História Namorado por Sete Dias - Jikook - O jantar de ensaio Pt. II

O jantar de ensaio ocorreria no jardim, ao ar livre, mesmo que a noite. Não seria colocado os mesmos preparativos para o casamento, mas algo mais simples e mais aconchegante para os convidados mais próximos. Os pais de SunHee que propuseram o jantar, era o momento em que a família relembraria momentos, agradeceria as vindas, e conversaria mais entre si (mesmo que para Yang-Mi fosse desnecessária a presença de Mei, mãe de SunHee, ali).

Jeongguk não tinha nem ideia do que falaria ali, mas Jimin lhe acalmou dizendo que era como um desabafo, uma conversa (não que Park soubesse muito sobre aquilo, mas tentou ajudar). Era estranho falar sobre seus sentimentos no meio de toda aquela plateia, era diferente quando se tratava de uma sala de reuniões cheia de homens de terno e mulheres bem vestidas que vieram falar de trabalho. Agora se tratava de um jardim cheio de homens de terno e mulheres bem vestidas que vieram falar de momentos importantes e família. Jeongguk poderia morrer ali, isso se não tivesse Jimin ao seu lado, claro.

Com os braços enlaçados, Park e Jeon saíram da recepção, já adentrando o lindo jardim que se encontrava iluminado com os postes de luz nas extremidades do terreno. Jimin não pode deixar de abrir um pequeno sorriso ao ver as poucas pessoas, no máximo 15, sentadas nas mesas. Jeongguk deixou um suspiro de alivio escapar, fazendo Park rir baixinho. Não eram tantas pessoas comparadas ao número que compareceria no casamento.

JiHyo e SunHee estavam sentados em uma mesa grande com Yang-Mi, Chul, Mei e Chang (pais de SunHee). Todos estavam conversando ali, as mesas estavam perto uma da outra, sendo possível conversar facilmente com alguém da mesa vizinha.

Jimin daria um passo á frente se Jeongguk não tivesse segurado seu braço, chamando sua atenção. Jeon deixou um riso fraco escapar quando viu a feição confusa de Park.

— O que foi? Não vamos entrar? — Jimin perguntou, vendo Jeongguk arrumar seu suéter em seu corpo.

— Vamos. — Subiu o olhar até seus olhos, abrindo um sorriso malicioso. — Mas você não pode gemer, sabe disso, não é?

— Sei... — Jimin suspirou, concordando com a cabeça. Por um segundo havia se esquecido do plug, mas infelizmente ou felizmente, Jeongguk fazia questão de lhe lembrar.

— Quer testar? — Jeon perguntou, colocando a mão no bolso de sua calça, segurando o pequeno controle.

Jimin não soube o que responder, apenas olhou fundo nos olhos de Jeongguk esperando que tomasse uma decisão pelos dois. Park não poderia dar se quer uma baixada de guarda, mesmo com o pequeno plug vibrando ali, ele deveria manter sua pose. Por mais doloroso, tentador e vibratório que fosse.

— Eu vou ligar na primeira potência, ta bem? Lembre-se que tem pessoas te observando... — Jeon passou a língua em seus lábios e abaixou o olhar até o controle, apertando primeiro dos três botões.

Jimin arregalou seus olhos e engasgou em um gemido involuntário que insistiu em sair de sua boca. Jeongguk rapidamente ergueu o olhar até o ‘namorado’ e segurou um riso ao ouvir e ver sua reação. O moreno olhou nos olhos do platinado com um olhar desafiador, como se dissesse ‘vai gemer?’, mas não, Park não daria aquele gostinho para Jeongguk, ah mas não daria mesmo.

O platinado fechou seus olhos com força e abriu um pequeno sorriso, por mais que sua vontade fosse de correr até o banheiro mais próximo e tirar aquilo dali. Jeon deixou seus lábios entreabertos ao ver Jimin controlar seus gemidos, Deus, ele queria fazer Jimin gemer, queria mais do que qualquer outra coisa. Mas se fosse um jogo que ele queria fazer, era um jogo que Jeongguk participaria.

Jeon desligou a vibração e suspirou se dando por vencido, dando um ultimo selo nos lábios de Jimin que soltaram um suspiro aliviado.

— Vamos ver até onde você aguenta. — Riu baixo, colocando uma das mãos sobre a cintura de Park, o guiando até a mesa onde estavam os noivos.

Jimin esperava aguentar as três potências, esperava segurar seus gemidos e o mais importante, esperava que aquele jantar acabasse logo.

Logo que se aproximaram da mesa onde estavam os noivos e os pais dos antes citados, JiHyo e SunHee abriram um largo sorriso ao verem ambos ali, já que foram os primeiros a verem o casal chegando.

Jeongguk sorriu, assim como Jimin, e logo Yang-Mi e Chul se viraram, seguidos por Mei e Chang. Jeon não sabia se deveria estar nervoso, afinal, os pais de SunHee nunca se quer haviam demonstrado interesse em conhecer o resto da família, mas assim que viram Jeongguk e Jimin ali, juntos de uma maneira intima, ambos desfizeram o sorriso que antes tinham em seus lábios.

