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História Na ponta dos pés - You are the grace of my life


Escrita por: saavik

Notas do Autor


Hey! Vocês se lembram da fanfic jornada dos anjos?
Pois é, eu pensei bastante e a nova regra do ss só vai me permitir postar a série separada
por isso, deixarei ela apenas com um plot [mini-fic] do couple que eu ainda não escolhi
mas a gente se vê por aqui quem quiser ler todas as ones da série original
Muito obrigada a ValotDeadly por ter me ajudado com essa temática difícil ♥

musica nas notas finais
sério, escutem as musicas
vale muito a pena
Grace of My Life - Brian Littrell
Echosmith - Bright

[BOA LEITURA]

Capítulo 1 - You are the grace of my life


Fanfic / Fanfiction Na ponta dos pés - You are the grace of my life

Você viu aquela estrela cadente esta noite?

Você estava deslumbrado com a mesma constelação?

Será que você conspirou com Júpiter para me ganhar?

Eu acho que você, a Lua e Netuno acertaram

Porque agora eu estou brilhando, tão forte

Brilhando, tão forte

 

 

 

Os homens preferem silenciar a consciência, abafando-a e obscurecendo a mente, a entregar-se ao trabalho de iluminação própria, seguindo de fato o modelo do único homem de coração inteiramente puro e bondoso. Entregam-se assim, aos milhares, à pesada hipnose que mantém suas mentes atadas a outras mentes presas ao mal, que campeiam por toda parte.

x

 

 

Vinte e quatro de janeiro de 1982. Uma hora da tarde de um dia claro e ensolarado. Fora este o dia em que nascera, com quase três quilos e meio e uma quantidade exagerada de madeixas louras; um loiro tão escuro quantos os de sua mãe, olhos grandes e brilhantes que, para a tia, pareciam exageradamente lindos, mas também muito denunciavam o grau de sua condição complicada. Nascera com um nariz pequenininho e miúdo, exatamente como... o de ninguém da família. Não era parecido com os pais, possuía uma beleza nova e puramente própria, dada de muito bom grado, por sinal.

Chocara a todos. O primeiro filho, embora os pais tenham a bela e adorada adotada Rose. O menino nascera com Síndrome de Down. Um grau muito baixo, pela graça divina, mas ainda assim um tanto complicado. Deverá, num futuro próximo, precisar de tratamento e ensino adequado, com muita paciência e carinho.

A mãe sino-americana, Yura, que a tanto fora julgada estéril, alegrou-se mais do que o esperado. E como chorou a mulher, pois sabia que era um anjo enviado para lhe cuidar, para lhe cuidar quando sua bela Rose cumprir sua missão que estava muito perto de acabar.   

 

A doença é o emissário divino que alerta a todos quanto à necessidade de fazer mudanças em seu interior. E Rose, irmã do garotinho, com o pulmão tão fraquinho, sorriu como nunca e alegrou-se ainda mais, brincando e pulando pela casa o quanto podia. Já sabia que iria conhecer o novo anjinho membro da família, havia desenhado e previsto o sexo muito antes de todos.

Como era querida a garotinha dos poucos cabelos lisos e loiros! Inacreditavelmente parecida fisicamente com a mãe postiça. Fora recebida de braços abertos quando ainda um bebê. Sua mãe havia lutado muito pela saúde de sua bela garotinha, e fez o que mais ninguém faria, e ainda teve todo o seu trabalho reconhecido pela própria doente. Era visível o quanto Rose estava lá para os pais e nunca, nem mesmo uma vez, o contrário.

Vindas e missões como a de Rose eram consideradas a verdadeira misericórdia e graça.

 

Anjos como estes que receberam o amor incondicional e o carinho desde, quase, as primeiras horas de vida. São anjos com missões importantíssimas. Não como as outras almas que vem a terra para ajudar, sentindo dor e tristeza, e se perguntando diariamente o porquê, mas, estas almas, são anjos que vieram exatamente para o amor, para, mesmo que sofrendo, ensinar tudo o que há de bom e nunca se deixar abater. E até mesmo chega a ser difícil imaginar como uma garotinha de cinco anos tinha o tão sábio pensamento de que o amor supera as dores físicas e emocionais, que sua vinda era algo prescrito, porque a mulher estéril necessitava viver o amor incondicional que é trocado entre mães e filhas. O amor entre familiares é, realmente, com toda certeza, algo sobrenatural. É como um laço que não pode ser jamais rompido, apesar de todas as jornadas e missões.

Acredita-se que as almas escolhem a dedo quem estará perto ou longe em cada jornada e, é claro, Yura também acredita, pois não imagina vida alguma sem a graça de Rose, sua eterna e amada filha. Pois não há pessoa alguma no mundo que possa entender o quanto a mulher. Antes julgada estéril, chorou ao perder sua linda garotinha. Lagrimas de dor, de desolação e depois, depois da chegada da compreensão divina, de saudade.    

