1. Spirit Fanfics >
  2. My Perdition >
  3. The truth?

História My Perdition - The truth?


Escrita por: Nyyanmaru

Capítulo 21 - The truth?


Fanfic / Fanfiction My Perdition - The truth?

  Olhei atentamente para aquela figura que entrou em minha sala como um fantasma, olhando tudo e analisando com desdém e deboche minhas coisas.

Me olhando com cara de nojo em seguida – Pensei que sua sala seria melhorzinha depois de descobrir que é a dona mas vejo que essa sala minúscula é horrorosa.

A encarei por uns segundos boquiaberta, tentei falar algo mas nenhum som saia, estava tão nervosa que se levantasse desmaiaria.

Ela estava diferente uma pessoa mais bem cuidada, suas roupas de grife demonstrava o quão bem ela se veste, sua maquiagem simples mas perfeita, sua bolsa, assim como seu salto peças únicas que reconheceria em qualquer lugar.

- Como entrou aqui? – perguntei ainda me recuperando do susto, minha editora havia seguranças.

- Ora eu sou sua mãe, quem barraria a mãe da dona de tudo isso?! – ergueu a mão como que indicando tudo. Óbvio ninguém.

- Preciso mudar isso então – falei seca – Mas não disse que o que veio fazer aqui!

- Eu vim ver minha querida filha, estava com saudades.

Eu sabia que era mentira – O dinheiro acabou? – a olhei nos olhos – sei que já não tem praticamente nada por isso veio me procurar – me levantei de pé e abri a porta por onde ela entrou – agora vá embora antes que eu chame os seguranças.

- O que aconteceu com você filhinha? – apesar de tudo ela estava visivelmente surpresa com minha atitude.

- Eu amadureci e vá embora – antes dela sair continuei – e não pense em voltar muito menos que lhe darei algum dinheiro, finja que eu não existo e desapareça.

Ela saiu contrariada e bufando, passei a mãos em meus cabelos, estava nervosa, peguei minha bolsa e estava saindo quando Shin se aproxima.

- O que aconteceu? – perguntou – E quem é aquela? Ela é igualzinha a você versão dez anos mais velha – olhei para ela.

- Eu não nada parecida com aquela mulher! – exclamei um pouco alto.

- Quem é ela? – ele estava confuso.

- Ela é aquela que já chamei de mãe.

- O que? – eles praticamente gritou – O que ela estava fazendo aqui?

- Eu não sei, eu preciso sair daqui.

- Eu vou com você – esperei ele pegar seus pertences – vamos. – pegou na minha mão – pra onde você quer ir?

- Pra casa, eu preciso descansar um pouco, passe suas tarefas pra alguma outra pessoa, essa semana você vai me ajudar com os papéis de minha mesa – suspirei – mas isso outro dia, em dois a gente resolve rápido, eu vou pegar mais café enquanto você passa as tarefas pra alguém e vou pegar os meus já que você vai passar esses dias comigo a gente resolve em casa.

Ele assentiu e foi, fui até a cafeteira e preenchi meu copo com aquela substância escura em seguia indo pra minha sala, peguei aquele monte de papéis e fui para saída onde Shin já se encontrava.

O mesmo pegou os montes de pastas com papéis de meus braços e seguimos para meu carro, o destravei e ele colocou os papéis no assento traseiro, logo depois se sentando ao meu lado na frente.

Liguei o carro e dirigi ate minha casa, estacionei e saímos com Shin levando as pastas. Entramos em casa retirando os sapatos e nos jogando no sofá.

- Eu estou péssima – falei com desânimo – pensei que desmaiaria só de vê-la.

- Tem algo que eu possa fazer pra te animar? – perguntou sem saber o que fazer.

O olhei com os olhos brilhando – Você podia me fazer aquele doce, hmm, você sabe como eu amo – fechei os olhos – só lembrar já posso sentir o gosto.

Ele riu – interesseira.

Fiz bico – Você quem perguntou, por favor estou com vontade.

- Eu vou fazer enquanto isso vai tomar banho.

- Tudo bem – ele foi para a cozinha e eu para o quarto.

Tomei uma ducha rápida e me troquei, voltei pra sala e ele não estava ali, fui para a cozinha e também não estava, dei de ombros afinal ele pode ter ido tomar uma ducha no outro quarto.

