História Nada é por acaso... - Sinto sua falta...

※ POV Dean ※

Mais uma vez leio a carta que Castiel havia deixado para mim. Já devo ter lido umas 20 vezes desde que a achei naquela casa, no quarto que ele ocupava. 

Minha ficha ainda não caiu, mesmo depois de ter cavado sua sepultura a margem daquele lago. Não consegui queimar seu corpo, queimar significa que não tem mais volta, que acabou dessa vez e me recuso a acreditar nisso… Olho novamente a carta e nem preciso relê-la, sei palavra por palavra de cor escrita naquela folha, mas mesmo assim volto a lê-la.

Dean,

Se está lendo isso, provavelmente eu e Crowley morremos. Não se culpe por isso, você e Sam fizeram tudo que puderam, tenho certeza disso.

Preciso que me prometam que cuidarão de Jack. Sei bem que não será fácil, mas você terá ajuda. Procure por Leilla Bathory, ela e a família dela ajudarão vocês com tudo. Ela está na cidade de Beacon Hills, na Califórnia.

Eu não sei o que pode acontecer depois de Jack nascer, mas de qualquer forma, aconteça o que acontecer, procure essa garota.

Gostaria de poder falar mais, mas me faltam palavras, só posso dizer que:

Sentirei sua falta.

Sentirei falta do Sam.

E até mesmo do Crowley, por mais estranho que isso pareça…

Adeus Dean, tenha uma boa vida.

Castiel.

Aquele anjo de araque só me deixou essa carta como se isso fizesse eu me sentir melhor… Como se eu não sentisse um buraco no peito toda vez que lembro que não adianta rezar para ele, ele não vai aparecer magicamente na minha frente como sempre.

— Acho melhor procurar essa mulher que o Cas mandou na carta, talvez ela saiba de algo, como abrir portais para a dimensão em que a mamãe está ou como rastrear o filho de Lucifer...- Sam tinha os olhos avermelhados sei que ele chorou, chorou pela nossa mãe, chorou por Castiel.

— A nossa mãe já deve estar morta, Sam… Lucifer não é do tipo que poupa inimigos. E quanto ao Jack, já tem o céu e o inferno atrás deles e nenhum dos lado encontrou rastro do moleque, duvido que essa garota saiba algo... - Vou até a geladeira e pego uma long neck tiro a tampa com a mão e dou um longo gole, sentindo o amargor da cerveja na boca.

— Eu me recuso a não ter esperanças Dean! Me recuso a descumprir a promessa que fizemos a Cass! Não vamos perder a mamãe de novo, já chega termos perdido o Castiel para sempre! - ele passa a mão nos cabelos jogando-os para trás enquanto suspira deixando os ombros cairem, meu irmão parece tão pequeno agora… — Eu só… Não quero desistir, não ainda. Então sim, vou me agarrar com unhas e dentes a esperança, pois até hoje foi só isso que tivemos, é só isso que conhecemos.

— Sam, eu… - ele me interrompe.

— Eu vou atrás dessa garota, com ou sem você Dean. - ele se vira indo para os corredores dos quartos do Bunker. Eu seguro o seu braço fazendo-o parar e olhar para mim de novo.

— Partirmos em meia hora, pegue as suas coisas e me encontre no carro. - peguei a carta guardando-a no bolso interno do meu casaco e fui para meu quarto pegar algumas mudas de roupa. Sai do Bunker colocando a mochila no banco de trás do impala e me recostei na lataria colocando a mão no meu peito, bem em cima do bolso, bem em cima da carta.

Também sinto sua falta...