Park notou aquilo, tanto que desfez o sorriso tímido que antes tinha em seus lábios. Jeon pareceu nem olhar para o rosto dos pais de SunHee, apenas para os noivos e para sua mãe e seu padrasto.

— Finalmente chegaram, achei que ficariam no quarto pra sempre. — Disse JiHyo, deixando um risinho escapar assim como Yang-Mi e Chul. SunHee apenas negou com a cabeça com o jeito atrevido da noiva.

— Desculpem por isso, Jimin demorou um pouco com... — Coçou a garganta, percebendo o olhar reprendedor de Park. — Ele não sabia que roupa deveria vestir.

— Ainda é o jantar de ensaio, querido, não precisa se preocupar tanto com as roupas ainda. — Disse Yang-Mi, sorrindo para Park que sorriu corado.

— Bom, vamos sentado. — Chul se pronunciou sorrindo, apontando para as duas cadeiras vazias na ponta da mesa.

      [...]

Pouco tempo havia se passado, cerca de meia hora. Todos conversavam animados ali, até mesmo com as pessoas das outras mesas. Yang-Mi e Mei se alfinetavam discretamente durante a conversa, mesmo que todos ali notassem, preferiam fingir que nada estava acontecendo. Chang e Chul conversavam como se houvessem se conhecido á bastante tempo. JiHyo e SunHee estavam em várias conversas ao mesmo tempo, tanto com as pessoas de sua mesa quanto as de fora.

Jeongguk conversava tanto com Chang e Chul sobre coisas do trabalho, quanto com JiHyo que perguntava discretamente sobre como estava o relacionamento com Jimin. E o platinado, que apenas estava quieto, trocava olhares com Mei, que tinha um olhar reprovador e anojado quando olhava para Jeongguk e Jimin. Park já reconhecia aquele olhar, e por mais que quisesse se levantar dali e ir embora, preferiu respeitar os noivos.

Por baixo da mesa, Jimin segurava a mão de Jeongguk, se sentia tão mais confortável daquele jeito. Mesmo que fosse difícil ficar sentado corretamente na cadeira por conta do plug que incomodava, com todo o respeito, para um caralho, Jimin tentava relaxar ali, a qualquer momento Jeongguk apertar um botão do controle e Park deveria ser responsável pelos seus atos. Em uma tentativa de se distrair, lembrou de tudo o que passou naqueles seis dias, e woow, depois de tudo estava com Jeongguk agora, e aquilo era tão, mas tão... Não tinha um significado em palavras, mas era muito, incrivelmente e apaixonadamente bom. E durante esse pensamento, lembrou de Yoongi, dos problemas que Yoongi criou, não sozinho claro, mas esse não era bem o assunto, seu pensamento se concentrou apenas em Yoongi. E falando em Yoongi, onde estava Yoongi? Park observou todo o lugar, e nenhum sinal do loiro.

— JiHyo! — O platinado chamou, olhando para a noiva que retribuiu o olhar. — Onde está Yoongi?

— Ele disse que estava um pouco enjoado e preferiu ficar no hotel. Eu insisti, mas pelo jeito ele estava mal mesmo. — Suspirou, sorrindo fraco.

— Ah, tudo bem. Obrigado. — Agradeceu, retribuindo o sorriso.

— Mas e você, Jimin, ta quieto ai o jantar inteiro. — Disse SunHee, rindo baixo.

E agora que realmente Jimin parecia ter dado atenção a SunHee. Ele era bonito, seus traços eram delicados, quase angelicais. Combinava perfeitamente com JiHyo.

— Ah, eu só não tenho muito o que falar, sabe? Eu ainda sou meio novo aqui. — Riu baixinho.

— Você pode falar mais de você, querido. — Yang-Mi se pronunciou, sorrindo.

— Uh, depende do que vocês querem saber sobre mim. — Jimin mordeu seu próprio lábio inferior, soltando a mão de Jeongguk, colocando-a em cima da mesa.

Jeon arqueou a sobrancelha com o ato, observando Jimin. Park sorriu ao ver as inúmeras perguntas voltadas a si, desde JiHyo até Chul. Os pais de SunHee nem ao menos se pronunciaram, continuaram calados, observando tudo.

— Você é alérgico a alguma coisa, Jimin? — Perguntou Chul.

— Não, senhor. — Sorriu.

— Você tem irmãos? — Foi a vez de SunHee perguntar.

— Um irmão mais novo. — Sorriu aberto ao lembrar de seu irmão.

— Quanto tempo durou seu relacionamento anterior? — JiHyo se intrometeu, fazendo Jeongguk franzir o cenho. Que tipo de pergunta era aquela?

— JiHyo deixe de ser intrometida! Você nem ao menos sabe se ele teve um relacionamento anterior! — Yang-Mi disse, reprendendo a filha.

— Eu tive sim, senhora Yang. — Riu baixo, olhando para JiHyo em seguida. — Cerca de um ano e alguns meses, JiHyo.

