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História My Favorite Woman - Esteja preparado para amar.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 80 - Esteja preparado para amar.


POV LAUREN

-Anda logo, Lauren. - Vero gritou enquanto eu estava na cama com a Camz. Trocando carícias e beijos.

-Não quero ir. - disse fazendo bico para minha quase esposa.

-Suas amigas vão se chatear. E além do mais, até eu tive uma despedida de solteira. Os Stripper eram bem gatinhos. - ela disse e eu a encarei semi cerrando os olhos.

-Eu não gostei nada disso. - falei emburrada.

-Não tive culpa, já te disse. E eu estava mais ocupada comendo os salgadinhos. - eu acabei rindo, tinha certeza que era verdade. Nessas últimas semanas a fome dela dobrou.

-A Selena já chegou, cacete. Que porra você ta fazendo aí? Ajeitando o pau na cueca pra parecer maior? - Vero disse e Camila riu. Me beijou os lábios e esfregou seu nariz no meu.

-Quando ela vai se mudar mesmo? - perguntei e minha noiva beijou meu rosto e fez uma carinha triste.

-Pouco depois do casamento.

-Amor, ela vai ficar bem. E vamos lá vê-las, além de quê, poderei te levar pra conhecer os vinhedos do meu avô. - falei e ela sorriu brevemente. Camila concordou com a mudança da Vero quando ela mostrou estar realmente interessada com o curso. Só não foi muito fácil. A porta foi aberta com violência e Vero veio me tirar da cama a força, só consegui dar um beijinho na minha noiva. Quando cheguei na sala vi Normani com Valen em seu colo, e Dinah e Selena no sofá esperando.

-Ela tava pronta, só tava enrolando na cama. - Vero revirou os olhos.

-Eu nem quero ir. - falei e todas bufaram.

-Se está assim antes do casamento, imagine depois. - Dinah disse se levantando e enlaçando meu braço me puxando pra fora, onde o táxi já esperava. Eu realmente estava entediada, não por sair com elas, só não tenho vontade de ficar dois dias sem ver a Camila. Pois é. Hoje a noite é minha despedida de solteiro, amanhã mais festa na casa da Dinah e depois vamos ter tipo um final de semana como nos velhos tempos. E só depois de amanhã no começo da noite, eu me caso. Caramba, vou me casar em dois dias.

-Que cara de idiota é essa? - Sel perguntou me despertando de meus pensamentos.

-Estava pensando em meu casamento. - sorri pra ela que fez o mesmo.

-Nós estamos indo pra sua despedida de solteira, pense nisso. - Dinah disse no banco da frente do táxi. Vero estava digitando em seu celular.

-Pra onde vamos? - perguntei. Eu nem tinha sido informada.

-Beber. - Vero disse. - Sel conhece um cara, que é dono de um lugar legal.

-Lugar legal? - indaguei, o que seria um lugar legal sendo descrito por Vero?

-Relaxa, piroquinha. Ninguém ta te levando pra guilhotina. - Vero disse e eu bufei. - E é uma despedida pra mim também, logo vou estar na Itália, conhecendo italianas.

-Deixa de papo, você é outra que vai casar logo, logo. Lucy te pôs uma coleira. - Dinah disse debochada.

-Olha quem fala, quem estava em uma loja de departamentos hoje. - Sel disse e Dinah se virou.

-A mãe da Ally pediu pra que comprássemos uma panela. - tentou se explicar.

-E por que Ally disse pra Demi que vocês viram uns fogões lindos. - Sel disse com uma voz fina no final.

-E desde quando eu estou sendo vigiada? - Dinah perguntou emburrada.

-Se acalmem, crianças. Já chegamos. - o taxista disse meio risonho.

-Até que enfim, Lucy ta de TPM. Eu mereço beber meia garrafa de vodka. - Vero saiu na frente.

-Falou a que bebe duas doses e começa dançar country. - Dinah disse e eu ri, lembrando da última vez que ela subiu na mesa de sinuca e dançou lindamente, depois vomitou em um dos buracos da mesa. Sel falou com um segurança que devia ter três metros de altura e dois de largura, ele é assustador, entramos lá dentro e eu vi que era um bar gay. A quantidade de gente dançando e bebendo era alta, trinta segundos depois da nossa entrada, Vero apareceu com três garrafas de bebida.

