História My Favorite Woman - Eu vou me casar com sua mamãe.

POV LAUREN

-Eu to enjoada. - falei sentando na cadeira ao meu lado.

-Camila que ta grávida e Lauren que fica enjoada. - Vero disse revirando os olhos e sentando ao meu lado.

-Foi aquele macarrão dos infernos que você fez. Só de lembrar eu fico com vontade de vomitar. - acariciei minha barriga.

-Eu não to enjoada e nem a mama. - Vero disse revirando os olhos.

-Eu nem comi. - Camz disse ao meu lado com as pernas cruzadas e Valen em seu colo, usando um vestido azul curtinho. Suas coxas a mostra, sexy.

-Era melhor ter comido cereal no almoço do que aquele macarrão. - falei me lembrando do projeto de macarrão que Vero fez. Não vou comer macarrão um bom tempo.

-Ta falando merda, ta passando mal por que comeu duas vezes. O nome disso é gula. - minha amiga revirou os olhos.

-Comi duas vezes por estar com fome e não acreditar que algo podia ser tão ruim. - falei e ela me mostrou o dedo do meio.

-Ei, parem com isso. A sala está cheia de gente. - Camz falou e eu olhei para o nosso redor vendo várias mulheres grávidas, a clínica parece bem movimentada hoje. Minha filha já estava no chão, em pé segurando nas cadeiras.

-Doutora Chelsea vai atender vocês agora. - a atendente disse com a gente. Levantamos as três, eu logo segurei a mão da minha mulher entrelaçando nossos dedos, e seguimos até a sala lado a lado, com Vero carregando a pequena.

-Boa tarde, moças. - a doutora disse sorrindo alegremente. Ela se aproximou da Valen e fez um carinho em seu rosto gorducho. - O que trazem vocês aqui? - ela perguntou educadamente.

-Vamos ter mais um bebê. - eu disse e ela sorriu grande. - A primeira consulta hoje. - Vero estava a brincar com a irmã enquanto conversávamos com a mulher sentada a nossa frente, separadas por uma mesa. Camz deitou na maca alguns minutos depois e a doutora perguntou quando foi a última menstruação da minha latina, elas falaram sobre aqueles detalhes e eu esperava a imagem invadir o monitor. O silêncio invadiu a sala enquanto as imagens apareciam. Doutora Chelsea sorria pra imagem na tela.

-Olha só, Valentina. - a mulher chamou a atenção de minha filha que a olhou rapidamente. - Você vai ter dois irmãozinhos.

(...)

-Amor, por favor. Amor, acorda. - senti alguns tapinhas no meu rosto. Fui abrindo meus olhos e notei que eu estava na maca onde Camz estava antes.

-Gêmeos? - perguntei em um sussurro.

-Sim. - Vero me deu um soco no braço. - Começou a transar esses dias e já vai para o terceiro filho.

-Mama? - Valen chamou, seus olhinhos mostravam desconfiança. Ela logo veio para meu colo e se deitou em meu ombro, parecendo preocupada.

-Ela chorou quando você desmaiou, não achei que ela fosse entender. - Camz disse observando nós duas e fazendo um carinho em meu rosto.

-Elas parecem ter uma conexão forte. - a médica disse simpática.

-E tem mesmo. - Camz disse e beijou-me o rosto.

-Gêmeos. - repeti e Valen levantou o rosto me encarando. - Valen, você vai ter dois irmãozinhos. - a garota bateu palminhas parecendo animada. - Você nem sabe o que isso significa.

-Você vai ter que aprender usar o penico, Valen. Ou então, a piroquinha vai ter que ser sócia da empresa de fraldas. - Valen disse e eu revirei os olhos.

(...)

-Como foi a consulta? - mama perguntou assim que adentramos o restaurante. Vero tinha ido pra casa da Lucy, aparentemente elas sairiam.

-Foi boa. - Camz disse e entregou Valen, que se contorcia em seu colo, para minha mama.

-Como assim boa? - Sinu surgiu ao lado de Alejandro e eu tomei um susto. De onde eles surgiram. - Estávamos de passagem e viemos visitar os Jauregui. - São amigos agora?

-E a consulta afinal? - meu papa apareceu circulando o ombro da minha mama.

-Vocês não deixam a gente falar, ficam surgindo aos poucos. - eu disse e Camz deu uma risadinha. - Vamos ter gêmeos.

-GÊMEOS? - os quatro perguntaram juntos.