 

Mas tudo girava em torno do garotinho Sehun, embora Rose tenha sido a grande chave ou o grande estabilizador, tudo girava em torno do rapazinho arteiro, que em 1987 completou seis anos de idade e já perdera a irmã há um ano. Se lembrava muito pouco dela, e só não esquecera completamente pois fotografias e mais fotografias na parede o lembravam diariamente. Mas, onde estava? Se perguntava diariamente, e só não fazia as perguntas à mãe porque a causava lagrimas, e isto era tudo o que não desejava.

Aos olhos dele, parecia estranho e errado enterrar alguém debaixo da terra e ter de esperar a pessoa crescer novamente, exatamente como uma planta. Parecia estranho e demorado por demais, na época, lembrava-se de ter ficado tempo demais a espera deste acontecimento. Hora lhe falavam que Rose era um anjo, hora falavam que iria nascer de novo, e outrora diziam que iria estar sempre perto de Deus, junto a Jesus, mas, afinal, o que era isso? O que era a morte? Quem eram todas estas divindades? Sequer fazia ideia.

Seu modo de compreender e pensar era diferente. Se a porta dos fundos estava aberta, tinha de fechar. O causava desconforto, medo. Não gostava de pisar no chão ou deixar os brinquedos espalhados pelo piso de madeira. Andava sempre na ponta dos pés; sempre descalço. Mas, apesar de arteiro e birrento, era amoroso por demais. Adorava os presentes que ganhava de qualquer um. Principalmente os ganhados dos novos vizinhos, os Do, que chegaram um mês depois da morte de Rose e, juntamente ao seu filho de sete anos, Kyungsoo, e o seu caçula de 2 anos, Minseok. Eles vinham as quintas para um pequeno almoço, uma reunião no escritório com comida mexicana e chinesa, ou aos fins de semana ensolarados, na piscina.

Os garotos eram fáceis de socializar. Brincavam comportadamente até tarde, quase às sete da noite. Na piscina ou na sala com os brinquedos e o vídeo game, enquanto os pais, ao longe da vista, se divertiam com uma ou duas taças de vinho, nas ocasiões em que Minseok estava com a babá, é claro. As risadas se ouviam de longe, mas os garotos estavam ocupados por demais brincando. Estranhamente Kyungsoo compreendia facilmente a linguagem embolada de Sehun, não era preciso Yura interceder como tradutora, nem mesmo uma vez. E como era bonzinho o garotinho mais velho, como um irmão estava sempre pronto a ajudar. Era o menino dos olhos do pai, gentil e carinhoso com todos, até mesmo com os cachorros da casa e, ao pisar sem querer em alguma pata aqui ou ali, era apressado para pedir desculpas aos cães e fazer carinho.

x

 

Em 1995 Sehun ainda se pegava, vez ou outra, andando na ponta dos pés, mania que nunca havia deixado completamente. Em junho completara quatorze anos, e em dois de agosto do mesmo ano, Kyungsoo completou quinze.

Estudavam na mesma escola, em classes e andares diferentes, mas estavam sempre juntos pelo caminho, andando rápido e cambaleantes por estarem atrasados e com mochilas pesadas e sobrecarregadas de cadernos, livros da biblioteca municipal e livros didáticos pesados. Costumavam estudar juntos na casa de Sehun depois da escola, no escritório comendo comida pré-pronta enquanto esperavam as quatro da tarde para assistir uma maratona de Friends, Cybill, Shin Seiki Evangerion e Entourage, muitas destas séries as escondidas, já que eram para maiores de idade.

Na escola eram realmente muito inteligentes, aprendiam fácil qualquer coisa que lhes era ensinada e prestavam atenção absoluta em tudo. Sehun não quisera ir para uma escola especial, não quisera nem mesmo pensar em se distanciar do amigo de longa data. E, ao contrário do que todos pensaram, se saiu muito bem em uma escola normal, não era para menos, tinha aulas quatro vezes em tipo de reforço escolar em um instituto de ajuda a crianças e adolescentes especiais, um espaço com professores especializados e especialistas de ajuda.

Este foi o preço exigido por querer permanecer junto a Kyungsoo, mas, eram tão grudados que os pais nem mesmo estranharam. Era o esperado, afinal.

Em uma tarde de quarta-feira, depois da escola, às três da tarde, Sehun e Kyungsoo estavam praticamente deitados sobre o sofá da casa do mais velho, um em cada canto, assistindo a mais um festival de séries enquanto os pais do mesmo estavam no trabalho e Minseok em uma creche a cinco quarteirões. A face de Kyungsoo não poderia expressar mais tédio, enquanto a de Sehun se retorcia devido à atenção que depositava na televisão. E como era diferente o, agora adolescente, de cabelos louros, seu rosto era fino e delineado, assim como seu nariz. Seus lábios bem desenhados e largos, porém não fartos, e seus olhos, grandes e castanhos, fator que juntamente a sua fala fanha, pouco denunciava sua síndrome. Quem o via mal percebia, mas bastava ter uma presença constante na vida do rapaz para perceber de perto sua peculiaridade espetacular.  