As atenções continuaram em Park. O garoto contou sua história pela segunda a vez, porém com mais detalhes e mais histórias. Jeongguk prestou atenção em cada uma delas. Nem ao menos sabia o mínimo da vida de Jimin, e era ótimo poder escutar tudo aquilo. O platinado não gostava de ter a atenção focada em si, mas dessa vez era bom saber que a família de Jeon havia gostado de si. Daquela vez era real, ele não estava mentindo sobre ser o ‘namorado’ de Jeongguk, ele estava bem ali, estava se encaixando lentamente na família Jeon, e esperava continuar daquele jeito.

Quando a família Jeon pareceu entrar em um pequeno conflito de quem faria a próxima pergunta, Jimin pode perceber novamente os olhares de Mei e Chang sobre si e Jeongguk, e novamente o moreno parecia não perceber. Era sério aquilo? Eles ficaram com aquela cara de nojo o jantar inteiro? Park cerrou os olhos e retribuiu o olhar enojado dos pais de SunHee. O filho de ambos estaria se casando com a irmã de um cara gay, mesmo que aceitassem ou não, e se Jimin continuasse naquela família, veria Chang e Mei novamente, o mínimo que exigiria era respeito.

Novamente a voz de Chul lhe chamou atenção, já que o mesmo estava lhe chamando. Uma conversa começou ali, Jimin conversava atentamente com o mais velho. Chul trabalhava como conselheiro em uma universidade de Busan, e isso fez com que o interesse de Park aumentasse. Jimin falou sobre seus planos de ir para a universidade de Seul, disse sobre os diversos cursos que fez, sobre seu trabalho como estagiário, sobre as condições de sua família, e Chul disse que se quisesse, poderia enviar uma carta de recomendação até a universidade, e ai que Jimin abriu um sorriso e sua animação aumentou de cem para mil.

Jeongguk prestou atenção em toda a conversa, mesmo que JiHyo tentasse falhamente iniciar uma conversa consigo. Jeon estava tão focado no sorriso de Jimin e naquela conversa que mal podia ouvir sua irmã. Mesmo que os garçons já tivessem servido o jantar, Jeongguk não podia tirar seus olhos um segundo de Jimin. Se Chul conseguisse a bolsa para a universidade de Jimin, Park não precisaria mais de Jeongguk. Talvez Jimin só estivesse com Jeongguk por causa de dinheiro, aquilo era algo horrível de se pensar, mas ele não podia deixar de pensar naquilo. Havia muitos interesseiros que fariam de tudo apenas pela grana de Jeon Jeongguk e um pouquinho de fama. Mas por mais horrível que fosse o pensamento de Jeongguk, e por mais que houvesse realmente chance de Jimin ser um interesseiro, ele queria a atenção de Jimin naquela noite. O platinado parecia nem ao menos perceber a presença de Jeongguk ali, e Jeon merecia atenção, Jeon queria atenção e faria o possível para tê-la.

Colocou a mão em seu bolso da calça, abaixando o olhar discretamente para observar o pequeno controle preto em sua mão. Além da atenção de Park, ganharia alguns gemidos se tudo ocorresse como planejava. Com um sorriso malicioso nos lábios, apertou o pequeno botão e se virou em direção a JiHyo, voltando uma conversa entre ela e SunHee.

Jimin automaticamente arregalou seus olhos ao sentir aquilo vibrando em um local tão fundo dentro de si. Chul havia desviado o olhar, mas logo voltaria sua atenção ao platinado, mas a única coisa que gostaria de fazer era gemer o mais alto possível. Sua garganta estava praticamente implorando e arranhando para soltar um gemido. Seus olhos se fecharam com força e abaixou sua cabeça, fechando seus punhos, apertando. Disfarçadamente virou sua cabeça para o lado, observando o sorriso maldoso que Jeongguk tinha nos lábios, Deus, ele era o diabo em pessoa!

Aquele maldito plug vibrava de um jeito que Jimin julgava ser a segunda potencia. Park tentava morder seu próprio lábio, mas daquele jeito só se machucaria. Ele nunca havia colocado nada que vibrasse dentro de si, na verdade, nunca havia colocado nenhum ‘brinquedo’, e para sua primeira vez, achava que Jeongguk não pegaria leve.

— Jimin, você está se sentindo bem? — Chul perguntou ao ver a expressão do garoto.

Jimin respirou fundo lentamente e tomou sua sanidade novamente, antes de erguer o olhar e deixar um sorriso fraco em seus lábios.

— Sim, não se preocupe, só estou com fome. — Park sorriu e concordou com a cabeça, logo começando a comer seu jantar.

Jeongguk observou toda a cena de canto e desfez o sorriso maldoso que tinha nos lábios quando percebeu que Jimin conseguia se controlar melhor do que o esperado. Se quisesse causar alguma reação, teria que trabalhar mais naquilo.

Chul concordou com a cabeça e logo que os garçons terminaram de colocar a mesa com os pratos, todos começaram a comer, inclusive Jeongguk, que aproveitou para deslizar a vibração do pequeno plug.

