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História My little flower. - Dia cinzento


Escrita por: mind-troubled

Notas do Autor


PESSOINHAS MIL DESCULPAS, mas esse cap estava realmente difícil de sair o escrevi e reescrevi varias vezes até sair algo razoável para postar e aqui estou eu com este cap não muito bom, então desculpem-me pelo atraso estou tentando postar com mais frequência.

E se alguém aqui também ler My Strange Little Boy só queria dizer que atualizarei em breve.

Bom, espero que gostem.
Até as notas finais.

Capítulo 7 - Dia cinzento


Fanfic / Fanfiction My little flower. - Dia cinzento

Um dia antes de Louis se perder...

Christian

 Amanhecera um dia ensolarado, mas para mim estava um dia nublado e sóbrio... Eu sentia uma sensação incomoda em meu peito, era como se uma mão invisível rodeasse meu coração e o apertasse e de repente imagens de Louis vieram em minha mente como flashes, seus olhos que de tão azuis eu podia sentir a maresia do mar em meu olfato... Sua pele que de tão branca mais parecia nuvens, seu cabelo tempestuoso balançando com o vento... Seu amável sorriso que acalmava meu coração bravio e trazia paz à tempestade de minha cabeça... De repente senti um sorriso brincar em meus lábios, eu não entedia o motivo de sentir esta dor incomoda em meu peito todas as vezes que não o via e me era desconhecido o porque de sentir uma felicidade demasiadamente grande quando o via, era estranho, mas estranhamente bom... Já fazia dois dias que eu não o via e o aperto em meu peito já crescia de uma maneira inexplicável, era como se faltasse algo e esse era o motivo de meus dias se tornarem nublados e sombrios... Não poder vê-lo doía...

 Meu pai botou em sua cabeça que eu teria que ir ao quartel das forças especiais todo santo dia antes das ferias acabarem, faltavam só mais alguns dias para seu fim, e eu já estava enlouquecendo por conta de ficar todo os dias com aquele maldito aperto em meu peito.

 Neste exato momento eu estava no quartel das forças especiais em uma fileira de homens que se enfileiravam lado a lado, eu nem ao menos sabia o que fazia ali, eu só queria estar em casa, ou melhor, embrenhado na floresta a observar lindos olhos e um belo sorriso, mas parecia que eu meu desejo não se cumpriria tão cedo...

 Eu era o mais novo e baixo entre eles, a maioria das pessoas presentes ali eu conhecia, todos sérios com posturas imponentes, de peitos estufados, aquilo estava me dando mais vontade de sair dali, de repente um homem mais alto que eu apareceu com uma prancheta andando ao longo da fila olhava nos rostos de cada um sem demonstrar expressão alguma, eu já o conhecia ele frequentava minha casa, chamava-se Bernardo, ele era um dos “escolhidos” de meu pai para me treinar.  

 Quando ele chegou em minha frente me olhou e deu um leve sorriso disfarçado para que só eu percebe-se, sempre que ele fazia aquilo um arrepio subia pela minha espinha, ele quase nunca sorria e quando acontecia... Não era boa coisa, continuei com a mesma postura seria e atento a qualquer coisa.

 Logo deu-se inicio a mais um treino pesado, como os outros que eu já estava acostumado.

O que não contávamos era que aquele não seria só um treino, mas sim um teste de resistência, estavam nos testando... 

 Fazíamos flexões, polichinelos, agachamentos, corríamos entre pneus, escalávamos cordas, pulávamos muros que estavam ali especificamente para aquilo, atirávamos em alvos pelo percurso, rastejávamos por de baixo de arame farpado... E tudo isso de baixo de um sol de rachar, mas não parava por ai, não podíamos beber uma gota se quer de água, eu já estava acostumado a passar por aquilo, mas pelo visto algumas pessoas ali presentes não, já que caiam exaustos ou desmaiavam por desidratação e essa nem era a parte pior, já que era somente o primeiro dia daquilo, enquanto muitos gritavam, alguns desmaiavam pela desidratação e muitos caiam exaustos, eu continuava a fazer o percurso, mas mesmo que eu estivesse ali minha cabeça estava muito longe dali, pare ser mais exato ela estava junto de um certo alguém de sorrisos admiráveis... 

