Tentei abrir meus olhos, e senti minha cabeça latejando, fui abrindo os olhos com dificuldade por conta da luz, quem é o pau no cu que abre essa porra de janela? Olhei em minha volta e vi que estava num quarto que não era o meu.
Prontos, me sequestraram, fudeu.
Me levantei com cuidado, tentando não fazer barulho, caso tivesse sido sequestrada mesmo. Reparei que não estava vestida com minhas roupas do dia anterior, que merda é essa? Fui no banheiro tentando dar um jeito na minha cara, vi uma escova e a usei, ajeitei meu cabelo e sai do quarto.
Fui olhando em volta pelos longos corredores, porra estes sequestradores têm muita grana. Já falei que só penso besteira? Fui andando até dar com uma escadas bem grandes, agora tava parecendo que eu já tinha lá estado, não lembro quando. Desci e vi alguém na cozinha, vi uma faca no balcão e não pensei duas vezes, logo peguei nela.
— QUEM É VOCE? O QUE EU TO FAZENDO AQUI? ALGUÉM VAI CHAMAR A POLICIA E VAO VIR ME PROCURAR SEU CORNO.— disse sentido todo meu corpo tremer.
— Pousa essa merda antes que eu de um tiro em você garota. Tá em minha casa, agora cala a boca.— percebi pela sua rouquidão e pela forma arrogante na voz que era Bieber, falando melhor acho que preferia a ideia do sequestro.
— Posso saber o que eu tô fazendo aqui, em sua casa?— disse cruzando os braços e batendo meu pé.
— Voce não lembra?— disse se virando com um olhar malicioso, mordendo sua maça.
— Você e eu .... nós não...— falei arregalando os olhos e levando minhas mãos á boca.
— Não.— disse trincando sua maça, suspirei de alívio. — Infelizmente, não. Mas podemos mudar isso.— disse ele pousando sua maça e caminhando até mim, com um sorriso nada bom.
— Parou. Tá se esquecendo?— disse abanado a faca que ainda tinha na mão, nem percebi que ainda tava com ela, secalhar era melhor, com Bieber nunca se sabe.
— Me explica o que aconteceu ontem.— disse me dirigindo pra mesa e sentando.
— Você é uma idiota que não sabe seus limites e acabou bebendo de mais e adormecendo na boate, fazendo eu passar vergonhas e perder minha noite.— ele disse com uma certa irritação em sua voz, o que admito que me assustou um pouco.
O facto de eu não saber muito da vida dele é que me assusta mais, pois não sei com quem eu estou lidando, mas tenho certeza que ele não é um cara correto, e começo pensando que por isso me atrai tanto, sua loucura e seu mistério. Isso me entrega mais pra ele. Mesmo sabendo que estou tomando decisões muito erradas, parece que meu coração não deixa eu fugir, apesar de eu saber que é errado, e que não posso me magoar de novo, que ele não é o típico rapaz amoroso, mas porra ele não ta ajudando, a cara, o corpo, sua voz, deus me ajude, ou eu consigo sair desta e me separar dele ( Emma vai sonhando) ou eu me meto bem no meio do mundo dele, um mundo que não é pra menininhas como eu, seu mundo obscuro, cheio de segredos.
—É... obrigada.— disse a ultima parte baixa por conta da vergonha.
— Não agradeça, você vai me compensar.— senti minha respiração falhar, enquanto andava para trás.— Mas não hoje bravinha, respira. — disse piscando pra mim.
— Ninguém mandou você trazer eu aqui, então vai tomar no cu.— disse talvez alto demais, eu tava brincando com o fogo e isso o tava irritando muito, eu sou idiota só pode.
— Garota, olha como tu fala comigo,não brinca. – disse agarrando meu braço com tanta força que fez eu deixar cair a faca que estava na minha mão e uma lágrima escorrer pelo meu rosto, vi ele respirando fundo enquanto diminuia a força que estava agarrando minha mão e deu de costas, meu coração parou por alguns minutos, respirei fundo.
Fui andando em direção á sala, o vi sentado vendo algum boneco, provável que seja Bob Esponja. Me sentei em um canto sem dar sinal de vida, pois era o melhor, não tinha minhas roupas nem tinha como ir embora, então só restava eu esperar ele falar alguma coisa, ou alguém me vir salvar.
