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História Na Linha do Tempo - A Realidade Alternativa


Escrita por: SamanthaL

Notas do Autor


Boa noite, pessoal. Peço desculpas pelo atraso. A história já está perto do fim. Não pretendo postar mais do que quatro capítulos. Gostaria de agradecer a todos pela gentileza de terem acompanhado fielmente minhas histórias.
Peço também que deem uma conferida na minha autoral. Ela se chama: " O Outro Lado". Deem uma lida e ajudem na divulgação.
Um grande abraço e que Jesus abençoe vocês.

Capítulo 24 - A Realidade Alternativa


Fanfic / Fanfiction Na Linha do Tempo - A Realidade Alternativa

A Realidade Alternativa

 

 

 

Queria que não fosse tarde demais. Por tanto tempo rejeitou um sentimento que a confundia. E agora sua força estava toda resignada naqueles olhos negros.

Porém, eles não a reconheciam. Não era o mesmo Sasuke, e no fundo ela sabia. O medo de que ele jamais se lembrasse de tudo o que passaram, de que ele perdesse todo o progresso que haviam conseguido.

Mas foi assim. Sakura sabia que podia amá-lo com todo o seu coração. Mesmo assim, o mundo em que viviam se parecia com um infinito purgatório, fazendo-os dar voltas em círculos. Não, não podia mais esperar.

Sasuke agitou-se na cama hospitalar, afastando os cobertores com medo. Desajeitada, ela o encarou engolindo seco. Distanciou-se, dando-lhe espaço. Não... Ele não se lembrava.

 

- Sasuke... Você sabe quem eu sou?  - O questionou.

 

Ele a encarou confuso, semicerrando os olhos ao analisar a face dela. Mas de nada, nada conseguia se lembrar. Apenas borrões cinza, névoas e espaços em branco preenchiam sua mente.

Sasuke meneou a cabeça, negando, dizendo claramente que não a conhecia. Aquilo doeu.

Deus, como aquilo doeu. O coração de Sakura naufragou em soturnidade. Queria se afogar em um poço infinito de lágrimas.  Ela correu, saindo do quarto apressada. Aki encarou Sasuke preocupada, e ele interpôs uma enorme interrogação ao vê-la sair desesperada.

Caminhava pelo corredor do hospital a passos largos, indo em direção à recepção. Seus olhos estavam marejados, e ela suprimia cada lágrima que tentasse cair.

Saiu do hospital e encarou o céu estrelado. A noite era tão martirizante, que marteladas latejavam em sua cabeça. Uma enxaqueca tomou conta da mesma. Ela abriu os braços ainda olhando para o céu, e no estacionamento do hospital ajoelhou-se.

 

- Não... – Sussurrou. – Isso não.

 

Sentiu uma mão pousar em seu ombro. Seus olhos arregalaram-se, e imaginou ser ele. Talvez, sim, ele teria se lembrado. Mas era Aki, que se agachou para consolá-la.

 

- Ele não se lembra de mim.

 

- Não fique assim, mãe. Deve haver uma explicação.

 

- Eu quero desaparecer. Quero desaparecer.

 

- Não! – Aki a levantou, olhando-a incisivamente. – Você tem que se recompor. Estamos no final. É a sua vez de lutar por ele!

 

- Eu não posso! Não tenho forças. Eu...

 

- Tem sim! – Aki sorriu, abraçando-a. – É a melhor hora para revelar seus sentimentos ao papai.

 

- A culpa é minha. Eu o rejeitei tantas vezes que o fiz se esquecer de mim.

 

- Isso não é verdade. Dentro dele, em algum lugar, você ainda permanece forte.

 

Sakura sorriu para Aki, abraçando-a desesperadamente.

 

- Eu te amo, Aki.

...

 

Um táxi chegava ao hospital, carregando Sakura, Sasuke e Dan. Ao parar no estacionamento, Sasuke avistou Sakura e Aki abraçadas.

Pagou pela corrida, agradeceu ao taxista e saiu do carro abrindo a porta para a esposa e o filho saírem também.

Sakura enrolou um cachecol no pescoço de Dan, e ajeitou sua touca. Ele abraçava o pequeno dinossauro verde com propriedade, defendendo-o totalmente.

 

- O que estão fazendo aqui? – Sasuke questionou ambas.

 

Aki e Sakura se entreolharam desorientadas.

 

- Mãe, pai, eu posso explicar tudo.

 

No refeitório do hospital, acomodaram-se. Sakura pediu um chocolate quente para Dan, mais alguns salgados. Ele se divertia com o dinossauro, abraçando-o e conversando com o bichinho de pelúcia.

Um pouco mais distantes, e observando Dan, Sasuke iniciou uma audiência com as duas. A esposa mais nova e a filha.

 

- Muito bem. Podem começar. – Sasuke foi direto.