 Pouco tempo depois meu pai apareceu com Bernardo que era um sargento e seu braço direito e  Bruno um soldado, eles pararam a nossa frente, com meu pai sempre passando seu ar de superioridade.

-Sentido.- Disse Bernardo e todos ali presentes bateram continência ao seu superior, ou seja, meu pai, que respondeu da mesma maneira logo voltando a sua posição anterior, o mesmo nos observava de uma maneira severa.

-Descansar. - Disse o mesmo, e todos nós voltamos a nossa posição inicial.

 Meu pai começou a passar seus olhos por todos ali presente, enquanto o silencio reinava no local, quando seus olhos pararam em mim, ele me lançou um olhar indecifrável.

-Bom, vocês devem querer saber o porquê de todos estarem aqui não é?.- Perguntou o mesmo, mas ninguém ali o respondeu e nem seriam doidos o suficiente para respondê-lo.

-Bom, Como vocês já sabem temos um novo membro em nossa corporação.- Dizia o mesmo com o mesmo ar superior de sempre.- Mas o que muitos aqui não sabem é que ele é meu filho.- Após dizer aquela pequena frase pude notar um leve orgulho em seus olhar que se direcionava a mim.

-E vou logo adiantando que não quero tratamento exclusivo aqui só por conta dele ser meu filho, mostrem pra ele como funciona.- Dizia ele com seu olhar ainda direcionado a mim.

Batemos continência novamente e ele nos responde da mesma forma, mas pude sentir um leve sorriso de escarnio em seus lábios e mais um arrepio passou-se por minha espinha, ele se retirou levando Bruno e Bernardo com sigo me deixando ali, mas não liguei muito pra isso.

Senti uma mão em meu ombro logo ficando em alerta, olhei para a pessoa que colocava suas mãos em mim e era um dos desconhecidos homens de meu pai.

-Então princesa, papai te mando pra cá foi?.- Eu já conhecia bem aquilo “pressão psicológica” que infelizmente não funcionava comigo.

 Olhei a minha frente e alguns dos soldados que eu conhecia ali lançavam olhares de dó ao cara que fazia aquilo.

-Que foi a princesa é surda?.- Perguntou novamente em meu ouvido, me fazendo ficar com mais raiva ainda, me virei de frente para ele tentando repetir em minha mente um mantra “não mate o cara, não mate o cara” logo alguém de zoação bateu a mão em minha bunda e aquilo foi à gota d’água.

 Sorri para ele, já ciente de que meus olhos já estavam como os de meu lobo, ele deu um passo para trás enquanto me olhava.

-Que foi, tá com medinho princesa?.- Falei devolvendo sua provocação e o mesmo engoliu em seco e muitos que estavam ali e que riam antes se calaram.

-Christian se controla.- Disse uma voz que percebi ser de Bernardo atrás de mim.

-Porque parou de falar lindinha?.- Ignorei Bernardo e falei para o soldado que me provocava antes que jazia de olhos arregalados.

-Christian.- Disse um pouco mais alto eu o olhei de canto de olho e o mesmo me encarava serio.

-Tudo bem.- Falei levantando minhas mãos para cima em sinal de rendição.

Me virei totalmente o encarando com os olhos no mesmo estado, olhei os outros soldados que me olhavam de olhos arregalados e os que eu conhecia me lançavam um olhar reprovador e amedrontados ao mesmo tempo.

-Me siga.- Disse Bruno aparecendo do nada enquanto eu me perguntava o porque de todos ali estarem de olhos arregalados, já que todos eram lobos como eu.

 Eu não disse nada e comecei a segui-lo, meus olhos já estavam normais a essa altura.

 Ele me levou até o gabinete de meu pai, abriu a porta anunciou minha entrada e quando entrei meu pai me lançou um olhar indecifrável.

-O senhor queria me ver?.- Perguntei de onde estava.

