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História Mulher de Elite - 18. O Convite


Escrita por: milkandhoney

Notas do Autor


Demorei, mas cheguei. Desculpem pela demora.
Boa leitura!

Capítulo 19 - 18. O Convite


Oliver me escolhera para ser uma de suas modelos. A modelo principal. 
Estou até o pescoço de trabalho com a agência e o catálogo da próxima edição da sua marca.
Hoje, por sorte, eu consegui um tempo para almoçar fora do trabalho. E como ainda não recuperamos nosso carro, eu estou indo para o restaurante caminhando. É gostoso e saudável,  então não me incomodo.
Hailey provavelmente deve estar almoçando com Mia, o que é um alívio.  Desde que voltei de Gelsenkirchen, ela tem feito perguntas igual a um repórter. E Mia é sua companheira. Portanto, as horas que passo longe delas — que é quase o dia inteiro — me sinto livre e sossegada. E claro, é quando posso conversar à vontade com Julian.
— Uau, parece que estamos igualmente ocupados agora — murmura ele.
— Não é? Como eu gostaria de ser contratada por uma agência francesa.
— Me dê algum tempo e eu abro a minha própria agência.
    Nós dois rimos de sua piada. E se não fosse apenas brincadeira, seria bom imaginar dando certo. 
Ultimamente eu tenho sentido vontade de estar ao lado dele todos os dias.
— Mal posso esperar para vê-lo novamente.
— Vai demorar mais do que o normal, simplesmente porque eu quero muito a mesma coisa.
— Ainda está disposto a esperar?
— Podemos tirar algum tempo, você pode tirar alguma folga ou...
— Não — interrompo-o —, falo daquela outra coisa.
— Evelyn, já conversamos sobre isso. Você sabe que eu não vou desistir de você.
— Parece que eu estou abusando de você ao fazer isso. 
— Vamos discutir isso de novo?
— Quero ver até onde você resiste.
— Isso é...
— Draxler.
     Uma segunda vez irrompe do outro lado.
— Eu preciso desligar.
— Julian, você acha mesmo que isso vai dar certo... — Mas o outro lado já está mudo há muito tempo.
Não sei quando terei coragem novamente, engulo em seco, fustrada.
— Ei, a fim de causar outro acidente?
     Aquela voz é familiar, apesar de o carro não ser o mesmo. Reparo, também, imediatamente, que Thomas está com um corte de cabelo novo. E para meu desconforto, ele está excessivamente atraente e bonito.
Absorta, só então percebo que estou andando na pista, à margem do acostamento. Subo a calçada novamente e me inclino um pouco sobre o vidro.
— Acho que eu não seria multada por isso, seria?
— Acho que não, mas vejo que seu braço está bem. Não vai querer se machucar de novo. Quer uma carona?
— Ah, eu adoraria, mas estou quase chegando. Obrigada.
— Tem certeza?
— Sim. Eu não quero incomoda-lo.
— Para o seu azar, eu não tenho mais o que fazer pelo resto do dia. Venha, será um prazer ter com quem conversar.
     Eu continuaria recusando, mas estou ciente de que estou mantendo duas desculpas. Primera: o restaurante não está perto; segunda: eu realmente gostaria de pegar uma carona com Thomas.
Sem mais delongas, entro no carro e agradeço com um sorriso. Ele retribui.
— Você sabia que os pedestres devem prestar tanta atenção quanto os motoristas ao usar o celular no trânsito?
— Vou lembrar disso na próxima vez.  — Tento parecer tão descontraída quanto ele, quando tenho vários motivos para estar tensa.
— Então, para onde estava indo?
— Prinz Myshkin.
— Eu adoro aquele lugar. E eu ainda nem almocei hoje.
— Vai mesmo almoçar com uma desconhecida?
— Bom, eu não falei que iria almoçar com você.
— Eu sei. Essa foi minha deixa para convida-lo.
— Então, sim. Eu vou almoçar com uma desconhecida.
— Vai ser uma honra almoçar com um campeão.