-A primeira rodada sou eu que pago. - ela anunciou e abriu uma de vodka virando na boca, desde quando a Vero se tornou um carro a álcool? Fui atrás de alguns copos e distribui para as meninas que se serviram. Meia hora depois estávamos todas altas. Selena é quem parecia mais sóbria, por enquanto.

(...)

-Ai, meu nariz dói, minha cabeça dói. - reclamei tentando me endireitar, abrir os olhos não estava em cogitação momentaneamente.

-Cala a boca. - ouvi alguém ao meu lado e agora que eu não abriria meus olhos mesmo. Deslizei minhas mãos pelo meu corpo e constatei minha nudez. Abri apenas o olho esquerdo e vi Vero ao meu lado. Também nua.

-Puta que pariu, Verônica. - bati em suas costas com força.

-O que é, filha da puta? - perguntou.

-A gente ta nua na mesma cama e eu não sei que porra aconteceu ontem. - falei e ela finalmente abriu os olhos, se sentando e me encarando. Nos encaramos três segundos, gritamos alto o suficiente pra espantar pássaros e acordar vizinhos. Paramos em pé, uma de cada lado da cama, nos encarando.

-O que você fez? - perguntou tapando suas partes íntimas.

-Eu? Eu não fiz nada, que eu lembre. Ai que dor de cabeça do caramba. Eu acho que quebrei meu nariz. - reclamei e ela bufou.

-Oh, idiota. Foda-se seu nariz, quero saber por que diabos a gente estava nua na mesma cama. - ela falou alto. E ouvimos risadas altas e logo Dinah e Selena entraram no quarto se afogando em risadas.

-Vocês não fizeram nada, mas foi divertido o medo de vocês. - Sel disse se divertindo e eu não achei a cueca, me contentei com a calça jeans.

-Expliquem o que aconteceu? - Vero pediu se vestindo também. - O que eu bebi ontem?

-Depois de já estarem bêbadas, umas garotas vieram dar em cima de nós e Vero caiu dormindo no colo da Lauren. Depois de zoar que ela não ficava de pau duro, por causa das meninas. Resolvemos vir embora e quando chegamos as duas bonitinhas resolveram pular na piscina de roupa e tudo. Sel e eu não estávamos tão bêbadas, Vero assaltou a adega do pai da Selena e bebeu uma garrafa de vinho sozinha. - Dinah explicava enquanto Selena nos dava remédio. - Depois, que conseguimos tirar vocês da piscina subimos, resolveram ficar peladas e mergulhar na cama. Lauren bateu o nariz na cabeça da Vero e caíram na cama, resmungando e apagaram.

-Nós esperamos o dia amanhecer pra zoar vocês. - Selena explicou e eu apertei meu nariz.

-Você quase quebrou meu nariz, Verônica. - reclamei.

-Eu não pulei sozinha. - disse. - Eu preciso de um banho e vomitar tudo do meu estômago. - ela realmente foi para o banheiro e ficou lá um bom tempo.

(...)

-Bambina, como você está? - mama perguntou entrando no quarto, enquanto eu estava abotoando a camisa branca.

-Acho que to grávida. - falei e ela arregalou os olhos. - To enjoada.

-Você está nervosa. Seu papa está trazendo a gravata. - falou e o homem entrou com a gravata borboleta e entregou pra mama, ela a prendeu no meu pescoço e a ajeitou. Vim pra casa dos meus pais depois que a ressaca saiu de mim. Liguei pra Camila noite passada e dormimos no telefone.

-Eu to tão emocionado de levar minha filha para seu casamento. - meu pai estava com os olhos marejados. Vesti o colete cinza na mesma cor da gravata.

-Quanto tempo falta? - perguntei começando a andar pelo quarto.

