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História My First Love story - Todos os garotos são idiotas


Escrita por: ShootingStarBell

Capítulo 6 - Todos os garotos são idiotas


Fanfic / Fanfiction My First Love story - Todos os garotos são idiotas

-Como foi a apresentação? Terminaram os últimos detalhes? - Não tinha nem terminado de me ajeitar na cadeira e Henrri já veio falar comigo. Parecia muito animado e ansioso.
-Ah. - Joguei a mochila na mesa. - Evitamos a terceira guerra mundial. - Ele riu. - Mas falando sério, fomos bem. Conseguimos finalizar tudo no prazo. Nem acredito. - Sorriso.
- Não duvido da sua capacidade. Você já desenhava bem quando criança, e depois que vi seus desenhos na última vez que veio aqui...Uau, não tinha como não se sair bem. - Sorri envergonhada.
-Obrigada. Mas isso não envolve só desenhar, também tem que se sair bem na hora de produzir. Na minha turma tem gente que não desenha bem, mas conseguem colocar a ideia de sua mente na hora de costurar. Isso sim é fantástico. - Meu celular começou a tocar, o peguei no bolso da calça, estava escrito "número não identificado" mas eu sabia quem era o meu sorriso se desfez e eu rejeitei a ligação.
Já fazia alguns dias que o meu Ex estava me ligando, há uns dias a trás, eu simplesmente juntei tudo dele que estava no meu apartamento e embalei e coloquei na porta da sua casa. Desde então ele vem me procurando, isso me dói, não sou dessas que namora só por namorar, eu preciso que tenha sentimentos bem fortes. E eu estava tentando seguir em frente, mas ele não deixava eu o esquecer.
-Então... - Ouvi Henrri pigarrear, tentando quebrar o clima que ficou e me trazendo de volta para a realidade. - O carro quebrou mesmo?
- Eu não faço ideia do que ele tem. O levei hoje cedo pro concerto antes de ir pra faculdade. - Me sentei.
- Então você está sem carro? Se quiser posso lhe dar carona para a faculdade até o seu carro ficar pronto. - Deu de ombros e eu tentei disfarçar um sorriso.
- Não se preocupe Sophi já está fazendo isso. Sem falar que ela me deve pra compensar todas as roupas e sapatos meus que ela "roubou " de mim. - Sorrimos.
- Acho muito legal essa amizade de vocês três, mesmo depois de tanto tempo ainda continuaram amigas. - Ele pareceu refletir em alguma coisa por milésimos de segundos. - Sinto saudades da época de escola. - Suspirou- Os deveres eram mais fácies. - Ri.
- Nem tanto. Então, como está a sua faculdade?
- Eu amo música. É o que eu sempre quis fazer. Mas as vezes dá aquela insegurança, é um mercado supersaturado. Mas Sempre precisam de mais. Espero que eu consiga.
-Claro que vai, e lembre-se de mim quando for um produtor de música famoso ein. - Sorri.
-Claro, não tem como esquecer você. - Sorriu ladino, seus olhos se encontraram com os meus o que me fez sentir os mesmos sentimentos de uma garota no ensino médio. - Bom, vou lhe trazer o seu chocolate quente. - Ele se distanciou.
-Com torta de limão!
-Você vai comer todas as tortas desse estabelecimento algum dia. - Sorriu enquanto andava de costas rindo para mim.
- É o que eu pretendo. - Ri, logo seu nome foi chamado, o mesmo entrou para dentro do balcão recebendo um puxão de orelha do seu chefe.
Alguns minutos mais tarde ganhei o meu tão aclamado chocolate quente e minha torta de limão, ele não pode ficar conversando comigo, já que esse horário o estabelecimento estava cheio e ele precisava trabalhar. Comecei a fazer os meus deveres e adiantar algumas tarefas. Entre alguns momentos dava-me um intervalo e beliscava alguma coisa e ficava nas redes sociais. Até que o meu celular começou a ficar cheio de chamadas, isso estava me irritando e simplesmente o desliguei. Apalpei o interior da minha bolsa a procura do diário. O abri na página marcada e fiz a minha viagem ao passado.

