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História Mudanças - Mais uma vez


Escrita por: VLiaNandaV

Notas do Autor


espero que gostem.

Capítulo 1 - Mais uma vez


Estava guardando minhas coisas no armário do vestiário antes do treino, vou depois de todo mundo pela vergonha de me verem, fui colocar uma blusa em cima da prateleira, quando sinto uma dor enorme embaixo, me pegam quase arrancando minha cueca pela cabeça e me jogam pra dentro do armário e me trancam lá dentro.

— isso é pra você aprender a ser gente. -  ele fala rindo e batendo na porta. - se bem que deve ter gostado do puxão. - fala e se afasta rindo e avanço batendo na porta.

— você é que deveria aprender idiotaa!!! - grito batendo nela.

Fico batendo na porta por um tempo, tentando fazer alguém me escutar, mas em vão, com todo mundo lá fora e não me aguento e desabo chorando. Não aguento mais isso, ele faz uma porcaria dessas praticamente todo dia. Já não aguentava mais isso.

Devo ter ficado horas lá dentro e até troquei de roupa, até que o zelador com seus óculos grandes e bigodinho me acha ali dentro. Bem, ele sempre me procura primeiro antes de começar qualquer coisa, pois quase sempre estava dentro de um.

Mal agradeço, cato minha mochila zoniada do lado de fora e saio correndo. Corro o mais rápido que consigo por aqueles corredores, praticamente vazios aquela hora, tentando não chorar, ouço alguém me chamar, mas continuo a correr, até achar a porta do terraço e me jogar contra ela e subir o mais rápido que consigo sentindo minhas pernas queimarem, mas não paro, até chegar a outra porta, a escancarar e ganhar o lado de fora.

Corro pra beira, onde mal consigo respirar e finalmente desabo no choro, não aguento mais isso. Fico ali, descarregando aquilo tudo, era sempre assim e não conseguia me defender daquele idiota. Abro os olhos e olho pra baixo e sinto o chão lá embaixo me chamar, fico alguns segundos o olhando e como se fosse encantado, subo na amurada e fecho os olhos sentindo o vento me bater.

— Peterr!!! - chama alguém as minhas costas.

Abro os olhos olhando pra trás e Wade me encarava alarmado, mas deu um sorriso pra me acalmar, falando pra não fazer aquilo, o olho um pouco confuso e me viro pra frente novamente e olho pra baixo, vendo a altura que era aquilo e solto um ofego, que merda iria fazer?

 Olho novamente pra ele que já estava perto de mim, me viro e me jogo em seus braços e ele me pega no susto e desabo chorando em seu ombro, não segurando mais a cachoeira que saia de mim, ele me abraça apertado, me passando segurança e senta na mesma amurada, me deixando em seu colo e me embalando, passando as mãos por minhas costas pra me acalmar.

— O que foi dessa vez? - fala com sua voz um pouco embargada.

— armário... vestiário. - falo soluçando e ele solta um pequeno riso.

— a praga de ser pequeno é que você cabe em qualquer lugar. - graceja e lhe bato fraco no braço.

— i.idiota, isso é... pra me aju.udar? - falo num soluço e soltando um riso por essa miséria.

— pelo menos está melhor pra já me bater assim. - fala sacana.

— idiota. - falo me erguendo e limpando os olhos.

— que você ama. - fala sorrindo e coro de leve.

— tenho que amar, esse único amigo doido o suficiente pra ficar comigo. - falo um pouco melhor.

— doidera é meu segundo nome. - fala rindo e eu sorrio. - por que não me ligou? - fala com sobrancelha arqueada.

— ah desculpe, em Nárnia não pega sinal. - falo torto.

— ah é, foi mal. - fala e bate na testa.

 Rio e enxugo melhor meus olhos, me colocando melhor, só esse praga mesmo pra fazer meu dia melhorar pelo menos um pouco, nessa porcaria de escola. Deixo a cabeça em seu ombro me acalmando um pouco e ele fazendo carinho em meus cabelos, que sabia que gostava disso.

