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História Mostarda e Mel - Prólogo


Escrita por: CatyBolton

Notas do Autor


aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Eu ñ acredito que realmente to postando isso, aposto que vai flopar, MAS O MUNDO TA PRECISANDO D HONEYMUSTARD!! Alias, estou me inspirando muito no que leio no gringo com esse ship, então ne, só pra falar mesmo.
Aviso: gente, cuidado viu, tem uns momentos bem pesados aqui. Leia os avisos e ñ diga que eu ñ avisei!

ENFIM, aproveitem a leitura e perdão pelos erros!

Capítulo 1 - Prólogo


O porão era iluminado por apenas uma lâmpada que eventualmente falhava, o local não se parecia exatamente com um porão convencional, porém lembrava um tipo de pequeno laboratório sem nenhum instrumento científico a vista. Lá dentro estava somente uma estranha máquina e um monstro a construí-la.

Sans esfregou os olhos, sentindo os sintomas do sono com mais força, já era quase três horas da madrugada e ele ainda continuava trabalhando naquela estranha máquina que lembrava um teletransportador daqueles que sempre via em filmes e ficção cientifica que sempre via na televisão. Havia achado-a por acidente, a muito mais tempo do que conseguia se lembrar, no começo da sua adolescência. Quando entediado, ou apenas precisando ficar um tempo sozinho, ele sempre ia ali no porão trabalhar na máquina.

O esqueleto adorava tentar desvendar as maquinas do seu criador - não conseguia chamar Gaster de pai. Mesmo que não escondesse o seu ódio sobre o mesmo, admitia que as máquinas dele não eram pouca coisa. Toda vez que conseguia a proeza de terminar ou concertar uma delas, sempre pareciam obras de arte no final, e como o cientista continuava desaparecido, só restava a Sans para contempla-las.

Era como seu pequeno segredo, que ninguém lhe podia roubar, especialmente seu chefe.

Alto, esbelto e extremamente forte, o seu chefe era realmente incrível. Segundo no comando da guarda real, um dos monstros mais poderosos de todo o subsolo e uma formidável máquina de matar sem alma. Riu com o pensamento, enquanto continuava parafusando uma parte da máquina. O chefe já foi, na verdade, um pequeno esqueletinho que adorava quebra cabeças e sempre ficava por perto do irmão mais velho. Mas Sans era fraco, sem valor, ele não tinha como proteger ou ajudar o seu irmãozinho, e o chefe descobriu isso muito mais rápido do que Sans esperava… Ele o deixou para treinar e quando voltou, voltou muito diferente. Não mais pequeno, fofo e nem inocente, ele elevou-se sobre Sans, não o enxergava mais como um irmão mais velho, mas sim como uma coisa, um objeto… Um brinquedo. Não conseguiu não estremecer apenas com o pensamento, não deveria estar rindo do chefe.

Sans soltou um suspiro longo e cansado, porém satisfeito. Finalmente estava terminada, com todas as peças no lugar. O monstro amava ciência, era a única coisa que ele amava mais que tirar cochilos. A analogia mais próxima que conseguia pensar era como um enorme quebra cabeça de tentativa e erro, mas no final sempre era possível encontrar uma resposta, quando se sabe o que está fazendo, óbvio. Mas o esqueleto era meio amador naquele tipo de tarefa, ele apenas seguia em frente com os projetos que seu criador havia deixado para trás. Sabia que estava terminado, porém não entendia muito bem como a máquina funcionava… Tinha alguma noção de que ela era capaz de leva-lo a algum lugar… Mas o onde continuava uma incógnita. Encarou-a de cima a baixo por um momento, se aquilo realmente fosse um teletransportador não seria verdadeiramente útil, ele já sabia usar os seus atalhos. Mas ainda sim a testaria antes de qualquer coisa, antes de tentar entrar lá e ir a algum lugar, poderia não ser muito seguro.

Após arrumar as suas ferramentas nas gavetas, fez o caminho para fora do porão sendo o mais silencioso que podia. Não queria acordar o irmão…. Não de novo. Memórias da última vez continuavam terrivelmente frescas em sua mente, seu irmão era tão, tão… Cruel… Mas Sans tinha consciência que sempre merecia tudo pois, de uma forma ou de outra, a culpa era sua. Tudo que o chefe já fez com ele era porque era fraco demais.

