1. Spirit Fanfics >
  2. Namorado por Sete Dias - Jikook >
  3. O Último e Sétimo Dia

História Namorado por Sete Dias - Jikook - O Último e Sétimo Dia


Escrita por: dagust

Notas do Autor


Olá pequenos nenezinhos, tudo bem com vocês?
Então, queiram me desculpar pela demora, sério, eu realmente não pude evitar. Minhas aulas voltaram desde a greve e como a fanfic chegou ao fim, eu não conseguia dar o meu melhor, eu não tava achando que o capitulo tava aos pés do que realmente deveria ficar, eu reescrevi três vezes e apaguei três vezes.
Ele ficou grande porque eu me senti na obrigação de fazer ele grande, eu odeio quando as fanfic que eu leio atrasam ou cortam na melhor parte, então esse aqui é em especial para todas as vezes que eu caguei e cortei a fanfic no meio ou atrasei um capitulo.

Mas sem mais delongas, o utlimo (talvez) dia/capitulo...

Capítulo 18 - O Último e Sétimo Dia


Era manhã. Os raios de sol adentravam a janela com total força possível, iluminando cada pedaço do quarto de hotel. O dia lá fora clamava para algo grande acontecer e aconteceria, o casamento de JiHyo e SunHee aconteceriam em poucas horas e por mais que do outro lado da porta todos estivessem nervosos e ansiosos, Jeon Jeongguk e Park Jimin dormiam em completa harmonia naquela cama bagunçada e macia. 

As palavras de Jeongguk na noite anterior não foram ouvidas por Jimin, já que logo que sentiu o corpo relaxado do moreno sobre o seu, entrou em um sono profundo, relaxado. E Jeon havia percebido, já que nenhuma resposta foi ouvida, mas talvez tenha sido melhor assim, talvez Park achasse cedo demais, até porque Jeongguk nem ao menos sabia se realmente era amor, já que nunca sentiu algo parecido e tão forte. Mas depois daquela noite, o milionário sentiu que deveria ter dito aquelas palavras, como um desabafo, queria demonstrar da melhor forma possível que Park Jimin era o homem dos seus sonhos que felizmente não demorou mais de uma semana para tê-lo em suas mãos e não só da forma erótica.

Fazia tempos que Jeongguk não dormia de uma forma tão prazerosa e sincera como havia dormido naquela noite, muito menos Jimin. Depois de seu término de namoro, nunca mais se sentiu a vontade em dividir a cama com outra pessoa por mais de uma noite, mas com Jeongguk era completamente diferente. Ele gostaria de poder dormir todas as noites com Jeon, e ansiava que depois do casamento de JiHyo, quando voltasse para Seul, pudesse dormir juntamente a Jeongguk novamente.

O lençol da cama já não estava mais arrumado no colchão, uma das cobertas, assim como três de quatro travesseiros estavam no chão e as roupas que se encontravam até mesmo em cima da cômoda, bagunçadas. O quarto estava um caos, mas mesmo assim o sentimento de paz jazia naquele quarto.

O som das varias pessoas conversando eram ouvidos do lado de dentro do quarto, já que os vidros estavam abertos. Jeongguk tinha a mania de dormir em locais silenciosos e Jimin já estava acostumado, seu apartamento era localizado no centro da cidade, e as conversas altas e buzinas eram ouvidas até demais. E por culpa da mania de Jeongguk, ele acordou resmungando. Franziu o cenho e abriu lentamente seus olhos, estranhando o corpo quente colado ao seu.

Jeon somente entendeu quando viu as costas nuas e os cabelos platinados de Jimin. O cheiro de seu perfume estava no único travesseiro que dividiam, e era tão bom. Lembrou-se da noite passada em questão de segundos, como flashbacks, e logo, um sorriso aberto formou-se em seus lábios e seus olhos se fecharam, como se fosse possível sentir novamente os toques de Jimin sobre seu corpo. E se pudesse repetir a noite passada, repetiria milhões e milhões de vezes.