O jantar ocorria bem, todos estavam terminando seus pratos e logo os discursos começariam. JiHyo que estava animada com tudo aquilo, não ficou um minuto na sua cadeira, indo conversar com todos os convidados das mesas vizinhas. Era incrível o olhar que SunHee tinha sobre a noiva, Jimin queria que Jeongguk tivesse o mesmo olhar sobre si, o olhar apaixonado, admirado e orgulhoso que SunHee tinha por JiHyo. Era como se estivesse apaixonado pela primeira vez, como se fosse a primeira vez que havia visto JiHyo. Park sentia-se feliz por estar ali no meio de toda a aquela comemoração, tinha uma energia muito boa sobre si, isso, claro, se não fosse por Mei e Chang, com seus olhares homofóbicos sobre ele e Jeongguk, por mais que o casal não estivesse fazendo nada demais.

Jeongguk agora conversava com SunHee, Yang-Mi trocava palavras afiadas com Mei, e Chang e Chul continuavam uma conversa agradável. Jimin se sentia em uma das reuniões de sua família, porém mais chique e civilizada, já que seus parentes costumavam mais gritar do que conversar entre si. Porém, por mais que tudo estivesse bem ali, ao tomar seu gole de champanhe e se ajeitar na cadeira, mais uma vez a porcaria daquele plug voltou a lhe incomodar.

Jimin tentou se apoiar em apenas uma de suas pernas, tentou apoiar seu peso sobre seus braços, cruzou as pernas e nenhuma posição conseguia favorecer aquele plug. Sua paciência com aquilo já estava esgotada.

— Aish! — Disse em um tom alto, irritado, tentando pela ultima vez se ajeitar naquela cadeira. E apenas segundos depois percebeu que todos na mesa voltavam sua atenção ao platinado.

— Tudo bem, Jimin-ah? — JiHyo perguntou, curiosa. Park apenas sentiu suas bochechas corarem. — Está demorando demais para os discursos, não é? Eu também acho, bom, acho que já está na hora, pessoal!

E por fim, como um anjo que veio lhe salvar, JiHyo chamou a atenção de todos, comunicando que os discursos começaram dali em diante. Jimin suspirou aliviado, fechando seus olhos eventualmente.

— Você está bem, Jagiya? — A voz de Jeongguk chegou aos seus ouvidos em um tom doce, ainda mais quando o apelido foi ouvido. Jeon nunca havia lhe chamado daquele jeito e por alguns segundos, o incomodo do plug pareceu sumir.

— S-Sim, Jeonggukkie, não se preocupe. — Respondeu com suas bochechas coradas, abaixando seu olhar.

Jeongguk colocou seu braço sobre os ombros de seu ‘namorado’ e beijou sua bochecha, sorrindo. Jimin ficava lindo com suas bochechas coradas.

— Você está aguentando bem, Jimin-ah... — Sussurrou no ouvido do platinado, que mordeu seu lábio inferior, soltando uma risadinha.

Caramba, Jeongguk costumava ser tão provocador assim? Se era pra jogar sujo, Jimin jogaria.

Porém, toda a tensão gostosa que havia se formado ali, sumiu a partir do momento que ouviu o som de uma garganta sendo coçada, interrompendo o momento.

— Desculpe, mas vocês dois são namorados mesmo? — Mei perguntou, dirigindo pela primeira vez a palavra ao casal.

 Todos da mesa, inclusive JiHyo e SunHee que levantavam cumprimentando as primeiras pessoas que se aproximariam do microfone posto para fazer o discurso, pararam para ver aquela situação.

Jimin poderia enfiar sua cabeça em um buraco, não por vergonha de ser quem era, mas sim pois era uma mulher adulta, e nem ao menos a conhecia, não poderia responder qualquer coisa. Mas Jeongguk foi completamente ao contrário, arqueou sua sobrancelha e olhou nos olhos de Mei.

— Mãe, que pergunta indiscreta... — SunHee reprendeu a senhora, completamente envergonhado. — Desculpem por isso, ela é —

— Por que pedir desculpas, SunHee? — Mei perguntou, olhando rapidamente para o filho e voltando o olhar ao casal. — Eu só gostaria de saber se esses dois vão fazer parte da nossa família desse jeito.

— SunHee! — JiHyo se pronunciou, olhando indignada para o marido. Não era possível que sua sogra estivesse agindo daquele jeito com seu irmão e com Jimin.

— E-Eu... —

— Eu disse que ela tinha algo errado, Chul! — Yang-Mi comentou com o marido, se referindo a Mei.

— Se errado é querer saber se meus netos vão conviver com esse tipo de pessoa, então eu estou errada. — Mei soltou uma risada irônica.

Jimin empurrou levemente sua cadeira para trás, colocando ambas as mãos no rosto. Deus do céu, mais uma complicação em suas vidas?

Jeongguk olhou para o ‘namorado’ e voltou seu olhar para Mei, com seu olhar mais seco e detestável possível. Todos que conviveram com Jeongguk reconheceram aquele olhar e sabiam que dentro dele sua raiva havia sido despertada. JiHyo por mais que quisesse controlar Jeongguk, sabia que Mei merecia, e Yang-Mi apenas concordou com a cabeça, apoiando a decisão do filho, por mais exagerada que pudesse ser.

