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História Mudança no Destino (HIATUS) - Home At Last


Escrita por: venuslol

Notas do Autor


Nem vou falar muito...
Eu sei, eu sumi. Passei um ano inteiro sem postar, e a culpa é única e exclusivamente minha. Muita coisa aconteceu pra me tirar a vontade de escrever, e muita coisa aconteceu nas últimas semanas pra me fazer voltar. Não vou prometer datas pra postar o próximo, mas eu acredito que não demorarei tanto. Me perdoem pela demora, mas estou tentando voltar, eu prometo.

A música do capítulo é Angela, do The Lumineers

Capítulo 16 - Home At Last


            Quando acordou, Lucy imediatamente procurou pelo outro corpo na cama de casal com suas mãos, mas ainda sem abrir os olhos. Incomodada pela claridade que entrava pela janela, apertou os olhos e resmungou um pouco, escondendo-se embaixo do cobertor. Rogue já não estava mais na cama, exatamente como no dia anterior, quando também tinha dormido ali. Procurou por mais um cobertor, e ficou quieta por um tempo, apenas apreciando o calor que lhe era proporcionado.

            — Ei, o meu lugar na cama... — a voz de Rogue se fez presente em algum lugar no quarto. Ainda sem descobrir sua cabeça, Lucy se mexeu um tanto para o lado e continuou quietinha. Era um dia frio, e dias frios eram feitos para ficar como ela estava.

            Rogue também se deitou na cama e sorriu olhando para o monte de cobertores ao seu lado. Ele já tinha se levantado há algum tempo, e já tinha feito algumas tarefas matinais, mas não pôde resistir quando viu Lucy tão confortável em sua cama.

            — Não vai me dar bom dia? — o moreno se aproximou mais dela, começando a puxar a ponta do cobertor para se juntar à garota.

            — Bom dia, flor do dia — ouviu Lucy dizendo sarcasticamente, sua voz saindo abafada pelo cobertor — pode por favor me deixar ficar na cama hoje? Não estou com vontade de sair e nem de encarar a realidade.

            Rogue finalmente conseguiu adentrar o forte da loira, e agora se encontrava encarando as suas costas, os cabelos loiros espalhados pelos travesseiros.

            — Deixo você ficar só mais quinze minutos. Vamos sair hoje, temos uma viagem importante pra fazer antes dos Jogos em Grupo.

            Nesse momento, Lucy se virou para ele com um sorriso sonolento, mas que ainda era bonito. Bocejou e se aproximou um pouquinho mais de Rogue, se deixando ser abraçada pelos braços do moreno.

            — Faz tanto tempo que não os vejo...

            — E é justamente por isso que partiremos hoje — conclui Rogue, beijando-a na testa — se arrume e vamos, ainda tenho que acordar o casal da porta da frente.

            Lucy riu e se sentou, esticando os membros do corpo ao máximo para se alongar. Na visão de Rogue, ela se parecia com um gato, mas guardou este pensamento para si mesmo.

            — E quando o trem para Magnólia sai?

            — Daqui uma hora e meia — respondeu Rogue, já se levantando e indo em direção à porta para acordar Sting e Rain — temos tempo.

 

~*~*~

 

            — NÓS DEFINITIVAMENTE NÃO TEMOS TEMPO! — Rain gritou enquanto corria arrumando a mala.

            — A culpa é sua por ter deixado pra fazer isso agora — Sting disse, tentando ajudar como podia.

            — Mas foi você que não arrumou sua mala, idiota — Rain rosnou, terminando de guardar as coisa do loiro e correndo escada abaixo. Lucy e Rogue já tinham saído há algum tempo; a loira não queria perder o trem e Rogue a acompanhou, levando os exceeds com eles. Agora, com Rain e Sting só restava a bagunça.

            Os dois jovens desceram as escadas correndo e, ainda correndo, atravessaram toda a Crocus até chegar à estação de trem. Lucy e Rogue já estavam embarcando.

            — Ah, graças a Deus que não perdemos o trem — Rain suspirou enquanto se jogava no sofá da cabine.

            — Eu penso o contrário — sussurrou Sting, sentindo o enjoo já querendo subir pelo seu estômago.