-Duas horas. - mama disse e finalmente saímos de casa. Papa dirigiu, minhas mãos estavam tremendo e eu não conseguia parar de balançar as pernas. O caminho até o salão demorou pelo menos seis horas pra mim e trinta minutos no relógio da minha mãe. Quando desci tive que ficar com um sorriso que mais tremia do que tudo, eu nem conhecia todo aquele povo, só meus amigos e alguns conhecidos. Mani não perdeu a chance de me zoar e dizer que eu tava estranha de social. Mais seis horas pra mim e uma hora pra minha mãe, as pessoas começaram a se organizar no salão. Camila estava a caminho e eu ainda não podia a ver. Eu moro com ela a um tempão e me proíbem de ver minha mulher no dia do meu casamento. Meu pai me levou ao altar e cinco minutos depois, Camila entrou acompanhada do pai, que chorava, igual ao meu pai, Sinu também tinha lágrimas nos olhos, e minha mãe apenas pedia que eu ajeitasse minha postura. Minha futura esposa estava deslumbrante, o vestido não tão pesado, branco, perfeito para a barriga arredondada e grande de nossos filhos. Sorri olhando pra ela e quando notei estava indo a seu encontro no meio do salão, nada convencional. Nem esperei que seu pai me entregasse ela, e a abracei apertado.

-Amor, eu estava com saudade. - falei e ouvi algumas risadas.

-Você tinha que esperar lá, meu amor. - falou e eu me separei beijando sua mão. Sua carinha estava diferente.

-Ta tudo bem? - perguntei e ela respondeu mordendo o lábio inferior.

-Vamos logo nos casar. - ela disse me levando até de frente o juiz de paz.

-Acho que é a primeira vez que vejo a noiva sendo buscada no meio do caminho. - algumas risadinhas foram ouvidas e eu sussurrei um pedido de desculpa. - Bom, vamos dar início. - o homem começou a falar e eu estava apenas atenta a Camila, parecia meio agoniada, sua testa suando e ela a todo momento mexendo em sua barriga. As vezes até prendia a respiração. Sussurrei algumas vezes perguntando se ela estava bem, e ela sempre respondia positivamente, mas não era o que parecia.

-Xixi. - Valen disse chamando nossa atenção. Ela estava ao lado da mama e veio até nós. - Mamãe xixi. - disse novamente e eu olhei para o chão vendo a poça de água.

-Acho que a bolsa estourou. - Camila disse e eu entendi toda sua agonia. Ela estava com contrações todo esse tempo.

-Ai caramba, a bolsa estourou. - falei chegando perto dela. - Droga, amor. Por que não me disse?

-Não queria estragar nosso casamento. - segurei suas mãos a levando em direção a porta.

-Filha, respira com a mamãe. - Sinu disse e eu vi as pessoas se amontoando ao nosso redor.

-Com licença, pessoal. Precisamos ir para o hospital. - Alejandro disse paciente, nossas amigas conversavam alto entre si decidindo quem iria para o hospital. Meu papa avisou que pegaria seu carro.

-Vero, preciso que vá em casa buscar as coisas dos bebês. - ela assentiu e saiu rápido com Lucy junto a ela. Mama estava com Valen nos braços e disse que iriam pra nossa casa nos esperar. Realmente, não era lugar pra Valen agora. Papa estacionou e as pessoas iam se dissipando. Entrei no carro com meu pai e ele seguiu para o hospital, tinha pelo menos três carros nos seguindo. - Por que diabos nós resolvemos nos casar tão longe da maternidade? - perguntei agoniada, vendo o trânsito se formando, por ser hora de pico.

-Por que não tava combinado os bebês nascerem agora. Só daqui duas semanas. - falou meu pai tranquilo e eu bufei.

-Valen nasceu no pedido de namoro e os pequenos no dia do casamento. - falei e Camila apertou minha mão sem fazer nenhum som. - Vamos falar de alguma coisa pra fazer o tempo passar. - ela me olhou e eu tive vontade de sentir toda dor por ela.

-Você vai fazer uma vasectomia, eu não tenho mais idade para ter bebês. - ela disse e eu assenti. - Nomes, não pensamos em nomes. - ela suspirou e eu levantei meu corpo alcançando o volante e apertando a buzina.

-Não adianta nada, filha. Ta tudo fechado. - ele disse calmo, por que ele ta calmo se tem uma mulher em trabalho de parto no banco de trás de seu carro?

-Okay, vamos pensar em nomes. – respirei fundo e comecei a imaginar como tiraria todos aqueles carros da frente com a força do meu pensamento.