-Sim, sente-se.- Diz o mesmo indicando a cadeira em frente a sua mesa. 

 Dirigi-me a cadeira e sentei-me, sendo seguido pelo olhar de meu pai, fiquei um tempo em silencio esperando o mesmo dizer algo, mas não disse nada, quando eu ia abrir minha boca para dizer algo fui interrompido por uma risada, o que foi estranho, pois meu pai quase nunca sorria e gargalhar do jeito que estava fazendo, era (muito) estranho.

-Eu não esperava por isso, eu te trouce aqui para eles te assustarem e eles que acabaram assustados.- Disse ao parrar de ri e começar a me olhar serio.

-Eu não entendi a reação deles...- Falei confuso.

-Quando você ia me contar?.- Ele do nada começou a gritar.

-Contar o que?.- Perguntei confuso.

-Christian, não se faça de desentendido.- Dizia ele mantendo um tom de voz totalmente frio e raivoso.

-Não estou me fazendo de desentendido, eu realmente não estou entendendo nada.- Falei mais confuso ainda, ele passou um tempo me encarando, parecia estar me analisando, mas logo soltou um suspiro cansado.

-Droga...- Dizia ele em um sussurro inaudível para ouvidos normais, mas não para mim e essa palavra foi o que me surpreendeu, meu pai nunca xingava, pelo contrario ele repudiava xingamentos.

-Pai será que dá para explicar o que esta acontecendo?.- Perguntei enquanto o via praticamente explodindo.

-Você por acaso conheceu alguma pessoa nova nos últimos dias?.- Perguntou-me ignorando totalmente minha pergunta anterior.

-Não, porque pergunta?.- Perguntei já estranhando aquela conversa.

-Certeza?.- Perguntou me olhando como se realmente precisasse daquela resposta.

-Sim, eu tenho certeza de que não conheci ninguém. - Falei já cansado daquelas perguntas.

-Tudo bem então.- Disse soltando mais um suspiro.- Terminamos nossa conversa, pode sair, Bernardo esta te esperando para leva-lo para casa.- Falava sem me olhar, ele parecia estar muito incomodado com algo.

 Tudo bem que eu havia conhecido Louis, mas eu nunca havia falado com ele, então eu não o conhecia, não é mesmo? E mesmo que eu contasse que havia o conhecido, meu pai com certeza iria querer saber como e de onde o conhecia, ai iria me matar quando soubesse que eu não estava treinando nas ultimas vezes que entrei naquela floresta e lá estava eu novamente com aquela mesma sensação de aperto em meu peito só de lembrar do pequeno ser de olhos azuis, seria estranho se eu falasse que por um momento eu ouvi sua risada doce em meu ouvido? Pois se for, então acho que estou ficando louco, pois estou escutando sua risada cativante ecoar por minha mente durante todo o dia.

Após sair de sua sala fui andando pelo corredor que levava até os vestiários para pegar minhas coisas quando ouso um grupo de soldados sussurrando entre si. 

-Você viu, os olhos dele estavam totalmente vermelhos...- Diziam, mas quando me viram suas expressões mudaram drasticamente, pareciam com medo, passaram por mim praticamente correndo, estranho, pois pareciam fugir de algo.

 Ignorei e continuei meu caminho até os vestiários vendo as mesmas expressões de medo por onde eu passava, passei a ignora-las por achar que não eram para mim, logo tomei um banho rápido, peguei minhas coisas e segui para a saída do quartel, logo vendo Bernardo me esperando já dentro de seu amado jipe, ou Bella como ela o chamava.

-Oi Bernardo.- Finalmente não tinha que trata-lo como meu superior, ele era até legal fora do quartel, ele me encarou durante um tempo, mas logo suavizou sua expressão, mas mesmo assim não esboçou nenhum sorriso.

-Oi.- Respondeu ele seco como sempre.

-Vamos comer alguma coisa antes de ir né?.- Falei esperançoso.

-Não.- Disse o mesmo sem me olhar e não esboçava nenhuma emoção a não ser tédio.

Revirei meus olhos e o mesmo começou a dirigir rumo a minha casa.

