História My Favorite Woman - Eu to sangrando.

POV LAUREN

-Vamos passar o dia aqui? - perguntei enquanto descia as escadas com Vero.

-Você eu não seu, mas eu quero colo da minha mãe hoje. - Vero disse e Camila a chamou com a mão. A mulher estava vendo TV com as outras três garotas.

-Ta vendo Lucy, a Vero é uma bebezona. - Dinah disse e eu ri. Vero foi para lado da Camila e repousou a cabeça em seu colo, enquanto a latina acariciava seus cabelos.

-Eu só to carente. - Vero disse e Lucy riu, cheguei perto da Ally e a puxei para o meu colo. A loira acariciava meus cabelos enquanto Dinah nos olhava com curiosidade.

-Lucy, você ta ficando com a minha bebezona? - Camila perguntou e eu ri.

-MÃE. - Vero a repreendeu.

-Fica quieta. - Camila tampou a boca da Vero.

-Nós somos amigas. - Lucy disse e Vero a olhou com curiosidade.

-Amigas? - a latina mais nova perguntou. Lucy apenas assentiu e Vero olhou pra frente encarando a TV.

-E você, Ally, ta saindo mesmo com o Troy? - perguntei pra loira sentada de lado no meu colo. Dinah arregalou os olhos e nos encarou.

-Saí com ele duas vezes. - a garota disse. - Ele é legal.

-Legal? O Troy é um idiota. - Dinah disse com uma sobrancelha arqueada.

-E desde quando você é mestre em conhecer as pessoas? - Ally disse, Dinah bufou e cruzou os braços. - Todas as pessoas que eu saio você diz a mesma coisa.

-Por que você só sai com idiotas. Eu não tenho culpa. - a mais alta disse emburrada. Olhei pra Camila e ela piscou pra mim, como se lembrasse do que me disse no quarto, sobre as duas garotas.

-To ficando com fome. - Camila disse e eu a observei.

-Quer tomar café da manhã? -perguntei preocupada. Não comíamos desde o jantar.

-Já são quase meio dia, é melhor pedir um almoço. - Ally disse se levantando do meu colo e pegando seu celular.

-Pode ser, Camz? - perguntei cautelosa e a mulher assentiu.

-Pode ser, Camz? - Vero tentou me imitar e revirou os olhos no final. Camila bateu em sua testa e a garota reclamou. Ally pediu comida japonesa e Vero finalmente levantou quando Lucy pediu pra tomar água e ela a acompanhou.

-Vou buscar o videogame da Vero. - Ally anunciou.

-Vou com você. Não sabe desconectar aqueles fios. - Dinah disse ficando de pé e a baixinha revirou os olhos.

-Tudo bem, Camz? - perguntei quando a vi com a mão em seu ventre.

-Um pouquinho de cólica. - ela disse.

-Você quer ir ao médico? - perguntei já me levantando.

-Não, ta tudo bem. Vai já passar. - ela disse acariciando o bebê. Me aproximei e ajoelhei-me diante a seu ventre. O acariciei e me inclinei encostando meu rosto em sua pele.

-Ei bebê, ta tudo bem ai dentro? - perguntei e continuei com minha orelha encostada ali esperando uma resposta. - Você bem que podia me dizer se é um menino ou menina. - meus dedos acariciavam a pele macia e quente enquanto eu conversava com o bebê lá dentro. - Eu amo você, minha pequena esperança.

-Awn, meu Deus. Que fofa. - ouvi a voz da Ally e levantei meu rosto vendo todas as meninas ali e uma Camila com os olhos lacrimejando. Meu rosto corou na hora. Era uma conversa entre mim e meu filho. Levantei e me sentei ao lado da Camila. Vero sentou junto da Lucy, enquanto Dinah plugava o videogame na TV da sala. Ally foi pra cozinha buscar refrigerantes. - Vai jogar, Laur? - Ally perguntou me entregando uma latinha. Ela ofereceu a Camila, mas ela negou.

-Não, vou só assistir hoje. - o primeiro jogo que Dinah colocou foi futebol, pelo simples fato de Ally odiar. Lucy se arriscou e logo pediu a ajuda da Vero, minha amiga que não é boba nem nada foi logo ficar atrás da garota com a desculpa de ensina-la a jogar.

-Quer saber. - Ally disse antes de tomar o controle da Dinah e a fazer sentar direito na poltrona. A baixinha se sentou entre as pernas da maior que estava assustada. - Me ensina jogar isso e vamos acabar com essas duas. - Ally disse e a trouxa da Dinah só concordou e passou os braços ao redor da garota a sua frente.

-Eu disse. - Camila disse perto da minha orelha e quando virei pra olhar em seu rosto ela piscou. Pousei minha mão em seu joelho apenas em uma forma de carinho. Abri a latinha de refrigerante e bebi um gole. Camila estendeu a mão e eu lhe entreguei a bebida, a latina bebeu um pouco e logo me devolveu. É uma cena que pra quem vê de fora acha que somos um casal, e não apenas boas companheiras de sexo. Algumas partidas depois eu vi Camila com a mão no ventre novamente.

-Ainda ta doendo? - perguntei apertando de leve seu joelho.

-Um pouquinho. - ela respondeu baixinho.

-Quer ir ao hospital? - perguntei e a latina negou dizendo que provavelmente era normal. Eu não gostei muito disso, mas não adianta eu contestá-la, papa diz que é burrice contestar mulher. É uma guerra que você entra sabendo que vai perder. Era a última partida de cinco, a decisiva, pois estava empatado. Ally odeia perder, então eu podia ver a ruga de concentração em sua testa, quase tinha fumaça saindo de seu controle enquanto Dinah guiava a direção do jogador e sua velocidade. Já a outra dupla estava menos concentrada no jogo. Vero beijava e acariciava os ombros da garota entre suas pernas, e Lucy parecia estar gostando. Elas combinam. A partida acabou.

-NÓS GANHAMOS. – Ally gritou e pulou, ela se jogou nos braços da Dinah e lhe deu um longo selinho. Eu estava apenas assistindo tudo aquilo. Enquanto a outra dupla estava apenas em meio a carinhos. A baixinha se separou da maior que a encarava com o os olhos arregalados. – Desculpa. – Ally disse baixinho e totalmente corada.

-Eu vou ao banheiro. – Camila anunciou apenas pra mim e saiu do cômodo. Ally se afastou da Dinah que não tirava os olhos dela e Vero beijava o pescoço da Lucy. Eu acho que elas já podem ir para o quarto, seria mais conveniente. O almoço chegou e eu tive que atender a porta, e consequentemente pagar. As garotas foram logo se servir, eu fui chamar a Camila. Bati duas vezes na porta do seu quarto e ela se abriu levemente. Entrei devagar e vi a porta do banheiro meio aberta.

-Camz, o almoço chegou. – anunciei perto da cama, não queria invadir sua privacidade.

-Laur. – ela saiu do banheiro com algumas lágrimas nos olhos. – Eu to sangrando. – eu perdi meu chão.