A porta da entrada abriu e consigo ver Chris e Chaz entrando feito loucos, o que é o normal. Deus me ouviu, obrigado.
— HEYYY MANÉ. – disse Chaz se dirigindo a Justin e fazendo seu passe, Chris fez o mesmo.
— Então Emma, tudo bom?— disse Chaz me dando um beijo na bochecha tal como Chris.
— Nada de mais.— disse sorrindo fraco e falando baixo, me fazendo de vítima.
— Bizzle, já fez merda.— disse Chaz dando um olhar de reprovação pra Justin.
Bizzle, não entendi essa porra de nome, nem vou perguntar.
— Eu não fiz nada, só ensinei essa garota onde é seu lugar.— disse ele dando de ombros não tirando seus olhos da tv onde passava agora uns homens lutando. Chaz revirou os olhos e me sussurou.
— Não ligue, é pau no cu mesmo.— não consegui evitar de rir e vi Bieber olhando pra mim com um olhar de raiva, quer saber? Foda-se.
— Você tava bem louca ontem.— disse Chris rindo.
— Cala a boca, nem devia tar assim tão mal como vocês falam.— disse dando e ombros.
— Claro que não, dizendo que eu era gostoso, e que não era de deitar fora.— disse Chaz orgulhoso e sorrindo.— Bem verdade. – piscou pra mim, vi Bieber tirar seus olhos da tv por uma vez e escutando a conversa, vamos jogar idiota.
— Até que não é de deitar fora. – disse piscando pra Chaz, o mesmo riu sabendo que eu tava brincando.
Justin se levantou tão rápido que nem o Flash. Chupa idiota, cada um joga como pode né. É verdade, eu tinha medo mas não podia mostrar, não podia dar esse gostinho pra ele, ele não podia saber que tinha algum poder sobre mim, mesmo depois de tudo que ele me disse, eu não me conseguia afastar. Admito que me deixava feliz ver que o conseguia irritar, mexer com ele um pouco, me dava um gostinho maravilhoso, mas sei que se você o provoca você paga, e muito pior pois ele não brinca, eu estava brincando com o fogo e sei que me iria queimar qualquer hora.
— Vamos no cinema, ou vai ficar ai comendo o dia todo?— disse Chris olhando pra Chaz.
— Como é que voce ainda chegou á 5 minutos e já tá comendo tudo?— disse olhando surpresa pra Chaz.
— Não me subestime.— disse rindo.— Vamos, vá la chamar o cuzão.— ambos olharam pra mim.
— Nem vale a pena falar, não vou.— disse cruzando os braços.
— Ah vai lá, eu tou aqui comendo, e Chris....Chris tá muito cansado da noite de ontem. Por favor Emma, por favor, emmazitaaaaa.— disse Chaz se ajoalhando, revirei os olhos e ri com isso, são mesmo idiotas.
Logo sedi e fui subindo as escadas, tinha que me vestir então teria que perguntar pra ele onde minhas roupas estavam, por isso não tinha outra saída. Fui abrindo a porta do seu quarto, e me deparei com ele deitado apenas olhando pro teto.
— Já não pede permisão pra entrar? Tua mãe não te ensinou?— disse não tirando seus olhos do teto.
— Vamos ao cinema, mas se você não quer ir tudo bem, mas me diz onde estão minhas roupas.— disse cruzando os braços e sorrindo sínica parando em sua frente. Ele levantou e ficou me olhando.
— Pega suas roupas ali.— disse seco apontando pra um cadeirão onde minhas roupas estavam, foi no espelho ajeitou seu topete, ele tinha mais amor aquilo que sei lá o que. Me vesti, passei uma make básica, e desci.
— Vamos?
— Tanto tempo Emma, porra.— disse Chris bufando.
— Cala a boca e anda.— disse abrindo a porta, fomos todos no carro do Justin, depois de eles ficarem discutindo e batendo uns nos outros pra decidir em que carro iam. Logo chegamos no cinema e um casal veio em nossa direção.
Espera quem é aquela garota que tá com ele?
— HEYYY CUZÃOO.— disse Chaz comprimentando um rapaz até bem bonito por sinal.
— Fala baixo Chaz porra, passa vida gritando.— disse o comprimentando e fez os mesmo com os outros.
— Ryan essa é a Emma, Emma esse é o Ryan.— sorri e o comprimentei.