Subiu as escadas sem nenhuma pressa, apesar de o sono, pegou na maçaneta com uma ponta de hesitação e parou antes de abrir a porta, encarando o próprio reflexo em um espelho quebrado e velho daquele lado da porta. Em seu rosto existia uma longa cicatriz que começava na sua órbita e terminava na parte de trás da cabeça, quase dividindo-a ao meio.

Aquela coisa grotesca em seu rosto lhe deixava muito difícil de encarar, mas havia merecido. De repente começou a tremer, lembrando com detalhes mórbidos da história por trás daquela cicatriz, mas não queria pensar muito nisso. Então agarrou o próprio braço, tentando parar de tremer tanto… Estava seguro agora… Seu chefe estava dormindo.

Juntando alguma coragem, o esqueleto abriu a porta para não encontrar ninguém a vista, apenas uma sala escura, o que era uma coisa muito boa. Odiava ser surpreendido e estava aliviado por não dar de cara com aquilo, enquanto baixava a guarda em um momento breve de alívio… Mas era óbvio que para viver no subsolo, deveria sempre ficar com a guarda alta, preparado para qualquer perigo de alguém tentando lhe matar.

Lentamente subiu as escadas e entrou no seu quarto, depois de acender a luz fechou a porta e se sentou em uma cama completamente bagunçada e com peças de roupas aleatórias combrindo-a quase por completo. O chefe antigamente reclamava de como ele não conseguia manter o quarto em ordem, antigamente porque havia desistido depois de muito obriga-lo a limpar e arrumar, não importava o quanto Sans arrumasse o quarto, em pouco tempo ele estaria pior do que antes. Agora ele pouco se importava se o irmão dormia no lixo ou não, e o próprio menos ainda.

Deu um longo e sonolento bocejo e se espreguiçou, sentindo o escutando os ossos das costas estralarem. Amava cochilar, mas realmente odiava sonos profundos, pois quando se dorme normalmente se tem sonhos, mas ele nunca teve sonhos, apenas violentos e reais pesadelos. Chutou os sapatos dos pés e tirou o casaco, jogando-o em um canto qualquer do cômodo, para rapidamente apagar a luz e se deitar. Mas não iria ousar dormir. Manteria os olhos bem abertos durando todo o resto da madrugada, o máximo que pudesse. A ultima coisa que queria era acordar o chefe com algum dos seus eventuais pesadelos, o esqueleto preferia mil vezes esperar até de manhã para dormir no posto de vigia, onde podia lidar com os sonhos ruins em paz...

[...]

Escutou, ao meio longe, uma voz chamando por seu nome, que exponencialmente foi aumentando até o momento que sentiu como se alguém estivesse gritando com raiva perto da sua cabeça, Sans não tinha certeza do que estava acontecendo, só que a pouco tempo estava sofrendo com um terrível pesadelo do dia que ganhou a rachadura no crânio … Espera, sonhando? Seus olhos se abriram para ver o seu irmão destacando-se no pequeno e escuro quarto, encarou-o por um momento, ponderando o mais velozmente que conseguia sobre o que exatamente estava ocorrendo ali. Estava em sua cama… Realmente havia tido um pesadelo.

E nunca ficava quieto enquanto tinha um pesadelo. E seu chefe odiava aquilo.

— SANS!

O esqueleto rapidamente abandonou toda a sua linha de pensamento quando viu como o seu chefe lhe encarava… Com raiva. Era obvio que ele não estava ali para ajudar o irmão no momento de necessidade. Ele estava de pé perto da cama, apertando as mão com força em punhos, para puni-lo por ser fraco.

Mais rapidamente do que pode acompanhar, e sem aviso, sentiu o seu rosto bater duramente contra a parede. O seu crânio pulsou de dor, não conseguiu conter um alto grito de dor, mas não ousou lutar contra. Então o chefe bateu novamente, com mais força que da outra vez, e Sans escutou um baixo e familiar rangido de um osso sofrendo uma violenta fratura. Aquilo continuou, de novo e de novo, por algum tempo antes de de repete ele parar.