-Presta atenção em mim. – ela reclamou e eu a olhei. – Você escolhe do menino e eu escolho o da menina. – ela disse e eu comecei a pensar. Não era muito fácil sabendo que meus filhos podiam nascer no carro do meu pai. Comecei a procurar nomes legais em qualquer lugar que tivesse algo escrito na cidade. Pensei em personagens e tive uma ideia.

-Que tal Bruce? – perguntei e ela revirou os olhos.

-Você não vai dar o nome do Batman para o nosso filho. – reclamou e eu comecei a pensar novamente.

-Hum, então nada de Clark Kent ou Steve Rogers e nem Tony Stark? –perguntei e ela bufou.

-Eu vou dar na sua cara. – disse antes de apertar minha mão com força.

-Benjamin? – perguntei com a voz fina de dor. Demorou alguns segundos pra ela responder.

-Benjamin é ótimo. – ela disse e eu suspirei. – E o nome da menina? – perguntei limpando o suor de nervoso da minha testa.

-Michelle. – ela disse e eu a encarei sem entender. – O nome da nossa filha será Michelle.

-Por quê?

-É o nome da mulher que eu amo, que me salvou, que enfrentou tudo e ficou ao meu lado, que não se importou em deixar sua vida de lado pra assumir um papel importante. E ainda me deu filhos lindos, e é o amor da minha vida. – ela explicou e eu beijei-lhe os lábios.

-Eu te amo. – falei baixinho e ela deu um leve grito.

-Não dá mais tempo. – disse e eu a olhei assustada.

-Papa, meus filhos estão nascendo. – falei e o homem fez uma manobra e estacionou no acostamento.

-Lauren, liga para os bombeiros. – ele saiu do carro e veio até a parte de trás abrindo a porta e me tirando de lá. – Rápido, Lauren. – eu não conseguia me movimentar rapidamente. Saquei meu celular do bolso e liguei rapidamente para o primeiro que encontrei.

-Alô.

-Dinah, ligue para uma ambulância, os bebês vão nascer no carro. – falei e ela falou um palavrão.

-Nós estamos em um engarrafamento enorme. – falou.

-Nós também, acabamos de estacionar no acostamento, meus filhos estão vindo. – falei e ela reclamou dizendo que ligaria para uma ambulância. Desliguei o telefone e voltei para o carro, vendo minha quase esposa deitada no banco do carro, respirando rapidamente enquanto meu pai analisava a situação lá embaixo.

-Eles estão vindo? – perguntou meu pai e eu assenti. Camila me olhava meio agoniada.

-Ta doendo, meu amor? – perguntei inocente.

-É óbvio que está doendo, Lauren. Você quer tentar parir um? – perguntou e eu neguei, era realmente uma pergunta idiota a ser feita para uma mulher quase ganhando gêmeos dentro de um carro, no meio da auto estrada. Fiquei sentada no banco do passageiro olhando meu pai trabalhar. – Senhor Jauregui, eles estão vindo. – ela disse e eu arregalei os olhos. Comecei a ouvir sons de sirene, senti um alívio, mas sabia que ainda sim demorariam um pouco pra chegar até nós, pelo menos alguns poucos minutos. Camila soltou um grito e arqueou seu corpo pra frente. Pulei para o banco do motorista procurando ficar mais perto dela. Segurei sua mão e fiquei ali em meio a sua agonia, pedindo a qualquer um que pudesse proteger meus filhos e minha mulher.

-Força, já saiu a cabeça. – meu pai avisou e Camz me olhou antes de voltar a fazer força. Ela parou sentada dessa vez. – O primeiro, a menina. – eu não tinha certeza de como meu pai pode identificar, mas levando em consideração que ele também tem uma filha intersexual, confiei em suas palavras.

-Michelle. – Camz disse se deitando e respirando fundo.

-Precisamos enrolá-la. – meu papa disse e rapidamente eu tirei minha camisa branca e entreguei pra ele. A garota começou a chorar alto me assustando. – Segure sua filha. – Papa me entregou a criança que parecia ser menor que a Valen.

