xPov.Emmax
–E o que mais ela disse?– abracei forte Henry em meu colo e ele continuava a me explicar, distraído com seu sorvete.
–Disse também que a vovó falou que ela não precisa ficar com Robin caso ele faça algo de errado com ela, tipo, machuca-lá.– encolheu os ombros e eu parei por um instante.
Henry gostava de me contar as coisas enquanto fazíamos uma pausa nas nossas brincadeiras e eu por algum motivo ainda queria saber de Regina, não conseguia deixar de amá-la, eu trabalhava com ela, então a encontrava todos os dias, mas havia se passado semanas que eu não ia ao trabalho, por tanto não tinha a visto ainda, precisava saber de alguma forma o que acontecia e eu provavelmente já deveria estar demitida.
–É sério Emma, eu acho sim que ela te ama.– ele continuou tomando seu sorvete e eu encostei meu queixo em seu ombro.
–Quem me dera ser assim tão fácil, garoto.– sussurrei mais para mim do que para ele.
Estava perdida em meus pensamentos, quando alguém sentou ao meu lado e mal pude reparar quem era até que falou.
–Eai Loira.– obviamente era Neal e sua insistência em me chamar dessa forma.
–Neal, Hey.– Falei empolgada em vê-lo e Henry pulou de meu colo o que facilitou para lhe dar um abraço, o pequeno sorriu para Neal e se afastou para brincar no tanque de Areia.
–O que faz aqui?– continuei e ele ainda me apertava no abraço.
–É só aqui para que alguém consiga falar com você não é mesmo? Existe celular sabia?– falou irônico.
–Eu ando ignorando a existência dele.– encolhi os ombros.
–Jura? Nem reparamos.– gargalhei e ele também.
–Vim te avisar sobre hoje a noite, já que Ruby lhe mandou milhões me mensagens e você não recebe nenhuma.– Bagunçou meus cabelos e eu logo me afastei para lhe olhar.
–O que tem hoje?– Entortei as sobrancelhas confusa.
–Bom, eu e Ruby vamos estar dando uma festa, na casa dela é claro.– ergueu o nariz e eu segurei a risada balançando a cabeça negativamente.
–Não estou muito no clima de festa, Best.– o chamava assim agora, afinal, Neal estava realmente sendo o melhor comigo.
–Eu não perguntei sobre clima nenhum, você vai na festa e pronto.– revirou os olhos e eu gargalhei.
–Ta fácil assim?–
–É claro que está.– ele falava sério.
–Não se preocupe, essa noite juramos esquecer todos os problemas, vamos somente beber e transar, a noite inteira.– fez uma dança estranha com os braços e eu não evitei gargalhar ainda mais.
–Vai ser legal, eu juro, então?– ele continuou.
–Ta eu vou, mas só porque sem a minha presença é capaz de você ter algum tipo de colapso nervoso.– fechei os olhos, ergui o nariz e segurei a risada, um tanto convencida e ele me apertou extremamente forte em uma abraço novamente.
Demorei um pouco para chegar, não sabia o que faria por lá, nem estava tão animada, mas iria por Neal e como a desculpa mais idiota para poder ver ela, nem que fosse só por um instante. Quando entrei, olhei ao redor e notei que sim, havia realmente demorado a chegar pois estava todos bêbados e digo, até Ruby.
–Chegou a atrasada.– Neal passou o braço em volta de meu pescoço, o cheiro do álcool exalou e eu ri disso.
–Estou aqui, não estou? Então não reclama.– balancei a cabeça negativamente e segui seus passos até onde ele me guiava e claro, era para o bar.
– Trás três shots para minha loira aqui, agora a festa vai começar pra valer.– ele gritou e correu, eu claro, não parava de rir dessa cena.
Antes da bebida chegar, olhei ao redor e o lugar estava um caos, uns caiam de bêbados, outros começavam a beber e muitos se acabavam de cheirar. Geralmente festa de gente rica é assim mesmo, drogas, drogas, drogas. Não sei aonde fui me meter, mas era bom eu me familiarizar antes de começar a querer ir embora e Neal ficar puto comigo, chupei a rodela de limão e virei os três seguidos de uma só vez, balancei a cabeça e não pude evitar a careta.
–Assim que é bom.– uma voz que eu já havia escutado antes, falou rindo e eu logo me virei para ver.
–Zelena, oi.– sorri de canto e ela empurrou meu ombro com o seu.
–Eu fiquei sabendo o que houve, você está bem?– pude reparar que ela estava sendo sincera e achei incrível de sua parte.
–Estou em andamento, mas nada que um shot não resolva não é mesmo?– revirei os olhos rindo e ela sorriu também.
–Você está certa.– bateu forte a mão no balcão.