O esqueleto mais baixo chorou silenciosamente, com lágrimas quentes rolando lentamente pelo seu rosto e o chefe apenas soltou uma risada cruel, se divertindo da maneira mais sádica com o sofrimento e humilhação do outro.

— Talvez agora você aprenda a sua lição. – Falou naquele tom suave que odiava tanto, enquanto estendeu a mão e tocou seu rosto, que latejou de dor.

[...]

Na manhã seguinte Sans viu que agora a parte rachada da sua cabeça ganhou varias pequenas outras pequenas rupturas que se originavam da parte mais machucada. Encarando o próprio reflexo e levou as pontas dos dedos ossudos até lá, rapidamente contorcendo o rosto em uma careta de dor. Doía como o diabo, mas teria de se conter na presença do chefe, angustiado se esforçou muito para parar de tremer e virou-se na direção do monstro mais alto presente na sala, lhe oferecendo um sorriso torto, incerto, cheio de medo reprimido.

— Não… N-não doí, chefe.

— ÓTIMO, VOCÊ NÃO PRECISA SER MAIS FRACO DO QUE JÁ É! – Respondeu rudemente, como o de costume.

Encolheu-se com a observação sobre ser fraco… Ele tinha toda noção do mundo da sua fraqueza, o que um monstro com 1 HP podia fazer em um mundo que era matar ou morrer? Mas escutar aquelas palavras ainda lhe machucava um bocado.

Ambos saíram de casa, Papyrus puxando Sans pela guia de coleira que o mesmo usava, uma cena num tanto comum no subsolo, depois de saírem de uma Snowdin deserta e atravessarem toda a floresta o chefe lhe deixou no posto de vigia para interceptar quaisquer humanos que viessem a passar pela grande porta púrpura.  Mas o esqueleto não era verdadeiramente interessado neles, achava todos estúpidos, em especial certo humano estranho, mudo, feio e sempre machucado… Certo, talvez fossem mais parecidos do que tivesse pensado a princípio, mas Sans não tinha aquele poder de foder com a linha do tempo como o maldito pirralho.

Suspirou cansado e se sentou no chão sem dar a mínima para a neve, com as costas apoiadas contra a estação de vigia, confiando que agora podia finalmente dormir. Claro que a ameaça iminente dos pesadelos ainda estavam ali para atormenta-lo no sono, mas somente o alívio de fechar os olhos e adormecer era demais para que pudesse resistir.

[...]

— SEU PEDAÇO DE MERDA INÚTIL!

Havia sido descuidado e desatento, acabando por dormir mais tempo do que deveria, tempo o suficiente para o seu irmão voltar ali e lhe ver procrastinando, dormindo, quando na realidade deveria estar atento para a chegada de algum humano. Por mais que estivesse com sono, não podia ter relaxado tanto, não devia ter se dado esse luxo, agora o chefe lhe arrastava dolorosamente pelo braço pelo caminho que tinham feito mais cedo, de volta para casa, e a alma de Sans encheu-se de medo. Como ele podia ser tão idiota?!

Escutava Papyrus gritando consigo enquanto passavam pela vila que continuava completamente deserta, mas estava apavorado demais para falar uma única palavra. Seu instinto gritava para tentar se soltar e fugir, mas por que diabos tentaria? Fazer isso só iria piorar a situação. Ao chegar em casa foi jogado com tanta brutalidade no chão que o ar quase escapou dos seus pulmões inexistentes, o chefe lhe encarava com raiva e desgosto, coisa que fez o pequeno esqueleto tremer e apertar os punhos antecipadamente de medo. Sabia que o que viria a seguir era apenas mais uma punição, porém era a que mais insuportável de todas.

— M-me desculpe chefe… – Implorou, mesmo sabendo que suas palavras serviriam para muito pouco ou nada, no máximo deixariam o chefe ainda mais irritado.

