História My Favorite Woman - Valentina vai ser filha única.

POV LAUREN

-Qual o seu problema, garota? – Vero perguntou jogando uma pedrinha em mim.

-As deixe em paz, Vero. – Lucy disse e se encostou-se ao tronco da namorada a fazendo lhe abraçar. O caso é que estamos as seis na beira da piscina da casa da Camila. Vero e Lucy estão sentadas no chão, Dinah e Ally na piscina e Camila e eu sentadas em uma espreguiçadeira, ela entre meus braços, eu a agarrando enquanto lhe dou vários beijinhos nos ombros e nuca.

-Lauren é tão boboca. – Dinah disse e Ally a olhou de lado. – Olha como ela está apaixonada. – eu nem me importo pelo que elas falam. Eu as conheço a anos, e se não me zoassem, não seriam elas.

-Como assim boboca? – Ally se virou pra ela e a encarou diretamente nos olhos. – Você também é uma boboca então, uma bobocona pra ser mais exata. – ela disse e eu ri das duas. Dinah corou. – DJ você é muito fofa quando estamos sozinhas. – Ally apertou as bochechas dela e beijou seu rosto. – Meu amorzinho. – Dinah abriu um sorriso satisfeito e beijou a baixinha.

-Misericórdia. Minhas amigas são umas idiotas. – Vero exclamou alto.

-Vero, você leva o café da manhã pra mim na cama, você me dá banho, faz massagem, beija todo meu corpo antes da gente dormir. Se elas são idiotas, não sei como descrever você. – Lucy disse e Vero estava ficando roxa de vergonha.

-E depois quer falar de alguém, você é a mais boboca. – falei e Vero mostrou o dedo do meio.

-To ficando com fome. – Camila reclamou em meus braços, segurando minhas mãos em sua barriga enquanto eu a acariciava.

-Você está com fome o tempo todo. – beijei seu rosto.

-Eu só tomei o café da manhã as oito quando acordei. – ela disse e tinha um biquinho fofo nos lábios.

-Camz, são nove da manhã. – eu disse e ela virou o rosto, beijando minha bochecha.

-É culpa da sua filha. – nos levantamos e fomos até a cozinha. O que comemos no café da manhã ainda estava na mesa, então foi o que ela comeu. Fiquei a observar. Quando eu ia me imaginar com alguém como a Camila? Ela é doce, tem o sorriso mais lindo de todo o planeta, não estou exagerando, quando a vejo sorrir meu coração dispara e eu engulo a seco. Quando estou perto dela minhas mãos suam, eu tento esconder isso colocando minhas mãos em meus bolsos. – Lo. – Camila chamou e eu a olhei já abrindo um sorriso.

-Oi. – falei e ela sorriu com a língua entre os dentes.

-Você não para de me encarar. – ela disse e eu corei.

-Desculpa, eu não notei que estava fazendo isso. – eu realmente não tinha notado que estava dando tanto as vistas assim. Não é a primeira vez que acontece. Apenas gosto de olhar pra ela. Me sinto lisonjeada de lhe olhar. Poder gravar cada expressão de seu rosto. Quando ela faz caretas, ou quando fica vermelha enquanto a observo. Quando pergunta se já terminei de lhe olhar. Mal sabe ela que todas as vezes que ela pergunta é quando mais sinto vontade de ficar olhando. Eu sabia que era a hora que ela estava ficando envergonhada.

-Tudo bem. – ela disse fatiando bananas pra por em sua salada de frutas. – Eu estava pensando. Acho que podemos chamar a Demi, a Selena e a Carly para o jantar de hoje. – Camila disse sem me encarar. Deixa-me explicar sobre esse jantar. Foi minha ideia, uma pequena comemoração. Pra contar para nossos amigos e familiares que estávamos “namorando”. Por que as aspas? Eu ainda não fiz o pedido formal. Camila disse que não é necessário, só o jantar para oficializar. Só que eu nunca tive uma namorada antes, claro que quero fazer direito.

-Claro. – eu disse e ela sorriu.

-É bom que a Demi vai saber que você tem dona. – ela disse com um sorriso debochado antes de revirar os olhos.

-Amor, você sabe que ela está com a Selena, não é? – perguntei e Camila me encarou com os olhos arregalados.

-Como me chamou? –arregalei os olhos e desviei os olhos dos dela. Camila veio até mim e se sentou no meu colo com uma tigela de novo. Ela beijou meu pescoço e minha bochecha. – Me chama assim de novo, anjo. – olhei em seus olhos e vi carinho transbordando por eles. O brilho ainda mais evidente.

-Amor? – perguntei acanhada e ela me sorriu me passando confiança. – É, amor. – falei e ganhei um enorme sorriso em minha direção. Camila grudou nossos lábios, um beijo carregado de carinho. Eu podia sentir tudo o que ela queria me passar por aquele beijo. Eu amo o beijo da Camila.

-Licença, casal. – Vero entrou na cozinha e nos separamos. – Quando eu vou ser avisada sobre esse lance de vocês? – ela perguntou e pegou uma garrafinha de água na geladeira.

-Vamos falar sobe isso no jantar de hoje. – Camila disse olhando pra filha.

-Vocês vão se casar? – ela perguntou com os olhos arregalados. – Por que algo tão formal?

-Por que queremos contar para os meus pais também. – falei e ela nos encarou. – Não é um noivado, Vero.

-Se fosse eu não ia aprovar. – ela disse saindo da cozinha. Camila me olhou e começou a rir sozinha.

-Ela acha que manda em algo, você já notou? – perguntou retoricamente. – Ai. – ela disse e pôs a mão na barriga.

-O que foi? – perguntei já segurando a grande barriga.

-Final da gestação, to tendo algumas contrações. É normal, amor. – ela beijou meu rosto e saiu do meu colo. Camila me chamou de amor? Ela saiu pela grande porta de vidro e voltou para a área da piscina. Me apressei em ir atrás dela.

-Do que me chamou? – perguntei segurando sua cintura por trás e andando junto com ela que ia em direção a espreguiçadeira .

-De Lo, bobinha. – ela se virou de frente pra mim e começou a mexer em meus cabelos.

-Não foi. – fiz bico e ela me sorriu. – Foi de amor. – Camila acariciava minha nuca, puxou meu rosto pra perto do seu e deixou sua boca perto da minha orelha.

-Meu amor. Meu amor. – ela disse duas vezes, meu corpo estremeceu. – Minha Lo, meu amor. – disse novamente e eu fechei os olhos tentando aproveitar mais a sensação de ouvir aquelas palavras. Quando abri os olhos novamente Camila estava me encarando. Lhe beijei abraçando seu corpo com cuidado. Eu poderia perder horas ali. Camila envolveu meu pescoço em seus braços e me apertou ali. Nem o vento passaria por nós naquele momento. Eu estava vivendo o momento, aproveitando o doce de seus lábios. Eu não pararia por nada, se não fosse algo gelado nos acertando. Olhamos para o lado e vimos Vero segurando o riso e com a mão sobre os lábios.

-Ops. A água fugiu da piscina. – olhei pra baixo e me vi toda molhada.

-Ah Vero, eu vou matar você. – falei tirando a camiseta e o short. – Segura pra mim, amor? – perguntei pra Camila e ela assentiu. Lhe dei dois selinhos antes de ser atingida por água de novo. – Valentina vai ser filha única. – disse olhando pra Camila que tinha um sorriso lindo. Corri pra piscina e pulei lá dentro logo empurrando Vero pra baixo. Quando ela voltou a superfície começamos uma briga que não passava de água sendo jogada pra todo lado.