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História My Memories - What do You Feel?


Escrita por: laurmichellejm

Notas do Autor


MEU DEUS DESCULPA PELA DEMORA AMOR VOCES

Gente, muita coisa, falta de criatividade, provas, meu celular quase quebrando, desculpa mesmo, amor voces... Cap vai ter pouco da fisioterapia porque vou fazer um especifico pra isso, nao parem de me amar, obrigada.

Vamos ao cap! Desculpe qualquer erro e boa leitura'

Capítulo 8 - What do You Feel?


 

[Narrador Pdv]

As unhas de Lauren batiam no braço da cadeira de maneira tediosa, do dedo mínimo até o indicador, várias e várias vezes, fazendo um som oco e um tanto baixo por não estarem tão compridas. Se ajeitou na cadeira e girou o pescoço procurando por sua irmã que terminava de arrumar o quarto que haviam bagunçado há alguns minutos atrás. Estava mais do que ansiosa, como no primeiro dia de aula, ou algo parecido, não se lembrava realmente do primeiro dia de aula. Sua barriga tremia e suas mãos estavam frias. Agradeceu mentalmente por não estar ligada às máquinas, ou teria problemas com os batimentos cardíacos. Depois de tanto tempo e de uma longa semana depois de saber da fisioterapia, o dia enfim havia chegado, e em toda aquela semana, os milésimos de segundo haviam se passado como dias inteiros, poderia ser exagero se não fosse exatamente como Lauren se sentia.

Após muitos testes, exames e de bastante tempo exercitando os músculos de sua perna, Lauren finalmente estava pronta para andar, não apenas em termos médicos, mas, sentia isso. Já estava quase na hora e Taylor enrolava por ser tão metódica no quesito arrumação, a mais velha queria andar, correr, e quando finalmente trabalharia para isso, a irmã testou seu controle.

– Que demora, Tay. – Bufou com o tempo que ela estava tomando para fazer algo simples.

– Você bagunçou e eu estou tendo a boa vontade de arrumar. – Começou com um tom fingindo irritação. – Vou levar o tempo que eu precisar.

– Eu vou me atrasar e a Dra. Brooke vai ficar brava. – Tentou apelar para o lado sensato da irmã.

– Ally é um amor de pessoa, e ainda temos bastante tempo.

Ela apenas revirou os olhos e deu um longo suspiro esperando que a menor não notasse a sua insatisfação.

– Eu ouvi isso, Lauren. – Falho. Aparentemente Taylor era muito boa em perceber as coisas, ou Lauren muito lerda para esconde-las. Qualquer um dos dois acabaria caindo para o lado da maior, já que em ambos ela prevalecia.

Lauren encarou o relógio no alto da parede vendo o ponteiro dos segundos passar, pela primeira vez desde que chegou no hospital, rapidamente, definitivamente ela não gostava de atrasos. Melissa apareceu na porta com um sorriso no rosto e Lauren apenas sorriu de volta, ela caminhou até a paciente a cumprimentando com um beijo no rosto.

– Pensei que ja estivesse na fisioterapia. – Franziu o cenho confusa.

– Taylor insistiu em me levar mas... – Se propôs a explicar porém a mais nova se meteu. Finalmente ela tinha terminado.

– Pronto. Vamos?! – Chamou sorridente. Provavelmente tão ansiosa quanto a irmã.

– Olá, Taylor. – Melissa cumprimentou simpática.

– Oi, Mel. Vai nos acompanhar? – Lauren apenas observava a interação das duas um tanto impaciente. 

– Vou sim. Ally pediu por um rosto conhecido ao lado de Lauren.

– Que bom, não quero ficar sozinha, vai ser legal ter alguém pra' conversar e... 

– TAYLOR! – Se intrometeu rapidamente. Se não o fizesse nunca sairiam dali. 

– Ok, ok, estamos indo. 

Taylor rolou os olhos e Lauren sorriu vitoriosa, a menina então agarrou a cadeira as guiando para fora do quarto e enfim pelos longos corredores, Melissa e a mais nova mantinham uma conversa descontraída ora riam de alguma coisa boba ora dramatizavam o momento, ja Lauren fazia o de costume, olhava para os lados descobrindo cada cantinho do hospital, se tornou quase mágico estar ali.

