História My Favorite Woman - Eu estava com saudade.

POV LAUREN

-To me sentindo uma tocha humana. – reclamei na hora do almoço, agora dois casalzinhos ao meu redor.

-Já te falei pra arrumar uma namorada. – Vero disse depois de levar uma colher de gelatina até a boca da Lucy, eu devo ter feito algo muito errado nessa vida.

-Deixe-a, Vero. – Dinah disse, não adianta nada me defender e ficar cheia dos carinhos junto com Ally, o pior é que dizem que estão só ficando, se namorarem então ninguém vai aguentar. E aliás, Vero finalmente assumiu o namoro com Lucy. Aconteceu mesmo, para os pais dela, no último final de semana, que foi o que passamos na casa da Lucy. Ela não teve como fugir quando o senhor Vives as pegou se beijando no sofá enquanto as outras três inocentes assistiam Karatê Kid, de novo. Ally escolheu e Dinah não se opôs, notamos quem manda.

-Onde está Demi? – Lucy perguntou com sua simpatia.

-Está viajando. – respondi e terminei minha maçã.

-Pra onde? – Dinah perguntou e Ally a olhou com uma interrogação no rosto.

-Pra que você quer saber disso? Pergunta logo se a Carly foi com ela ou se está sozinha no apartamento delas. – a baixinha disse com uma expressão raivosa.

-Quem falou de Carly aqui, Ally? – Dinah perguntou e Ally se virou pra ela batendo o indicador em seu busto, aquilo doeria mais tarde.

-Você acabou de falar. – Ally deu essa explicação, seus olhos ficaram lacrimejados e ela saiu em direção ao banheiro em passos que mostravam ódio.

-Se você tivesse um pau eu diria que ela está grávida. – Vero disse, seus comentários convenientes sempre. – Mas como não, a notícia é pior. – Dinah olhou para a latina procurando uma resposta. – TPM. – não sei por que Vero tá falando algo, é a pior de TPM, fica carente o tempo todo e chora com propagandas de refrigerante. Dinah se levantou rapidamente indo atrás da baixinha. Boa sorte pra ela. – E você, cara pálida. – olhei pra Vero, a criativa dos apelidos. – Como estão as coisas com minha mãe?

-Que coisas com sua mãe? – a única coisa com a mãe dela era nossa filha, e o sentido que ela falou passou muito longe disso.

-Ah, você sabe. Eu a ouvi conversando com a Normani Delicia Kordei do trabalho dela. – quando Vero terminou de falar levou um soco no braço. – Ai, amor. Admita que ela é linda. – Lucy se deu por vencida e concordou, e apontou para seus olhos mostrando que estava de olho na namorada maluquinha que ela arrumou.

-Você ouviu o que? – perguntei, eu deveria saber, não é?

-Ela não ouviu nada direito. – Lucy disse e eu a olhei com interrogação. – Digamos que nós estávamos na cozinha, fazendo... um lanche? – Lucy disse e ruborizou.

-Oral. – Vero disse sem nenhum tipo de vergonha naquela cara dela.

-É, isso. – Lucy recomeçou. – Nós estávamos... namorando, e elas chegaram, tivemos que nos esconder atrás da bancada. – era engraçado ver Lucy toda envergonhada falando essas coisas. – E elas chegaram juntas, Normani ia jantar lá, só ouvimos Normani perguntar se Camila tinha falado com você sobre o assunto proibido. – eu estava olhando para as duas com duvidas. Que assunto proibido é esse?

-Que assunto é esse? – perguntei.

-Não sabemos, Normani realmente descreveu como assunto proibido. Nos diga você, qual o assunto proibido? – Vero estava realmente esperando uma resposta concreta pra aquilo.

-Eu não sei. – falei e me preocupei, será que nessa altura do campeonato ela mudou de ideia?

“Camz, ta tudo bem com você e a bebê? – Lolo” – será que eu conseguiria tirar algo dela?

“Sim, estamos bem. Ela está com alguns soluços, mas é normal. Por quê? - Camz”

“Nada demais, quer conversar sobre alguma coisa? - Lolo” – digam se não sou ótima tentando descobrir as coisas? É, eu sei, sou péssima nisso.

“Quer falar sobre meus pés que estão doloridos? Sua filha é pesada. E sua mãe ainda me mandou uma lasanha incrível, eu acho que estou apaixonada pelo molho dela. Qual o segredo em? – Camz”

“Estão doendo muito? Nem eu sei o segredo ainda, só posso saber depois de me casar. – Lolo”

“Um pouco, mas vai passar logo. Não se preocupe. Sua esposa vai saber o segredo? - Camz”

“É a intenção, passar para o próximo casal. Por quê? - Lolo”

“Nada demais, apenas planos. Vai em minha casa hoje? - Camz“

“Vou, posso te ajudar com a dor nos pés. - Lolo” – eu realmente podia, eu fazia massagem nos pés da mama, e ela até dormia as vezes com isso.

“Qual o seu defeito, Lauren? - Camz”

“Tenho muitos. Não quero te assustar com isso. Que horas posso ir? - Lolo”

“Vou chegar as 18:30. Que tal 18:31? Tá bom pra você? - Camz” – eu acabei rindo com aquela mensagem, o sinal bateu anunciando o fim do almoço e nós seguimos para a sala.

“18:29 eu estou lá. - Lolo” – as últimas a entrarem na sala foram Dinah e Ally, essa aula nós cinco tínhamos juntas. A baixinha ainda tinha os olhos vermelhos, assim como a ponta de seu nariz. Mesmo assim pareciam estar bem, Ally puxou a carteira da Dinah pra perto da sua e ficou abraçada com ela. O professor nem falava nada, aula com slides, não sei quem tá com mais preguiça, nós ou o professor. Continuei conversando com a Camila, qualquer assunto que surgia, nós conversávamos e apareciam a todo momento. Eu me peguei rindo baixinho quatro vezes. No final eu notei que não tinha assistido nenhuma das três aulas que se seguiram, nós ficamos conversando o tempo todo. Nunca tínhamos feito isso antes. Eu gostei de jogar conversa fora com ela, tenho que confessar. Faria isso mais vezes. No final eu tive que ir para o restaurante e fiquei o celular o dia todo na minha mão conversando com ela. Minha mama e meu papa perguntaram com quem eu tanto falava. Falei que com Camila e mama logo se animou. Avisei que eu iria pra casa dela a noite e meu pai comentou que não adiantava mais dizer pra usar preservativo mesmo. Pra minha mama aquilo foi a piada do ano, por que ela riu durante minutos. Eu fiquei sem graça e deixei os dois namorados adolescentes zoarem com a minha cara, sozinhos. No final da tarde eu fui pra casa tomar um banho e parti direto pra casa da Camila, cheguei lá faltando cinco minutos pra hora que ela disse que chegaria. Não demorou quase nada pra ela chegar, a vi descer do taxi e logo fui ajuda-la. Camila tinha explicado que dirigir estava ficando impossível, eu pedi pra ela tirar a licença, mas óbvio que ela não quis. Disse que tá muito cedo e quer ficar muito tempo com a pequena quando ela nascer. Eu vou pedir licença do colégio quando ela nascer.

-Está adiantada. – Camila disse quando nos cumprimentamos com beijos no rosto.

-Eu estava com saudade. – confessei.

-Eu também. – ficamos segundos demais ali fora. Até eu me lembrar que ela estava sentindo dor e a guiar pra dentro. Vero já tinha pedido o jantar e Camila foi tomar um banho antes de comer. A massagem fica pra depois do jantar.