Mesmo que quisesse ficar naquela cama o dia inteiro, Jeongguk se perguntou o porquê de todo aquele tumulto em frente ao hotel, e só então, ao levantar-se da cama e observar os funcionários carregando as decorações brancas de dentro de um enorme caminhão, lembrou-se do casamento de JiHyo.Naquele diz, fazia sete dias que iniciou sua jornada com Park Jimin, e seria o começo da longa jornada de JiHyo com SunHee. Era um dia especial para sua irmã, queria que aquele dia fosse perfeito.

Então, mesmo relutante, levantou-se da cama com cuidado para não acordar o platinado e suspirou, colocando o roupão de sua mala. Tratou de recolher todas as roupas espalhadas no chão em silencio, inclusive o plug que Jimin usara na noite anterior. Jeongguk apenas sorriu malicioso e deu uma olhada no corpo de Park que estava coberto com o cobertor. Como alguém tão pequeno poderia lhe causar sentimentos tão grandes?

Assim que arrumou o possível no quarto, pegou seu celular em cima da cômoda, verificando a hora. Ainda tinha três horas até o casamento de JiHyo começar, e poderia parecer bastante tempo, mas como irmão da noiva, tinha muita coisa a fazer. Infelizmente teria de acordar Jimin. Mas acordaria como um verdadeiro cavalheiro.

Jeongguk, ainda de roupão, abriu a porta do quarto, olhando para os dois lados do corredor, verificando se a camareira de dois dias atrás ainda estava ali. Bastou cinco segundos e a mesma estava saindo de um dos quartos. Jeon abriu um sorriso e saiu do quarto, caminhando até a senhora.

— Bom dia! — A voz animada de Jeongguk fez a senhora sorrir, olhando para o moreno.

— Olá, senhor Jeon. Vejo que está de bom humor. — Sorriu. — Está gostando da estadia?

— Oh, demais. — Sorriu. — Mas não é disso que eu gostaria de falar. Digamos que ontem eu e Jimin tivemos uma noite especial, e eu gostaria de fazer algo legal pra acordar ele hoje. Será que a senhora poderia trazer o café da manhã até o quarto de novo? — Fez uma cara fofa, vendo a senhora rir baixinho.

— Claro, sem problemas. — Guardou as chaves que tinha em sua mão, no bolso. — Algo em especial?

— Hum... — Pensou, inflando suas bochechas. — Panquecas, sim? — Viu a camareira assentir. — Ah, e por favor, não demore. O casamento de JiHyo é hoje, preciso que seja rápido.

— Sem problemas. — Piscou.

E vendo a senhora se afastar, Jeon, com um sorriso nos lábios e soltando um suspiro, adentrou o quarto, dando passos para trás. Estava tudo tão, tão perfeito. Assim que adentrou o quarto, fechou a porta atrás de si e se surpreendeu ao sentir braços lhe abraçarem por trás e o cheirinho adocicado de perfume chegar a seu olfato. Jeongguk sorriu.

— Pensei que tivesse ido embora... — Park disse em um tom manhoso, colocando sua testa na nuca de Jeongguk, aspirando seu cheiro.

— Eu não iria embora sem você, jagiya. — Riu baixo, colocando as mãos por cima das de Jimin, entrelaçando seus dedos.

— Por que você me chama desse jeito, Jeongguk? Eu fico constrangido. — Riu, tentando se afastar, sendo impedido pelas mãos de Jeon.

— Por que? Quer que eu pare de chamar você assim? — Sorriu de canto, se virando para Jimin.

— Não é isso. Só que... Jagiya é para casais que são... — Pensou em um modo de não parecer arrogante.

— Namorados oficiais? — Arqueou a sobrancelha, segurando apenas os dedos do platinado.

— É. Sabe, nós dois ainda não... Bom, nós não somos namorados, somos? — Olhou nos olhos castanhos de Jeongguk.

Jeon sabia daquilo. Sabia que Jimin não se sentiria completo sem um pedido de namoro, sabia que Park queria ser pedido em namoro, e Jeongguk faria aquilo, oh se faria. Mas naquele momento, ele queria apenas surpreender Jimin até a hora certa, queria que a surpresa fosse boa, queria ser um bom ator até lá, então... Por que não aprimorar sua surpresa?

