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História Escapism - Medo do desconhecido


Escrita por: Pandi-Unicornio

Notas do Autor


humkk oi estou aqui pra mais um cap e não é de noite nem madrugada
temorei? sim, mas eu sempre demoro ne nada de novo

a fic finalmente mudo de nome!! my lover came from the ocean agora é ~Escapism~
a capa foi feita pela becca (aqui no spirit como: @baepkive), muito obrigada!!!

eu sei que to desdo ano passado que eu to escrevendo um monte de fic nova e daq a pouco vão ser postadas e blah blah blah mas eu juro que é verdade verdade viu um dia elas chegam

boa leitura e desculpe os erros

Capítulo 4 - Medo do desconhecido


Fanfic / Fanfiction Escapism - Medo do desconhecido

O medo e a tontura não era exatamente sensações novas, essa era a única certeza do tritão. Era uma sensação familiar, mesmo que ruim, mas ainda sim causa um sentimento de reconforto em sim. Um suspiro fraco saiu de seus lábios e ele tenta lambê-los. Infelizmente, naquela situação de incerteza e confusão, em que o menino-peixe tinha conhecimento de absolutamente nada, um pouco de familiaridade era sempre bem vinda com braços abertos.

Não sabia aonde estava, de como havia chegado ali, com quem estava e a razão daquilo tudo. Estava com frio, tão frio quanto uma correnteza polar, e desconfortável, fazendo seu corpo todo doer. Tinha até mesmo tentado se mexer para encontrar uma posição melhor ou gritar por socorro, qualquer coisa. Mas, foi em vão, estava paralisado da cabeça ao rabo e não importava seus esforços que nada o obedecia.

Tudo o que o garoto conseguia fazer era rezar súplicas e pedidos de ajuda em sua cabeça. Qualquer ser servia, entretanto, o tritão desejava silenciosamente que seja Poseidon o Deus à atender as suas preces, ele não via a hora de voltar ao mar que tanto conhecia e amava. O que mais queria agora era nadar para o mais longe possível daquele breu e abraçar o seu amigo, o garoto-peixe tinha certeza que o pequeno polvo estava preocupado consigo.

Ele interrompe os seus pensamentos, assim que a tontura se transforma em dor. Sua cabeça começa latejar e ele sente sangue escorrer pelo seu rosto, muito provavelmente o pintando de vermelho. Respirando em fundo, o menino-peixe tenta mais uma vez se mexer e leva a mão para estancar o fluido viscoso, o que, infelizmente, não consegue, mas isso já se era de se esperar. 

Entretanto, algo lhe toca. Alguma coisa úmida e fria acaricia gentilmente sua testa, limpando-o de uma forma delicada, assim como sua irmã fazia. Retirando todo o sangue quente de sua pele, o objeto é afastado de seu rosto e o ferimento é rapidamente coberto com uma outra coisa, só que mais fofinha e seca. E, apesar da confusão causada, o tritão se alegra, já que com aquele tratamento estranho, aquela dor atordoante diminui gradativamente, tornando a um pouco mais suportável com o passar do tempo.

Ao sentir-se recuperar aos poucos o controle de seu próprio corpo, o garoto tenta abrir as pálpebras. Entretanto, ao contrário do resultado desejado, sua barriga se contorce e o enjoo lhe atinge. Vendo que suas tentativas de nada adiantaria. e procurando evitar mais complicações, ele decide que o melhor era permanecer daquela forma, parado e no escuro. 

De repente, algo espeta seu pulso e se afunda devagar penetrando sua pele profundamente, o assustando. Um grito se prende em sua garganta, nunca havia sentido algo assim antes e isso o assustava. Ouriços não fincavam os seus espinhos tão profundamente assim em suas presas e qualquer outro animal carnívoro disposto a fazê-lo de refeição seria muito mais bruto.

Uma onda de desespero penetra em sua pele, assim como o estranho espinho que estava fincado em si, fazendo com que seu coração pulse em um ritmo fora do comum. Não conseguia falar, se mexer, ouvir, nem ao menos cheirar algo. Tudo estava tão confuso.

Estar preso em sua própria cabeça era certamente aterrorizante. A sensação de confusão era pior do que estar preso na mais profunda caverna. 

