?

Andy – Se você não contar eu conto, se você não se preocupa com seu bem-estar eu me preocupo.

Lugh – Me desculpa Luck você tem razão.

Andy – Eu sempre tenho razão.

Bonnie – Então, pode me dizer o que está havendo com você?

Lugh coloca a colher dentro da tigela de cereal, e fica mexendo enquanto fala devagar e de cabeça baixa.

Lugh – Aconteceu de novo, tive um daqueles apagões.

Bonnie – Meus Deus Lugh! Você está bem? Se machucou?

Lugh – Não, não estou bem, não foi nada demais. Viu Lukc porque eu não queria contar.

Bonnie – Se não foi nada demais então por que você está tão abatido?

Lugh – É que fiquei muito tempo nesse estado e tenho medo do que eu possa estar fazendo enquanto isso acontece, eu não lembro de nada e se eu estiver fazendo algo de ruim?

Bonnie – Dessa vez foi quanto tempo.

Lugh – Dez minutos.

Luck – Mentira foram cerca de quarenta minutos.

Lugh – Luck sua bocuda!

Bonnie – Lugh, não fale assim com sua amiga, se ela contou é porque se importa e se preocupa com você.

Lugh – Desculpa Luck, você tem razão Bonnie, é que eu não queria preocupa-la.

Bonnie – Lugh querido eu sempre vou me preocupar com você, esteja ciente disso. Amanhã vou marcar uma consulta para você, não se preocupe vamos descobrir o que você tem e cuidar disso.

Lugh – Não é comigo que estou preocupado, é com o que eu posso estar fazendo, e se em uma dessas crises eu acabar ferindo alguém.

Bonnie – Duvido muito, você é uma boa pessoa, jamais machucaria alguém.

Lugh – Que garantias você tem disso?

Bonnie – Confie em mim, sei do que estou falando, você não está fazendo nada de errado.

Luck – Ai meu Deus já são quase onze horas! Precisamos ir.

Pedro – Verdade estamos atrasados!

Bonnie – Ir onde? Vocês vão sair?

Luck –  Não vamos para nossos computadores jogar Legend Online. As onze horas tem chefão global o reis dos lobos, não podemos perder.

Lugh – Verdade eu to precisando de espíritos para aumentar o nível do meu exército.

Pedro – É e meio dia tem arena de combate.

Lugh – Dessa vez vocês entram no meu servidor o chamas do inferno.

Bonnie – Espera aí, o que é isso, rei dos lobos, espíritos, chamas do inferno? O que vocês andam aprontando nesses computadores?

Lugh – Legend online é um jogo de RPG que jogamos, é bem legal eu jogo com uma Maga ela se chama Demeter.

Andy – E eu com uma arqueira muito foda chamada Ártemis.

Pedro – E eu com um guerreiro, chamo ele de Voldemort porque ele mata todo mundo.

Andy –  A gente pode ir? Eu prometo que lavo a louça depois.

Bonnie – Tudo bem vão lá, acho que vou marcar psicólogo para todos vocês, e depois quero ver que tipo de jogo é esse.

Andy – Não se preocupe não é nada perigoso.

Bonnie – Não por isso, é que se me interessar eu vou jogar também.

Andy – É assim que se fala.

Bonnie – Vão la enfrentar o rei dos lobos.

Os garotos levantam animados da mesa e sobem correndo as escadas em direção aos quartos.

Bonnie recolhe a louça do café e a leva para pia, enquanto ela lava a louça pensa na situação de Lugh, angustia e culpa tomam seu peito ao pensar que ela sabia do real problema do garoto e não podia falar nada a ele, Bonnie larga o prato na pia a vai na direção do quarto das crianças.

Ao chegar no quarto dos garotos encontram todos em seus notebooks jogados na cama.

Andy – Oi Bonnie quer que eu faça uma conta no jogo para você?

Bonnie – Não querida agora não, Lugh você pode me encontrar na biblioteca, queria falar com você prometo que vai ser rápido.

Lugh – Tudo bem, eu já vou.

Bonnie encosta a porta do quarto e vai na direção da biblioteca, Lugh logo entra em seguida, Bonnie estava de costas quando ele fala.

Lugh – Pronto to aqui ? Eu fiz alguma coisa?

Bonnie – Não querido você não fez nada?  angelum suum ostendere coram.

Ao pronunciar as palavras Lugh fica estático por alguns segundo, seus olhos mudam de cor e ficam azuis.

Lugh – Você me invocou? Algum problema?

Bonnie se vira e encara o garoto.

Bonnie – Sim eu te chamei e sim temos um problemão.

Lugh – Do que se trata?

Bonnie – É o Lugh, não posso mais mentir para ele, o garoto acha que está enlouquecendo, não sabe o que anda fazendo, enquanto você aparece.