" Todos os garotos são uns tremendo idiotas. Sinto muito se isso lhe ofende - Talvez quem sabe o meu futuro marido ou namorado leia isso- mas até agora ninguém me provou o contrário. O que eu tive de comprovação durante essas duas semanas não tira a minha razão. Mas talvez você não esteja lembrando do que eu estou falando. Bem, na verdade hoje é dia 28/04/2016.
A bagunça da minha vida começou quando eu finalmente sai com a Natalie depois de não sei lá quanto tempo. Somos amigas desde o sexto ano do fundamental. Nós separamos no ensino médio no qual fomos para escolas diferentes, mas continuamos a conversar pelas redes sociais e algumas vezes no mês nos encontramos. E foi o que fizemos dessa vez. Estávamos na sua casa, eu já tinha contado tudo da minha aventura e estávamos nos encontrando depois de um bom tempo.
-Entao como anda sua aventura com os garotos. - Ela riu enquanto fazíamos pipoca.
- Tá uma droga. - Bufei pegando a bacia e os copos.
- Nenhum deles estão lhe dando bola? - Perguntou indiferente.
- Henrri fez o que eu temia, esqueceu de nossa amizade. Depois que falou dessa garota eu quase não o vejo, principalmente no intervalo onde era nosso lugar marcado ele quase nunca aparece, as vezes eu o vejo andando com uma garota ou outras pessoas, só nos cumprimentamos nos corredores e nos falamos no clube de literatura, isso por que sou obrigada. - Coloquei o suco e gelo nos copos. - E o Pierre, bom, eu cansei dos joguinhos dele, as piadas, está chato.
-Ah, falando dele. - Ela pigarreou. - Você sabe a Andressa? Então... Eu estava conversando com ela esses dias, e ela me contou, que o Pierre também está conversando com ela. Ela me mostrou as conversas. Quase as mesmas coisas das suas. Eu te falei que ele não prestava. Só esquece ele. - Colocou a pipoca no pote. - Vai ser melhor você não se envolver com ele.
Suspirei, não está triste, mas sim desaponta. Não tínhamos nada, nenhum tipo de relacionamento, não deveria nem ser chamado de amizade. Mas mesmo assim, me senti sozinha, sem Henrri ele era o único com quem eu estava mais próximo no momento. Desisti de pensar e simplesmente fomos para sala assistir o filme.
                                     *
19:03 do mesmo dia
Fiz só uma visita rápida para Natalie e naquele mesmo dia eu voltei.
Eu estava jogada na minha escrivaninha em meu quarto, fazendo bolinhas de papel e frustrada com os desenhos em que - No meu ponto de vista- não estavam bons.
Estava com os fones de ouvidos e percebi a música em um breve momento abaixou o volume e logo voltou o normal é consequentemente o celular vibrou.
Não esperava mensagem de ninguém, já que tinha bloqueado Pierre. - Um dos motivos para o meu tão sagrado mau humor.-

"-Esta tudo bem?"
Era Henrri, não sabia se ficava feliz ou com raiva.
"- sim. Estou."
"- Está brava comigo? "
"- Porque eu estaria? "
"-Você estava diferente essa semana..."
"- Não era só eu que estava diferente."
Ele visualizou, demorou um pouco para o mesmo responder, via que ele começava a escrever e depois parava. Até Finalmente ele finalizou sua explicação.
"- Não pense que eu estava te excluindo."
"- Você não apareceu mais nos intervalos, não nos falávamos mais nos corredores, e no clube você só falava da matéria nem se quer explicava o que estava acontecendo."
Rebati, já com raiva.
"- Fleur. Olha, desde de que eu te conheci eu venho arrumando alguns problemas na minha vida. Você estava sempre rindo, não queria estragar sua felicidade com os meus problemas, e não queria que você me olhasse com pena. Queria a mesma maluquinha que me batia e tinha uma idade mental de três anos. Me afastei para arrumar algumas coisas pendentes. "
Engoli seco e totalmente envergonhada, se ele estivesse aqui não teria coragem de lhe olhar nos olhos. Talvez eu nem saiba como fazer isso amanhã...
"- Me desculpe..."
"-Não se desculpe, você não fez nada de errado, eu que me afastei. Sinto muito. "