Em meio à toda sua angústia, a única coisa em que seu corpo conseguiu obedecer foi chorar. Lágrimas cortavam a lateral de seu rosto e caiam na superfície que estava deitado, afinal estava deitado fora d'água e a força que puxava as coisas para baixo ainda funcionava na superfície apesar de tudo. Um soluço se prende em sua garganta e ele derrama todo o seu medo. 

Sua noção de tempo estava confusa, ele não sabia o quanto havia se passado, era como se Cronos tivesse o devorado. Mas, pelo menos com essa demora toda, seus sentidos começaram a clarear aos poucos. Sem aquela tontura irritante, o garoto consegue analisar o mundo a sua volta. 

Pássaros cantavam, indicando o dia, árvores chacoalham com a força do vento e ondas quebravam furiosamente ao fundo, o que significava que ele não estava tão longe assim de casa. E, pelo barulho furioso que o mar fazia, era certeza que grande parte da praia estava sendo engolida pelo mar. Poseidon era um Deus temperamental e imprevisível, porém nunca ficava furioso por qualquer inconveniência. Algo deve ter acontecido.

Pela terceira vez naquela situação, o menino-peixe é pego desprevenido. Sem mais nem menos, um pouco de água gelada é despejado delicadamente sobre si e ele se deleita. Agora que estava mais lúcido e hidratado, sua mente volta a ficar mais leve e ele consegue se lembrar do que havia acontecido com mais clareza. 

Os dois poderosos irmãos são a causa de toda aquela destruição e angústia. A fúria de Zeus em colapso com a cólera de Poseidon, só de pensar na discussão, o menino treme cheio de medo. Apesar de não conseguir se lembrar dos detalhes exatos, a briga com certeza havia sido mortal, arriscada e assustadora.

Bom, agora, pelos menos, ele sabia de como havia chegado naquela situação. Um suspiro saiu de seus lábios, deixando-os amargos. Era fato que Deuses são seres absolutos e divinos, entretanto, ainda sim podiam se machucar. Estaria seu precioso Pai dos mares com dor? Em agonia? Desesperado por um abraço? Ele estava sentindo a sua falta? 

Assim que suas memórias clarearam, raiva borbulha em seu sangue. Era tudo culpa de Selene, aquela fofoqueira insignificante. Se não fosse por ela e seu desejo de causar discórdia no Olimpo, o tritão estaria em segurança e bem. Depois de sair daquela enrascada, o garoto se resolveria com ela depois

Quanto mais a fumaça em sua mente dissipava, mais controle de seu corpo ele ganhava, o que dificultava a repreensão de qualquer barulho. Sem qualquer força para impedir o seu choro, um grande soluço pula de para fora de seu corpo, fazendo o barulho ecoar pelo local em que estava.

Com medo, ele trava, esperado qualquer tipo de dor lhe atingir. Segundos passam e, ao contrário de suas crenças, mãos quentes afagam o seu cabelo comprido, exatamente como a sua irmã fazia quando estava triste.

O toque era gostoso e aconchegante, causando um calor estranho surgir em seu peito. Com muito esforço, em uma tentativa de buscar mais do carinho proporcionado, o garoto se move em direção ao gesto reconfortante. Ao sentir o toque acolhedor em sua bochecha, o tritão vira sua cabeça e se move contra a palma da mão quentinha, em um leve ato de afeto. Apesar da dor e a escuridão ainda estar presente, o medo do desconhecido diminui, e ele quase sorri, aproveitando da breve sensação de paz.

A sensação de sono lhe acaricia novamente, dessa vez, entretanto, de uma forma mais suave e calma que anteriormente. Deve ser por causa do afago, ele conclui sonolento. Sua irmã fazia a mesma coisa quando não conseguia dormir ou estava triste. Absorto no afeto, a sua respiração se tranquiliza, se sentindo cada vez mais pesada.

Ele luta contra a vontade de bocejar. Embora se sinta melhor e mais calmo, o menino peixe não queria dormir de jeito nenhum. Aquele cafuné em seus cabelos era uma das melhores coisas que ele já havia sentido em todos esses anos solitários. Sim, amava a sua irmã de forma incondicional, entretanto, a sua fome por um toque gentil sempre estava presente consigo.  

Juntando suas sobrancelhas, o tritão se esforça ao máximo para não se render ao sono. Ah! Como Ícelo, o Deus dos pesadelos, gostava de o atormentava a noite! Sempre rindo de si, junto à Selene de seus mais aterrorizantes medos. Era fato de que Morfeu era muito mais agradável, agradando-o com os mais impossíveis e bonitos sonhos.