-Ela é linda, amor. – mostrei pra Camila que sorriu de forma cansada e fez uma careta. O calor no carro fazia o suor aumentar e agora com um choro. – Calma, pequena. Eu sei que é assustador, mas sou eu, sua mamãe. – falei e a balancei por breves segundos pra aquilo começar de novo. Camila fazendo força, o som da sirene e meu pai pedindo força. A ambulância encostou ao nosso lado e logo depois o carro da Dinah e Vero chegou atrás dela. Tiraram minha filha de meus braços e fizeram os procedimentos padrões. Quando um dos paramédicos foi até o carro o choro foi ouvido por todos nós. Meu filho, meu menino, meu Benjamin. Voltei para o carro apenas pra ver meu filho rapidamente e Camila saindo em uma maca.

-Ele é a sua cara. – ela disse e eu abri um sorriso que não cabia em mim.

-Vamos seguir para o hospital, quem vai conosco? – uma mulher perguntou.

-Eu. – ela pediu que eu arrumasse algo pra vestir e Vero prontamente tirou sua camisa que ela reclamou toda a semana por ter de usar e jogou pra mim, vesti sem abotoar e fui até meu pai o abraçando forte. – Eu não sei o que seria dos meus filhos e de mim sem o senhor, eu te amo, papa. – beijei seu rosto e corri pra dentro da ambulância. – Meus filhos ferraram meu casamento. – falei e senti lágrimas de felicidade me invadindo. O casal de enfermeiros, dentro da ambulância deu uma breve risadinha.

-Não fala assim deles. – Camz disse com os dois calminhos deitados em seu colo. Olhei o Benjamin e vi que ele realmente se parecia comigo, até demais.

-Ela também se parece comigo. – falei e Camila revirou os olhos.

-Pelo menos Valen se parece comigo. – falou e eu ri, fiquei acariciando as mãozinhas dos dois. – Eu te amo, Lo. – Camz me olhava e eu desviei os olhos de meus filhos pra encará-la. – Amo, como se eu finalmente tivesse achado paz, minha casa, meu refúgio. – ela tinha as lágrimas em seus olhos. – Como se antes de você fosse apenas lembranças, eu amo acordar e senti você me segurando em seus braços, amo quando você fica acariciando minhas costas achando que estou a dormir, amo quando você tenta cozinhar, amo quando você vai ler e junta as sobrancelhas, amo quando você passa na floricultura e trás apenas uma flor, me mostrando que pensava em mim, amo quando você fica assobiando pela casa, amo quando pega Valen no colo e começa dançar com ela, por toda a sala, amo quando você faz de tudo pela Vero, amo quando fica irritada com o calor e fica resmungando, baixinho, amo quando sorri envergonhado pra mim. Lo, você foi o acaso mais lindo que aconteceu em minha vida.  – a ambulância parou e começaram a tirar dali. – Esses eram meus votos, amor. – ela disse e a levaram pra fazer exames, fiquei na recepção até minha família chegar, estranhei o juiz de paz ainda estar ali. Demorou cerca de uma hora pra ela ir para um quarto, fui autorizada a entrar e me perguntei como eu podia me apaixonar por ela todos os dias de um jeito novo. O Juiz de paz entrou comigo depois de muita insistência, pedi que ele esperasse e Camz também o estranhou ali.

-Quando te encontrei perdida, sem saber o que fazer, como prosseguir, com uma criança em seu ventre. O novo assusta, não é meu amor? Assim que olhei em seus olhos eu sabia que jamais poderia te deixar só naquele momento. E eu não deixei, foi a melhor escolha que eu fiz. Temos três, quase quatro, lindos filhos. - olhei para o lado e vi dois deles dormindo calminhos. – Só falta nossa sapeca Valentina e a cabeça dura da Vero aqui conosco. – ela assentiu com lágrimas nos olhos. – Eu amo como você tirou minha paz, virou minha vida do avesso, amo ser sua casa e seu refúgio. Eu não sei como fiquei tanto tempo sem você. Eu amo te segurar em meus braços mesmo dormindo, é minha forma de saber que você é real, eu sempre sei quando você ta acordada e ainda continuo a acariciar suas costas, eu sei cozinhar. – revirei os olhos e nós duas rimos juntas. – As letras sempre são pequenas quando vou ler, eu sempre te levo uma flor pra você saber que pensei em você, eu espero um dia te dar um enorme jardim pra que quando olhar pra cada uma delas lembre o quanto te amo. Eu fico assobiando por estar feliz de estar mais um dia ao seu lado, eu amo dançar com a Valen, mas não há nada que me faça mais feliz do que dançar com você, eu amo a Vero e farei qualquer coisa por ela, o calor me irrita por que você fica com calor e eu não posso te agarrar por toda a noite, você sempre foge de mim em noites quentes. Eu sorrio de todas as formas desde que encontrei você. Se eu sou o acaso mais lindo que aconteceu em sua vida, eu agradeço cada tropeço que me trouxeram até você. Você surgiu como um furacão, mudando tudo de um dia pra noite, aprendi a me encaixar em você e percebi que não haveria nada mais perfeito. Eu te amo, Karla Camila Cabello Jauregui. – falei e beijei as lágrimas que fugiram de seus olhos.

