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História My little flower. - Meu caminho conturbado até você.


Escrita por: mind-troubled

Notas do Autor


Oi biscoitos, Como vocês estão??????

Tó atualizando aqui rapidinho porque tó morrendo de sono... ><

Espero que gostem ><

Capítulo 10 - Meu caminho conturbado até você.


Fanfic / Fanfiction My little flower. - Meu caminho conturbado até você.

Por conta do que eu era, poderia correr várias maratonas sem derramar uma gota de suor ou me cansar, mas enquanto eu adentrava aquela floresta sentia-me ofegante, com um enorme aperto em meu peito.

 "Estou com medo... Estou com medo... Estou com medo" eu escutava a mesma frases repetidas vezes sem parar e aquilo me afligia de uma maneira assustadora.

 Minhas pernas estavam tremulas, mas eu continuava correndo, cada vez mais rápido, como se minha vida dependesse daquilo, e eu realmente sentia que dependia, sentia o ar abandonando meus pulmões rapidamente, como se o mesmo possuísse furos e estivesse se esvaziando cada vez mais rápido, como um balão. Sentia-me tonto e com uma vontade imensa de gritar, mas minha garganta se mantinha calada com um nó gigantesco me impedindo de cumprir minhas vontades. Meu corpo tremia como se estivesse enfrentando uma geada no Alasca, meus dentes batiam com tanta força que eu temia que eles pudessem se quebrar a qualquer momento e minha cabeça só residia uma voz trêmula desesperadamente chorosa.

 "Estou com medo... Estou com medo... Estou com medo" dessa vez estava em praticamente um sussurro o que me fazia ter medo, era como se toda aquela voz perdesse sua maciez e sobrasse somente o medo de seu dono, era assustador.

 Aquela chuva parecia engrossar mais a cada momento, eu corria, corria e corria, mas parecia que eu não estava saindo do lugar e a cada passo que eu dava era como se um frio imenso me atingisse e com ele um sentimento horrível de... Medo?,

 Meu peito se mantinha com aquele aperto imenso, de repente perdi todo o controle de minhas pernas como se todas minhas forças se desvaira-se de meu corpo, o que fez com que eu perdesse o equilíbrio e caísse no chão e consecutivamente bater meu braço na raiz de uma árvore, olhei para o mesmo e era como se tivesse levado uma facada profunda por conta do corte que residia ali, no momento não liguei, me levantei com um pouco de dificuldade e continuei a correr. Olhei ao redor e pelo lugar em que eu estava era onde começava a nascer as flores da floresta e a vários metros a frente havia uma clareira cheia de belas flores. Flores... Louis gostava de flores, esse pensamento fez com que meu peito se apertava como se tivesse uma faca cravada no mesmo.

 "Estou com medo... Estou com medo... Estou com muito medo" à mesma voz veio a minha mente, mas dessa vez parecia mil vezes mais alta, era como um grito de socorro, estava em uma frequência tão alta que me senti desnorteado e meio tonto, me fazendo perder o equilíbrio mais uma vez logo caindo de joelho no chão, apoiei minhas mãos no mesmo e tentei me levantar. Mas parecia impossível, era como se todas minhas forças houvessem realmente acabado.

 Fechei meus olhos tentando normalizar minha respiração e foi como se tudo que estava na mais completa escuridão se iluminasse ganhando cor, meu olfato foi invadido como um soco por aquele cheiro, meus olhos se fixaram em um ponto específico e começaram a lacrimejar, meu corpo todo tremia e minha mente gritava "levante-se, levante-se, levante-se, LEVANTE-SE" e de repente meu corpo foi tomado por uma força e um sentimento, até hoje desconhecidos.

 Me levantei rapidamente e não sentia mais todo o cansaço de momentos atrás, o que me assustava, dei alguns passos vagarosos e cocei meus olhos, para me certificar de que era aquilo mesmo que eu via, que não era nenhuma alucinação, belisquei-me só para ter certeza de que não estava sonhando e percebi que doía...