Reparei na moça comprimentando todo mundo inclinando seu decote, e só agora consigo ver com claresa quem era. Não pode, é impossível, só podem tar brincando comigo.
Um frio correu minha espinha, senti meu corpo ficar fraco, mas me manti quieta. O que tá acontecendo...
— Emma, essa é...— Ryan ia falar mas eu nem deixei ele terminar.
—Hannah.— disse não podendo acreditar, a mesma sorriu ao perceber quem eu era.
Estava esperando as cameras sairem correndo pra dizer que tão brincando, depois de anos uma das pessoas que me pisou, que sempre me humilhou, esta aqui, bem na minha frente, eu só queria pisar sua cara. Hannah não tinha mudado muito, continuava com suas roupas mínimas, e com a sua cara de macaca.
— Emma? Você aqui, que coincidência viu? Mundo pequeno.— disse sorrindo sínica.
Eu queria saltar em cima dela e bater tanto nela até ela não respirar mais, mas eu tenho que me manter calma e mostrar que estou bem e confiante. Os rapazes nos olhavam sem entender o que estava acontecendo.
— Vocês...se conhecem?— perguntou Chaz confuso.
— Sim, andamos na mesma escola sabe, Hannah e eu nos davamos muito bem.— disse sorrindo sínica, a mesma não parou de me olhar.
— Ainda bem, poupamos as introduções, é minha namorada.— disse Ryan sorrindo e a mesma se agarrou nele, me digam que esta piranha não vem connosco.
—Vamos? Quero comprar pipoca.— disse Chaz quase correndo.
—Gordo.— o vi se virar e me dar o dedo do meio.
— Você disse que eu era gostoso, então vai tomar no cu.— reparei Justin me fuzilar com os olhos, tentei não rir com a situação mas não consegui e soltei um riso baixo.
Entramos na sala do cinema depois de comprar pipocas e fomos indo pro nossos lugares. Ryan ficou com a piranha COF me enganei desculpa, com a Hannah. Chris se sentou do lado deles e Chaz fez o mesmo, só restava dois lugares, e eu tava tentando não gritar pois tive que sentar no meio de Justin e Chaz.
Chaz não cala a porra da boca um segundo mas dá pra suportar, só porque adoro ele. Mas Justin, deus o que eu fiz de mal pra você? Me sentei sem dizer nada, pois não valia apena, e o filme foi passando, era The Conjuring 2, eu não tava muito contente, sei que ia me cagar de medo, mas os cuzões me obrigaram.
Chaz não calava a boca, toda a parte que aparecia algo assustador, e eu? Bem eu so escondia a cara toda vez que aparecia os fantasmas ou o que era aquilo, eu admito que estava odiando, só ria quando Chaz dava aqueles pulinhos, quase caiundo por cima de nós. Idiota.
— Porra Chaz chega teu cu gordo pra lá, seu bicha.— disse o empurrando pois ele estava quase em cima de mim.
— Cala boca Emma, não tá vendo que ... AH CARALHO PORRA.
Me assustei tanto que me vi virando pro Justin e escondendo minha cara em seu peito, o mesmo não teve reação, me apercebi do que estava fazendo e logo me coloquei de novo no sítio. Tanto sítio pra esconder minha cara tinha logo que ser naquele idiota. Já falei que sou imbecil? Prontos tá dito.
—Tá com medinho?— disse sussurando em meu ouvido.— Pensei que a bravinha não tinha medo desses filmezinhos pra criança.— disse se encostando a minha cadeira com ar de deboche.
— Viu. Quem é o bicha agora? E meu cu não é gordo, é gostoso.— disse Chaz me dando um leve tapa no braço, retribui.— Porra, tou brincando. – nem liguei.
— E se tiver? Tá com algum problema é?— disse encarando Bieber da mesma forma.
— Tou, no momento que você vem pros meus braços, é problema meu.— disse me encarando com um sorriso malicioso.
Porque toda a vez que eu tento odiá-lo ele vem com esses sorrizinhos de merda, sou humana porra assim tá díficil.
— Nem pra isso você serve.
— Tem certeza?— disse se chegando perto do meu ouvido, senti meu corpo arrepiar.
— Tenho. E não sei qual é o problema de ter medo desse filme.
— Não foi o que pareceu quando gritou meu nome na outra noite.— engoli a seco lembrando daquela noite onde fiz meu pior erro, me envolver com um babaca como ele, onde eu tava com a cabeça, talvez admirando seu corpo, seu sorriso, seus olhos.