-Eu as declaro casadas. – o homem se pronunciou e veio até nós colher nossas assinaturas, nossos amigos foram as testemunhas e assinariam ali fora. Mama chegou trazendo Valentina e eu a levei até o quarto junto da Vero que estava toda sem jeito.

-É um momento família de vocês. – ela disse e eu a aproximei da Camila.

-Você é nossa família também. – falei. – Estranhamente, você é uma filha/melhor amiga pra mim. – falei e ela revirou os olhos.

-Tudo bem, mãe/melhor amiga. – ela disse e eu sorri. A puxei pra perto de mim e beijei sua têmpora.

-Neném. – Valen disse e se esticou toda pra alcançar os irmãos.

-Esses são Benjamin e Michelle, irmãos de vocês. – Vero pegou Valen e as duas ficaram pertos dos recém-chegados. Me aproximei de Camila e a abracei. Já vi pessoas dizerem que não acreditam mais no amor, por terem passado por algo. Não acham que já tenham conhecido o amor. Eu amei, eu amo, tudo que sai de mim agora é amor. Amor é aquilo que as pessoas verão transbordando em você. Sinto muito se alguém te machucou, se você pensa que não existe amor, eu só espero que alguém apareça lhe mostrando que amar é mais do que chorar no final de cada noite, ou esperar que o outro admita seus erros e venha até você, o amor vai te pegar de forma tão inesperada que quando você notar estará se afogando sem nem pensar em pedir ajuda. Quando suas lágrimas caírem de felicidade, quando você ver felicidade em tudo que lhe cerca. Não lhe prometo só alegrias, mas prometo que você possa deixar de enfrentar situações só, que quando tiver que atravessar problemas, alguém segure sua mão e te ajude a passar, prometo que mesmo que a pessoa tenha todos os motivos pra lhe deixar, ela apenas desista, sente e depois que nenhum dos dois fale nada, alguém ligue a TV, e que sem nem perceber seus corpos se juntem e vocês voltem ao encaixe. Não será fácil, mas quando foi? Andar de bicicleta não foi, esperar o machucado cicatrizar não foi, seu primeiro dia na escola não foi, sua primeira nota baixa não foi, e você ainda está aqui. Não desista do amor, não desacredite do amor. O espere, sem planos. Ele irá te encontrar quando você menos esperar. Espero que você esteja preparado para amar.


Notas Finais


Quase um ano com essa história, puta merda. Foi a história que demorou mais tempo pra que eu terminasse. Em um ano uma pancada de coisa acontece, não é mesmo? Aconteceram tantas coisas pra nós como fãs de 5H, e também em nossas vidinhas normais. Mais uma vez conheci pessoas incríveis por meio de uma história e fico muito grata por isso.
Muitas vezes me perguntaram se iriam descobrir que Valen não é filha da Lauren. E não, não irão. Valen é filha da Lauren e vai continuar sendo. Não acho que precisam desse drama pra vida. Nenhuma delas.
Obrigada por cada favorito, cada comentário, cada mensagem que recebi pelo spirit, cada ameaça de morte, cada pequena declaração, são quase dois anos e meio postando histórias aqui, cada uma vem a ideia do nada. MFW nasceu durante um banho. Viram, minhas crianças, por isso é bom se manter limpinho, até ideias nascem.
Eu sinto que criamos um vínculo, espero que vocês também sintam o mesmo. E mais uma vez agradecer pelo carinho e principalmente pela paciência.
Peço que estejam preparados pra amar...
Comentem bastante, galerinha.
Volto em breve.
Spoiler da próxima fic: Vero é casada com a Camz.


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