— Então depois de tudo o que eu fiz pra você, eu não sou bom o suficiente? — Jeongguk perguntou, tentando ao máximo manter fingir estar bravo.

— N-Não. — Jimin sentiu o nervosismo apertar. Deus, estava tudo tão bom, por que teve que estragar tudo? — Jeonggukie, eu só...

— Não precisa se explicar. — O moreno suspirou, soltando as mãos do platinado, abaixando o olhar e negando com a cabeça. — Eu entendi bem o que você quis dizer.

E sem deixar Jimin dizer mais nada, caminhou em direção ao quarto, sem olhar para trás.

— Espero que no mínimo use o presente que eu te dei no casamento de JiHyo e SunHee. — Ouviu a voz de Jeongguk do outro cômodo.

Park apenas suspirou e passou as mãos em seu rosto, aborrecido. Daquela vez a culpa não era de Jeongguk e sim, sua.

Se escorou no sofá e ficou ali por um tempo, pensando no que faria para compensar a idiotice que havia dito, isso até ouvir as três batidas na porta.

Jimin pegou uma das almofadas do sofá, cobrindo suas partes e abriu a porta, curioso. Franziu o cenho ao ver a camareira ali, com uma bandeja com panquecas, bacon, ovos e suco de laranja, juntamente com uma pequena rosa vermelha.

— Oh, bom dia, senhor Park. — A camareira sorriu. — Pelo visto o senhor acordou.

— Sim, sim. Uh, eu... Bom, acho que nós não pedimos isso. — Riu nervoso, se referindo a bandeja.

— Na verdade, o senhor Jeon que pediu. Ele disse que queria fazer uma surpresa a você. — Sorriu meiga.

Jimin sentiu seu coração disparar e doer ao mesmo tempo. Ah, por que tinha que estragar tudo?!

— Oh, sim. — Fingiu um de seus melhores sorrisos. Largou a almofada, se escondendo atrás da porta e pegou a bandeja. — Muito obrigado, senhora. — Assentiu em agradecimento.

— Não tem de quê. — Sorriu, vendo Jimin fechar a porta.

Tomando cuidado para não deixar tudo ali cair, caminhou lentamente até a mesa de centro e colocou a bandeja ali. Olhando para tudo atentamente. Jeon Jeongguk era o homem dos sonhos de qualquer um e Jimin tinha dado um jeito de foder com tudo.

— Ahhhhh! — E mesmo que Jeongguk pudesse ouvir, Jimin fechou seus olhos e deixou um urro sair de sua boca, se jogando no sofá.

Park se amaldiçoava mentalmente por ter dito aquelas palavras duras para Jeon. Mesmo que para o moreno não passassem de verdades e as faria virarem realidade.

Logo após tomarem seu café da manhã em silêncio, Jeongguk e Jimin saíram do quarto de hotel, com suas roupas normais. Nada de terno, estavam com suas roupas causais, até porque Jeon queria saber exatamente o que deveria fazer, que horas deveria chegar, onde deveria sentar. Ele queria saber dos mínimos detalhes, pois era isso que fazia antes de uma reunião importante no trabalho, então, nada mais justo do que fazer no casamento de sua própria irmã. Queria que tudo ocorresse como o planejado.

Encontraram Yang-Mi e Chul na recepção, ambos com pranchetas nas mãos, assim como uma caneta, provavelmente verificando se tudo havia chegado. Yang-Mi estava com modeladores de cachos em seus cabelos, coloridos, assim como um roupão de seda cor de rosa, estava se arrumando para o casamento que aconteceria em menos de duas horas. O casal mais velho sorriu ao ver os dois ali na escada, apenas observando.

— Jeonggukkie, filho, vem cá! — Yang-Mi chamou, abrindo um sorriso alegre.

Jeongguk se aproximou da mãe com as mãos nos bolsos e Jimin, mesmo que tristonho, seguiu o ‘namorado’.

— Já sabe o que vai vestir? — A mais velha perguntou.

— Sei sim, mandei minha secretária enviar os ternos que escolhi pra cá. — Sorriu simples.