Justin se faz passar por um rapaz charmoso que vai dar tudo pra você e te tratar como toda mulher merece, mas aí foi onde eu fui idiota, Justin não é carinhoso a não ser que queira algo em troca, não é o tipo de rapaz que dá prendinhas, que diz que você está linda toda a vez que olha pra você, que te leva a jantar romântico num restaurante caro, e eu só me sinto mais imbecil cada vez que lembro dessa noite.
—Hm, você não sabe com quem esta brincando bravinha. Se eu fosse você, preferia nem saber.— consegui ver pura maldade em seu olhar.
Eu não podia esperar dele algo que sei que ele nunca me vai poder dar. Mas será que eu estou disposta a isso? Eu estava em negação comigo mesmo, eu já me tinha entregue a ele, agora só cabia a mim tentar me soltar.
— Ai é? Rouba docinho as crianças é Bieber?Que mau.— disse cruzando os braços e fazendo beicinho.
O mesmo riu e voltou a se sentar direito no seu lugar. Eu amo brincar com o fogo, quando me queimar fudeu. Eu não sei ao certo o porque, mas eu não tinha medo de enfrentá-lo como todo mundo, quase lambiam seus pés, mas se ele fica pensando que tenho medo, provavelmente tá certo mas vou sempre dar minha resposta, sou teimosa assim mesmo, será por ser louca? Provavelmente, mas deixa pra lá.
Tanto sinto odio por ele, ou desejo, por vezes medo e o pior é que não sei como lidar com isso, estava fora dos meus planos ter alguém como Justin na minha vida depois de me mudar para aqui. Tentar evitar tudo vai ser díficil depois do erro que eu cometi, mas sei que não é impossível, até porque quando Bieber é irritante chega a dar vontade até de matar ele. Ri comigo. Minha pessoa? matando Bieber? Vontade não falta mas vou sonhando porque a coragem fugiu. Tanto fiquei pensando pra mim, que nem notei que tava todo mundo levantando.
— Emma? Tá pensando em mim? O seu amigo mais gostoso?
— Chaz vai se fuder.— disse me levantando.
— Chaz, todo mundo sabe que o mais gostoso sou eu.— disse Chris.
— Vocês são tapados mesmo, olhem pra mim, ninguém resiste aqui ao Justin gostozão.
—Vocês são tão idiotas. Sai da frente pau no cu.— disse tentando empurrar Justin, obvio que sem sucesso, só consegui passar depois do mesmo tirar com a minha cara e me dar passagem.
Fomos jantar e saimos do shopping, tentei contar quantas vezes eu tentava matar a piranha, e ter todo mundo gritando pra parar, perdi a conta. Justin deixou cada um em sua casa, até só restar eu e ele. Mary vai me matar se eu não volto. E daí nem sei, tenho mandado mensagem pra ela dando updates e ela sabe que eu nao estou morta e deixada ai num canto duma rua qualquer, isso é suficiente pra ela. Horrível, mas continuo amando ela. Vi Justin passando minha casa seguindo sempre em frente, prontos afinal fui sequestrada mesmo.
— Minha casa fica lá trás, sabe?— disse me virando pra ele.
— Não vai pra casa agora.— disse sem tirar seus olhos da estrada.
— E você manda em mim por acaso?— disse arqueando minha sobrancelha o encarando.
— Mando.
— Deixa eu rir só um bocado. Posso saber onde me tá levando pelo menos?
— Quando chegarmos você vê, agora cala a boca.— disse sério.
— Ai Bieber não precisa ser tão carinhoso assim.— disse revirando os olhos, vi o mesmo me encarar e um pequeno sorriso brutar, mas logo se desfez.
Fomos andando pelo menos uns trinta minutos até chegarmos. Justin saiu do carro tirando uma toalha e um cobertor do banco de trás, fiquei sem entender mas o fui seguindo, caminhando o que parecia ser no meio duma floresta. Aquilo estava me dando um pouco de medo, visto que já era muito tarde, e a única luz era seu celular mostrando o caminho pra nós.
— É aqui que você me vai matar, cortar meu corpo aos pedaços e esconder pra ninguém encontrar as provas?— tava falando sério mas obvio que fiz parecer que não.
— Se você continuar falando merda, começo a pensar nisso.