– O que foi? – Pelo descuido de Kyungsoo ao olhar o outro por mais tempo do que o necessário, com o cenho franzido Sehun perguntou.

– Não é nada. – Desviou sua atenção.

– Não enrole. Diga logo!

– Hoje.... No intervalo entre a aula de química e física, a Ashley do segundo C me beijou no fim do corredor da biblioteca. 

– E?

– Bom... foi estranho.

– Estranho como?

– Você já beijou?

– Não.

– Bom... – o castanho aproximou-se do outro, sentando ao seu lado e o olhando apreensivo. Esperou o outro lhe dar um sinal para que pudesse continuar e, quando foi feio, sentiu suas pernas tremerem. – Feche os seus olhos.

– Porque?

– Nós fechamos os olhos quando beijamos alguém.

Kyungsoo tomou um impulso, colocando suas mãos sobre os ombros de Sehun, selou seus lábios aos do mesmo em alguns toques simples, mas um tanto longos. Três selares foram deixados sobre os lábios macios do Oh, que corou por fim e fitou os lábios fartos a sua frente. Estava mais do que desconcertado.     

– Isso é um beijo?

– É, mas foi diferente dessa vez, era para ter sido estranho, o que você achou?

– Molhado, mas não é ruim.

Ambos riram, engajados em gargalhadas gostosas de se ouvir. Sehun omitiu o quanto havia gostado, ou o quanto gostaria que o outro fizesse aquilo de novo, e por isso Kyungsoo não se aprofundou no assunto, negando sua vontade e sua confusão interna por ter gostado mais dos lábios de seu amigo de infância do que da garota mais bonita do colégio.

O beijo não voltou a se repetir por muito, muito tempo, e embora a amizade continuasse, Sehun tornou-se um pouco mais recluso enquanto passava pela tão conhecida puberdade. Seu rosto mudou, seu maxilar se emoldurou, seus cabelos ficaram mais brilhantes e sua altura aumentou consideravelmente, ao contrário de Kyungsoo, que mesmo sendo mais velho não tivera muitas mudanças, sua altura continuava baixa e apenas suas feições haviam amadurecido. O Oh agora passava pela difícil fase de namoros e amizades, onde grande parte da cidade pequena o conhecia como o garoto especial da casa de tijolos vermelhos. Embora fosse um adolescente como qualquer outro, completamente responsável e autônomo, as pessoas não o enxergavam como tal, e ser um adolescente que nunca fora a uma festa ou beijara alguém, a não ser seu melhor amigo, não eram algo que lhe agradava muito. O acontecido naquela tarde assistindo séries tornou-se algo impronunciável, e nenhum dos dois tocou no assunto. Ao contrário do que sempre pensou, Kyungsoo tornou-se também recluso. Um adolescente extremamente inteligente, mas sem muitos amigos. Aos olhos de Sehun algo de muito errado o havia acontecido, e por vezes já havia desejado ter a vida do Do.

Continuavam amigos como sempre, com laços cada vez mais fortes, mas, no entanto, o menor, porém mais velho, não enxergava mais todas as possibilidades de se abrir com o amigo. Era gay e descobrira isso muito cedo, no entanto, a ideia de revelar isso ao outro o fazia pensar que talvez pudesse perder a boa amizade que sempre tivera. Oh Sehun era importante demais para si.

x

 

Em 1997 Sehun completou dezesseis anos, e como presente de aniversário seus pais deram a ele e a Kyungsoo vinte dias de férias nas ilhas Jeju, na casa de sua avó. O Oh aceitou de prontidão, sabendo que mesmo que os pais do mais velho se recusem a deixa-lo ir, seus pais fariam de tudo para convence-los a deixar. Dezesseis anos é a idade perfeita para viajar, principalmente sozinho, construindo sua própria independência. Felizmente, depois de dois dias de insistência, os Do aceitaram e colocaram ambos em um voo sem escalas até Jeju.

Já sentados sobre suas poltronas, Kyungsoo fez menção de dormir, já que havia passado a noite em claro, ansioso com a viagem, mas Sehun sequer lhe permitiu.      

– Você tem estado distante, e isso já faz muito tempo. – Encostou sua cabeça a poltrona, virando seu corpo para o observar melhor.

– Do que está falando?

– De você. – Lhe apontou o dedo, tocando levemente sua testa.

– Eu estou sempre com você!

– Mas não é como antes.

– É claro que não, nós crescemos e estamos diferentes agora. – Sua resposta o rendeu um tapa estalado na testa, o que o fez segurar firme a mão pálida de Sehun, temeroso em receber mais um tapa.

– Estou falando sério, você é o meu único amigo e eu sinto falta de quando íamos ao cinema, ou assistíamos alguma coisa na minha casa. As tardes na piscina e tudo mais.

– Ainda fazemos isso.

– Pare de dar desculpas.