Lugh – Sim, era de se esperar, ele não tem consciência de minha presença, nem de seus atos enquanto estou no comando, eu te disse isso.

Bonnie – O problema é que ele está sofrendo. E eu não vou ficar aqui de braços cruzados vendo ele se culpar de coisas que ele não faz, ou melhor que ele nem sabe.

Lugh – Eu lhe disse desde de o inicio que não poderíamos contar a verdade a ele, pelo menos não por enquanto.

Bonnie – E eu prometi a verdadeira tia dele que protegeria o garoto que cuidaria dele, não sei o que você anda fazendo por ai com o corpo dele, e a que tipos de perigos você o está expondo.

Lugh – Há nenhum perigo eu lhe garanto, eu também prometi a outra Bonnie que protegeria Lugh.

Bonnie – Você me prometeu que só apareceria quando fosse necessário.

Lugh – Se apareci foi exatamente porque era necessário.

Bonnie – Ainda assim, não acho justo ficar enganando ele. Lugh está sofrendo, acha que é perigoso, que está fazendo algo de errado.

Lugh – Entendo sua preocupação. Bem posso implantar falsas memorias na mente do garoto, para preencher as lacunas durante o tempo em que eu estou presente e ele está não consciência. Está bom para você?

Bonnie – Então essa é sua solução? Mais mentiras?

Lugh – Me desculpe Bonnie, embora você não entenda, isso é necessário, te garanto que o garoto corre muito mais perigo se souber da verdade. Por favor eu te peço, tenha um pouco mais de paciência e eu lhe prometo que logo você poderá contar tudo a eles.

Bonnei – Eu não tenho escolha não é mesmo?

Lugh – Tem mais uma coisa, preciso que você ensine as artes ocultas a Lugh, Andy e Pedro.

Bonnie – O que? Você está maluco, já não basta Lugh estar envolvido até o pescoço nisso, e você quer meter esses garotos nisso? Sem chance.

Lugh –  Eu consultei o oraculo, eles são peça fundamentais desse quebra-cabeça, precisamos deles.

Bonnie – Não vou colocar esses garotos em perigo, e magia não é uma coisa que se aprende da noite pra dia. Meu Deus eles são só crianças!

Lugh – Eles têm dons, não vai ser difícil ensina-los, e sei meios de acelerar o processo. Bonnie eles estão envolvidos nisso desde que nasceram é o destino deles, e eles correm perigo de qualquer forma, então temos que dar a eles uma chance e uma arma para se defenderem.

Bonnie – Meu Deus isso tudo é loucura. Não sei se posso ensiná-los a magia deste mundo é diferente da de onde venho, eu ainda estou aprendendo.

Lugh – Sei que você é capaz, por isso eu a trouxe para cá. E como disse tenho meios de acelerar o processo de aprendizagem.

Lugh leva a mão aos bolsos de sua calça e retira três pulseiras de couro com chapas de metal que possuíam alguns desenhos talhados e os entrega a Bonnie.

Bonnie – O que é isso?

Lugh – São objetos de poder, eles servem para canalizar e potencializar magia, mesmo uma pessoa sem habilidades magicas poderia usar magia com estes objetos. No caso deles irá ajuda-los a libertarem os poderes que há neles e a desenvolve-los.

Bonnie – Preferia deixá-los fora disso, meu Deus eles são só crianças!

Lugh – Não os colocaria em meio a tudo isso se realmente não fosse necessário.

Bonnei – Acho que não tenho escolhas não é mesmo?

Lugh – Eu não poderia ter escolhido pessoa melhor para cumprir essa missão.

Diz Lugh sorrindo a acariciando o rosto de Bonnie.

Bonnie – Por que você diz isso?

Lugh – A outra Bonnie estava preocupada com quem viria ocupar seu lugar, tinha medo de quem ficasse em seu lugar não cuidasse bem seu sobrinho, mas ao ver sua preocupação e disposição a defender estes jovens só me dá a certeza de que eu não poderia ter feito escolha melhor. Sua alma é pura e bela, assim como você.

Bonnei – Bem na verdade nunca me vi cuidando de três adolescentes.

Lugh – Você é uma mulher forte e admirável, com certeza será uma ótima esposa e uma excelente mãe.  

Bonnie sente seu coração disparar com as palavras e o suave toque de Lugh, ela olha em seus olhos azuis e seu rosto, eles não mais tinham aquela expressão séria, preocupada e indiferente como de costume, no lugar ela via ternura, e sente que conhecia aquele olhar aquele toque, Bonnei cai em si e se afasta.

Bonnie – Que bom que estou correspondendo as expectativas dos dois.

Lugh – Mais do que imagina. Desculpe, mas eu nunca lhe expressei minha gratidão por sua ajuda, não dá foram que você merece.