 

- Encontramos a penúltima peça do quebra-cabeça. – Aki afirmou. – Ela estava aqui na África. Porém, quando a tiramos de lá, o dinossauro do museu ganhou vida e saiu destruindo tudo pela frente.  – Aki olhou para o lado e repetiu a última frase tão rápido que foi quase um sussurro.

 

- E como sabe sobre o quebra-cabeça? – Sakura a questionou intrigada.

 

- Bem, é porque esta é a minha missão. Saber onde as peças estão. Pelo menos, parte delas.

 

- O quê? – O casal questionou ao mesmo tempo.

 

- O que sabe sobre a Aya, Aki? – Sasuke novamente puxava assunto.

 

- Pare de chamá-la de Aya, papai. Eu sei quem ela é.

 

As bochechas da Sakura mais nova enrubesceram de vergonha.

 

- Sabe? Como sabe? – A mãe então tomou a direção do diálogo. – E então, Aki?

 

- Era eu quem enviava as pistas. Eu sou a pessoa misteriosa da capa preta.

 

O casal se entreolhou assustado. A menina era um absurdo de esperta.

 

- Antes de eles chegarem aqui, o mestre do tempo veio até a mim, e me disse o que tinha que fazer.  Minha missão era fazê-los chegar a este momento.

 

- Sabia que o Sasuke iria morrer? – Sakura mais velha perguntava abismada.

 

- Sim. Mas não precisam se preocupar mais com isso. Ele está de volta. – Aki sorriu confiante.

 

- COMO? – Novamente o casal assombrou-se.

 

- Mas nem tudo é um mar de rosas. Ele não se lembra da mamãe. E precisamos saber se ele se lembra ou não de nós também.

 

- Aki Uchiha... – Uma veia espetava por entre a testa de Sakura. Ela massageou as têmporas, pedindo a Deus forças. – Você está de castigo por mentir para nós. Por um mês! Não, um mês não. Um ano!

 

- M-Mas, mamãe...!

 

- Todos os seus livros de Star Wars serão confiscados. E ficará um mês sem rever a Ameaça Fantasma.

 

- Oh, não! – Os olhos dela marejaram de desgosto. – A senhora quer me matar?

 

- Marido, sósia e filha, vamos ver o Sasuke.

 

...

 

Ao chegarem ao quarto, encontraram Sasuke de pé, olhando a paisagem pela janela. Seu olhar parecia distante. O mais velho então o chamou.

 

- Sasuke, sabe quem somos nós?

 

- Esse é o meu nome? Sasuke...- Ele virou-se confuso, encarando o grupo. - Não consigo me lembrar de nada. Minha mente está vazia. Não sei o que fazer.

 

- Pelo menos ele não se lembra de todo mundo. Seria deprimente se ele não se lembrasse apenas da Sakura. – Sasuke mais velho sussurrou para a esposa.

 

 

- Por que me chamam de Sasuke? Eu sinto que me chamavam por outro nome. – Uma chama de esperança nasceu nos olhos de Sakura. – Mas não consigo me lembrar. É como se tivessem apagado tudo.

 

Após conversarem com o médico, Sasuke e Sakura mais velhos decidiram ajudar o Uchiha jovem a se lembrar das coisas aos poucos. O médico disse que se todas as lembranças perdidas de Sasuke fossem ditas a ele de uma só vez, o mesmo poderia entrar em colapso.

O hospital manteve segredo sobre a ressureição, e o doutor Luanga iniciou um estudo aguçado nos corpos congelados em seu poder.

Decidiram ir embora da África do Sul apenas registrando a queixa. Pegaram o avião de volta para Saitama.

Após voltarem para casa, acomodaram Sasuke em seu quarto e retornaram a suas atividades. E Sakura mais velha cozinhava na cozinha, estava fazendo uma sopa.

Dan estava dormindo devido ao fuso horário, e Aki também estava na cozinha ao lado da mãe mais jovem, da mais velha e do pai.

 

- Isso é um desastre. – Sakura falava enquanto cortava cenouras dentro da panela. – Como ele foi perder as memórias?

 

- O que importa é que não podemos contar tudo a ele de uma vez. Seria forçar demais. – Sasuke afirmou.

 

- Mas o mestre do tempo me disse que isso precisava acontecer. – Iniciou Aki. – Parece que agora é a vez dela de lutar por ele.

 

Todos se entreolharam, e a campainha tocou. Sakura mais jovem levantou-se e disse...

 

- Eu atendo.

 

Sua cabeça andava a mil. Seus neurônios ferviam. Que semana. Ela abriu a porta e deu de cara com Sho. Ele sorriu, e aproximando-se a abraçou.

Caminhavam pelo bairro juntos, conversavam...

 

- Sinto muito ter mentido para você. – Dizia a ela. – Mas entende que eu precisava fazer isso, certo?