 Era real, então sorri como nunca havia feito antes, como criança ganhando seu doce preferido, foi como se o sol voltasse após uma tempestade enorme e rigorosa, não demorou muito para que eu estivesse correndo novamente, pois a minha frente estava aquela criaturinha indefesa e extremamente frágil deitada no chão, Louis... Parei ao lado de seu corpo me ajoelhando com pressa, pude até sentir algumas pedrinhas furarem meus joelhos, mas não importava, não agora.

-Louis, Louis. - Eu sussurrava ao olhá-lo e quis chorar ao ver alguns arranhões em suas pernas, queria tocá-lo, mas porque não conseguia? Porque meus braços não me obedeciam?

 Olhei seu rostinho, qual era ainda mais bonito de perto e meu peito doeu ao ver seu rostinho mais pálido que o normal, seus lábios antes rosados agora estava levemente azulados, ele parecia com frio, só então consegui retomar o controle de meus braços, então o toquei, ele estava extremamente gelado e seus belos olhos continuavam fechados.

-Por favor Louis, abra seus olhos. - Eu realmente nunca senti tanto medo em minha vida.

-Abra-os.- Acariciei cada um dos lados de sua bochecha e ele agora tremia muito, era assustador, estaria tudo bem com ele? Aquela chuva não parava, ele estava muito molhado, eu tinha que tirá-lo dali.

-Vai ficar tudo bem.- Eu dizia enquanto o pegava em meus braços, e surpreendentemente o corte que eu havia ganhado pela queda estava curado, geralmente levava mais tempo, mas não liguei só queria tirá-lo daquela chuva.

-Eu vou te proteger pequeno.- Sua respiração estava fraca, muito fraca, o que me fez correr mais ainda.

-Aguente mais um pouco.- Eu sussurrava em seu ouvido, mesmo sabendo que ele não conseguia me ouvir.

 Ao longe escutei seu nome ser chamado e não era só uma voz, acho que sua mãe havia pedido ajuda para mais pessoas o procurarem.

-Viu só pequeno, eu não disse que tudo ficaria bem? - Sussurrei alegre pare ele e corri mais um pouco, já podia ver ao longe luzes, mas eu não poderei ir até eles. O que eu diria quando perguntassem como eu havia achado? Que o havia achado depois de milagrosamente escutar sua voz me pedindo ajuda? Não poderia, teria de deixá-lo em um local onde o encontrassem com facilidade, olhei na direção em que as luzes estavam e em que as vozes gritavam e elas vinham justamente em nossa direção e mesmo que não acredita-se em deuses e essas coisas agradeci por isso, então o coloquei embaixo de uma árvore, em cima de uma grama que crescia por ali, para que o mesmo não se machucasse ainda mais, por conta da árvore ser grande o cobriria um pouco da chuva, me ajoelhei ao seu lado, segurei sua mão e olhei sua face adormecida.

-A ajuda já está vindo Louis, vai estar tudo bem dentro de alguns minutos, então aguente mais um pouco, tudo bem? - Beijei seus delicados dedos e o olhei novamente, não queria soltá-lo, mas as vozes se aproximavam cada vez mais, teria de deixá-lo. Senti uma vontade imensa de chorar, mas me segurei e lhe dei um pequeno beijo em sua testa e então soltei sua mão, me levantei e virei-me para ir embora.

 Mas antes olhei para trás uma última vez e o vi, meu peito se apertou e aquelas vozes se aproximavam cada vez mais rápido, então corri e enquanto corria pude escutar ao longe alguém gritando " O achamos" e logo após a mãe de Louis gritando seu nome chorosa.

 Quando percebi eu já soluçava enquanto chorava de alívio e com uma pequena dor em meu peito, ao qual eu não sabia a razão, mas doía muito, parei e me escorei em uma árvore, enquanto sentia essa mesma dor me consumir, fui até o chão enquanto mantinhas minhas mãos em meu peito e olhava na direção em que deixei Louis. Eu chorava desesperadamente e aquela dor se intensificava cada vez mais.