Determinado a ficar acordado, o garoto se enche de coragem e abre a boca, em uma tentativa de gritar por socorro. Talvez algum Deus amigável lhe ajude, ou quem sabe, até mesmo o seu predestinado. Na realidade, ele admite pra si mesmo, tanto fazia quem era seu salvador, qualquer um com boas intenções serviria naquele momento.

Porém, ao contrário do resultado esperado, a mão quente vai embora e uma dor esquisita em sua cauda lhe atinge. Era como se alguém apertasse fortemente a sua cauda, sem se importar se causaria dor, como naquela vez em que havia batido o seu braço em um amontoado de rochas sem querer, mudando o seu osso de lugar. As lágrimas, que antes haviam parado por conta do carinho, voltaram, só que em uma escala maior, fazendo com que os seus soluços se atropelem e o engasguem. 

Em resposta a seu choro barulhento, os toques agressivos param e mais água é despejada sobre si, o cobrindo e abraçando o seu corpo por completo em uma sensação extremamente familiar. Mas, nem isso consegue lhe acalmar, tudo em si gritava para conseguir um jeito de fugir dali.  O garoto abre a boca para tentar gritar mais uma vez, mas alguma coisa é posta em seu rosto, abafando a sua respiração.

O objeto era frio e contornava a sua cabeça, causando uma leve estranheza em si. Nunca em toda sua longa vida havia sentido algo semelhante. Seria uma nova invenção de Hefesto?

Ele respira fundo para tentar se acalmar e recuperar a linha de raciocínio, o que não dá muito certo. Na verdade, causa o efeito contrário, já que aquele objeto exalava um ar diferente (mais ou menos como uma fumaça hipnotizante), o deixando desesperado. Não importava o quanto ele tinha lutado para permanecer acordado, ao inalar aquilo, a tontura e o sono voltam com tudo.

Uma ideia passa por sua cabeça e ele quase ri abençoando Atena.

Como estava totalmente dentro d'água, ele poderia usar suas brânquias para respirar ao invés de boca e nariz, assim o ar estranho era evitado por si. Mais uma vez ele se lamenta por não estar em casa, uma vez que a estranheza lhe toca novamente, apesar de estar completamente submerso. Ainda é a água, meu plano vai funcionar mesmo que eu esteja espremido, ele tenta se animar. Então, trancando o seu canal respiratório terrestre e abrindo as suas guelras, respira fundo, dessa vez não sentindo a fumaça estranha. Pena que não foi dessa fez Morfeu, o tritão brinca alegre por conseguir se manter acordado sem ajuda de nenhuma divindade.

Entretanto, assim que começa a respirar pelo o seu canal respiratório branquial, o objeto estranho cobrindo sua boca e nariz é retirado e o menino-peixe sente aquelas mãos quentes sobre si novamente junto à sensação de conforto.

Seria Apolo sentindo compaixão de si? Ou era o seu pretendente tentando o reconfortar? Afinal a dor só voltava quando o afeto sumia. O sentimento de felicidade surge em seu peito.

O carinho passa de seu cabelo para suas guelras. Acariciando superficialmente o seu pescoço, o dedo adentrando delicadamente em suas brânquias, abrindo-as. Não doía, muito pelo contrário, fazia cócegas e lhe arrepiava, o que era estranho. Era bom de certa forma, nunca havia sentido algo parecido como aquilo antes.

Se perdendo mais uma vez no afeto, ele solta um leve suspiro, fazendo com que várias bolhas subam até a superfície. Rapidamente, como se estivesse com medo, a mão se distancia, levando a calmaria consigo. Assim que o calor some, o tritão volta a se sentir vazio. Mas, ele se consola, pelo menos aquela dor insuportável não havia mais voltado. 

Abafada pela água, vozes altas e furiosas ecoam pelos seus ouvidos, provavelmente em meio a uma discussão. Deuses? Semideuses? Era muita informação para a cabeça molhada e confusa do tritão. Um baque enorme ecoa e ele involuntariamente se encolhe. 