Depois de minha cabeça ter batido em tudo o que era galho de árvore por ali o caminho se abriu e me deparei com o que parecia ser uma cascata, minha boca se formou num completo “O, era o sítio mais bonito que eu já tinha estado, parecia tirado de um filme, cheguei no paraíso e niguém avisou?
— Justin isto é.... lindo.— disse o encarando.
— Eu? Eu sei não precisa babar.— disse olhando pro seu corpo e rindo da minha cara que ainda estava espantada com tudo aquilo.
— Vai tomar no cu.— dei um tapa leve em seu braço.— Mas porque me trouxe aqui?
— Pra matar você.— disse sério, o que fez com que meu coração batesse mais depressa.— Tou brincando, não sei sempre quiz mostrar isto pra alguém. Mato você mais tarde.— disse me encarando, revirei meus olhos.— Você tem de parar de fazer isso, começa a me irritar.
— Fazer o quê?
— Ficar ai revirando seus olhos.— disse encarando as aguas cristalinas onde a lua se refletia.
Aquele sítio era perfeito mas acabei me perdendo olhando pra seu rosto, seus olhos, eu me perdia neles, como alguém podia ter o poder de prender você desse jeito. Tirei aqueles pensamentos absurdos da minha cabeça e apenas aproveitei o momento. Justin pousou a toalha em qualquer lado e começou tirando sua roupa e sapatos ficando só de boxers, meus olhos se arregalaram olhando o que ele tava fazendo.
— Justin, o que você tá fazendo?— disse desviando meu olhar.
— Pode olhar, não tem nada que você não tenha visto aqui.— esse idiota tem sempre que pisar em cima, só pra mexer com os sentimentos das pessoas.
O mesmo saltou pra dentro de agua e eu apenas o fiquei encarando de braços cruzados.
— Vai ficar ai babando olhando pra mim o tempo todo, ou vai entrar?— revirei meus olhos, fiquei pensando por alguns minutos mas logo tirei minha roupa ficando apenas com minha roupa interior e logo saltei também.
— Porra, tá gelada.— disse sentindo o choque de meu corpo com a aguá.
— Claro idiota é uma cascata, obvio que é gelada.— disse se aproximando me atirando água.
Ficamos brincando com a água como crianças por algum tempo, mas o frio era demais, e fomos nos deitar na toalha.
— Tou morrendo de frio.— meu corpo parecia congelado, quase não sentia minhas pernas, meu corpo todo tremia.
Senti Justin me chegar mais pra ele fazendo eu o encarar, seus olhos de novo me prenderam. Colocou o cobertor em cima de nós nos combrindo por completo. Justin se deitou, e depois de eu ter ficado olhando o céu vendo as estrelas por um tempo, fiz o mesmo.
— Ainda tem frio?— disse Justin me encarando.
— Um pouco, mas o cobertor ajuda.— disse me aconchegando mais.
— Chega aqui.— me virou de costas para ele e suas mãos puxaram minha cintura mais pra ele, fazendo eu sentir o calor do seu corpo enquanto seus braços me rodeavam.
Ao ínicio pensei em me mover, mas não tava conseguindo, me sentia bem em seus braços. Me sentia segura, apesar de ele não ser o certo me fazia sentir viva de novo. Quando estava com ele, eu sentia meu coração palpitando enquanto um misto de sensações me invadiam e manifestavam por todo o meu interior.
Ethan por mais que me tenha magoado, foi especial pra mim e nem mesmo ele me fez sentir assim.
Mas Justin? Justin era diferente ele me fazia sentir viva de novo. O jeito rude dele de uma forma me prendia, devia fazer eu o odiar, mas sem saber o porque eu não conseguia, simplesmente não consegui odiar ele, é como se me enfeitiçasse.
Eu sabia o que era amar. Penso eu, mas quando você dá tudo por essa pessoa e ela te magoa você acaba perdendo a esperança em ter alguém de seu lado que te faz sentir como a pessoa fantástica que você é, e a única coisa que você pode fazer é respirar fundo, seguir em frente e encontrar seu propósito.
Mas Justin, ele é diferente de todo mundo, ele te faz odiá-lo mas quere-lo ao mesmo tempo. Te faz sentir como só mais uma em sua lista, mas ao mesmo tempo a mais especial, e ai você fica sem saber o que fazer, presa num mundo de amor e ódio.
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