História More than punishment - NamJin - Clarifications

 Eu sinto uma forte tontura e uma dor de cabeça terrível, e todo meu corpo dói de várias formas diferentes.

 Minha visão está completamente embaçada, mas ainda sim consigo enxergar várias pessoas sentadas um pouco a minha frete. Eram homens e mulheres, todos bem vestidos e conversando entre eles.

 Ao meu lado, tanto no direito quanto no esquerdo, há alguns jovens sentados em cadeiras. Parecem inconscientes, e estão todos nus e com as mãos amarradas.

 Quando já estou um pouco mais lúcido, percebo que eu estou na mesma situação que eles. Meus pulsos doíam por conta do quão apertado estava o nó da corda que prendia minhas mãos, e meu corpo nu estava completamente dolorido.

 Depois de um tempo, uma porta que se encontra no canto da sala se abre, e de lá sai um homem alto vestindo roupas formais.

 Ele caminha até aonde todos nós estávamos sentados, e um por um vai falando algumas características nossas, como nome, idade e peso.

 Quando ele terminava de falar sobre algum dos jovens, algumas das  pessoas a nossa frente levantavam uma das mãos e diziam diversos valores em dinheiro, alguns bem elevados.

 Quando chega minha vez e ele acaba de falar sobre mim, a maioria das pessoas gritam preços extremamente altos, mas um homem de cabelos platinados se levanta da sua cadeira segurando duas maletas.

 Ele caminha até o homem que estava ao meu lado, e cochicha algo perto do seu ouvido. Quando termina de falar o homem pega as maletas das mãos do platinado que me olhava com malícia, enquanto se abaixa perto de mim.

 Eu desmaio.

 (...)

 Quando eu acordo, estou em um quarto bem claro, deitado em uma cama de lençóis brancos.

 Eu tento me levantar, mas só de me mexer um pouco minha cabeça começa a doer.

 A porta do quarto se abre, e então eu vejo o mesmo homem de cabelos platinados entrando no quarto. Ele está segurando uma bandeja com remédios e algumas frutas, um copo de suco e um sanduíche.

 -Parece que alguém acordou. - ele deixa a bandeja em uma mesa, e depois caminha até o pé da cama.

 -Quem é você? Como eu vim parar aqui? - eu me sento rapidamente na cama, o que me faz sentir uma forte pancada na cabeça. Eu dou um grito de dor e me deito novamente.

 -Não fique se mexendo assim, você ainda precisa se recuperar.

 -Me recuperar do que?

 -Chega de perguntas. Eu vou te explicar algumas coisas, e quero que você fique em silêncio e só fale quando eu mandar. Está bem?

 Eu balanço a cabeça em concordância.

 -Primeiro, você é meu agora. Eu sou seu dono e você deverá fazer tudo o que eu mandar, ou receberá uma punição.

 Ele anda de um lado para o outro, esta muito bem vestido e com as mãos nos bolsos da calça social.

 -Segundo, você nunca vai perguntar nada sobre a minha vida pessoal. Nem meu nome, aonde moro, nada disso. Entendeu?

 Eu permaneço em silêncio.

 -Você entendeu? - ele aumenta o tom de voz, para de andar e me encara.

 -S-sim, entendi...

 -Que bom. E terceiro, é bom tentar me agradar. Eu não sou nem um pouco piedoso em minhas punições...

 -Mas como assim você é meu dono? Eu não...

 -Eu me lembro de ter dito que queria você em silêncio, se eu fosse você me obedeceria. Ou se não, não vou esperar mais nem um minuto pra fazer o que eu quiser de você. Ok? - ele diz interrompendo minha fala.

 -Ok.

 Ele anda até a mesa, pega a bandeja e trás até a cama, colocando ela ao meu lado.

 -Tome os remédios, vão te ajudar na dor de cabeça. E, é melhor comer um pouco.

 -Obrigado pelos remédios, mas não estou com fome. - eu falo o mais frio possível.

 -Você quem sabe. Eu só acho que, você não vai aguentar tudo de barriga vazia... - ele se aproxima e passa a mão pelo meu queixo.

 Sua voz e grave, ele fala de geito intimidador.

 -Eu preciso ir agora. Ah, mais tarde um rapaz virá aqui ver como você está e trazer outros remédios. Se precisar de algo, é só pedir para ele. - ele abre a porta e antes de sair me encara por alguns segundos.

 Depois de tomar os remédios e comer, eu me levanto com dificuldade da cama. Meu corpo todo está doendo, e eu com certeza tenho muitas coisas passando pela minha cabeça.