-Droga.- Deixei escapar sem querer.

-Seu pai vai adorar saber que você esta blasfemando garoto.- Dizia em forma de ameaça.

-Você não vai contar.- Falei o encarando.

-Ou oque?.- Disse me atiçando com aquele maldito sorriso.

-Ou encho sua cueca de wasabi.- Falei vendo seu irritante sorriso sumir e a expressão mal humorada costumeira voltar.

-Ponto para mim.- Falei para irrita-lo e o mesmo bufou irritado. 

 Passaram alguns minutos e estávamos chegando em minha casa quando ele resolve que seria uma ótima ideia buzinar na frente de casa feito doido, nunca vi minha mãe sair de casa tão brava, parecia que iria explodir.

-Eu mato vocês.- Dizia a mesma vindo em direção ao jipe de Bernardo e eu o olhei querendo saber se ele tinha ficado louco de estressar minha mãe ou o que.

-Desculpa dona Ester, mas eu falei para seu filho não fazer isso, mas ele me desobedeceu e começou a apertar a buzina sem parar.- Disse me olhando com um olhar de falsa repreensão e quando fui me virar para explicar para minha mãe que era mentira, só escutei os xingamentos fluírem de sua boca feito uma cachoeira e logo veio o discurso de que ela não tinha criado seu filho para que o mesmo infernizasse a vizinhança e Bernardo estava ali concordando com tudo que ela falava e dizendo que eu tinha de ser um garoto bom.

-Ponto para mim.- Disse o mesmo ao minha mãe parar de falar e se afastar de onde estávamos.

-Você me paga.- Falei entre dentes vendo aquele sorriso de escarnio aparecer novamente em seu rosto.

Sai de seu jipe batendo a porta com toda força e raiva que eu tinha acumulada.

-Seu monstro, não machuque a Bella.- Dizia ele parecendo realmente preocupado com seu jipe e para terminar chutei uma das rodas saindo rindo enquanto escutava ele me xingar.

-Cuidado para meu pai não saber que você esta blasfemando. - Falei devolvendo uma de suas frases vendo o mesma me encarar com raiva.

-Ponto para mim.- Falei alto para que o mesmo me ouvisse de onde estava e entrei em casa rindo feito idiota.

 Fui subindo as escadas para meu quarto, precisava de um banho urgentemente, ao entrar em meu quarto fechei a porta e a tranquei só para garantir que minha mãe não viria me matar ou algo do tipo, fui em direção ao banheiro e chegando lá me despi, liguei a água e nem mesmo esperei que a mesma se esquentasse só enfiei-me em baixo e pude sentir a ótima sensação que era a água fria em contato com minha pele quente, só ali com meu corpo de baixo d'a água que pude ver o quanto cansado eu realmente estava, foi com se todo meu cansaço me atingisse de uma vez só, fechei meus olhos e fiquei um tempo só apreciando a sensação que água que agora estava quente me causava, após alguns minutos resolvi tomar meu banho normalmente, após banho tomado sai do banheiro somente de toalha a procura de uma roupa para vestir-me, peguei a primeira roupa mais confortável que vi em meu guarda roupa e me verti logo jogando-me em minha cama e de repente lembranças dos olhos apavorados dos soldados de meu pai vieram em minha mente e os gritos de meu pai sobre eu ter conhecido alguém, mas o que reinava em meu subi consciente era a lembrança de uma voz tão suave e doce que me trazia uma paz inexplicável, logo um sorriso brincava em meus lábios e não havia mais gritos muito menos olhares apavorados em minha mente, mas sim a lembrança de Louis sorrindo e brincando com lindas flores e o cansaço foi se apossando de meu ser e eu fui me deixando ser levado, rapidamente estava dormindo enquanto sorria com o doce sonho que estava tendo...

 

 

 

 


Notas Finais


Oi novamente pessoinhas.
Só queria dizer que esse cap pode ter ficado um tanto quanto confuso, mas no próximo cap algumas coisas vão ser explicadas.

Bjs e até o próximo cap.


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