– Não estou dando desculpas, eu só... estou confuso. Os meus pais estão se separando, mesmo que mantendo segredo, as minhas notas estão decaindo e este é o último ano para garantir uma boa nota e entrar na faculdade, mas eu sequer sei o que quero fazer da minha vida.

– Me desculpe.... Vai dar tudo certo, Soo. – Oh Sehun passou a se manter calado, nada do que poderia dizer era melhor do que os abraços que dava no mais velho.

Ele o puxou para um abraço apertado que durou muito mais do que o imaginado. Kyungsoo escondeu seu rosto no peito do mais alto e o apertou contra si, e assim permaneceu até cair no sono, sendo vencido pelo cansaço de uma noite mal dormida. A voz da aeromoça os acordou. Sehun mal percebeu, mas caiu no sono durante a viagem. Depois de se espreguiçar e sorrir para Kyungsoo, fora carregando sua mala e instruindo o mais velho durante todo o trajeto até o ponto de taxi. Kyungsoo, ao contrário de si, que viajava ao menos duas vezes por ano, nunca havia saído de Seul. Dentro do taxi, acomodaram-se para mais quarenta e cinco minutos de viagem. A avó Oh morava em uma parte mais afastada da ilha.

– Quantos anos tem a sua avó?

– 70 anos – riu sem som. – Preocupado se ela gostará de você ou não?

– Um pouco. – Riu desconcertado, seu sorriso largo cativou o maior.

– Isso me deixa feliz. – Disse olhando a vista através das janelas escurecidas do carro.

– Você é um bom amigo Sehun. Eu me pergunto se posso dividir qualquer coisa com você, mesmo algo que vá te deixar chateado ou decepcionado.

– É claro que pode – voltou sua atenção ao outro, segurando as mãos alheias novamente, só para sentir por mais uma vez o calor delas contra as suas tão geladas. – Qualquer coisa, Kyungsoo.

Mantiveram-se em silêncio até a chegada da casa, onde Kyungsoo sorriu largo e se sentiu ansioso e feliz por estar em um ambiente caloroso e bonito. Era uma casa de aparência simples, mas não possuía muito de modesta. Era semelhante a um bangalô, uma casa sustentável com espaços abertos ao redor de toda a área, além de mobílias bonitas de madeira. O terreno verde com palmeiras era bonito e cheiroso, com o mar ao longe e uma rede para descanso. Os olhos do Do brilharam, o que causou risos no maior.

– Vem, vamos entrar – o puxou pelo pulso ao mesmo tempo em que gritava um estrondoso “Vovó! Cheguei”

As preocupações de Kyungsoo tiveram fim quando a senhora de aparência meiga e agradável beijou sua testa e xingou seu neto por não o ter apresentado antes. A avó morava sozinha há quatro anos, era viúva e dona de uma pequena empresa de roupas. Havia se mudado para o interior por não suportar o mal cheiro da cidade grande. Após uma hora e meia de conversa afiada, Ga-in, a senhora Oh, apresentou a Kyungsoo o quarto de Sehun, o qual passariam a dividir durante os vinte dias, já que o quarto de hospedes estava interditado por reformas que já deveriam ter acabado.

– Espero que gostem do quarto, eu fiz pequenas modificações desde que Sehun passou as férias comigo no ano passado. Agora esse quarto tem uma varanda bonita e uma rede no armário de lençóis. Aproveitem, tomem um banho, descansem um pouco e desçam para o jantar, será servido as sete horas.

Depois que ela partiu, descendo as escadas em direção a cozinha, Kyungsoo jogou-se na cama de Sehun enquanto o mesmo ia até o banheiro trocar suas roupas. Logo após, ele jogou-se na cama, encolhendo-se para ficar ao lado do menor espaçoso. Kyungsoo sentia-se confortável ali, Sehun agora o transmitia uma sensação de conforto e proteção, talvez por ter crescido mais do que si, ou ser mais forte, com uma musculatura magra, mas ainda assim trabalhada. As pessoas nunca o davam uma chance, infelizmente, eram elas quem perdiam.

Depois do jantar, Kyungsoo se encarregou de lavar a louça enquanto Sehun secava e guardava. Ga-In recolheu para o seu quarto, para assistir novelas estrangeiras e tricotar como fazia todas as noites. Após terminarem, Sehun ofereceu uma caminhada na praia a qual o menor aceitou de prontidão. A praia era iluminada parcamente por uma série de postes de luz a alguns metros de distância, que iam desde o começo até o fim da praia, além também das luzes brilhantes das estrelas e dos quiosques de comida. 

– Eu estou pensando em fazer artes plásticas em alguma universidade próxima de casa. – O mais alto começou andando descalço ao lado do menor, pisando na água e deixando a marca de seus pés sobre a areia.

– Artes plásticas? – Sorriu largo. – Você sempre teve jeito de artista mesmo, já contou aos seus pais?

– Ainda não.

– E o que está esperando? – Chutou um montinho de areia.

– Como posso decidir meu curso se não sei para qual faculdade pretendo ir? Há algumas que não tem artes plásticas...