Quase que arregala os olhos com isso. O seu corpo finalmente estava lhe obedecendo, mesmo que um pouco.  Respira fundo, fazendo a água entrar pelas brânquias, ele tenta se erguer e levar uma de suas mãos até sua cauda, entretanto apenas os seus dedos se mexem. Sem perder as esperanças, o menino-peixe então foca o resto de suas forças em dobrar o seu braço esquerdo. O que, surpreendentemente, dá certo. Com movimentos contínuos e simples, o controle de seu corpo é finalmente recuperado. 

Todavia, assim que consegue abrir os seus olhos para analisar mais da situação, o garoto se sente ser espetado novamente. Só que desta vez mais forte e mais profundo. Em pouco tempo, mais que em todas as outras vezes, a tontura volta, assim como o sono também. 

O tritão até tenta lutar como antes, mas todos os seus esforços são em vão, afinal, Morfeu já havia lhe seduzido e encantado a muito tempo.

 


Notas Finais


-> inicialmente o hoseok literalmente tortura o yoongi, arrancando algumas escamas, pra ver o quão diferente era de um animal ou se ele se regenerava. na segunda versão eu ia mais adiante e literalmente cortaria o rabo do yoongi no meio, mas mudei de ideia. como disse antes, o hoseok nao vai ser tão horroroso nessa versão e eu acho que dissecar alguem meio que acaba com todas as suas chances de namorar elakkjkl.
Então se nao ficou claro o hoseok so usou o toque para examinar o yoongi, mapeando os ossos de ambas as partes (humana e peixe). Como o yoongo ja tava machucado e o hoseok tava nem ai e usou mais força q deveria, algumas feridas pioraram e pa.
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explicando os deuses:

Cronos: na mitologia grega, deus do tempo e rei dos titãs. É o mais jovem dos titãs, filho de Urano, o céu estrelado, e Gaia, a terra. Alternativamente, para Platão, os deuses Fórcis, Cronos e Reia eram os filhos mais velhos de Oceano e Tétis. Cronos era o deus do tempo, sobretudo quando visto em seu aspecto destrutivo, o tempo inexpugnável que rege os destinos e a tudo pode devorar.

Ícelo: tammbé conhecido como Fobetor (Phobetor, "assustador") é um dos Oneiros, personificações do ato de sonhar. De acordo com Hesíodo, Fobetor é filho de Nix, deusa primordial da noite, produzido partenogeneticamente ou, segundo o autor romano Cícero , com Érebo, a personificação da escuridão. Fobetor tem a capacidade de aparecer no reino dos mortais na forma de diversos animais e alterar sua forma física para interagir com os mortais neste mundo; personificação dos pesadelos, aparece nos sonhos na forma de animais ou monstros. Entre os próprios deuses, no entanto, é conhecido pelo seu nome real, Ícelo; juntamente com seus irmãos vive na terra dos sonhos (Demos Oneiroi), parte do Hades, o mundo inferior dos antigos gregos.

Morfeu: é o deus do sonho na mitologia grega. O seu nome — derivado do vocábulo grego que significa "a forma" — indica a sua função: tem a habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas. É um dos irmãos (em algumas versões menos confiáveis, é filho) do deus Hipnos, do sono. Os irmãos de Hipnos, os Oneiros, são personificações de sonhos, dentre eles Ícelo e Fântaso. Morfeu foi mencionado na obra Metamorfoses de Ovídio como um deus que vive numa cama feita de ébano numa escura caverna decorada com flores.

Hefesto: é um deus da mitologia grega, cujo equivalente na mitologia romana era Vulcano. Filho de Zeus e Hera, rei e rainha dos deuses ou, de acordo com alguns relatos, apenas de Hera, era o deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo, dos vulcões e do lume. Como outros ferreiros mitológicos, porém ao contrário dos outros deuses, Hefesto era manco, o que lhe dava uma aparência grotesca aos olhos dos antigos gregos. Servia como ferreiro dos deuses, e era cultuado nos centros manufatureiros e industriais da Grécia, especialmente em Atenas. O centro de seu culto se localizava em Lemnos.

Atena (em grego: Αθηνά, transl.: Athēná, ver seção Nome), também conhecida como Palas Atena (em grego: Παλλάς Αθηνά, transl.: Pallás Athēná) é, na mitologia grega, a deusa da civilização, da sabedoria, da estratégia em batalha, das artes, da justiça e da habilidade. Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África.


- qualquer duvida é só falar


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