 Eu ando até a porta e tento abrir, mas está trancada. Eu volto a me deitar e acabo pegando no sono.

 (...)

 Eu acordo com batidas na porta do quarto.

 -Posso entrar? - uma voz animada, mas ainda assim calma, é ouvida por trás da porta.

 -Pode, claro. - eu me sento na cama antes da porta ser aberta.

 Um rapaz que aparenta ter a mesma idade que eu, com cabelos pretos e um enorme sorriso entra no quarto, segurando um potinho com remédios e um copo d'água.

 -Boa tarde! Eu me chamo Hoseok,   vou ser um tipo de "enfermeiro" seu. Você está melhor? - ele deixa os remédios e a água no criado mudo ao lado da cama e se senta perto de mim.

 -Sim, estou melhorando. Esses remédios fazem efeito rápido.

 -Que bom. Fico feliz que você esteja melhor. Você está precisando de algo?

 -Na verdade, eu realmente gostaria de saber o porque de eu estar em um lugar que eu não conheço, vestindo roupas brancas esquisitas e recebendo visitas de pessoas desconhecidas.

 Ele respira frustrado e seu sorriso diminui.

 -Olha...?

 -Jin. Eu me chamo Jin.

 -Então, Jin. Eu infelizmente não posso te falar muita coisa, ordens do chefe, você deve saber como é...

 -Sim, sim. Continue.

 -E, o máximo que eu posso dizer é o seguinte: Você agora é propriedade do meu chefe. Tudo que ele te falar você deve obedecer sem perguntar o por que. Basicamente, se ele te mandar pular, você pergunta a altura.

 -Mas porque? Por que eu devo obedecer a ele, um homem que eu nem conheço? 

 -Por ele pagou por você. Pagou muito caro por você.

 -Mas eu não estou a venda Hoseok! Nunca estive e nem estou!

 -Eu sei que deve ser difícil pra você entender, essa situação é realmente estranha. Mas, eu não posso te dar muitos detalhes. Algumas dúvidas suas, só vão ser esclarecidas com um pouco mais de tempo.

 -Deixa eu ver se eu entendi. Eu fui comprado por um cara sinistro, que me tem como propriedade e pode fazer qualquer coisa comigo, e eu nem sequer posso saber como eu vim parar nesse lugar, que eu nem conheço e nem sei aonde fica. É isso?

 -Bom, basicamente é isso sim.

 -E você quer que eu fique aqui esperando aquele maluco voltar? A meu querido, nem pensar. - eu tento me levantar, mas ele me segura.

 -Jin, não faça isso. Olha, eu sei que você deve estar muito confuso, mas me escuta. Apenas fique aqui, tome seus remédios e descanse. Não a nada que você possa fazer por enquanto.

 -E como eu vou saber que eu posso confiar em você?

 -Bom, aí eu não sei. Mas, eu te falo com toda sinceridade, pode confiar.    Eu não tenho nenhum motivo para mentir pra você.

 Por algum motivo, naquele momento, eu senti que poderia acreditar nele. Em meio a toda essa bagunça em minha cabeça, seu sorriso me deixou um pouco mais calmo.

 -Tudo bem. Eu confio em você.

 -Ótimo! - ele levanta dando pulinhos -Bom, além dos remédios, eu vim aqui para te passar algumas instruções.

 -Está bem.

 -Daqui há... - ele tira do bolso um celular, olhas às horas e o guarda de novo -Três horas, o motorista do meu chefe virá te buscar e te levar.

 -Me levar pra onde? 

 -Para uma casa de verdade, ou você achou que iria ficar aqui nesse quartinho sem graça?

 -Bom, eu não sou muito acustumado com situações como essa, então não estou achando muita coisa...

 -O importante é que você ficará em um lugar muito melhor do que esse. Ah! Já ia me esquecendo! - ele sai do quarto correndo, e volta rapidamente segurando algumas peças de roupa. -Aqui, tome. - ele me entrega as roupas.

 -Imagino que eu deva vestir isso.

 -Sim. Eu adorei conhecer você Jin, mas agora eu tenho que ir.

  -Tudo bem, eu também gostei de te conhecer.

 Ele da um sorriso e vai até a porta, abre e vai embora.

 Eu me levanto, visto as roupas e tomo os remédios. Depois de alguns minutos, começo a sentir uma forte tontura.

 "O que tinha naquela água...?"

 E novamente, eu desmaio. 

 (...)