– E o que está esperando para decidir isso também? Você deveria marcar uma visita a cada uma.

– Eu sei, mas como posso decidir se você ainda não decidiu? A gente não vai se separar agora, vai?

– Não – riu baixinho. – Claro que não.

Sehun o cutucou com o cotovelo, Kyungsoo chutou a água em sua direção e riu quando ele ficou molhado.  A implicância resultou nos dois correndo pela praia, até caírem, um rolando sobre o outro, sujando ambos de areia e bagunçando os cabelos já sujos. Kyungsoo permaneceu alguns minutos deitado abaixo de Sehun, sendo o alvo de seu olhar penetrante e desejando mais do que tudo não sentir vontade alguma de selar seus lábios novamente. O Oh mudara muito em todo este tempo, estava realmente mais bonito, muito mais bonito, e estaria mentindo se dissesse que pensava nele apenas como o bom e velho amigo de infância. Depois de pigarrear e ouvindo as risadas do outro, levantou-se e o ajudou a se levantar. Caminhando lentamente voltaram para casa.   Depois de tomarem banho, quando finalmente deitaram-se para dormir. Sehun em sua cama e Kyungsoo em um colchão de ar, o mais velho riu sozinho, perdido em suas lembranças.

– Sabe o que eu estou lembrando? – Recebeu a atenção do outro imediatamente. A luz do abajur os iluminava precariamente, de modo que tudo o que conseguiam enxergar eram os olhos brilhantes, alguns pontos do rosto e os lábios.

– O que? – Retribuiu, curioso.

– De você, de quando você andava na ponta dos pés. – Sehun riu baixinho.

– Eu andei na ponta dos pés até os meus doze anos – confessou. – Não sei exatamente o porquê, só sei que por causa disso tive dificuldades para aprender a andar normalmente.

– Você anda muito bem agora. A Minah me perguntou uma vez se você era modelo ou algo do tipo.

– Eu não sabia que ela me notava. – Sorriu contido, virando-se de lado para enxergar melhor o menor.

– Sehun?

– Sim?

– Você já pensou em meninos?

– Quer dizer se eu já senti vontade de beijar meninos? – Kyungsoo surpreendeu-se pela rapidez com que Sehun entendera sua pergunta, o estava subestimando mais uma vez. Mordeu seus lábios, se arrependendo imediatamente pela pergunta.

– É... – Respondeu baixinho, quase em um sussurro.

– Bom... – sentou-se sobre a cama, com um semblante pensativo. Sua demora em responder fez Kyungsoo sentar-se também sobre o colchão e o fitar apreensivo. – Sentir vontade de beijar você conta? – O menor permaneceu alguns segundos em silêncio, processando as palavras do Oh em um estado de quase choque, que o fez se apressar em chegar mais perto para o tranquilizar. – Depois que nós beijamos, quando você deu seu primeiro beijo... Bom... Eu senti vontade de fazer aquilo mais vezes, mas isso é algo normal. Eu vi em uma série que os britânicos fazem isso, os amigos, em ocasiões especiais, se cumprimentam com beijos curtos, como o que você me deu.

O menor o fitou e sorriu largo, fazendo o outro sorrir juntamente. Impensadamente aproximou-se um pouco mais, colocou sua destra sobre a nuca de Sehun e o sentiu estremecer ansioso, o viu fechar os olhos ao mesmo tempo em que mordiscou seus lábios e sentiu-se hipnotizado. As mãos do mais alto suavam em antecipação, iria ser beijado novamente por Kyungsoo, depois de tanto tempo.

O selar fora longo, o menor mordiscou levemente os lábios alheios e por pouco não perdurou o contato para um beijo lento, assim como desejava. Os lábios de Kyungsoo ainda eram macios e com sabor de hortelã, assim como se lembrava. O mais velho colou as testas, respirando profundamente.

– Em que seriado você viu que britânicos fazem isso, Sehun?

– Skins. – O menor desvencilhou-se, caindo na cama em uma risada gostosa.

– O que foi?

– Não é nada. Boa noite, Sehunnie.

– Boa noite.

x

 

Kyungsoo era uma pessoa noturna e sonolenta, fora acordado por Sehun as dez da manhã para o café e demorou vinte minutos apenas para levantar da cama. Havia uma parte em si que se alegrava serenamente por agora poder conversar com o outro sobre as questões sobre sua sexualidade, outra parte, no entanto, fervia em turbilhões que mal conhecia, e muito temia serem as perigosas borboletas no estômago. Culpava o mais alto por isso, mesmo este sequer tendo culpa por seus próprios sentimentos. 

– Bom dia, Soo. O café está pronto. – Pela decima vez, o mais alto anunciou entrando no quarto para verificar se o menor havia voltado a dormir ou não.