            Os dois não demoraram a se entrelaçar como sempre faziam para dormir. Rogue também já tinha deitado nas pernas de Lucy, fechando os olhos para tentar diminuir o enjoo. Logo, a jovem fada era a única acordada na cabine. Sozinha com seus pensamentos, Lucy deixou a imaginação vagar. Estava voltando para a Fairy Tail depois de dois meses longe de casa. Tinha passado esses dois meses com a guilda rival, Sabertooth, onde conheceu os membro de seu novo time. Tinha conhecido Rain e sua proteção de mãe, Sting e seu amor fraternal, e Rogue. Lucy ainda não entendia bem o que o moreno sentia por ela, mesmo com a conversa que tinham tido na noite anterior. Ele havia dito que queria ficar com ela, mas ainda assim a maga não sabia bem o que fazer com aquela informação para que ela se realizasse.

            Suspirando, ela apoiou a cabeça no vidro, observando a paisagem que passava rapidamente. Ela mal podia esperar para chegar em casa e poder gritar o tão costumeiro “tadaima!”. Esperava que todos se dessem bem com os tigres por perto, eles também faziam parte de sua família agora e ela gostaria que eles vivessem em harmonia.

            Passando a mão no cabelo de Rogue, Lucy também se sentiu sonolenta. A viagem demoraria mais um pouco, então por que não descansar?

            Ainda com a cabeça apoiada no vidro, Lucy adormeceu.

 

~*~*~

 

            — Vamos logo, Sting — Lucy reclamou, observando o drama do loiro por conta do tempo passado dentro do trem. — a viagem já acabou. E você não quer desafiar Natsu para uma batalha?

            Nesse momento, os olhos do garoto brilharam de excitação. Sim, ele queria! E por conta dessa animação, Sting acabou levando a maioria das malas para que andassem rápido e chegassem logo à Fairy Tail. Lucy e Rain iam conversando mais atrás, tendo Rogue ao lado de Lucy sem exprimir nem uma palavra. Seu lado frio estava se revelando agora que estava fora de sua zona de conforto.

            Lucy os guiou para um hotel na cidade. Afinal, seu apartamento não era mais seu, e precisavam de um lugar para ficar. Arrumaram as coisas no quarto e cada um tomou seu banho, descansando o corpo da viagem. Quando todos estavam prontos, Lucy deu seu maior sorriso durante todo o caminho para sua guilda. Ela saltitava e apostava corridas com Sting, mesmo que sempre perdesse. Então, ao longe o emblema de sua guilda apareceu. Dessa vez, Lucy não perdeu a corrida até a porta da Fairy Tail.

 

~*~*~

 

            Era um dia preguiçoso na guilda. O horário de almoço já estava acabando e todos os presentes já tinham se alimentado, e agora descansavam um pouco antes de voltarem aos seus afazeres. Natsu se encontrava sentado no balcão, junto do mestre e de Mirajane. Tinha acabado de fazer a pergunta de sempre, e já tinha recebido a resposta de sempre. Estava com saudade de sua Luce.

            Desceu do banco e já começava a gritar alguma coisa com Gray quando, de repente, um cheiro adocicado invadia suas narinas. Deixando Gray de lado, Natsu voltou sua atenção completamente para a porta. Seu faro estava pregando uma peça nele mesmo? Ou será que, realmente...

            Nesse momento, a porta da guilda se abriu completamente, banhando o lugar com luz e, bem ao centro, estava a tão amada fada que fizera tanta falta naquela época.

            Lucy tinha retornado.

            — TA-DAI-MA! — Lucy gritou pausadamente, um sorriso enorme estampado em seu rosto. Lá estava a luz da Fairy Tail de volta.

 

~*~*~

 

            Lucy já tinha abraçado a todos e contado todas as novidades. Erza já tinha avaliado sua katana e Levy já tinha pego a continuação de sua história. Todos tinham aceitado muito bem a presença dos seus companheiros de time e já sabiam os nomes de cada um deles. O mestre já tinha perguntado sobre sua estadia na Sabertooth e como era a situação da guilda. Natsu já tinha pedido para lutar contra ela ao saber de sua força, e Gray já tinha pedido uma demonstração de sua magia. Já tinham lutado, festejado e bebido até cair. Agora, Lucy se encontrava com suas amigas, conversando sobre sua magia e explicando como ela funcionava junto da de Sting e Rogue.

