História My Masks - O Sumiço

Acordei anciosa para ver o Lucas.Desta vez, não me importei com o canto dos pássaros ou com a escuridão de meu quarto.Me levantei e corri pro banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes.Penteei os cabelos e fui me vestir.Vesti a camiseta da minha banda de rock favorita, Slipknot.Uma calça jeans azul meio rasgada e, claro, a minha touca preta. Meus cabelos escuros eram curtos, então eu não os amarrava.Logo desci e fui direto pra cozinha, sem ir na sala ver se o Lucas já tinha levantado.Fiz café e torradas, e fui chamar o mais velho.Mas... Ao chegar na sala, tive uma granfe surpresa.O Lucas não estava lá, a janela estava aberta e tinha umas manchinhas de sangue no chão e na parede.Eu corri pra janela para tentar procurá-lo.

— Lucas?!

Eu gritei, e pulei a janela para seguir um rasto de sangue deixado ali.O rastro me levou até um lago, onde eu pudever várias sombras em volta do Lucas, que edtava no chão, desacordado.Uma das sombras me viu, e então comecei a correr.Eu sabia que ela estava me seguindo.Então resolvi me esconder.Subi em uma árvore, e esperei.Logo vi a sombra passar, me procurando.Quando ela se foi, suspirei de alívio e desci.

— Eu... Não acredito... O Lucas está morto?!

Perguntei a mim mesma, me ajoelhei no chão, pus as mãos no rosto e chorei baixinho.Uns 2 minutos depois, eu me levantei e limpei o rosto.

— Eu... Vou ajudar o Lucas, de um jeito ou de outro.

Eu ia voltar lá e tentar ajudar o Lucas.Mas, algo segura meu braço, e eu sinto uma forte pancada na cabeça, caindo no chão.Logo, acordei e me vi amarrada numa cadeira.Tentei me soltar e me debati, tentei gritar, mas estava presa por uma mordaça.Logo desisti e olhei em volta, eu estava trancada numa sala... E o Lucas estava acorrentado no canto da sala.Senti algumas lágrimas encharcarem meu rosto, e respirei fundo.Repentinamente abriram a porta e eu os olhei, eram dois homens, um que aparentava ter uns 28 anos e o outro 32 anos.

— Então os dois se comportaram? Que bonitinho.

O mais velho zombou e deu risada, enquanto o mais novo estava tirando o Lucas da sala.Eu me debati e tentei gritar, para que não levassem o Lucas.O maior me deu um tapa no rosto, me calando.

— Fica quieta, vadia.

Eles saíram da local, me deixando sozinha.Eu olhei pra trás e percebi que estava tudo escuro, eu não podia ver nada.Logo senti uma respiração na minha nuca, e fiquei nervosa.Um... Monstro gtande, saiu de trás de mim, ocupando metade da sala.Ele se aproximou de mim, e parecia que ia me devorar.Quando eu percebi que ele ia me atacar, um barulho alto ecoou nos corredores e ele se escondeu de volta no escuro.Uma mukher abriu a porta da sala, e se aproximou de mim, tirando uma tesoura do bolso.

— E aí, está gostando desse lugar?

Ela perguntou com um sorriso maldoso no rosto.Eu logo me debati novamente, tentando me soltar.

— Oque acha... Disso?

Ela enfiou a tesoura na minha perna, e eu tentei gritar, mas infelizmente não conseguia.A mulher deu risada e retirou a tesoura.Eu podia ver meu sangue escorrer e se espalhar pelo chão.Logo, ouvimos sons de passos e ela saiu correndo.Um garotinho entrou na sala, pegou uma faca que estava no chão, ao meu lado, cortou as cordas e retirou a mordaça de mim

— Corra!... Eles estão vindo!

O garoto sussurrou e foi pro escuro daquela sala.Eu me levantei e caminhei devagar, pois o corte na minha perna doía só de encostar.Eu ouvi os passos deles correndo, e vi um armário, tentei me apressar e me escondi lá dentro.Eu olhei pelas frestas do armário e eles acharam o garotinho.O velho, pegou o garoto pelo pescoço e o levantou, pegando uma faca.

— Onde a garota está?

O maior perguntou, apertando o pescoço da criança.

— Eu não sei... Eu pensei que ela era uma de vocês, e eu vi uma mulher velha sair correndo da sala, então eu fui soltá-la para que ela fosse atrás da mulher!... Eu juro!

O menino inventou uma história para me proteger.E milagrosamente, o velho acreditou e colocou o menino no chão.

— Que bom que você está Do nosso lado.Mas ela não era uma de nós.Vem, eu vou te levar pro seu quarto.

Eles levaram o garoto, e eu esperei um tempinho pra sair de lá.Quando saí, fui caminhando olhando pra cada porta, até... Poder ver o Lucas pela janelinha de uma das portas.Tentei a abrir a porta, mas estava trancada.

— Droga!...

Vi um armário logo ali e fui até ele.Por favor, que a chave esteja aqui.Eu abri as portas e revirei o armário, logo encontrando a chave.

— Isso!!!

Sussurrei e voltei até a porta, a abrindo.Caminhei lentamente até o Lucas, e parei em sua frente.