Depois do café eles se reuniram na varanda, dividindo a rede e sentindo o frescor de Jeju, conversando sobre o que irão fazer durante a tarde e pelo restante dos dias de férias. A senhora Oh não era muito de sair devido a artrose em seu joelho direito, mas fazia questão que os meninos saíssem de casa para conhecer a cidade, principalmente Kyungsoo, que estava pela primeira vez fora de Seul. Decidiram pegar então, no dia seguinte, um bonde que visitava os pontos mais bonitos da ilha. Seria a vigésima vez que Sehun pegaria este bonde.

Antes de anoitecer, logo depois de todos os afazeres domésticos, eles foram até a sorveteria mais próxima, sentaram-se um a frente do outro e desfrutaram de seus sorvetes.

– Eu decidi o que quero fazer, estive pensando nisso a noite toda.

– O que?

– Gastronomia.

– Uau! Você sempre foi muito bom cozinhando, me lembro de quando fez Jajangmyon e Burgogi quanto te pedi. – Sorriu largo, feliz pelo amigo.

– Se tirarmos ao menos uma nota regular no SAT podemos ir para a AKJ, não fica muito longe e tem os cursos que queremos.

– Você já pensou em tudo?

– Quase tudo. – Confessou.

Era claro que ainda haviam muitas coisas a se pensar, como o modo estranhamente rápido com que tudo vinha acontecendo. Seus sentimentos, os sentimentos de Sehun e todas as vontades reprimidas que tinha e sequer poderia se expressar a respeito.  Depois de alguns minutos de silêncio, com ambos distraídos olhando a bela paisagem fora da sorveteria, O Oh animou-se um pouco mais.

– Tem um cinema velhinho aqui perto, ele passa filmes antigos e independentes muito bons, quer ir?

– Claro.

Depois de andarem por cerca de quinze minutos, chegaram ao cinema. Ele era velho, exatamente como o mais alto dissera. Faltava-lhe uma boa mão de tinta e um papel de parede bonito. As letras brilhantes vermelhas e amarelas iluminavam o filme em cartaz da noite “Uma noite alucinante 2” Segundo Sehun, era um filme muito bom, um remake do próprio criador e diretor do primeiro, que também era tão bom quanto o segundo.

Depois de comprarem seus bilhetes, caminharam até a sala escura e sentaram-se lado a lado, dividindo a pipoca e o refrigerante. O Oh assistia o filme com atenção enquanto o menor franzia o cenho tentando entender o humor negro imposto em algumas cenas, e em outras, mais pesadas, sentia náuseas e segurava a mão de Sehun por impulso, até que este resolveu entrelaçar seus dedos aos alheios de modo acolhedor e carinhoso. Era bom para o menor sentir o calor de das mãos de Sehun contra sua palma. O toque era simples, dizia muito ao Do e muito pouco ao maior. Era inocente e completamente amigável, embora ainda assim tão profundo.

Ao final do filme voltaram para casa caminhando lentamente, discutindo sobre o filme e sobre o que gostariam de ver no dia seguinte, no mini tour de bonde.

x

 

As férias se foram com uma rapidez impressionante. Os dois amigos agora retomaram as aulas e, novamente, o assunto sobre beijos e mãos dadas fora mandado pelos ares, nunca mais sendo repetido. Isto tornou-se um tanto vergonhoso para Sehun, e mesmo sobre protestos internos, Kyungsoo deixara isso de lado, engolindo seus sentimentos e vontades e guardando somente para si. O Oh mudara um pouco desde que voltara da viajem, já estava na hora. Ele agora tinha alguns poucos amigos, todos feitos na instituição para adolescentes especiais em que frequentava, ia ao cinema vez ou outra, vestia-se melhor e cursava inglês. Kyungsoo, no entanto, começara a namorar Jongin, o zagueiro do time de futebol americano da escola, nunca se esquecendo perfeitamente do sabor e macies dos lábios de Oh Sehun.

O namoro durou dois meses e meio, pois certamente o menor não conseguia entregar-se a um namoro com alguém que não seja Sehun. Mas isso não impediu o mais alto de sentir ciúme e disputar com o jogador pela atenção de seu amigo, a quem, mesmo sem perceber, nutria fortes sentimentos.

Fora em um dia de chuva nas férias de inverno que a última gota de água fez transbordar e quebrar o copo de cristal de Kyungsoo. Ele correu o mais rápido que conseguia, mesmo vestindo seu puído conjunto de moletom. Correu até a casa de Sehun e esperou debaixo da chuva a porta ser aberta. Um estrondo metálico o assustou do lado de fora, mas quando o maior surgiu a sua frente vestindo um avental branco, o menor sorriu tranquilo.

– Está chovendo... o que faz aqui com esse temporal? – Seu semblante esboçava muito de sua confusão. Depois de puxar o menor para dentro e agarrar uma toalha no armário sob a escada, passou a secar seus cabelos úmidos vendo o sorriso em formato de coração aparecer nos lábios chamativos.

– Eu não conseguiria esperar a chuva passar para te dizer isso.

– O que?

– Eu te amo.

– Me ama?