— Então você escolheu o terno do Jimin? — Chul disse de longe, rindo baixo.

— Na verdade, sim. É muito bonito. — Deixou um sorriso nos lábios.

— Eu nem tive a chance de ver... — Park desviou o olhar, rindo baixo.

— Jeongguk tem um bom senso de moda, Jiminnie, com certeza seu terno será lindo... — Yang-Mi preveniu, segurando a mão de Park, que sorriu.

Jeongguk observou tudo por alguns segundos e coçou a garganta, voltando ao seu objetivo.

— Que horas nós devemos estar lá? — Jeongguk perguntou á mãe.

— As duas, o casamento começa as três Você vai levar JiHyo até o altar. — Escreveu algo em sua prancheta.

Jeon sorriu fraco. Se seu pai estivesse vivo...

— Claro, sem problemas. — Respondeu, mordendo seu lábio inferior.

— Certo, então já pode ir se arrumar. Temos uma hora. — Concluiu.

E Jeongguk, sem avisar Jimin ou dar qualquer sinal, se virou e caminhou de volta até o quarto, deixando Park ali, perdido. Yang-Mi estranhou a atitude de seu filho e olhou nos olhos de Park, querendo saber se tudo estava bem. Mas o platinado apenas suspirou e se despediu de sua ‘sogra’ e ‘sogro’, indo atrás do moreno.

 

 

 

Eram treze horas e vinte e dois minutos. O jardim já estava pronto, os convidados chegando lentamente, inclusive o irmão mais novo dos Jeon, que só não havia vindo dias antes por conta dos estudos. Era certo que o lugar ela lindo para o casamento, as arvores acrescentavam um toque a mais de natureza, assim como a fonte de água. As decorações estavam lindas, e isso todos notavam quando entravam no enorme jardim. A ansiedade tocava todos.

Mas ao contrário de todos esses convidados, Jimin e Jeongguk ainda estavam no quarto, se arrumando. Park se arrumava no quarto e Jeon no banheiro, ambos só queriam se ver apenas quando estivessem prontos, mesmo que nenhum dos dois tivesse combinado certamente.

Jeongguk terminava de colocar corretamente sua camiseta para dentro da calça e Jimin abotoava os botões de sua camisa. Ainda não estavam se falando, por escolha de Jeongguk que ignorava todas as falar de Park. Não era por mal, ele queria sim falar com Jimin, mas queria ainda mais seguir com seu plano e surpreender o platinado. Esperava que quando JiHyo jogasse seu buquê, Jimin pudesse o pegar e então fazer seu pedido de namoro na frente de todos, mesmo que isso deixasse mais do que claro que mentiu a sua família falando que o platinado fosse seu namorado de verdade. E isso não faria mal algum, até porque, a partir daquele momento Jimin seria seu namorado de verdade, e era isso que importava.

Mas enquanto todo esse plano não era colocado em pratica, ambos só queriam se arrumar o suficiente para se surpreenderem. Jimin gostaria de surpreender Jeongguk, e Jeongguk gostaria de surpreender Jimin.

O futuro universitário havia se surpreendido com o terno que Jeon havia escolhido. Era caro, mas tão, tão lindo e lhe caiu tão bem. Isso fez com que o peso em sua consciência aumentasse. Esperava que um dia pudesse dar um presente tão caro quanto os que havia ganhado do moreno.

Depois de colocar seu melhor perfume, arrumar os cadarços de seus sapatos caros, e pentear seu cabelo em um tope, assim como colocar uma argola folheada de prata na sua orelha esquerda. Jeongguk usava argolas somente em ocasiões especiais, achava que lhe deixavam mais sexy e mais jovem, mesmo que fosse jovem.

Ao se olhar no espelho pela ultima vez, sorriu satisfeito com o resultado. Estava sexy e bem arrumado, com certeza estava pronto para acompanhar JiHyo até o altar, uma coisa importante na vida de qualquer irmão mais velho. Ele se sentia honrado, afinal, era seu pai que deveria estar em seu lugar, mas como ele já não estava mais ali, Jeongguk assumiria o lugar de seu pai novamente.