— Lucas! Sou eu, por favor acorda!

O garoto levantou a cabeça e abriu os olhos.Logo abrindo um sorriso.E eu pensando realmente ser ele sorri e o abracei.

— Lucas, fiquei tão preocupada.Temos que sair daqui!

Falei e o soltei.O mesmo deu uma risada baixa.

— Esqueceu, Jéssica? Os monstros possuem as pessoas à noite. E eu edtou devorando o seu namoradinho por dentro!

Ele disse com uma voz demoníaca, e eu fiquei tão assustada, que consegui correr.Me tranquei em um banheiro, e sentei atrás da porta, abraçando meus joelhos e deixando as lágrimas escorrerem.

— Droga... Agors é tarde, ele possuiu o Lucas.Ele não poderá voltar.

Chorei por uns 5 minutos e me levantei.Olhei em volta e percebi que tinha um armario, cheio de analgésicos, remédios, faixas e alguns lanches.

— Tudo que eu preciso por enquanto.

Olhei para uma porta que tinha num dos cantos e caminhei até lá.Abri as portas e vi uma sala que era segura realmente.Tinha uma garotinha sentada no canto, chorando.Eu me aproximei e ela me olhou assustada.

— Por favor! Não me machuque eu não queria ter soltado aquele homem! Ele disse que precisava ver uma tal de Jéssica!

*Ela disse chorando e eu me sentei ao lado dela*

-Ei... Se acalma, não vou te machucar.E... Eu me chamo Jéssica, você pode me contar como ele era?

Perguntei acariciando os cabelos da menina.

— Ele tinha um cabelo castanho bem escuro, olhos verdes, estava usando um moletom cinza e uma calça jeans...

Olhei pra garota assustada, e então lembrei que o Lucas nunca larga a o moletom por nada.Então... Aquele homem que eu encontrei... Pode não ser o Lucas!... Espero não estar errada.

— Oque acha de comer algo? Eu tranqueu as portas.E eles não irão entrar, ok?

Eu sorri e peguei na mão da menina, a levando até o armário.Peguei uns biscoitos salgados e dei a ela.

— Aqui tem uns chuveiros, podemos nos limpar e dormir por aqui, oque acha?

Perguntei após engolir um biscoito.

— Pode ser... Ei, Jéssica... Quando nós sairmos daqui... Pra onde vamos?

Ela me perguntou, deitando a cabeça em uma de minhas pernas.

— Eu não sei... Vamos pensar nisso depois... E aí? Qual seu nome?

Ela sorriu e deu uma risadinha.

— Eu me chamo Bruna.

Acariciei os cabelos dela.

— Bruna, agora a gente já se alimentou... Então, agora vamos verificar se os chuveiros estão bons.

A menor balançou a cabeça, dizendo sim e se levantou.Eu guardei o resto da comida e me levantei, indo até os chuveiros com a garota.

— Ei, Jéssica... Ali naquele quarto tem um guarda-roupa... E eu olhei ele, lá tem umas roupas, acho que servem em nós.

Eu olhei pra ela e sorri.

— Ótimo!

Logo liguei o chuveiro pra ver se a água estava quente.

— Bem, o chuveiro está bom... Você toma banho primeiro e eu vou ver umas roupas pra nós, ok?

Ela tirou o lacinho do cabelo e me olhou.

— Ok, vou ficar bem.

Eu logo fui ver as roupas, e ela foi tomar banho.Eu abri o guarda-roupa e tinha umas roupas que pareciam confortáveis.Peguei algumas peças pra nós duas e deixei em cima da cama velha que tinha ali.E então voltei pra lá, com duas toalhas na mão, dando uma delas pra menor.

— Eu achei uma roupa pra você lá, se vista e me espere.

Ela fez que sim com a cabeça e foi pro quarto se vestir.Eu tirei minhas roupas e tomei um banho rápido, me enrolei na toalha e fui pro quarto.A Bruna estava sentada na cama me esperando e eu caminhei até ela.Me vesti e sentei ao lado dela.

- Ficaram boas em você?

Perguntei pegando um pente que estava nos pés da cama, e o passei em seus fios, os ajeitando.

— Sim, eles são agradáveis.Vamos dormir aqui, certo?

Acabei de pentear seus cabelos e logo começo a pentear os meus.

-Sim, aqui é seguro.Mas, por precaução eu vou pegar os suprimentos que estão lá e vou deixá-los aqui.

Ela se deitou na cama e eu fui pegar todos os suprimentos.Logo os levei pro quarto, os deixei em uma gaveta vazia do Guarda-roupa e os alimentos deixei separados em outra gaveta.

— Jéssica, vamos dormir...

A menor me chamou e eu a olhei.

— Já estou indo, meu bem.

Fui até a porta e tranquei a mesma, logo empurrei uma cômoda prã frente dela.

— Pronto, assim ninguém entra.

Acendi a luz do abajur e apaguei as luzes, logo indo me deitar com a Bruna.

— Boa noite, Jéssica.

Ela disse e me abraçou logo fechando os olhos.

— Boa noite, pequena.

Fechei meus olhos a abraçando também, e logo dormi.