Fora rápido demais, com um aceno leve Kyungsoo concordou e, sem dar chance ao outro dizer algo a mais, selou seus lábios aos alheios, agarrou-se ao avental de Sehun e embrenhou os dedos de sua destra aos cabelos macios do mesmo. O mais alto agarrou sua cintura e aprofundou o beijo, que de um simples selar passou a ser um beijo lento. O Oh capturou os lábios alheios e não esperou Kyungsoo lhe dar passagem, sucumbiu ao seu desejo e deliciou-se com o gosto do outro. Estava embriagado, o sentindo contra si mais uma vez, e desta vez com mais intensidade e mais necessidade. Estava preparado para o menor agora.

Os estalos provocados pelo beijo invadiam seus ouvidos, Kyungsoo prendia-se cada vez mais ao seu avental enquanto suas mãos se apossavam e apertavam a cintura do mesmo.

Depois de minutos, quebrando o contato, Sehun suspirou e colou suas testas, normalizando sua respiração. Recuperado, o Do voltou aos seus sentidos e, se o outro não o tivesse segurado firme o bastante, teria caído sobre o sofá.

– Seus pais estão na cozinha? – Perguntou preocupado.

– Não, eles foram ao teatro – riu baixinho, puxando o outro para um abraço acolhedor. – Você quer namorar comigo, Soo?

– É tudo o que eu mais quero.

Kyungsoo não perguntou, era claro que já sabia de todas as respostas para todas as perguntas que fizera a si mesmo desde que beijara os lábios de Sehun pela primeira vez. Era claro, seus sentimentos eram retribuídos. Só se culpava por ter demorado tanto tempo para dizer isto ao outro. O namoro foi quase bem recebido, os pais do Oh sempre foram mais liberais e carinhosos, no entanto, a mãe de Kyungsoo recebeu a notícia com comentários maldosos e precipitados, o que fora o bastante para gerar uma discussão entre o casal que vivia entre planos de separações desde seus dezesseis anos. No entanto, isto não desanimou o menor em nada.  

 

x

 

Em 1999 Oh Sehun completou seus dezoito anos. Já um homem adulto e prestes a cursar artes plásticas na universidade AKJ ao lado de Kyungsoo, seu melhor amigo e namorado há pouco menos de três anos. Mesmo com suas insistências, o outro decidira o esperar para ingressarem juntos na faculdade. Muita coisa havia mudado, e entre elas o modo inocente e meigo de Sehun. Ele agora sustentava um olhar masculino e altivo, se interessava por seu futuro, estava mais inteligente e não se contentava mais com beijos simples que dava em Kyungsoo, queria sempre mais e mais.

No verão uma nova viagem lhes foi dada de presente, novamente para as ilhas Jeju, mas desta vez para cuidar da casa de sua avó que viajaria para Busan, para conhecer seu novo netinho que acabara de nascer. O casal embarcou em uma quinta-feira à tarde e chegara a casa antes das seis da tarde. Ela estava limpa e cheirosa, exatamente como Kyungsoo se lembrava.

Depois de comerem o jantar deixado na geladeira, eles subiram até o quarto para trocarem de roupa e descansarem pelo resto da noite, mas ao contrário de há dois anos atrás, quando dividiram o quarto de Sehun, agora eles dividiriam a cama de casal no quarto de hóspedes. O mais alto pareceu não se importar, e, na verdade, apenas gostava mais e mais da ideia de dormir abraçado a seu namorado, mas o menor, por outro lado, travou assim que deixou sua mala sobre a cama, vendo Sehun começar a tirar sua camisa e desabotoar sua calça para trocar de roupa bem a sua frente.    

– Você não vai trocar de roupa? – O mais alto perguntou, aproximando-se de Kyungsoo sorrindo faceiro. Era uma nítida provocação a qual fazia o menor cair em um poço sem fundo e ter as bochechas quentes e rosadas.

– Vou.… eu-

– Precisa de ajuda?

Aquele era um jogo, um jogo que Sehun arquitetara com muita astucia, planejando tudo com cuidado, havia se preparado para isso. Seus dedos longos foram apressados em retirar o casaco e a camisa que o Do usava. Depois de expor o abdômen e as clavículas de pele leitosa, sorriu terno e distribuiu selares pela extensão do maxilar bem marcado. Kyungsoo cedeu, ansioso abaixou o zíper das calças de Sehun e arfou, sentindo-o descer os lábios até o seu pescoço.

– Vamos fazer amor aqui? – Sussurrou.

– É tudo o que eu mais quero.

O Do não faria objeção alguma, estava totalmente a mercê de Oh Sehun.