            — Então por ser magia da luz ela é compatível com luz e trevas, Lu-chan? — perguntou Levy, extremamente interessada.

            — Sim, sim. Mas eu ainda não conheço tanto assim sobre minha própria magia. Talvez você possa me ajudar, Levy-chan. Há livros na biblioteca da guilda sobre isso?

            — Creio que sim. Vou procurar mais tarde pra você.

            — Mas e quanto à katana, Lucy? — perguntou Erza — como aprendeu a usá-la?

            — Tive um treinamento básico com Rogue, mas ainda preciso treinar mais. Eu nunca a usei em nenhuma missão nem nada, estou esperando o momento certo pra isso.

            Todas as garotas pareciam surpresas por tudo que Lucy tinha aprendido dentro de dois meses. Não era tanto tempo, e a maga ainda tinha muito a aprender, mas a evolução era impressionante.

            Ao cair da noite, todos fizeram um banquete na Fairy Tail. Conversavam, comiam e bebiam animadamente. Sabiam que Lucy ficaria por pouco tempo, até porque os Jogos em Grupo começariam logo. Mesmo assim, aproveitavam esse tempo como podiam.

            Quando todos já estavam satisfeitos e enchendo a cara novamente, Lucy se sentou sozinha por um momento. Observou toda a guilda, e sentiu a felicidade lhe contagiar o peito. Tinha sentido saudades.

            — Oe, Luce — ouviu a voz vindo de trás. Lucy não precisava olhar para saber de quem se tratava.

            — Natsu — a menina sorriu para ele, virando-se e encontrando o menino de cabelos rosados com um semblante sério — o que houve?

            — Aqueles tigres... — começou o menino, olhando para os membros do time de Lucy que conversavam com outras pessoas da guilda — eles não fizeram nada a você, certo?

            Um sorriso surgiu no rosto de Lucy com aquilo. Ele nunca mudaria.

            — Não se preocupe, eles nunca me machucariam — ela respondeu, e também passou a observá-los de longe. Sting já tinha se metido em alguma briga.

            — E aquele Rogue... — o coração de Lucy deu um pulo à menção do nome do moreno — você gosta dele?

            — Gosto — disse Lucy, como se admitisse isso pela primeira vez até mesmo para si mesma — gosto... — afirmou de novo, seus olhos agora presos no garoto calado do outro lado da guilda, e um sorriso brotou em seus lábios.

            — Luce — Natsu chamou a atenção da garota de novo para si — se você confia nele, eu também confiarei. Mas se por algum acaso ele te magoar ou te ferir, nem você vai conseguir me parar quando eu for atrás dele. Você ainda é minha melhor amiga.

            O semblante sério de Natsu de repente deu espaço para um sorriso enorme e animador. Lucy sorriu também e o abraçou, sentindo lágrimas molharem seus olhos, mas não deixando-as cair. Seu melhor amigo estava ali para lhe apoiar em qualquer decisão que tomasse, e aquilo alegrou seu coração mais do que tudo. Ele beijou sua testa numa rara demonstração de carinho e, antes que qualquer um dos dois percebesse, estavam dando risada e voltando à bagunça, mas agora com um laço ainda mais forte entre eles.

           

~*~*~

 

            A bagunça na guilda era reconfortante, mas Lucy e os três dragões precisavam descansar. Mesmo com a reclamação de muitos de que a festa ainda não tinha acabado, os quatro se despediram, pegaram os exceeds e voltaram ao hotel. Já estava tarde e a rua era iluminada apenas pelos postes de iluminação. Apesar de um pouco macabro, Lucy gostava daquela visão. A rua completamente vazia, fria e escura não lhe era tão estranha.

            — Estou com frio... — sussurrou, passando as mãos rapidamente pelos braços para se esquentar, mesmo que isso não ajudasse tanto. O clima tinha mudado bastante desde que tinham saído do hotel.

            — Já estamos chegando, loira — disse Rain, bocejando — aguente só mais algumas quadras.

            Seguiram em silêncio até o hotel, até que um espirro foi ouvido. Rogue imediatamente fez uma careta. Uma gripe era tudo que Lucy não precisava agora. Retirando sua capa, o garoto colocou por cima dos ombros da loira.