Lugh enfia a mão no bolso de sua calça e retira o que parecia ser uma semente.

Lugh – Fes Matos Tribum, Melan Veras, Fes Matos Tribum, Melan Veras!

Ele estende o braço segurando a semente na palma de sua mão, a semente começa a brilhar, ela se parte brotando e crescendo ganhando a forma de uma planta e em seguida de uma flor de um lindo girassol.

Lugh – Muito obrigado Bonnie.

Bonnie – Por nada.

Bonnie pega a flor da mão de Lugh, toda constrangida e sem jeito.

Lugh – Você tem mais alguma dúvida?

Bonnie – Não é só isso mesmo.

Lugh – Então se me permite, tenho que partir, embora aprecie por demais sua companhia tem alguns problemas a resolver.

Bonnie – Tudo bem, desculpe por chama-lo por uma razão que talvez possa parecer irrelevante.

Lugh – De forma alguma, suas preocupações e duvidas tem uma grande importância para mim. Me chame sempre que precisar, ou achar necessário, ou caso queira conversar, afinal quero que sua estadia aqui seja acima tudo ao menos agradável, já que você tem comprido seu dever com excelência.

Bonnie – Obrigado.

Lugh – Eu é quem agradeço. Antes que me esqueça para Lugh a vinda a biblioteca foi para discutir sobre a organização do lar, não vamos deixar o garoto mais confuso ainda.

Bonnei – Melhor assim.

Lugh – Prometo ser mais cuidadoso, até mais Bonnie, foi um prazer vê-la novamente. Ah leve os garotos ao parque hoje, está um belo dia la fora aposto que eles irão adorar a ideia, que tal fazerem um piquenique?

Bonnie – Boa ideia.

Lugh – Leve bastante comida, nunca se sabe quando convidados inesperados podem aparecer.

Os olhos de Lugh se acendem e voltam a sua cor natural, por um instante o garoto parece confuso, mas logo fala.

Lugh – Pode deixar eu converso com eles, vamos te ajudar mais nas tarefas de casa.

Bonnie – Tudo bem meu querido, não se preocupe, volte ao seu jogo.

Lugh sai da biblioteca e volta para o quarto junto de Andy e Pedro, Bonnie vai novamente na direção do quarto e entra.

Andy – Desculpe Bonnie nós vamos te ajudar mais nas tarefas de casa.

Bonnie – Tudo bem querida, crianças eu tenho um presentinho para vocês.

Andy – Ai o que é? Adoro presentes.

Os garotos deixam seus computadores e ficam de frente para Bonnie ansiosos esperando seus presentes.

Bonnie – Não é nada de mais, são algumas pulseiras, são muito especiais elas trazem boa sorte.

Bonnie entrega uma a cada um dos garotos.

Andy – Que legal, a minha é o olho de Horus, adoro coisas egípcias.

Pedro – O meu é a rosa dos ventos, maneiro.

Lugh – O meu é a arvore da vida, legal, espera coloquei de ponta cabeça.

Andy – Ficou mais legal, assim parece o tronco de uma arvore com as raízes.

  Lugh – Tem razão vou usar assim.

  Bonnie – Eu estava pensando aqui, hoje tá um dia lindo poderíamos sair, almoçar fora e ir ao parque. Vamos aproveitar pois amanhã voltam as aulas e quero ver vocês estudando.

Lugh – Adorei a ideia, faz tempo que não ando de patins.

Andy – Quer dizer cair de patins, você nunca aprendeu a andar direito. Eu topo.

Pedro – Tudo bem mas só depois da arena multi player preciso de uma espada nova pro meu guerreiro.

Bonnie – Ta bem depois da arena de combate, se arrumem quando terminarem.

Andy – Que flor linda!

Bonnie – É vou arrumar um vaso para por ela. Me chamem quando estiverem prontos. Ah Lugh não esqueça de por comida para Bastet e para Lua.

Andy – Falando nisso alguém viu o meu bichento?

Bonnie – E você Pedro Limpe a gaiola de seus hamsters, o cheiro ta vindo no corredor.

Pedro – Tudo bem, na volta podemos passar no petshop? A ração do Perebas e do Hamtaro está acabando.

Lugh – Eu queria tanto ter uma coruja.

Pedro – Eu queria ter uma cobra.

Bonnie – Já até sei os nomes que esses bichos teriam, aproveitem que vocês estão no clima de Harry Potter e peguem a Nimbus 2000 la na cozinha e deem uma varrida neste quarto.  E você Luck não pense que eu me esqueci, depois quero saber quem é esse tal de Liam.

Diz Bonnie saindo do quarto e encostando a porta, ela respira fundo e cheira sua flor.

Bonnie – Crianças.

CONTINUA...