Jimin estava sentado na beirada da cama, ainda não havia colocado a parte de cima de seu terno. Uma pequena caixa estava sobre seu colo e Park a acariciava como se fosse algo importante, e realmente era. Aquele era o presente que Jeongguk havia lhe dado, um presente que pôde dizer que amou mais do que o terno.

Park havia algo que poucos notavam, e era justamente por isso que considerava ainda mais as pessoas que notavam esse pequeno algo. Aos seus dezesseis anos Jimin decidiu furar uma de suas orelhas. Foi algo feito impulsivamente e infelizmente, desejou não ter furado. Todos os brincos que colocava ali faziam sua orelha doer, incomodava e coçava, era como uma alergia, mas não parecia uma alergia. De qualquer modo, o platinado optou por colocar apenas quando se tratava de algo importante, quando queria ficar mais produzido do que o normal. O que não aconteceu desde sua formatura do colegial. Desde então, Park Jimin não havia mais ousado colocar nada em sua orelha, e por mais curioso que pareça, os furos em sua orelha não se fechou mesmo após alguns anos.

Suspirando, Park abriu a pequena caixinha e sorriu ao ver as duas argolas folheadas a ouro. Eram lindas, delicadas e pequenas. Jeongguk realmente sabia lhe dar presentes. Tirou-as delicadamente da caixinha e caminhou até o espelho mais próximo, colocando uma e logo após a outra, as duas em sua orelha direita, uma atrás da outra. Jimin esperava que já começassem a doer, mas por mais incrível que pareça, não sentiu nada. Tudo estava em perfeitas condições.

Arrumou novamente seu cabelo com o pente e pegou o terno, o vestindo. Borrifou seu perfume e por fim, estava pronto. Olhou-se de cima a baixo no espelho e sorriu, estava satisfeito e lindo. Por mais que o casamento não fosse seu, pensava quando teria de ser arrumar daquele jeito para o seu próprio casamento. Jimin parecia que iria se casar de tão lindo que estava, tão ajeitado, elegante... Sua mãe teria orgulho.

E seus pensamentos foram interrompidos quando som da porta do banheiro sendo aberta chegou aos seus ouvidos. Park olhou de onde o som vinha e deixou sua boca levemente entreaberta ao ver Jeongguk ali, e Jeon fez o mesmo, observando Jimin de cima a baixo.

Que homem!

Ambos só faltavam babar um pelo outro. Jeongguk desejava tirar as roupas de Park e Jimin pensava o mesmo. Estavam tão sexys e Deus... Seus ternos combinavam.

Jimin tinha seu terno cinza, assim como o colete que usava por baixo, era possível ver a diferença de cor nas linhas que foram usadas para confeccionar o terno. A gravata que usava, juntamente do lenço que havia no pequeno bolso do terno eram azuis, azul tiffany para ser mais exato. Seus cabelos estavam arrumados em um topete, e aquelas argolas haviam combinado com tudo. Jeongguk trajava um terno preto com a gravata da mesma cor que a de Jimin, assim como a parte de dentro dos bolsos da calça.

Os dois ficaram se encarando por alguns minutos, até Jimin fechar sua boca e desviar seu olhar para os olhos de Jeongguk, suspirando.

— Você está lindo. — Disse envergonhado, vendo o moreno soltar a maçaneta da porta.

— Eu digo o mesmo pra você. — Jeon respondeu, ajeitando as mangas do terno. — Vamos?

Jimin assentiu, pegando seu celular em cima da cama, colocando no bolso de sua calça.

Park caminhou para fora do quarto, abrindo a porta e saindo para o corredor, Jeongguk foi logo atrás, terminando de ajeitar suas roupas. E quando no final do corredor, Jeon lembrou de um pequeno detalhe que havia esquecido.

— Uh, Jimin. Pode ir, eu esqueci uma coisa lá dentro, a gente se encontra lá. — Disse, esperando a resposta de Park.

— Mas eu pensei que nós fossemos entrar juntos... — Olhou desanimado e envergonhado para o ‘namorado’.