Quando Jeongguk abriu sua boca para falar, sentiu uma pequena mão quente e delicada pousar sobre sua coxa, chamando-lhe atenção. Era Jimin. E quando olhou para trás e viu a feição preocupada do garoto, respirou fundo e colocou a mão por cima da de Park antes de abrir novamente sua boca, olhando para Mei.

— Esse tipo de gente? Qual? Gays? — Jeongguk riu irônico, negando com a cabeça. — Ou o irmão gay da sua nora que com o salário de um dia poderia comprar a sua casa e todos os seus pertences? Eu acho melhor moderar as suas palavras comigo e com o meu namorado, ou melhor, com a minha família inteira. Com todo o respeito, mas eu acho que a senhora deveria se concentrar apenas no casamento do seu filho e não com a vida alheia do irmão da noiva. — Mei apertou o guardanapo entre seus dedos. — E não se preocupe, eu garanto que os seus netos vão ficar longe do seu tipo de pessoa se depender de mim.

Quando o pequeno discurso terminou, Jimin abriu um pequeno sorriso discreto ao ouvir aquilo vindo de Jeongguk, foi tão... Woow.

Mei apenas suspirou sem dizer uma palavra e levantou-se de sua cadeira, pegando a bolsa que estava pendurada ali, caminhando em direção ao banheiro. Todos presentes ali, menos Chang que rapidamente se levantou para seguir a esposa, tentaram segurar o riso ou o sorriso que se formara assim que Mei e Chang se afastaram. Inclusive SunHee soltou um riso ao ouvir aquilo tudo.

Jeongguk soltou um suspiro aliviado ao ver todos rirem, sem nenhum olhar de repreensão.

— Me desculpe por isso, SunHee. — Jeon se desculpou, se ajeitando em sua própria cadeira.

— Não precisa se desculpar, Jeongguk, ela mereceu. — Acenou levemente com a cabeça, sorrindo.

Depois de ouvir palavras de parabenização de todos da mesa, JiHyo preferiu dar continuação aos discursos, não deixaria sua sogra homofóbica estragar o seu jantar de ensaio. Nem Jimin deixaria aquilo acabar com a sua noite, Jeongguk havia lhe prometido aquela noite, e eles teria aquela noite, nem que tivesse que levantar o astral do pequeno Jeon novamente.

Os primeiros a discursar seriam os amigos mais próximos de JiHyo e SunHee, eles falavam sobre quando o casal se conheceu, sobre como SunHee havia demorado um ano para pedir JiHyo em namoro, tudo isso e mais um pouco. Todos riam com aquelas histórias, inclusive Jeongguk e Jimin que prestavam atenção em tudo aquilo, ainda com as mãos juntas sobre a coxa de Jeon.

Jeon tinha até mesmo se entretido ali, ele não havia vivido todas aquelas experiências com JiHyo, mas só de ouvir se sentia um pouco mais perto de sua irmã, como se nunca tivessem se separado. Jeongguk tinha sim saudade de sua irmã, sua mãe, sua família, mas nunca foi do tipo meloso sobre esse assunto. Jimin percebia os sorrisos involuntários que Jeon soltava, e era tão fofinho e encantador que Park tinha que se segurar para não beijar Jeongguk ali... Mas... Pensando bem, por que ele não poderia? Eles eram ‘namorados’, certo? Sim, eles eram!

E ao perceber que todos estavam distraídos com os discursos, Jimin abriu um sorriso de canto e deslizou a mão lentamente até um pouco acima da coxa de Jeongguk, chamando-lhe atenção. E assim que Jeon sentiu aquele arrepio e virou-se em direção a Park, seus lábios foram tomados e um beijo lento foi iniciado. De repente toda a confusão de minutos atrás foi esquecida e toda a possibilidade de deixarem aquela noite para outro dia foi deixada de lado. Jeongguk queria tanto Park Jimin que bastava um simples beijo para lembrar daquilo.

E quando finalmente o beijo se acalmou e os doces selinhos foram dados anunciando o fim daquele beijo, juntamente dos sorrisos, a voz baixa de JiHyo foi ouvida.

— Vocês são muito fofos juntos... — Com um sorriso no rosto, a garota assentiu levemente antes de voltar a prestar atenção no discurso.

Jimin riu baixinho, abaixando levemente sua cabeça e Jeongguk beijou sua testa, puxando o platinado para mais perto de si, voltando a prestar sua atenção no discurso dos amigos de JiHyo.

Após os amigos mais importantes de JiHyo, madrinhas de casamento e padrinhos fazerem seus engraçados, emocionantes e fofos discursos, era a vez da família. Mei e Chang já haviam voltado, porém continuaram em silencio até chegarem a sua vez de discursarem. Jeongguk fez questão de revirar os olhos com tudo aquilo e Jimin ria, dizendo que Jeon realmente parecia uma criança quando queria.

Alguns minutos depois foram os avós de SunHee, as tias de ambos os noivos, os pais de JiHyo e por fim, Jeongguk. A cada pessoa que se passava o nervosismo aumentava. Jimin realmente tentava lhe acalmar, mas Jeon parecia não ouvir mais tudo o que Jimin dizia, mas sim pensar no que diria. Ele não tinha vivido tanta coisa com JiHyo agora que estava noiva, a família só se reunia em feriados e Jeongguk por mais que notasse que realmente deveria estar mais presente, não queria passar a imagem de que era totalmente afastado de JiHyo. Jeon já estava suando.