Taylor passou a morar no hospital, fez amizade com tantas enfermeiras que Lauren perdeu a conta, conversava até com os pacientes vizinhos e, pelo tanto de vezes que aparecia no quarto comendo, provavelmente havia passado bastante tempo com os funcionários do refeitório, além de alguns médicos, claro. Lauren ja não achava os dias internada tão tediosos, e com o tratamento indo bem, tudo corria bem.

Algumas poucas lembranças voltaram nesse tempo que se passou, nada que fizesse tanta importância ou deixasse Lauren confusa, coisas simples que traziam um sorriso largo em seu rosto, como sua primeira vez em um parque de diversões, ou quando ralou os joelhos subindo numa pedra em uma praia deserta, ou quando fez algo errado e teve medo de ser descoberta, pequenos pedaços de um quebra cabeça que só estava no início, reconstruindo sua vida aos poucos. De maneira curiosa, poucas dessas lembranças se remetiam a uma certa latina, talvez a ausência dela nos últimos dias, por conta do tempo corrido de faculdade, teria influência no subconsciente de Lauren.

– Não concorda, Laur? – Taylor perguntou tirando a atenção da garota que observava uma família que se abraçava em meio a lágrimas de alegria.

– O que? – Retrucou confusa saindo do transe.

– Melissa e eu concordamos que você sente falta de Camila. – Comentou com tanta calma e a enfermeira assentiu. Lauren não sabia de onde aquela conversa havia surgido e nem onde estava indo, apenas franziu o cenho olhando reto em completo silêncio.

– Lauren? – Melissa chamou segurando o riso.

– Quem é Camila? – Se fazer de desentendida com certeza não era seu forte.

– Mel, chame a Dra. Kordei, ela perdeu a memória de novo.

Se Taylor não tivesse algo em mente para o futuro, atriz poderia ser uma ótima escolha. O drama exagerado que a menina fez no meio do corredor atraiu alguns olhares curiosos.

– Por que a sala de fisioterapia parece tão longe? – Suspirou profundamente.

– Por que está fugindo da verdade?

Lauren mais uma vez ficou em silêncio e Taylor esperando a resposta.

– Você quer andar, certo? – Melissa se intrometeu tentando mudar a cabeça da paciente. – Dizem que pacientes felizes se recuperam mais rápido, e Camila te faz feliz, não tente argumentar porque é verdade.

– Ponto pra' Mel. – A mais nova comemorou sorrindo com a língua entre os dentes e com um 'high-five' com a enfermeira. 

– Primeiro, eu nem lembro nem quem ela é, segundo, não sinto saudades de quem não conheço.

– Por que tenho a impressão de que você se lembrou de algo e não disse nada? 

Aquilo iria muito mais longe se Melissa não tivesse literalmente gritado avisando que haviam chegado. As três entraram na enorme sala e a doutora terminou rapidamente de escrever algo em sua mesa e se levantou sorridente, como sempre se apresentava.

– Olá, Dra. B. – Taylor cumprimentou com outro sorriso.

– Bom dia, Taylor, Dra. Clark, Lauren. – Sorriu para cada uma delas.

– Dra. B, eu queria saber se posso acompanhar o tratamento hoje, se não for incomodar claro.

Taylor estava decidida a assistir os primeiros passos da irmã, mesmo que não acontecessem naquele momento, voltaria quantas vezes fossem necessárias para isso. Lauren estava calada, observava a grande sala com admiração, havia tanta coisa ali que mal teve tempo de olhar para tudo: colchões no chão, barras de equilíbrio, alguns computadores ligados a uma esteira, bolas, pesos, cadeiras de roda, maca, espelhos grandes, corrimões, além de coisas simples de médico que eram necessárias, tudo em seu devido lugar esperando para fazer uma pessoa andar novamente.

– Se Lauren não se sentir desconfortável, será um prazer, mas preciso de um tempo a sós com ela para conversarmos um pouco, tudo bem?

– Claro, vamos esperar la fora, não é Tay? 

A mais nova assentiu e as duas se retiraram, Lauren fez um pequeno esforço nos braços e guiou a cadeira para mais perto da doutora que puxou uma cadeira para se sentar de frente para sua paciente.

– Sobre o que quer conversar? – Lauren começou estampando logo sua curiosidade.