Me senti muito mal por isso, e ao mesmo tempo irritada, afinal se ele estava com dificuldade eu poderia ajudar, essa é a vantagem de se ter amigos, certo?
Não entrei em discussão, bom, se ele quiser conversar é claro que ele sabe que vou ouvir tudo o que ele quiser.Nao vou obriga-lo.
Depois das desculpas tentamos manter a conversa como se nada tivesse acontecido, continuamos falando sobre o clube e o poema que a professora mando fazer. Como combinado ele iria providenciar, já que se ofereceu, na verdade intimou.
Conversamos por horas e quando fui ver, já se passava da meia noite. Nós despedimos e fomos dormir. "
-Ah, Ei. Fleur De Lys? - Ouvi uma voz né chamando, Olhei para o lado enquanto fechava o caderno devagar. Era Henrri e ele ria.
-O que foi?
-Ja está tarde, estamos fechando.
Olhei para os lados e vi que não tinha mais nenhum cliente, os funcionários já estavam limpando tudo e fechando o caixa.
-Ja são quantas horas?- Ele olhou no relógio e logo em seguida me respondeu.
- São... Onze e vinte.
-Eu fiquei aqui esse tempo todo? Nossa desculpa. - Catei todos os meus livros e comecei a guarda-los o mais rápido possível.
- Eu ia te chamar, já que você chegou aqui era oito e pouco. Mas você estava tão entretida com os livros quem nem se quer e deu atenção. Eu deixei você terminar tudo para então te levar em casa. - Estava com quase tudo guardado e me puis de pé, quase nãoa prestei atenção no que ele falava, mas fui diminuindo a velocidade com que colocava a mochila nas costas enquanto assimilava as suas últimas palavras.
-Você... Vai me levar em casa? - Repeti suas palavras, ele riu, com certeza eu estava com uma careta engraçada.
-Espere-me lá fora, hoje é o meu dia de fechar a loja. - Ele piscou Sorri brevemente e o obedeci.
Fiquei do lado de fora enquanto as luzes do estabelecimento iam se apagando como pequenos vagalume, a rua estava fria e tranquila.
-Fleur? - Olhei para o lado, e quem eu menos queria ver estava ali.
- O que você quer?
- Você não atende minhas ligações, eu quero conversar com você. A gente pode tentar de novo, estou disposto a continuar.
- Não me diga uma coisa dessas. Não é você que tem que estar disposto. Eu já nem me lembrava mais de você, por favor vai embora, não quero chamar a atenção no meio da rua. - Revirei os olhos tentando me afastar, mas senti sua mão segurar firme o meu pulso, ele me apertou, sua mão estava quente, estava com raiva, contorcia o  meu braço tentando me soltar mas em vão.
-Você vem comigo então, vamos a um lugar mais reservado para conversar. - Ele me puxou.
- Não! Eu não vou com você a lugar nenhum! - Forcei meus pés contra o chão tentando frea-lo, ele apertava cada vez mais forte meu pulso. - Me solta! Você está me machucando!
-Não, primeiro vamos conversar. Para de ser fazer de cabeça dura! Deixe-me falar.
-Eu mandei soltar! - Gritei.
- Cala a boca Fleur! Você não sabe se controlar, você sempre foi assim. Mas eu ainda estou indo atrás, eu mereço ser ouvido! - Ele também se alterou ainda mais.
Meus olhos já estavam marejados, não queria me desfazer ali, mas estava prestes. Logo vi alguém entrar no meio, Henrri tirou meu pulso da mão do meu ex, ele o empurrou os dois estavam em um tremendo bate boca. Meu pulso estava levemente roxo e dolorido. Demorou um pouco para me sintonizar. Vi que o meu ex estava cerrando os pulsos e o conhecendo como o conheço saberia como aquela discussão iria acabar, so percebi quando por fim me puis no meio dos dois.