 Não sei quanto tempo passei chorando e nem o porquê de estar chorando, mas quando percebi a chuva havia parado, o sol já dava sinais de vida no céu, a floresta ganhava cor lentamente e os pequenos animais saiam de seu esconderijos. Olhei para o lado e vi um coelhinho banco pequeno passando e estranhamente me lembrei do sorriso de Louis, e logo minha cabeça estava uma bagunça de perguntas.

-Ele estava bem? Estava sentindo dor? Será que estão o tratando bem? Já havia aberto seus lindo olhos? - Minha mente estava realmente uma bagunça.

 Não demorou muito para que eu me levantasse e saísse andando, mas era como se eu não estivesse ali, era como se meu corpo estivesse se comandando sozinho, queria me virar e ir em direção a casa de Louis, verificar se o mesmo estava bem, mas era impossível, eu não consegui, estava com tanta vergonha de mim mesmo por ter o deixado lá, sozinho. Mas na hora me pareceu a melhor coisa a se fazer e sim, era a melhor coisa a se fazer, ele não precisava de mim, ele precisava daquelas pessoas, não de mim... Então porque me sentia assim?

 Quando percebi já estava saindo do meio das árvores, pude ver minha mãe e estranhamente meu pai sentados nas cadeiras de piquenique nos fundos de casa olhando para a entrada da floresta, ou seja, onde eu estava.

 Se levantaram e vieram raivosos em minha direção, meu pai segurou em meus ombros e começou a me balançar, o mesmo parecia gritar, assim com minha mãe, mas eu parecia estar cercado por água que me impedia de ouvir qualquer coisa, eu me sentia aéreo, fora de meu corpo.

-Filho, tudo bem? - Escutei abafada-mente os dois falarem e levantei minha cabeça os olhando e comecei a chorar, coisa que nunca fazia na frente deles, tinha vergonha de fazer tal ato em suas presenças, mas naquele momento não liguei para vergonha, não sentia nada além de uma dor lacerante em meu peito, nada além disso, pude vê-los me olhando assustado e logo após meu pai fez algo que me surpreendeu, pois ele nunca fazia aquilo, ele estava me abraçando, mas parecia que eu realmente precisava daquilo, eu chorava compulsivamente, logo minha mãe também estava me abraçando, ninguém dizia absolutamente nada, somente nos abraçávamos, coisa que não fazíamos há muito tempo.

 De repente foi como se todo o incomum cansaço que eu havia sentido enquanto corria me atingisse novamente e todos os pensamentos do que podia ter acontecido com Louis vinham em minha mente e eu comecei a tremer e todas as minhas forças foram embora de meu corpo, se não fosse por meus pais me segurarem eu estaria no chão, senti minha mãe colocar sua mão em minha testa.

-Ele está queimando em febre.- Minha mãe parecia assustada, foi a última coisa que escutei antes de apagar.

 Estava tudo totalmente escuro ao meu redor, então escutei passos atrás de mim e quando virei-me vi Louis em pé em minha frente, ele estava extremamente lindo com aquele vestido, era o mesmo que o vi usando minutos antes, mas a diferença era que ele estava seco limpo, seus cabelos pareciam mais brilhosos e seus olhos estavam de um azul intenso, me fazendo suspirar.

-Eu estou bem.- Sua voz estava tão suave que acariciavam minha audição. - Obrigado por me salvar, Christian. - Ele estava sorrindo, e quando disse meu nome não pude deixar de sorrir, ele ficava lindo em sua voz.- Tchau Christian tenho que ir .- Ele disse já se virando.

-Espera... - Eu disse e ele se virou de frente para mim novamente, sorriu de forma meiga e virou-me as costas novamente e começou a se afastar, logo estava tudo escuro novamente.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!!

Agora vou dormir... ><

Beijos na bunda!!!!!


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