Quando ele colocou a mão em torno da sua garganta e apertou, Sans engasgou pelo susto e segurou os longos dedos cobertos por uma luva vermelha, ainda tremendo. Ao menos conseguia ser útil para aquilo, pensou, se ficasse quieto, se não gritasse, aquilo terminaria rápido. Mas quando sentiu as garras do chefe rasgando a sua bermuda abandonou todo e qualquer pensamento lógico, permitindo o medo transparecer pelo seu rosto e encarou o mais alto tentando puxar a mão pelos dedos para longe do seu pescoço, que finalmente apertava o suficiente para causar falta de ar… Estava começando a não conseguir mais conter o pânico.

Suplicou para que parasse, mas Papyrus lhe ignorou e desabotoou as próprias calças, em completo silêncio. Um silêncio que só fez tudo ser mais real, mais aterrorizante. Um sorriso doentio lentamente se formou no rosto do chefe quando ele invadiu Sans, que somente soluçou sofridamente, fracamente tentou o empurrar, se afastar e se sentiu ainda mais aterrorizado, desse modo não conseguiu não implorar novamente.

— Por favor, não Papyrus, não-!

Rapidamente uma dor terrível encheu o seu crânio e com os olhos arregalados olhou para o seu chefe. Notou que ele tinha enfiado o polegar dentro da longa rachadura na sua cabeça, por alguns segundos ficou incapaz  de se mover, incapaz de respirar mesmo com a garganta livre do aperto.

— NUNCA, NUNCA ME CHAME ASSIM!

Ele gritou com ódio enquanto as grossas lágrimas começavam a deixar as órbitas de Sans, que concordou acenando rapidamente. Então engoliu o medo, que desceu como um bolo difícil por sua garganta, enquanto sentia a alma batendo pesadamente na caixa torácica… O seu chefe começou a lentamente enfiar o dedo mais fundo na rachadura, coisa que separou ligeiramente o osso em duas partes, e uma onda de dor, como um choque elétrico na cabeça, se espalhou por todo o seu corpo. Com isso não foi capaz de conter um alto e sofrido grito de dor e agonia, mas de repente uma mão grande cobriu a sua boca, era o chefe abafando os seus gritos, mas as lágrimas quentes ainda deslizavam pelas laterais do seu rosto.

— Shh, irmão… – Papyrus deslizou o dedo ao longo da rachadura, fazendo Sans gritar mais e estremecer de dor, mas apenas teve a parte de trás do seu crânio pressionada com mais força contra o chão e seus gritos abafados. – Apenas fique quieto.

O chefe deixou escapar um suspiro de frustração quando tirou o dedo da cicatriz da cabeça do irmão, enquanto o olhava com impaciência, como se pensasse em algo… Ali Sans viu uma discreta abertura na ira do chefe, era a sua chance, a porta do porão estava a poucos passos de distância…!

Usando o pouco que lhe restava de forças e poder, conseguiu empurrar Papyrus para longe e o mais rápido que pode ficou de pé. Suas pernas tremeram, estava doendo, doendo muito… Precisou fazer um esforço sobrenatural para apenas para não cair, não tinha certeza se conseguiria correr naquele estado, mas quando viu o irmão se erguer, extremamente irritado, e esticar os braços para lhe agarrar se teletransportou para dentro do porão, trancando-aq pelo lado de dentro. Estava fraco, sentia que suas pernas iriam ceder a qualquer segundo, então desceu as escadas correndo desajeitadamente na direção da máquina. Enquanto isso escutava o seu chefe socando, chutando e tentando arrombar a porta, sabendo não tinha tempo para testar nada, se ele entrasse ali dentro iria lhe matar! Sans precisava se teletransportar para algum lugar, para qualquer lugar, bem longe dali! Fugir, se esconder em qualquer lugar, talvez mudar de nome, sim...!

Então o esqueleto abriu a porta de metal do teletransportador, fechando-a rapidamente atrás de si, parecia que havia entrado em um tipo de elevador cilindrico. Alguns botões de diversas cores acenderam quando a máquina percebeu a sua presença, neles estavam marcados: “US”, “UT”,  “OT”, “AT” e assim por diante… Sans não fazia a menor ideia do que eles faziam, mas sabia que, depois de ler algumas notas de Gaster outro dia, apertando algum deles seria mandado para algum lugar… E sem pensar duas vezes, completamente no desespero, pressionou o primeiro.

“UnderSwap”.

E tudo ficou escuro.


Notas Finais


to aceitando uns feedback maroto~


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