– Vamos começar uma nova fase do tratamento, e temos que confiar uma na outra para que você se sinta confortável, e então que se cure o mais rápido possível. – Falou simples. A conexão entre médico e paciente na fisioterapia teria que ser completa e então conversar era a melhor forma disso acontecer. – Ouvi dizer que está ansiosa para dar os primeiros passos novamente.

– Desde o dia em que acordei, quero me sentir eu mesma de novo. – Desabafou sem realmente olhar nos olhos de Allyson.

– Vou me apresentar e depois é a sua vez, tudo bem? 

– Mas, já no nos conhecemos, Dra. B! – Pela primeira vez naquele hospital, Lauren estava tímida.

– Eu te conheço muito bem, realmente, mas precisa me conhecer um pouco. Porém quero que comece.

– Como devo fazer? – Perguntou um tanto confusa.

– Lembra o que eu disse sobre se sentir confortável? Faça do seu jeito.

Lauren respirou fundo e pensou bem no que deveria falar, pelo que havia entendido, elas precisariam criar um vínculo, talvez até uma amizade.

– Venho sonhando com esse momento há algumas semanas, como seria estar nessa sala me preparando para erguer as pernas e dar ao menos um passo. – Começou falando de uma vez. – Não sei ao certo o que falar, sei que estou pronta, sei que quero mais do que tudo, e sei que confio em você, quero que confie em mim também. 

Não eram bem o que havia pensado, mas as palavras saíram naturalmente, poucas, mas expressavam exatamente como o coração se sentia, o que desejava e como desejava, suspirou fundo tirando todo o peso de si, sentiu-se leve e a pequena psicologia de Ally talvez havia dado certo.

– Confio em você, e acredito que você confie em si mesma. Seus ferimentos não são tão complicados, se der tudo de si, em pouco tempo estará andando.

– Não sabe como é bom ouvir isso. – Lauren sorriu, tão abertamente que sua boca ficou dolorida, sorriu para si mesma, para Ally, para a situação. – Não vai falar de si? – Instigou curiosa.

– Não há muito do que falar. – Desconversou e a paciente lhe lançou um olhar ameaçador (brincalhão é claro). – Bom, eu tenho uma paixão secreta por livros românticos, eu odeio aranhas e queria ser astronauta.

– Mentira?! – Desconfiou e Ally se levantou com um sorriso.

– Vamos começar, Jauregui, temos um longo trabalho pela frente!

[Algumas horas mais tarde]

Lauren dispensou a maca pelo resto do dia, ficou na cadeira assistindo a um filme qualquer ao lado de sua irmã que se apoderou da cama larga. Taylor estava totalmente entretida enquanto a mais velha sentia-se entediada, a fisioterapia havia sido um tanto parada, mais exercícios para manter seus músculos ativos e um longo tempo conversando sobre como se seguiria o tratamento. Tudo deixava Lauren ansiosa, com o peito quente e a mente pronta para forçar o corpo e correr sentindo-se livre.

O som que mais se ouvia naquele quarto era o de alguém batendo na porta, e de tanto repetir aquele som, as duas quase conseguiam distinguir quem batia. Taylor e Lauren se entreolharam rapidamente, a mais nova com um sorriso diabólico e a mais velha assustada. Mais uma vez o toque se repetiu e os olhos se voltaram para a porta.

– Está esperando alguém? – Perguntou encarando e menina na cadeira.

– Não, você chamou alguém? – Retrucou com os olhos semicerrados. 

– Ei, eu não fiz nada. – Se levantou ligando as luzes, antes apagadas, e caminhando até a porta. A abriu se assustando com a presença da latina que não via ali há dias. – Camila?! – Retrucou confusa.

– Camila?! – Lauren falou no mesmo tom, do outro lado do quarto.

– Camila! – A mesma respondeu brincalhona pelo espanto das meninas. – Posso entrar? – Pediu com um sorriso tímido.

– Oh, claro. – Taylor deu passagem um tanto constrangida. – Desculpa, você não aparece tem um tempo e... Na verdade, ninguém aparece há um tempo.

– Taylor! – Repreendeu.

– O que é? Só estou falando a verdade. – Deu de ombros simples e direta.

– Sinto muito por não ter aparecido, as coisas na faculdade andam um pouco estranhas. – Se explicou tentando fugir da culpa. 