— Bom, acho que o próximo é você, irmãozinho. — Disse JiHyo em um tom brincalhão, olhando para Jeongguk que estava sentado na ponta da mesa.

— ‘Irmãozinho’ puff... — Riu baixo, porém nervoso, levantando de sua cadeira assim que os convidados começaram a bater palmas.

Jimin riu do nervosismo de Jeongguk ao se levantar, se colocou a mão por cima da sua quando Jeon se apoiou em sua cadeira para levantar.

— Ei, finja que é uma reunião, você só vai conseguir esse contrato se conseguir comover todos daqui, use todas as memórias possíveis, só não minta. — O platinado disse baixinho, piscando para o namorado.

Jeongguk concordou com a cabeça e respirou fundo, ajeitando sua camisa sobre o corpo enquanto se aproximava do pedestal onde estava o microfone. Todos os olhares voltados para si, mas ao invés de rostos sérios esperando alguma noticia sobre trabalho, eram sorrisos esperando que Jeongguk conseguisse comovê-los com suas palavras, e era isso que deixava tudo mais desesperador. Jeon sempre conseguiu contratos, mas comover as pessoas? Não, isso nunca.

Para tentar disfarçar um pouco seu nervosismo, tirou o microfone do pedestal e passou os olhos por todos ali, dando uma pequena pausa no sorriso fofo de Jimin e logo após, nos olhos tão orgulhosos e esperançosos de JiHyo. Caramba, ele amava sua irmã, o que seria sem ela?

— Primeiramente, bom di— Noite, boa noite! — Disse nervoso, já percebendo que estava em silencio a alguns segundos, fazendo as pessoas rirem, inclusive Jimin, que na verdade, tentava segurar o riso. — Então, eu espero que estejam gostando do jantar, JiHyo realmente gosta de quando as pessoas falam dela e das suas experiências.

Todos riram novamente.

— Certo, não vim falar do que minha irmã gosta ou não. — Riu baixo, olhando para seus próprios sapatos. — Geralmente eu faço esse tipo de discurso pra várias pessoas que vieram falar de trabalho, mas vocês são ou vão ser parte da minha família, então... É meio diferente. — Novamente os risos, Jeongguk pode perceber Jimin segurando o máximo sua risada, fazendo Jeon erguer uma sobrancelha. Park estava mesmo zombando de seu nervosismo? — JiHyo desculpa se eu falar algo horrível aqui, ta bom? Não sou bom nisso e nem sei se queria estar falando isso aqui. Mas tudo bem, eu vou falar.

Jeongguk respirou fundo e colocou a língua contra sua bochecha novamente, tentando pensar em algo para dizer. Jimin ainda tentava segurar a risada, e Jeon se vingaria por isso, realmente se vingaria, mas depois de alguns minutos. Sua mente vagou procurando memórias, como um computador e em questão de segundos, um sorriso aberto se formou em seus lábios. Sim, Jeongguk teria do que falar.

— Bom, eu queria deixar claro que... Eu posso não ser muito presente agora na nossa vida adulta, mas se teve uma época que nós realmente fomos próximos, foi na nossa infância. — Sorriu, levando seu olhar ao de JiHyo, que sorriu ainda mais. — Você sempre foi minha irmã mais nova, mas curiosamente sempre foi mais alta que eu na infância, até mesmo perguntavam se você era a mais velha. Eu lembro de quando nós brincávamos no jardim de casa, tirávamos as pedras do chão e caçávamos minhocas, ou melhor, você caçava, já que eu sempre odiei esses bichos. — Riu baixo, alegre por ver JiHyo rir. — Até nossos doze anos você foi mais alta, e o dia que eu tive um centímetro a mais que você, eu me senti um homem pela primeira vez. Ser menor que a irmã mais nova é algo que te faz ter uma fama estranha na escola. — Os convidados riram. — Eu sempre dizia que você não se casaria, porque eu achava que nenhum cara iria querer sair com uma garota que caçava minhocas, mas pelo jeito eu estava enganado. — SunHee riu junto de JiHyo, colocando o braço ao redor dos ombros de sua noiva. — Quando fizemos sua festa de quinze anos, você quis um príncipe pra dançar, mas eu e o papai éramos os únicos homens que você conhecia. — Sorriu fraco ao lembrar de seu pai. — E eu era clichê demais pra querer dançar com você e você rejeitava o pai de qualquer jeito, então eu e ele oferecemos vinte mil wons para um dos meus amigos dançar com você na sua frente. — Riu baixo, passando seu olhar por Jimin rapidamente, que sorria orgulhoso. — E vocês dois até mesmo chegaram a se beijar dois dias depois.

— Informação desnecessária! — JiHyo gritou, rindo, acompanhada de SunHee e os convidados.

Jeongguk riu novamente e colocou sua mão discretamente em seu bolso, abrindo um sorriso discretamente maldoso. Jimin estava completamente distraído com seu discurso, e se tinha um tempo perfeito para se vingar, era agora.