 

- Fique tranquilo, pois não estou assustada mais. Descobrir que minha própria filha era a pessoa misteriosa foi o ponto culminante de uma semana daquelas. Não é o seu conchavo com ela que irá me irritar.

 

- Você ficou zangada?

 

- Não! Incrível, mas não.  Sho...

 

Ela o chamou, pousando a mão direita no ombro esquerdo dele e parando a caminhada.

 

- Por que ele tinha que perder a memória?

 

Suspirando, Sho sorriu triste para ela.

 

- Ele teve que lutar por você quando o obstáculo era eu. Vou te contar, às vezes achava que ele iria me socar até eu desaparecer. Você iniciou o fogo, e precisa suportar até o fim. Assim como ele lutou por você, e foi rejeitado, terá que lutar por ele também. Eu sei que é difícil, mas preciso te contar algo. – Segredou. - Não terão de ficar aqui por muito tempo. Quando conseguirem a última peça, voltarão sem terem ao menos tempo de se despedir deste lugar.

 

Sakura a encarou assustada.

 

- Quem é você, Sho? Como sabe dessas coisas?

 

Ele sorriu divertido. Sho ergueu o braço direito, suspendendo a manga da camisa. Uma pulseira negra com uma pedra ônix estava untada a mesma. Sho pressionou a pedra, e assustadoramente ele mudou.

Tudo o que era Sho havia desaparecido, e uma nova forma assumiu o lugar do garoto misterioso. Alto, cabelos brancos. Sakura quase caiu para trás. Era o mestre do tempo.

 

- K-Kakashi?!!!

 

Ele gargalhou divertido. Uma enorme veia saltou da testa de Sakura, e ela começou a socar o mestre do tempo.

 

- Seu cretino! Não sente vergonha de ter paquerado uma garota com idade para ser sua filha?!

 

- Peço perdão, mas tudo não passava de um disfarce.

 

- Deus do céu. Só falta agora o Sasuke virar uma mulher. Jesus... Era por isso que seu holograma não ficava ativado por muito tempo. Porque estava aqui! Foi dessa forma que chegou até a Aki. Aquela garotinha esperta...

 

- Foi difícil fazer você entender o que sentia por ele. O garoto teve que levar um tiro! Pobre coitado.

 

- Venha... – Sakura o puxou pelo braço, indo na direção de casa. – Eu preciso mostrar você a eles!

 

- Vai ser um desconforto dos diabos! Não acha melhor esperar?

 

- Que esperar! Não temos tempo. E você já ficou ausente demais.

...

 

 

Aki ajudava a mãe a arrumar a mesa. Organizava as tigelas e organizava-as na ao lado das colheres de porcelana.

 

- Já faz vinte minutos que a Sakura saiu com aquele garoto. – O Uchiha mais velho exclamou emburrado. – Ele morreria se não a visse hoje?

 

Aki sorriu de canto, emudecida. Percebendo o sorriso malvado da filha, o Uchiha a intimou.

 

- Que sorriso é este, espertinha?

 

- Sorriso? Do que está falando otosan?

 

- Desse seu sorriso lavado. Você sabe de alguma coisa, não é?

 

- Querido, deixe a Aki em paz.

 

Neste momento Sakura mais jovem chegava à cozinha, e ao seu lado Kakashi. A mais velha experimentava a sopa quando viu Kakashi aparecer no batente da cozinha. Engoliu uma rodela de cenoura assustada, quase se engasgando.

 

- Olha aí, eu não disse? – O Uchiha mais velho levantou-se. – Aki, explique-se.

Kakashi utilizou a pulseira para mudar de forma. De Kakashi virou Sho, e de Sho virou Kakashi. Até o pobre do tomate se assustou quando viu a cena.

 

- Bem, isso explica um monte de coisa! – Sakura mais velha exclamou.  – Então foi dessa forma que chegou até a Aki.

 

- Como sempre, muito inteligente. – Sorriu para a Haruno, piscando um dos olhos.

 

- Não paquere minha esposa! Jesus Cristo!

 

- Não estou.

 

- Muito bem, e onde está a última peça? – Sakura mais velha o questionou.

 

- Preciso sondar o relógio. Só assim poderemos saber.

 

Sakura mais nova foi buscar o relógio e o pôs sobre a mesa. Kakashi apertou alguns parafusos e o objeto começou a piscar. O ponteiro girou rapidamente e um holograma revelou-se na forma de um mapa. Um ponto vermelho piscava no mapa.

 

- Está aqui, na antiga escola de vocês.

 

- Claro... – Sakura mais nova sorriu. – Onde tudo começou.

 

- Eu peço desculpas por ter mentido para vocês. E também por todo o incômodo que causei. Mas eu precisava cumprir com minhas obrigações. Ser mestre do tempo nem sempre é fácil. E sei também que foi mais difícil para Aki suportar isso tudo. Por isso, perdão.  – Ele fez uma reverência.