            Ela lhe agradeceu com os olhos, apoiando-se agora em seu braço ao andar. O corpo dele também estava quentinho, então ela se manteve por perto. O dia tinha sido agitado, mas amanhã seria pior. Precisava estar 100%.

            Chegaram no hotel e subiram ao quarto. Lucy foi direto tomar um banho quente a mando de Rain, que já estava preparando um chá com canela. Sting começou a reclamar sobre as roupas da garota quando esta saiu do banho, lhe dizendo sobre como precisava se cobrir mais para não ficar doente. Rogue nada disse, mas seus olhos diziam tudo, “melhore logo, idiota, não vou ficar de babá”. Lucy riu com a reação de todos. Ela apenas tinha espirrado, o que tinha de mau nisso?

            Na hora de dormir, Lucy decidiu ficar com Rogue, como tinha feito nos últimos dois dias. Além de que queria conversar um pouco com ele antes de dormir.

            — O que estava conversando com Natsu-san hoje? — ele perguntou primeiro, quando ela se sentou na cama após ter escovado os dentes.

            — Ele me perguntou se vocês estavam me tratando bem, e sobre você. Por quê?

            — Como assim sobre mim? — perguntou o moreno, deitando-se ao lado da maga e ignorando completamente a segunda perguntou.

            — Perguntou se eu tenho interesse em você — disse ela, completamente aberta.

            — E qual foi a sua resposta?

            Lucy se virou para ele, ainda deitada. Os olhos vermelhos encontraram os dela e se perderam neles por um momento. Achava-os tão bonitos que podia se derreter neles que não se importaria.

            — Qual você acha que foi minha resposta, Rogue?

            Voltaram a ficar em silêncio. Rogue porque pensava na pergunta, e Lucy porque pensava no que diria a seguir.

            A menina começou a se cobrir melhor, deixando apenas sua cabeça para fora, ainda observando Rogue.

            — O que nós somos? — perguntou, curiosa sobre a resposta.

            — O que você quer que nós sejamos?

            Silêncio. Rogue virou-se completamente para ela, que não o encarava mais nos olhos. Queria ela para ele. Queria ser dela. Queria poder sentir cada vez mais do sentimento que o consumia quando a via, e do que sentia quando a tocava. Queria tudo isso, só não sabia se ela o queria da mesma forma. E não sabia se expressar para que ela soubesse como ele se sentia, o máximo que tinha conseguido foi a declaração da noite anterior.

            — Rogue — sua voz doce o chamou, e seus olhos imediatamente voltaram para os dela — como você me vê?

            “Muito mais do que como amiga, obviamente”, sua mente fez questão de responder. Não sabia se ela conseguiria ler isso em seus olhos. Mas também não sabia se conseguiria colocar em palavras.

            Suspirando, ele deixou de tentar entender a si próprio, e aproximou-se mais da maga. Pegou a mão da garota e ficou brincando com seus dedos, até que as palavras finalmente criaram coragem para sair.

            — Não quero que você seja uma irmã pra mim. Não quero que você esconda de mim o que você sente, nem quero deixar de te contar o que se passa em minha cabeça. Não quero que você se afaste de mim, nem quero que você troque carícias com outro homem que não seja eu — seu coração deu uma leve pontada com aquela última parte; tinha sentido ciúmes de Natsu mais cedo, mas guardaria aquilo apenas para si — Quero poder sentir seu cheiro todos os dias e quero poder te beijar quando eu bem entender — seus olhos se desviaram de suas mãos juntas e se voltaram para os castanhos de Lucy. Não sabia como continuar, sua linha de raciocínio se perdeu no momento que viu o sorriso da garota estampado até mesmo em seus olhos.

            — Eu também acho que te amo.

 

Home at last

Vacancy, hotel room, lost in me, lost in you

Angela, on my knees, I belong, I believe

Home at last


Notas Finais


É isso. Por favor, comentem, estou precisando de um pouco de apoio pra voltar com isso. Me digam o que estão achando da história e do romance envolvido.
Vocês sabem que eu sempre respondo comentários, então podem comentar sem medo <3
Me desculpem de novo pela demora. Espero que tenham gostado do capítulo.


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