— Fiquei feliz em saber que você não se casou com um dos meus ex melhores amigos, porque, se isso tivesse acontecido... —Apertou o primeiro dos três botões, ainda olhando para JiHyo, sorrindo. Tentando disfarçar. — Você não conheceria SunHee e nós todos não estaríamos aqui. — Sorriu meigo, prosseguindo seu discurso.

Jimin arregalou seus olhos ao sentir a vibração do plug. Agarrou a toalha da mesa, apertando entre seus dedos e soltou um gemido falhado, não deixando que as pessoas ao seu redor percebessem. Por que agora? Park tentou se ajeitar novamente naquela cadeira, mas esse foi o seu pior erro... O pequeno plug acertou aquele ponto tão difícil de ser encontrado pelo seu ex namorado, e aquilo fez o pequeno Park revirar seus olhos de prazer. Jeongguk passou seus olhos por Jimin rapidamente quando aquilo aconteceu e perdeu a fala por alguns segundos, até mesmo sentiu um aperto em sua cueca.

— Uh... Voltando! — Piscou algumas vezes, tentando desviar o olhar do platinado, mas infelizmente, era impossível, de segundo em segundo seus olhos voltavam a face prazerosa de Jimin. — Eu nunca achei que JiHyo fosse do tipo que causava confusões, ela sempre foi linda, tem uma personalidade incrível e eu nem sei mais como posso definir minha irmã...

— Gostosa! — SunHee riu, levando um tapa fraco de JiHyo, que ria, envergonhada.

— Hey! Mais respeito com minha irmã, pervertido! — Jeongguk riu baixo, apertando o segundo botão do controle, novamente olhando discretamente para Jimin, que dessa vez fechou seus olhos com força, mordendo seu lábio inferior. Certo, aquilo era provocação, era como um pornô em sua frente. — E-Eu... Nunca, nunca mesmo duvidei que JiHyo era capaz de escolher alguém incrível, alguém bom e que gostasse realmente dela. Quando soube que aconteceria o casamento, por incrível que pareça meu coração não acelerou e eu não tive medo pela minha irmã, ao contrário, eu fiquei feliz. JiHyo sempre soube escolher as coisas, e melhor ainda as pessoas, e quando se trata do cara que vai passar o resto da sua vida... Acho que talvez essa tenha sido uma das suas melhores decisões. — Sorriu para o casal, desligando a vibração do plug. — SunHee, você tem a minha irmã nas suas mãos, então eu espero que cuide bem dela... — O noivo assentiu, sorrindo orgulhoso. — E JiHyo, por favor, não encha o saco do SunHee, se ele foi capaz de te aguentar até agora, ele é precioso! — Riu baixinho, junto de todos ali. — Acho que é isso. — Agradeceu, colocando o microfone de volta ao pedestal, ouvindo os aplausos das pessoas.

Ainda era possível ouvir os aplausos quando sentou novamente em seu lugar, ao lado de Jimin que respirava ofegante com os olhos fechados. Jeongguk deixou um sorriso malicioso escapar de beijou a bochecha do namorado, colocando um braço ao redor dos ombros do mesmo.

— Gostou do meu discurso, jagiya? — Sussurrou em seu ouvido, em provocação.

Jimin fechou seus punhos com raiva por não poder ter naquele momento o que queria. Preferiu ficar em silencio.

Depois de todos se acalmarem e limparem as lágrimas que se formaram nos olhos dos convidados, JiHyo levantou junto de SunHee, olhando para todos.

— Bom pessoal, amanhã é o casamento, então eu e JiHyo temos que dormir pra estamos dispostos, então vamos encerrar o jantar por aqui. — Disse SunHee, abrindo um sorriso amigável.

— A menos que mais alguém queira fazer mais um discurso! — Pronunciou JiHyo, animada com a ideia. Foi ótimo ouvir todos relembrarem suas aventurar.

Jeongguk pareceu pensar um pouco, e talvez foi uma de suas melhores ideias. Sorrindo, colocou a mão no ombro de Jimin e ergueu seu outro braço, chamando a atenção para si.

— O Jimin quer! Não é, Jimin? — Sorriu, vendo Park arregalar seus olhos e olhar ao redor. — Ele disse que como é novo aqui, ia gostar de fazer um agrado para os noivos.

— É verdade, Jimin? — Yang-Mi perguntou com um sorriso alegre nos olhos, e Jimin tentava dizer que não, mas ao ver o olhar animado de JiHyo, não teve como negar.

Ele odiava Jeongguk, mas não tanto quanto gostava dele.

— S-Sim. C-Claro. — Disse nervoso, com um sorriso corado, levantando de sua cadeira.

— Vai lá, garanhão! — Chul disse, soltando um riso.

Novamente, todos estavam sentados, esperando que Park falasse alguma coisa.

Jimin ainda se recuperava do que acontecera a minutos atrás, foi tão forte e talvez se não fosse por sua cueca apertada, seria possível ver o volume em suas calças que com sorte, sumiria dali uns minutos. Ele queria ter coragem para pensar em se vingar de Jeongguk, mas ele estava tão necessitado que vingança não era seu plano inicial. Ele deveria fazer um bom discurso primeiro, JiHyo e SunHee esperavam alguma coisa, e Jimin realmente queria agradecer por tudo o que fizeram por ele durante aqueles seis dias, e aquela era uma das melhores formas.