 

- Só sabemos onde a peça está. Na escola. Mas em que lugar da escola?

 

- Infelizmente o mestre do tempo não tem controle sobre todas as coisas. Esta é uma missão que a Sakura e o Sasuke terão de realizar sozinhos. Bom, eu preciso ir. Sempre poderão me encontrar na clínica da Sakura, como Sho.

 

- É loucura demais pra minha cabeça. – A Haruno mais velha bradou em alta voz. – Vamos jantar?

 

Todos a encararam cômicos.

 

...

 

A Haruno mais velha serviu a sopa para Sasuke em seu quarto. Depois disso, foi se deitar com o marido.

A casa estava silenciosa. Sasuke terminou de comer a sopa e depois foi ler alguma coisa para se distrair. Sentou-se na varanda, observando céu. E se sentia incompleto.

 

- Sinto como se uma parte de mim tivesse sido arrancada à força.  – Suspirou cansado.

 

Caminhava um pouco pelo corredor da casa. As luzes estavam apagadas. Quando virou à direita ouviu um cantarolar. A porta de um dos quartos estava encostada e apenas um sombreamento de luz incandescente se estendia para fora atingindo o corredor. E o cantarolar chamou sua atenção.

Entrou no quarto, abrindo a porta delicadamente. Ninguém estava presente, mas o cantarolar ainda conseguia ouvir. Vinha de outro cômodo, do banheiro. Ele se aproximou da porta, e o cantarolar ficava mais alto.

Quando a viu, seu coração acelerou. Ela estava de costas para si. Abriu a toalha, deixando-a cair no chão e revelando sua nudez. As costas brancas bem desenhadas e as nádegas em formato peculiar. Os cabelos rosa presos em um coque. E não percebeu que ele estava atrás de si.

Sakura pôs um dos pés na banheira, e depois o outro, entrando. Quando olhou para o lado não havia ninguém. Estranhou com uma expressão engraçada.

...

 

O casal estava deitado, encarando o teto do quarto juntos. Depois de um tempo Sakura já estava cochilando. Cobriam-se com o mesmo edredom felpudo. Foi então que Sasuke sentiu. Mas o que era aquilo?

Estranhou absurdamente a situação. Seu corpo de repente ficou enérgico. Começou a suar e a sentir calor. Seu órgão sexual ficou ereto. Era como se seu corpo não o obedecesse.

 

- Querida.... – Chamou  por Sakura.

 

- Humm... – Ela estava quase pegando no sono.

 

- Bem, é que... – Ele virou-se, achegando-se a ela. – Meu corpo está em chamas...

 

Sakura abriu os dois olhos, encarando-o desconfiada.

 

- O que?

 

- É sério. Sinta aqui... – Pegou a mão dela e pôs em seu peitoral.

 

- Está acelerado.  – Ela sorriu divertida. – O que foi que você viu?

 

- Eu não sei... – Sentiu um calafrio, e um desejo ardente. Seu órgão sexual alterou-se estranhamente. – É como se não tivesse controle.

 

- Você andou tendo um sonho erótico, Sasuke? – Olhou-o segurando o riso.

 

- Não cheguei nem a pegar no sono.

 

Impaciente, ele empurrou o edredom e subiu em Sakura.

 

- Q-Querido, o que está fazendo? – Gargalhou divertida.

 

Enroscou o corpo no dela, suspendendo sua camisola. Beijou-a desesperado nos lábios, arrancando-lhe o fôlego.

O empenho dele provocou arrepios nela, porque toda a energia de seu corpo estava a atingindo feito agulhas.    

Ele estava ofegante, e a fazia suspirar. Empurrou sua calça de moletom para baixo, removendo-a. Ficou nu, e continuou a se enrolar nela.

 

- Tira a camisola... – Sussurrou pra ela. – Eu...

 

Sakura empurrou a camisola, removendo-a, também ficando nua. Ele desceu, beijou-a no umbigo e depois se prostrou no segredo dela, beijando-a gentilmente.

 

- Vem... – Ela o chamou. – Estou pronta...

 

Ele subiu novamente, untou seu corpo ao dela e a tocou com sua virilidade. Ela fez “oh” e sorriu.

 

O quarto estava pegando fogo.

 

...

 

Sentado no quintal, Sasuke tentava se acalmar, pois seu coração estava desordenado. Recordou-se da cena que viu minutos antes, e aquilo estava estremecendo seu corpo.

 

- Por que ela beijou no hospital? – Semicerrava os olhos tentando compreender. – Quem é essa garota?

 

 

Continua...

 

 

 


Notas Finais


Obrigada pelo seu comentário! Dê uma olhada na minha história autoral.

O Outro Lado ---- https://spiritfanfics.com/historia/o-outro-lado-8458260


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