Sorrio e me ergo o olhando ele sorri por eu estar melhor, mas para uns segundo olhando em meus olhos e depois minha boca se demorando nela e vai chegando perto me espantando. E quando vi, colou seus lábios aos meus, me beijando com carinho, o que me espanta e arregalo os olhos, mas depois me entrego um pouco quando pede passagem com a língua.

Quando vi, estava segurando em minha nuca aprofundando o beijo e eu em seu ombro, fazendo uma dança de línguas, parecendo que a muito tempo queria fazer aquilo e gemo arrepiado quando ele aperta minha cintura, me fazendo chegar mais perto dele. Mas isso me faz acordar e estacar no lugar.

Me afasto o olhando espantado, ele sorria mas logo se desfez pela minha cara, que quase choro por isso.

— Por que fez isso!? - falo saindo de seus braços com a mão na boca com lágrimas nos olhos.

— Peter... eu... - fala espantado.

— Porque, estragou tudo. - falo e uma lágrima escorre.

Não aguento e cato minha mochila e saio correndo dali, ele me chama mas não paro. Corro pelos corredores até sair da escola e ir disparado pra casa, não aguentava mais esse dia e mal tinha terminado.

Corro tanto que sinto minhas pernas queimarem, mas continuo a correr até chegar em casa. Paro na calçada pra recuperar o folego, que estava quase morrendo, inspiro o ar, me colocando melhor limpando meu rosto, da melhor forma possível e entro em casa.

Abro a porta, mas não tenho tempo de correr pra cima, já que minha tia estava na sala.

— Oi bom dia Peter, o jant... - fala mas a interrompo.

— Sem fome. - falo apressado.

— Que foi, que você tem? - fala preocupada.

— Nada tia! É só um maluco retardado, que vive me azucrinando as idéias, não me deixando em paz e me trancando em armários, até alguém fazer o favor de me achar! - grito.

Mas não falei nada disso.

— Nada tia, é que dei uma ralada no joelho, mas já tá melhor. - falo com um meio sorriso.

Não a deixo falar mais nada e subo correndo as escadas, um milagre pra quem machucou o joelho. Me jogo pra dentro do quarto, tranco a porta e me jogo na cama e choro que nem um condenado, choro até quase ficar seco e dormir de exaustão.

.

Mais tarde quando o quarto estava escurecendo, abro meus olhos cansados e doloridos de tudo, soltando um suspiro deprimido, não tinha mais vontade de fazer nada. Aos quase dezessete e sem vontade pra viver. Solto outro suspiro, amanha se isso continuar não vou aguentar.

Não, não vou dar esse gostinho a ele, me virei, isso iria mudar, não iria mais aceitar isso, abro os olhos determinado, amanha tudo ia mudar e encaro meu teto, ainda enfeitado com aquelas estrelinhas florescentes de quando pus quando criança, a encaro e fecho a cara, isso a começar por mim.

Levanto da cama e abro a porta e desço correndo as escadas espantando minha tia, vou até o quartinho onde ficam as ferramentas,  pego a escada e uma espátula e volto correndo escada acima - o quanto consigo com ela nos braços - coloco ela no meio do quarto empurrando as coisas pros lados, subo nela e começo a arrancar aquilo com a raiva no processo, quase arrancando o teto junto.

— o que tá fazendo Peter!!? - fala minha tia espantada da porta.

— não sou mais criança!! - grito, arrancando mais uma do teto.

— Peter...! - fala meio chorosa, mas continuo com aquilo.

— vem querida... - fala meu tio a pegando pelo braço e a puxando pra longe.

— mas... - fala fraca.

— não é um bom dia hoje. - o escuto mais longe.

Mordo a boca e me seguro na escada chorando, foi mal tia...  mudo a escada de lugar e continuo a tira-las do lugar, até não restar nada lá em cima.

Desço a escada e me jogo na cama ofegante, com um pequeno sorriso no rosto, bem melhor. Me ergo e vou até meu guarda roupas e arranco as camisas infantis que ainda tenho, com as caras de desenhos estampadas, jogando pro lado, que iria dar pra alguém depois.

Despenco na cama me sentindo bem melhor, depois dessa 'faxina'. Me deito e suspiro,  amanhã,  tudo, iria mudar.


Notas Finais


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