-Já chega! - Falei irada. - Vamos embora por favor. - Coloquei as mãos no meio de Henrri tentando empurra-lo levemente para trás.
- Sai daqui Fleur, ou será que o garotão precisa ser protegido pela Florzinha?
-Eu já falei que chega. - Henrri tentou ir para frente mas eu o impedi.
- Você é um canalha, posso te denunciar, tenho certeza que você nem sabe que o jeito que apertou o pulso dela é considerado agressão. E não duvido que essa não é a primeira vez!
- Vai correr atrás de advogado agora? Não sabe resolver as coisas que nem homem?!
Henrri deu um impulso que quase cai para trás, eu estou no meio e quase tive certeza que iria ser acertada por um dos dois.
-CHEGA! - Gritei. - Parem vocês dois! Henrri, para com isso, é problema meu! E você, vai embora daqui antes que eu ligue para a polícia! - Algumas pessoas que ainda estavam na rua nos olharam, acredito que só com as minhas palavras não teria acabado com a briga, mas com certeza eles não iriam querer plateia. Mesmo bufando e batendo os pés ele foi embora, mas claro, não antes de uma ameaça.
- Você teve sorte dessa vez. - Murmurrou enquanto passava por mim e Henrri.
Ajeitei a mochila nas costas e me pus a andar, mesmo ouvindo meu nome sendo chamado várias vezes.
- Ei. - Ele se colocou na minha frente me fazendo parar. - Me desculpe.
-Não precisava entrar em briga, ele faz luta Henrri, você poderia ter se machucado! - Esbravejei.
- Ele sempre fez isso com você? - Não deu a mínima sobre o que eu disse, mas fiquei envergonhada por não saber me defender e escondi o pulso com a outra mão. - Me responde. - Sua voz saiu seria.
- Só quando ele ficava com muita raiva, ele nunca chegou a me machucar de qualquer outra forma, só me segurava.
Ele deu um suspiro pesado.
-Posso denunciar se quiser. - Neguei.
- Só quero minha casa.
-Claro, espere aqui. - Ia protestar, mas ele saiu correndo em direção aos fundos do estabelecimento, não demorou muito para que ele voltasse com uma moto e estendendo um capacete. Sorri brevemente.
- Afinal você conseguiu tirar a carteira de moto como tanto queria. - Coloquei o capacete.
- Lógico, agora sobe aí. - Subi na garupa, ele riu brevemente. - Pode me abraçar, não mordo.
Corei, mas por fim o fiz. Henrri não tem nenhum pudor ao correr, fiquei aterrorizada, mas acredito que na maioria das vezes era só para me passar medo, o guiei durante todo o trajeto e agradeço a Deus por finalmente ver a minha casa.
- Você é louco. - Desci da moto e tirei o capacete enquanto o mesmo ria.
- Seus gritinhos com medo era Hilário. - Fechei a cara.
-Idiota.
- Eu não, idiota é aquele cara.
-Verdade, mas você não fica atrás. - Sorri, mas aos poucos a risada sou cessando.
-Bom, se cuida, e se ele aparecer me chama ok?
- Virou meu guarda-costa?
-Não, só tenho que manter a cliente fixa. - Sorriu, então o entreguei o capacete e o mesmo se foi depois da despedida. Já era meia noite, eu estava exausta. Entrei coloquei comida pra Holly e o levei para passear brevemente, no apartamento só tirei a roupa e deitei e praticamente apaguei junto com Holly em minha cama.



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