– Tem passado o dia todo, todos os dias na faculdade? – Lauren comentou um tanto irritada, para quem dizia que se preocupava com ela, estava distante de mais.

Camila ficou sem palavras, não sabia o que responder, a verdade é que estava com medo, não podia estar sempre ao lado da amada e quando podia não demonstrava seus sentimentos, estava respeitando o tempo de Lauren, porém ficar perto dela seria uma tortura, quase suicídio, e tinha medo de agir sem pensar e estragar a única chance que tinha de conquista-la mais uma vez.

– Podemos conversar, Lauren? – Pediu encarando no verde intenso dos olhos da mais velha.

– O que quer falar? – Perguntou fria. Aquilo doía nela mas pareceu necessário fazer Camila se sentir como se sentia.

– A sós, por favor.

Taylor que assistia tudo roendo as unhas decidiu se pronunciar para dar privacidade à elas.

– Acho que é a minha deixa. – Fez menção de levantar porém Lauren a impediu.

– Não! – Se excedeu no tom de voz. – Não precisa, eu sei um lugar. 

– Okay então...!

Lauren guiou a cadeira para fora do quarto esperando que Camila a seguisse, e o fez. As duas, em silêncio, passaram pelos corredores poucos habitáveis do hospital, andando lentamente chegaram ao pequeno elevador e esperaram que chegasse no andar que estavam, o que não demorou a acontecer.

– Tem certeza que não quer ajuda? – A latina retrucou preocupada com o reforço que Lauren fazia.

– Estou bem, obrigada. – Respondeu simples.
 

O elevador subiu em uma incrível lentidão, pareciam estar ali há anos e pelo silêncio constrangedor a demora piorava. Enfim chegaram ao telhado do hospital, Lauren sorriu ao sentir o vendo ir de encontro com seu rosto, desde que sua médica havia lhe mostrado aquele lugar, estivera ali diversas vezes, em sua maioria sozinha, para pensar, lembrar, esquecer, sentir o vento nos cabelos e o coração batendo fortemente.

A mais velha parou no lugar de sempre, o sol ainda brilhava forte, mas dava sinais de que iria se pôr logo. Camila parou ao lado da menina sorrindo boba. Estava encantada.

– Como descobriu esse lugar?

– Normani me trouxe aqui, é um bom lugar para pensar. – Explicou e logo fechou os olhos encilhando a cabeça para trás.

Ficou por longos segundos com os olhos fechados, quando os abriu, encontrou uma Camila rodopiando com os braços erguidos sentindo o vento abraçar seu corpo, deu giros e mais giros com um sorriso estampado nos lábios. Expressou tudo que sentia com o corpo e quando terminou deu uma gargalhada alta encarando Lauren de volta, ambas sorrindo abertamente.

– Por que está me olhando? – Perguntou franzindo o cenho.

– Você parece tão livre dançando, espero estar fazendo o mesmo em breve. – Lamentou tristonha. 

– Desculpe eu não queria...

– Tudo bem. – Interrompeu com meio sorriso.

Camila se sentou no concreto ao lado de Lauren, encarando o chão e vendo o quão alto estavam, um silêncio não tão incomodo se formou porém a latina sentiu a necessidade de quebra-lo.

– Sinto muito por ter aparecido pouco. – Começou se desculpando.

– Não fique longe, acaba ficando solitário aqui. – Pediu manhosa.

– Não ficarei, virei sempre que puder, sempre que precisar.

Mais uma vez o silêncio se fez presente e apenas o som dos ventos se ouvia.

– Por que não veio? – Estava mais do que curiosa.

– Tive medo. 

– Medo de mim? – Questionou se virando para encarar o perfil da latina.

– Queria te dar tempo, para lembrar, ou... Eu não sei.

Lauren juntou forças para inclinar o rosto e dar um beijo casto no canto dos lábios de Camila, a deixando completamente perplexa e muito confusa. Será que Lauren havia lembrado? Ou era um sentimento novo? Ou seus sentidos aguçados? Desejo? Todas essas perguntas passaram em segundos pela cabeça da latina acelerando seu coração.
 


Notas Finais


ENTAO, o que acharam?

Vou tentar postar mais rapido prometo, cap que vem tem flashback! Mais momento camren pra voces.

Beijos e ate o proximo!


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