-Foi exatamente o que eu disse. - falei dando de ombros. Não demorou muito pra que as conversas aleatórias invadissem o restaurante, pelo tom em que falavam o bairro já sabia que eu seria mãe de gêmeos. Em alguns minutos todos nossos amigos estavam no restaurante, mama pediu a Camz que ligasse pra todos, e começaram a servir petiscos, acompanhados de muito vinho.

-E então, gêmeos? - Demi perguntou ficando ao meu lado com um pequeno prato repleto de coisa. Eu lhe sorri, enquanto observava Camz dançando com Vero. - E você dizendo que não dariam certo. - ela bateu em meu ombro com o seu.

-Fico feliz de ter errado sobre isso. - falei e olhei para meus sogros, Alejandro dançava com Valen e a garota dava altas gargalhadas. Sinu estava com meu papa, mama com Dinah, Ally com Selena, Lucy com Mani. Todos trocados e tentando dançar uma música bem antiga. - Você quer dançar comigo? - estendi minha mão para minha amiga e ela logo aceitou e começamos a dançar. Bebi duas taças de vinho nesse meio tempo.

-Com licença, me concede essa dança, Lauren? - olhei para o lado e vi Camz me olhando com um meio bico. Demi me deu um beijo no rosto e se afastou. Abracei Camz e começamos a dançar coladinhas.

-Você ainda tem ciúmes dela. - afirmei e a ouvir bufar.

-Você só pode estar brincando. - ela disse e me afastei a tempo de a ver revirar os olhos. Acabei rindo e abraçando seu corpo com carinho, Camz encostou sua testa no meu pescoço e fiquei sentindo sua respiração em contato com meu pescoço.

-Viu como nossa família reunida faz um bom número? - comentei e ela olhou para os lados.

-É, um bom número. - voltou a me abraçar e beijou meu pescoço. Dinah começou a cantar, eu acredito que ela está meio bêbada. Começou a dançar apontando pra Ally que tinha a cor de um caminhão de bombeiros. - Quero que se pareçam com você. - ouvi baixinho suas palavras. - Que tenham sua boca e seus olhos. - eu apenas sorri, eu quero que se pareçam com ela, que tenham seus olhos, seu nariz, que sejam sua cópia fiel.

-Eu te amo, Camz. - as vezes tenho a sensação de que só dizer isso é pouco pra descrever o quanto amo essa mulher ou como com ela tudo parece melhor. Eu não sei mais viver um dia sem chamá-la de minha. - Casa comigo? - Camz me olhou parecendo assustada. - Case-se comigo, amanhã de manhã, ou no próximo domingo, ou na primavera, só não no inverno, meu amor. Vai demorar muito e eu não quero esperar todo esse tempo pra te ter como esposa, te dar meu sobrenome e receber o seu. Podemos nos casar em um salão enorme, ou na praia ou só no cartó... - ela me beijou, beijou carinhosamente.

-Você fala demais quando fica nervosa. - falou voltando a me beijar lentamente. - Eu caso, amanhã de manhã ou no domingo, só não no inverno, vai demorar. - ela fazia carinhos em meu rosto, seus olhos cheios de lágrimas. - Eu me caso com você, meu amor.

-Você casa? - perguntei tentando ter certeza, parecia irreal demais, um sonho. Ela assentiu, apenas assentiu e isso me fez acreditar em paraíso. Meu paraíso, ao lado dela e de nossos filhos e com a mala da Vero que está me cutucando nesse momento. - O que é, garota? - perguntei lhe olhando com cara de tédio.

-Valen, sumiu de novo. - ela disse com uma careta.

-Vocês já procuraram em baixo das mesas? - Dinah perguntou.

-São muitas dessa vez. - cada um olhou uma e eu fui para a que tinha todos os petiscos em cima, levantei o forro branco e a vi sentadinha. Logo todos estavam ao meu lado. - O que você está fazendo aí? - perguntei rindo dela que tinha as bochechas cheias.

-Mate. - ela disse segurando a fruta e voltando a comer.

-Ela achou a caixa de tomates para o molho. - mama disse e eu fiquei de joelho observando minha filha.

-Mate. - ela repetiu e eu sorri.

-Eu vou me casar com sua mamãe. - falei pra ela que tinha as bochechas redondas e vermelhas, como o tomate em suas mãos.

-Como é que é? - ouvi a voz de Vero soar alta.