Tendo os lábios tomados em um beijo demorado, Sehun sentou-se sobre a cama e trouxe Kyungsoo para seu colo, passando a acariciar gentilmente a nuca do mesmo e deslizar as mãos por seu corpo. Não esperou muito mais, passou a beijar e mordiscar os lábios em forma de coração enquanto sua destra passeava livremente pela cintura curvilínea, a apertando firme por vezes, sentindo aquele pedaço de pele entre os dedos e fazendo o menor remexer-se inquieto sobre seu colo, consequentemente atritando os membros que já começavam a ficar eretos. Quando o ouviu gemer baixinho, apertou um pouco mais a cintura do mesmo e sugou sua língua. Suas mãos desceram quase que instantaneamente para as nádegas do mesmo, as apertando com a mesma intensidade.

Os lábios de Kyungsoo passaram a trabalhar sobre o pescoço de Sehun, mordendo e chupando com veemência, devidamente marcando aquela pele sensível que tanto o pertencia.   

O mais alto não sabia exatamente como fariam aquilo, mas seguia todos os seus instintos e vontades. Era natural para si as seguir. No momento, apenas beijava cada parte de Kyungsoo que seu corpo pedia.

O menor gemeu baixinho e manhoso quando Sehun o colocou sentado sobre a cama e terminou de o despir, passando assim a se ajoelhar e beijar sua intimidade, chupando-o lentamente. Levou seus dedos aos fios macios e os acariciou sem deixar de olha-lo. Era especial para si ter finalmente Sehun em seus braços, naquela entrega mútua que tanto tardou a acontecer. O brilho nos olhos do Oh revelava todo o amor e desejo que precisava enxergar ou sentir. Desejava, inconscientemente, transparecer muito mais amor e desejo para o outro do que este conseguia transparecer aos seus olhos. Sehun precisava saber que era amado, talvez mais amado do que poderia amar.

Ouvindo Kyungsoo gemer languido depois de quase ejacular, Sehun terminou de despir-se e agora mordia seus próprios lábios, tendo a visão do mais velho deitado em sua cama, totalmente exposto e entregue. A mão alheia o puxava com força para consumar apressadamente seu desejo tão ávido, como fogo em brasa.  Os dedos de Kyungsoo apertavam firme os lençóis em expectativa e os nós de seus dedos tornavam-se brancos como papel, à medida em que Sehun adentrava lentamente em sua intimidade.

Seus dentes cortavam seus lábios, procurando conter seus gemidos insistentes. A visão era muito mais do que esperava, Kyungsoo era muito mais do que esperava. Depois de tantos planos e beijos de amor puro e inocente, o tomava para si da forma mais perpetua que imaginava, da forma como tanto queria, marcando a pele leitosa e a reclamando como sua.

– Hm... Sehun. – Chamou ofegante, o vender gemer rouco ao ter o membro apertado por sua intimidade. O puxou para um beijo afoito, ainda reprimindo seus gemidos, suas mãos apertavam os braços de Sehun sem se importar com as marcas que deixava.

– Dói um pouco.... Eu sei..., mas melhora.

O som do choque dos corpos aumentava gradativamente ao longo dos movimentos e ecoava pelas paredes do quarto, assim como ecoava as frases carinhosas e sensuais ditas por Sehun, apenas para sentir o interior de Kyungsoo contrair-se em resposta, arrancando assim um gemido alto do mais alto. 

– Já está bom.... Muito bom.

Aquela era uma troca deliciosa. Kyungsoo arqueava suas costas e deslizava suas unhas pelas costas suadas do mais alto, arranhando toda a região. Um gemido manhoso se desprendeu de seus lábios quando, em uma estocada, o outro o tocara fundo. Nem mesmo ousou pensar que talvez seus gemidos pudessem ser ouvidos fora das paredes e talvez daquela casa. Tudo se resumia a Oh Sehun, o modo como ele o tocava e o amava de uma maneira tão boa.

Sehun apertou as nádegas do mais velho com força desmedida enquanto tornava seus movimentos mais rápidos e intensos, deixou seus olhos vagarem pelo estado Kyungsoo, totalmente extasiado. Envolveu a cintura do mesmo e sentou-se sobre a cama, trazendo o menor consigo e fazendo seu membro enterrar-se fundo no interior do mesmo, que choramingou e tombou seus lábios em um beijo lento.

– Isso! Assim... Sehun...

– Você gosta? Hm?

– Eu te amo. – Sehun declarou com as mãos no maxilar de Kyungsoo, sendo acompanhado pelo mesmo instantaneamente.

O Oh apertou a cintura alheia novamente e o ajudou a retomar os movimentos, rápidos e certeiros enquanto seus dentes maltratavam o lábio inferior de Kyungsoo. O menor levou suas mãos aos ombros do mais alto enquanto subia e descia sobre seu membro. Com um gemido languido se desfez. Sehun gemeu manhoso, também atingindo seu ápice, enquanto sentia o liquido quente escorrer por seu abdômen.

O calor do abraço que recebera fez Kyungsoo sorrir, e tomar mais uma vez os lábios alheios em um beijo.

– Eu te amo, Kyungsoo, muito mais do que pode imaginar.

 

O verdadeiro progresso da humanidade repousa nas mãos daqueles que amam.

Somos senhores de nosso destino e herdeiros de nossas escolhas.


Notas Finais




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