–Me vê mais duas rodadas de três, por favor. – se dirigiu ao garçom que logo trouxe os seis copos e ela me posicionou três para beber junto com ela, permaneci em silêncio e novamente chupei o limão, levantei um dos copos a ela antes de vira-lo e logo em seguida os demais, assim que a bebida desceu, balançamos a cabeça juntas e rimos disso.
–Vem, vamos começar essa festa para você.– ela puxou meu braço e me levou para um canto da sala, aonde estava um grupo de pessoas que eu não conhecia a não ser, Belle que sorriu para mim ao me ver.
Um rapaz que estava ali no meio, ajeitava um montinho de cocaína em fileiras e eu passei a observar como aquilo era tão comum entre eles, quando notei Zelena me entregar uma nota de dinheiro enrolada como canudo e com o dela nas mãos, a ruiva se encurvou um pouco, tampando um lado do nariz e do outro ela cheirou uma fileira inteira, eu sempre fui de me divertir nos lugares, mas confesso que nunca cheguei a esse ponto.
–Não precisa fazer se não quiser, você já é adulta Emma.– ela falou e eu sorri, ainda confusa na decisão.
Até que senti de longe que havia um olhar persistindo em mim e eu me virei para verificar, péssima escolha.
Regina estava sentada no sofá logo atrás de mim, acompanhada de algumas pessoas e claro Robin que tinha o braço ao redor de seu pescoço e ela estava de braços cruzados me odiando por estar naquele meio, provavelmente. Nossos olhares se manteve preso por alguns minutos até que me virei novamente e copiei o ato de Zelena, cheirando uma fileira quase completa, podia sentir o pó subir em meu nariz direto para meu cérebro, Deuses! Não demorou muito para o chão estar rodando e eu estar complemente contagiada pela música alta que estremecia o lugar, até que notei, Neal jurou estar comigo e no fim não estava, eu precisava acha-lo então fui atrás no mesmo e o encontrei dentro da piscina, nú.
–Neal!– gritei, gargalhando em seguida e ele me olhou, saindo da água no mesmo instante.
–Loira.– ele me abraçou, molhado e eu mantive meus olhos para cima, evitando ver o que não deveria.
–O que você está..– fui interrompida, quando Ruby me puxou pelo braço ao tentar me tirar do abraço de Neal.
–Vem, vamos jogar.– ela estava completamente louca.
–O quê?– falei interessada.
–Strip poker.– oi? Essa festa havia chegado no limite mesmo, mas eu não iria negar, já estava tudo fudido mesmo.
–Eu quero jogar também.– falou Neal, que sem dúvidas era o pior em estado daquela festa.
–Neal meu irmão querido, você já está nú.– Ela gargalhou e me puxou para dentro de casa até chegamos na sala de jogos, fechada.
Assim que entramos todos olharam diretamente para mim, provavelmente ela havia feito todos esperarem apenas para ir me buscar e eu acabei me tornando o centro das atenções naquele momento. O que era ótimo de fato, pois naquele lugar só tinha pessoas que me odiavam e se eu tentasse dar para trás seria uma covarde e eu não era.
Então, que comece o jogo!
Na mesa estava sentados o total de seis pessoas que no caso seria Eu, David, Zelena, Ruby, Regina e Robin. Todos em péssimo estado, então não estava em tanta desvantagem assim, me sentei e começou a distribuição de cartas, quem ganhasse apontaria para a pessoa que iria tirar uma peça de roupa, a concentração era incrível para um grupo de dopados, enquanto ajeitavam as cartas para si mesmo até chegar a hora de mostrar e David comemorar sua vitória.
–Zelena.– ele falou, talvez desejando ver a ruiva sem uma peça de roupa já que a sua mulher não estava no local e ela fez, tirou sua blusa e deixou exposto seu sutiã preto e apertado, que contornava um belo par de seios. As cartas foram distribuídas novamente e a concentração se manteve, mas podia reparar que Regina me olhava a cada minuto e aquilo me queimava por inteira até que chegou a vez de Ruby se alegrar.
–Robin.– falou a morena, fazendo o mesmo levantar e tirar sua camisa acompanhado de sua gravata que não contava como uma peça de roupa.
–Uau.– ela passou uma 'cantada' mas duvido que Regina havia reparado, pois seus olhos não saiam de mim nem por um segundo e novamente estávamos com novas cartas nas mãos, prontos para ver a maior quantia que tínhamos quando as colocamos expostas e Regina havia ganhado.
–Em-ma.– Ela falou pausadamente, enquanto apoiava os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos, me metralhando com os olhos.
Ela queria me ver sem uma peça de roupa? Então eu mostraria a ela e mostraria com gosto.
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