Abri a geladeira e vi o brigadeiro, meu cérebro dizia pra não enfiar o dedo no doce e lamber mas a vontade é maior, coloquei o dedo e coloquei na boca, gemendo de prazer com o gosto do doce.

Abri o freezer e encontrei meus sorvetes, hmm doce de leite, leite trufado, morango e menta, mas eu queria calda, não tinha calda.

Peguei meu telefone e liguei para o mercadinho aonde eu fazia pedido as vezes e eles me entregavam.

Pedi praticamente todos os sabores de calda que eles tinham, junto a um monte de porcarias que me renderiam uns bons quilo.

Não demorou muito e Shin apareceu com seus cabelos molhados e eu sorri, abriu a geladeira e me olhou – Você enfiou o dedo não é mesmo?!

- Se sabe por que pergunta? – falei com ar inocente.

- realmente não sei – sorriu – o você estava fazendo?

- Encomendando besteiras de um mercadinho pra afogar minhas frustrações. – fiz bico – essa é a coisa que mais faço, daqui a pouco não passo nem na porta.

- Eu sei que as coisas entre vocês não são fáceis mas..

- Você não sabe de tudo, quando me acertei com JiMin ele me contou algo que nem eu sabia, sem dizer que eu sei que ela voltou porque torrou todo dinheiro que conseguiu.

Eu contei a ele com detalhes, o que não o deixou surpreso, afinal eu já havia dito para ele como ela é.

Não demorou muito mais e o entregador trouxe o que eu pedi, o paguei e fui para a cozinha.

Peguei um pote um tanto grande e misturei uma boa quantidade de todo sorvete que eu tinha, misturei todas as caldas que comprei e joguei confetes em cima.

Coloquei minha colher dentro, Shin pegou o brigadeiro e foi para a sala – Você realmente não vai passar mais na porta, se eu não te conhecesse diria ... – o olhei feio – vou colocar um filme.

- Tudo menos um amor para recordar, eu já não suporto mais esse filme – dessa vez ele quem me olhou feio – mas eu quero um filme triste, um que eu possa chorar do começo ao fim.

- Acho que não existe esse filme, coração de pedra.

Olhei pra ele – Eu só quero chorar e culpar alguém, por que não um cara idiota de um filme ou uma mulher trouxa?

Por fim ele acabou colocando um amor para recordar, xinguei Carter por ser um delinquente idiota, xinguei seus amigos, xinguei ela por ser tão boazinha, a xinguei por morrer, os xinguei por perderem tempo e chorei.

Chorei por se darem conta do tempo que perderam, chorei por terem ficado juntos mesmo por pouco tempo, chorei por ele ser o pequeno milagre dela, por tê-lo transformado.

Claro que eu chorava e xingava entre as colheres de sorvete, com calda, confete e brigadeiro.

- O que houve com você? – perguntou Shin com os olhos vermelhos.

- Não sei – fui até ele me sentando em seu colo e escorando minha cabeça em seu ombro.

Suspiramos - Ninguém vai te fazer, não mais .. – fomos interrompidos pelo meu celular tocando.

Me levantei e fui até o aparelho, era JiMin.

- Alô.

- Oi amor, eu e os meninos já terminamos de cumprir nossos compromissos então liguei pra saber que hora você vai vim pra cá.

- Eu tinha me esquecido... Aconteceu umas coisas.. Me desculpa mas prefiro ficar em casa.

- Eu posso ir ai..

- Não precisa Shin vai ficar aqui comigo.

- Ele vai? O que aconteceu? – suspirei.

- Minha.. Minha mãe voltou.

- Ela o que? Por que ela voltou? O que ela te fez?

- Ela voltou e me procurou, nada de mais – ouvi ele suspirar – ela não me fez nada, eu apenas me senti desconfortável quando ela foi na editora de surpresa e ..

- Ela foi na editora?

- Não foi nada, ela apareceu de surpresa mas eu a mandei embora e Shin me acompanhou ate em casa. Eu acabei pedindo pra ele ficar uns dias comigo, eu havia me esquecido que prometi..

- Tudo bem, eu vou desligar agora mas te ligo mais tarde, se cuida beijos. Pelo menos Shin vai estar cuidando de você.

- Se cuida também, beijos, até mais. – encerrei a ligação.

- Você ia se encontrar com ele? – perguntou Shin.