— Nada disso. Hoje eu sou apenas um amigo almoçando com uma amiga.
      Eu me pergunto o que sua esposa acharia disso, mas não me manifesto. Há algo agradável em estar na sua presença que me faz não querer afasta-lo.
Para evitar o assédio, escolhemos uma mesa reservada e longe dos olhares e comentários. É claro que ele fora reconhecido por algumas pessoas, mas o contato não durara muito, então ficamos bem.
Nos acomodamos em uma pequena mesa sob a iluminação leve e os tons pálidos do lugar. Os arcos de volta perfeita fazem-me lembrar do interior de uma mesquita. Não houve aquele longo silêncio desconfortável comum em algum momento de um encontro de dois desconhecidos. Algum tempo depois, muito antes da sobremesa, sequer parecíamos mais desconhecidos. Nossa conversa assídua e o clima descontraído me deu a ousadia de fazer uma pergunta que me estava pairando sobre a mente. Decidi então cometer o erro de faze-la.
— Por que está aqui?
— Como assim?  — Sua expressão fica dura e séria prontamente.
— Por que está almoçando comigo, Thomas?
— Bem, eu quis ser gentil e acredite, realmente não tinha almoçado. Nos conhecemos sob circunstâncias não tão agradáveis, então eu achei que seria bom ou cortês nos conhecermos melhor e quebrar aquele clima. É isso o que as pessoas fazem, não é? 
— Claro — respondo de pronto, mas não soa convincente.
— Por que mais seria?
— Me desculpe. Acho que entendi mal.
— Evelyn, eu sou casado. Você não está com o Draxler?
— É, eu acho que sim.
— Você é muito linda e boa. Não faça isso com ele ou consigo mesma.
— Uau! Aprecio sua franqueza. Eu devo ir embora, me desculpe por isso...
— Está tudo bem. Não se preocupe. Fique, por favor.
    Estou envergonhada, mas ao mesmo tempo lisonjeada, apesar de não entender bem porquê.
— Você quer ir assistir a um jogo de um amigo?
— Será uma honra. — Ele sorri. Eu não consigo evitar reparar na pureza e sinceridade de seu sorriso.
     O clima volta ao normal aos poucos. A tensão e a vergonha já se dissiparam, assim como o rubor do meu rosto. No entanto, não há mais muito tempo para conversar. Meu horário de almoço está prestes a acabar, apesar de eu tentar lutar contra o relógio.
— Foi muito agradável, Thomas. Obrigada pela carona e pela companhia.
— Então me espere aqui. Eu vou pagar a conta.
— Ah, não — protesto prontamente. — Eu faço isso.
    Ele toca meu ombro gentilmente.
— Evelyn, não precisa. Me agradeça aparecendo no jogo, certo? — Sem mais delongas, ele ruma para o caixa.
Observo-o tratar o homem do caixa gentilmente e em seguida voltar à mesa. Há um sorriso complacente em seu rosto que me faz sorrir de volta e hesitar perguntar o motivo dele.
— Eu posso levá-la para casa?
— Ah, eu agradeço, mas não vou para casa.
— Deixe-me reformular. — Ele me convida a levantar, eu o faço no mesmo instante, compartilhando o calor que suas mãos exalam.  — Eu posso levá-la para onde quer que você vá?
    Se ele soubesse o quanto ambíguo  soa esse convite...
— Obrigada, mas não posso aceitar. Já fez demais por mim.
— Eu já disse, não foi nada demais.
— Não me leve a mal, mas para o seu próprio bem, é melhor não. As meninas da agência são muito fofoqueiras.
— Tudo bem, já que você insiste. Eu posso te esperar no jogo?
— Depende, se conseguir me achar na torcida.
— Então é um sim. Eu tenho uma visão muito boa. Até logo, Evelyn.
— Até logo, Thomas.
     Deixo, então, a ele a ao restaurante. Mais do que confusa, estou irrevogavelmente atraída por ele.
 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Vamos interagir, guys. Eu particularmente shippo esses dois, e vcs?
Até logo!
Xo♡


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