História My teacher - Larry Stylinson - Devo me preocupar?

Pov Harry 

Apesar de inseguro, informei a Louis que Gemma gostaria de vê-lo, e para a minha surpresa, o mesmo não questionou, apenas me deu um selinho rápido e foi ao quarto dela. 

Fiquei perambulando pelo Hospital, tentando entender o que se passa na cabeça de minha irmã pra ela mudar drasticamente seu comportamento. Talvez tenha sido o choque da notícia de correr o risco de morrer, mas, pode ser qualquer outra coisa. Quando se trata de Gemma, as coisas são imprevisíveis. 

Continuo a andar pelos corredores, até chegar na ala da maternidade, o curioso é que Cameron está encostado no vidro, admirando os bebês, me aproximo e encosto no vidro também. 

- Cam... Como você está? - Puxo assunto. 

- Vivendo... E você? - Ele diz sem desviar os olhos dos bebês. 

- Sobrevivendo. - Ele continua admirando os pequenos seres daquela sala. - O quê faz aqui, na ala da maternidade? 

- Ver os bebês me trazem tranquilidade... - Finalmente ele me olha. - Por que as coisas tem que serem tão complicadas? 

- Eu não sei... mas acredito que tudo tem um propósito, e as dificuldades nos tornam mais fortes... 

- Você está certo. Só carregamos um fardo que podemos. 

- E mesmo assim, não consigo aceitar que isto está acontecendo com Gemma... 

Ele me abraça, ao invés de conforta-lo ele é quem está a me passar apoio e segurança. Não há mais nada a ser dito, só nos resta crê em um milagre. 

- Eu contei a ela - Confesso a Cameron. 

- Contou? 

- É... ela sabe de tudo... Ela me implorou e não tive como negar. 

- Que bom, eu não aguentaria esconder isso por muito mais tempo. Como ela reagiu? 

- Estranhamente, ela fingiu não se importar e até mostrou felicidade em me ver ali, pediu pra eu tocar e tudo... Simplesmente bloqueou a informação da mente dela. E, o mais estranho, ela pediu pra ver o Louis. - Tento fazer um resumo breve. 

- Louis? -  Ele me olha com espanto. 

- Devo me preocupar? 

- Talvez... mas estamos em um hospital, então... - Ele deixa no ar. 

- Cameron, será que a gente pode sair qualquer dia desses? Como nós velhos tempos... 

- Adoraria Hazz... - Ele diz sorrindo, talvez o primeiro sorriso verdadeiro que ele deu hoje. 

Não resta mais nada a ser dito, então me despeço com um abraço e volto pra sala de espera, onde encontro Louis. Demorei mais do que havia planejado. Ele está com uma expressão indecifrável. Praticamente corro ao seu encontro. Ele esboça um meio sorriso, mas logo desiste, e isso me deixa levemente incomodado. 

- Como foi lá? - Pergunto afobado. 

- Longa história... Vamos pra casa, eu preciso relaxar um pouco... 

- Devo me preocupar? - Ele nada responde, apenas pega em minha mão e me conduz até a saída do Hospital, me deixando com o coração disparado e temendo pelo pior. Entramos no carro, e tudo que consigo pensar é que Gemma conseguiu desestruturar Louis, de alguma forma, ou ela desabou e foi demais até pra ele suportar. E essa agonia está me matando.