Respirando fundo e abrindo um sorriso, tirou o microfone do pedestal e deu uma olhada em todos os convidados.

— Boa noite. — Disse em um tom alegre. — Pra quem não sabe, eu sou Park Jimin, o namorado de Jeongguk, irmão da JiHyo. Ou melhor, o cara que fez um discursão aqui antes de mim. — Os convidados riram. — Uh, eu não sei muito bem o que dizer, mas eu queria agradecer vocês pela hospitalidade, todos me trataram bem desde o primeiro momento que eu coloquei meus pés aqui dentro. Jeongguk me contou muitas histórias sobre vocês, mas eu admito que ainda sim tive bastante medo. — Coçou a nuca, abaixando levemente o olhar, corado. — Mas tudo isso passou quando eu conheci todo mundo daqui, digo, vocês são pessoas muito, muito boas, eu não podia esperar menos de uma família tão boa. Quando eu cheguei, a primeira pessoa que conheci fui Yang-Mi, minha sogra, ela me deixou mais tranquilo sobre tudo isso, e isso foi uma fase fundamental pra eu não me sentir tão de fora da família. Logo depois foi JiHyo, a noiva. — Riu baixinho, olhando para a garota tão família da Jeongguk. — Ela foi incrivelmente gentil. Ela estava tão interessada na minha história com a de Jeongguk que eu fiquei até surpreso por vocês aceitarem tão bem. — Sorriu corado. — Eu e a JiHyo nos tornamos bastante amigos esses últimos dias, ela até comprou um pequeno ‘presente’ pra mim quando fomos ao shopping, eu espero que a amizade que a gente tem não acabe no dia que meu relacionamento com o Jeongguk acabar.

— Se for assim a amizade de vocês vai durar pra sempre! — Jeongguk disse alto, sorrindo ao olhar para Park.

Todos ali fizeram um pequeno ‘’owwn’’ em coro, fazendo Park corar ainda mais.

— Eu aprendi muito mais de amor do que eu já sabia vendo JiHyo e SunHee. Eles realmente são bons sozinhos, mas quando estão juntos são melhores ainda. — Sorriu meigo, vendo JiHyo sorrir emocionada, assim como SunHee.

Jeongguk estava feliz com tudo aquilo, mas não podia deixar seu plano acabar, não, não agora... Novamente um sorriso maldoso estava se formando em seu lábio e fez questão de tirar o pequeno controle de seu bolso, colocando sobre a mesa. Park que antes estava concentrado em seu discurso, agora tentou disfarçar o desespero ao ver aquele controle ali. Por favor, não...

— Eu queria pedir perdão por qualquer coisa errada que eu disse, porque não foi minha intenção... — Disse tanto para a família Jeon, quanto para Jeongguk, que agora brincava com o controle nas mãos, sorrindo. — A família toda é maravilhosa e eu—

O primeiro botão foi pressionado, Jimin fechou seus olhos por um instante e apertou o microfone em sua mão, tentando se concentrar em seu discurso.

— Eu vou ficar muito feliz se puder fazer parte dela algum dia... — Engoliu seco. E o segundo botão foi pressionado.

Caralho! Caralho, caralho, caralho, essas eram as únicas palavras, para não dizer piores, que se passavam na mente de Jimin. Ele não conseguia mais se concentrar, era impossível. Seus olhos quase se fechavam automaticamente e ele não desgrudou mais da expressão sádica e sexy que Jeongguk tinha. Mas Park tinha que continuar seu discurso. Era só terminar...

— E-Espero que amanhã tudo ocorra perfeitamente bem, e que se um dia inesquecível para todo...

E o terceiro e mais temido botão foi apertado. Certo, tudo havia acabado. Deus, nem o chão parecia lhe aguentar mais. Suas pernas fraquejaram e por pouco não soltou um gemido, já que sua boca abriu involuntariamente, mas Jimin logo disfarçou com um bocejo com o ultimo pingo de sanidade que tinha. Era tão... Gostoso. Tão excitando.

Jeongguk sorriu satisfeito quando percebeu que Park tentava dizer algo no microfone, mas sua mente já não raciocinava palavra alguma. Era tão bom vê-lo tão submisso daquele jeito... Jeon podia ser mau, mas ele não torturaria tanto assim Jimin, queria levar o platinado de uma vez para o quarto e terminar aquilo, afinal, não era apenas Park que estava excitado.

E sem aviso prévio, Jeongguk desligou o vibrador de uma vez, deixando um suspiro aliviado sair juntamente da boca de Park, que fechou os olhos e se apoiou no pedestal do microfone para não cair no chão.

— Obrigado... — Disse com a respiração ofegante, dizendo aquilo tanto para a plateia, quanto para Jeongguk, agradecendo por ter desligado aquilo antes que fosse tarde demais. — Muito obrigado...

E rapidamente, colocou o microfone de volta no lugar, se afastando do pedestal, ainda com as pernas tremular e sua sanidade um pingo de ser perdida.