- Eu ia ficar na casa dele mas como tudo eu me esqueci.

- Se você quiser ir eu posso ir pra casa.

- pode ficar aqui, eu quero que você me abrace – fiz bico – vamos comer mais? - não esperei resposta fui pra cozinha e peguei um saquinho de batatas. Mas quando coloquei na boca e estava horrível, sem pensar duas vezes joguei no lixo, voltei para a sala – Desisti de comer.

Shin colocou outro filme porém mal me lembro do começo e simplesmente adormeci. Acordei na cama com braços em volta de mim.

Tentei me desvencilhar de seus braços porém me apertou ainda mais, me virei e em vez de Shin vi Jimin ali.

Ele abriu os olhos como se soubesse que estava sendo observado – O que faz aqui? – perguntei.

- Você não me atendeu então vim te ver, Shin foi embora e eu fiquei.

- Hmm entendo – me aconcheguei nele e fechei os olhos – estou com fome, será que ainda da pra pedir uma pizza?

Ele se esticou um pouco e pegou o celular – Ainda da tempo. – ele discou o numero e fez o pedido, claro que eu pedi quatro tipos diferente.

Descemos para a sala e meia hora depois as pizzas chegaram, comi como se não houvesse amanhã porém quando fui comer a de abacaxi – Isso está estragado.

- Deixa eu ver – ele puxou de minha mão – está normal.

- Está estragado sim – protestei e corri para o banheiro, jogando tudo pra fora. Ele veio atrás de mim.

- Está tudo bem? – perguntou preocupado.

- Acho que não – me sentei ao lado do vaso – estou me sentindo péssima desde que ela reapareceu.

- Isso tudo é nervosismo, você devia descansar.

- E eu vou, esses dias vou trabalhar em casa e Shin vai me ajudar.

- O que vocês dois tem?

- Ele é meu amigo de longa data – respondi suspirando.- agora me dá licença – ele saiu e eu arrumei minha bagunça e escovei meus dentes.

***

Os dias foram passando e o nervosismo me consumia, eu e Shin estávamos fazendo tudo em casa e eu apareci apenas duas vezes na editora para checar tudo.

O medo me consumia, medo dela aparecer enquanto eu ia a esquina ou simplesmente viesse aqui em casa, porém ela não deu as caras.

O nervosismo estava afetando minha pressão e meu apetite, claro que Jin fazia questão de cozinhar pra mim quando os visitava e me obrigava a comer coisa que eu não ia contra, se você nunca o viu virado no cão, então com toda certeza saiba que nem você iria contra.

Jimin fez questão de me levar no médico o que resultou em uma coisa que eu já sabia que era, estresse. Mas eu só piorava.

Claro que Jimim como também os demais ficaram preocupados comigo, Nam também me apoiava bastante mesmo não sabendo direito o que estava acontecendo, afinal apenas eu, Jimin, Shin e Jin sabíamos de tudo.

Se eu estava estressada então agora eu estava a beira do suicídio.

Recebi outro buquê, dessa vez também havia um bilhete porém com algo que me deixou intrigada, nele dizia:

Se deseja saber toda a verdade compareça ao endereço xxxxxxxx hoje às 19 horas.

Com amor sua amiga.

Isso me deixou curiosa também, que verdade? Quem seria essa pessoa?

As 18 em ponto eu estava pronta dentro do carro, dirigindo para o endereço que não ficava nem um pouco perto.

Cheguei ao endereço e ainda faltavam cinco minutos, ótimo, desci do carro, era uma casa, fui até ela e a mesma estava aberta.

Eu poderia chamar mas a curiosidade me fez entrar em silêncio, meus olhos se arregalaram ao ver Jimin ali aos beijos com uma garota mas não qualquer garota. Era ela, a garota que fez eu perder o meu bebê.

Automaticamente levei minhas mãos a barriga e gritei, lagrimas escorriam pelo meu rosto, ambos olharam para mim.

- Não me procure mais – foi a única coisa que eu disse antes de me virar correndo para dentro do carro.

O liguei e sai em disparada, aquela garota que me fez perder o bebê e ele estava com ela, se ele estava com ela então ele já sabia de tudo, ele planejou eu perder o bebê.

  Meu carro voava sobre o asfalto eu sei que poderia sofrer um acidente mas não queria pensar nisso, não com os olhos um pouco embaçado pelas lágrimas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...