•|Savannah Campbell|•
- ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus! Justin Bieber vai fazer um show aqui em Miami! Savannah, me segura que eu vou desmaiar! – acordei com Sarah entrando no meu quarto gritando, e eu virei os olhos.
- Sarah, por favor, menos vai, beeem menos. Nem sei do por quê você estar assim, você nem vai à esse show. E, sai do meu quarto, eu quero que dormir. – disse, e logo minha irmã me olhou como se eu tivesse falado algo errado.
- e como você sabe que o papai não vai deixar desta vez? Eu tenho quase 18 anos! Posso tomar conta de mim mesma, tá bom? – virei os olhos novamente.
- você conhece o papai, ele não vai deixar você ir, então para de dar esses seus surtinhos e sai do quarto, eu quero estudar que amanhã eu tenho prova. – menti, eu não precisava estudar, já estava no final do ano e tecnicamente já passei de ano, mas precisava de um pouco de silêncio, ou melhor não precisava de Sarah aqui no meu quarto me atormentando.
- muito engraçada hein Savannah, para de palhaçada eu preciso de alguém que surte comigo, e mesmo que você não goste do lindo, maravilhoso, gostoso, Justin Bieber, você é a única que é jovem, tirando eu, claro né. – suspirei alto para não avançar nela.
- Sarah, por favor vai dormir, já são – parei para olhar a hora no meu celular, que estava na minha cômoda – DUAS DA MANHÃ?! Sarah eu te mato guria, me acordou às duas da manhã!! – me deitei novamente, e esperei ela sair, mas não escutei nada.
- ahn... Savannah? – resmunguei um “hum?” ainda brava – na verdade, são duas e meia – ela deu uma risadinha, e eu levantei de novo quase matando-a com um olhar e ataquei meu travesseiro mas ela já havia corrido para fora e fechado a porta.
- arg! Filha da puta! – resmunguei novamente e fui ajuntar meu travesseiro para me deitar de novo.
[...]
Já de manhã, e pronta para a escola, desci para tomar café. Chegando lá, encontrei minha irmã comendo, meu pai concentrado no jornal, e minha mãe colocando café na mesa e logo meu viu chegando e sorriu.
- bom dia, querida. – sorri.
- bom dia mãe, pai, Sarah. – disse o nome da Sarah entra dentes, ainda estava brava com ela, não dormi quase nada está noite, e acho que minha mãe percebeu, pois me olhou como se estivesse lendo meus pensamentos.
- tudo bem filha? Você esta com uma carinha de cansada, dormiu bem está noite? – perguntou um pouco preocupada, mas logo sua expressão se suavizou por conta do sorriso que eu dei pela sua preocupação.
- tudo sim mãe, mas eu não dormi bem não, porquê alguém não deixou. – destaquei “alguém” ao olhar para minha irmã, que deu um sorriso.
- Sarah! Foi atormentar sua irmã de novo? – perguntou minha mãe.
- não, eu fui falar do show do Justin! Isso não é atormentar – resmunguei “para mim sim” e ela me olhou feio, soltei um riso – aliás, papai – chamou a atenção do papai que olhou para a mesma por cima do jornal – eu queria saber se...
- não. – falou meu pai, cortando minha irmã.
- mas pai...
- mas nada, você não vai à show nenhum e ponto final, se comentar sobre isso de novo vai ficar de castigo, e não vai ser só a esse show que você não irá. – falou meu pai rude, e eu me surpreendi, junto de Sarah, olhei para minha mãe procurando algum vestígio de surpresa, mas ela apenas desviou o olhar, o que eu estranhei.
- tudo bem... – disse Sarah e abaixou a cabeça.
O clima do café da manhã continuou tenso, desde a “bronca” que meu pai deu a Sarah, mas tinha alguma coisa estranha, por mais que ele não gostasse de Justin, assim como eu, ele não era rude ou grosso, chegava até a fazer brincadeiras, mas poderia ser o estresse do trabalho, ou não.
[...]
A caminho da escola, Sarah e eu estávamos conversando sobre o acontecimento mais cedo.
- mas ele não é assim, com certeza é algo do trabalho. – disse minha irmã.
- não sei... Tá tudo muito estranho, mamãe não estava surpresa, parecia até que, ela já estava acostumada. – nos entreolhamos, e vi um pouco de preocupação no olhar de Sarah, e por um momento cogitei a ideia de que minha mãe sofria violência doméstica ou algo parecido para que ela se acostumasse com seu mau humor, mas meu pai seria incapaz de fazer isso, tenho certeza disso. – mas seja o que for, não é da nossa conta, e duvido que seja por nossa culpa, pode ser que papai tenha se estressado e mamãe se intrometeu, e como o pai odeia isso, se estressou. Mas não deve ser nada demais, não é? – agora quem estava preocupada era eu, e acho que Sarah percebeu isso, pois me abraçou pelos ombros.
- sim, sim claro, com certeza deve ser isso. Não se preocupe. – falou tentando me acalmar, e logo chegamos à escola, onde minha irmã foi ao encontro de suas amigas patricinhas, e eu, bom, eu fui no meu cantinho, ler um livro, como fazia todo dia. Logo o sinal bateu e fomos todos para suas aulas.
Como Sarah era um ano mais velha, não tínhamos aulas juntas, e mesmo se tivéssemos não iríamos ficar juntas, ela iria ficar com as suas amiguinhas, e eu sozinha, como sempre.
[...]
Quando enfim o intervalo chegou, eu esperei todos saírem da sala para eu não esbarrar em ninguém. Ajuntei meus matérias e peguei minha mochila indo de encontro a porta quando eu esbarro em alguém e caio no chão, quanto ao ser em que esbarro, a única coisa que cai são seus livros.
- meu Deus! Me desculpe, não te vi. – falei ainda sem olhar para cima, por estar ajuntando seus livros. O mesmo da uma risada, e então percebo que o ser em que esbarro é um homem.
- está tudo bem – ele se abaixa e pega alguns livros, eu então, olho para ele, céus, que perfeito! Penso, pois estou diante de um homem lindo, com cabelo castanho mais lindo, olhos castanhos maravilhosos, e um corpo musculoso, mas nem tanto. – tudo bem?
- ahn? Ah, sim! C-claro, tudo bem. – dou uma risada nervosa e ele sorri, Deus, que sorriso!
- desculpe, mas como se chama? – ele se levanta e me estende a mão, e a pego sem hesitar.
- Savannah, Savannah Campbell, e você? – que ótimo, não gaguejei desta vez!
- Josh, Josh Bruner. – ele repetiu meu ato e sorriu, eu retribui – bom, Savannah Campbell, eu tenho que falar com a diretora ou diretor, não sei, então nos vemos mais tarde, até mais, senhorita Campbell. – disse e beijou minha mão, corei com seu ato.
- até. – falei e ele saiu. Que homem! Fui até a cantina e me apressei em comer.
Não esperava a hora de esbarrar com Josh Bruner novamente.
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