— Eu sei, mas eu realmente preciso pegar o que eu esqueci. — Mordeu o lábio inferior, desviando seu olhar.

— Tudo bem. Eu vou ver onde será nossos lugares. — Sorriu fraco, caminhando até as escadas e logo então, as descendo.

Jeongguk quis ir atrás do ‘namorado’, ver seu rosto desanimado era quase como uma tortura, mas era tudo parte do plano, exceto, claro, esquecer o presente de JiHyo e claro, a outra coisa... Não queria que Jimin pensasse que não queria entrar com ele no casamento, até porque, se entrassem juntos, ficaria óbvio para todos os convidados de que estavam juntos, como um casal. Mas se pensasse por outro lado, mais tarde todos realmente perceberiam que eles eram um casal, ou melhor, seriam.

Tirando aquilo de sua cabeça, Jeongguk adentrou o quarto novamente, indo atrás de dois objetos importantes.

 

Por onde passava Jimin era vitima de olhares. Os convidados que chegavam o olhavam, os funcionários do hotel o olhavam, todos o olhavam admirados. Park sabia que estava lindo, mas não tanto assim. Ele nunca foi olhado com esse tipo de olhar por outra pessoa sem ser Jeongguk a minutos atrás, e por mais que gostasse das pessoas o admirando, preferia mil vezes ser vitima do olhar de Jeon.

Park desceu o ultimo degrau e deu uma ultima arrumada em seu terno antes de entrar no jardim. Estava tudo incrivelmente lindo. A decoração era branca e amarela, assim como as flores que foram colocadas de enfeite ao lado das cadeiras brancas. A passarela por onde JiHyo entraria com Jeongguk era feita de espelhos e pétalas de rosas amarelas estavam espalhadas sobre eles. O altar onde a união seria feita também tinha um pequeno pano amarelo. Entre os postes de luz estavam os fios com pequenas luzes como as de natal, porém com uma única cor amarela.  Um pouco afastado do local de casamento estava uma enorme barraca com as mesas, o bolo de casamento, novamente o tão lembrado microfone, mais decorações, ou seja, lá ocorreria a festa. Tudo, tudo mesmo estava tão lindo.

Jimin tratou de procurar alguém que conhecesse, e finalmente sorriu ao ver Yoongi encostado em um dos postes de luz, mexendo em seu celular. Ele também vestia um terno preto, porém sua gravata era amarela, provavelmente seria o padrinho de JiHyo. Coçando a garganta, Jimin andou até o primo dos Jeon.

— Finalmente achei você, pensei que tivesse morrido. — Park disse ao se aproximar. Min sorriu ao ver Jimin, mas logo voltou a mexer em seu celular.

— Não morreria antes do casamento da JiHyo, ela faria um pacto pra me trazer de volta e logo depois me mataria de novo. — Riu, digitando algo.

O platinado arqueou a sobrancelha.

— Vai mesmo ficar só no celular?

— Ah, desculpa. — Suspirou, guardando o aparelho no bolso. — É só que... Desde hoje de manhã uma pessoa não me responde e eu... Só estou preocupado, mas deve ta tudo bem.

— É o casamento da JiHyo e SunHee, ela vai ficar preocupada se ver você assim.

— Eu sei... — Sorriu fraco. — E falando em casamento, você daria um ótimo noivo. — Riu baixo, olhando Jimin de cima a baixo.

— Eu sei, eu to lindo, não to? — Ergueu os braços e deu uma voltinha, sorrindo.

— Muito. Tem certeza de que você não quer ir ao banheiro rapidinho comigo? — Sorriu malicioso, olhando para Jimin.

— Ah, cala a boca. — Riu baixo junto a Yoongi, revirando seus olhos.

Yoongi queria sim perguntar como estava o relacionamento de Jeongguk e Jimin, porque pelo sorriso no rosto de Park, algo bom havia acontecido. A atmosfera estava melhor ao redor do platinado, como se finalmente algo que queria que tivesse acontecido, finalmente aconteceu e Yoongi não duvidava disso, pelo jeito Jeongguk finalmente havia tomado vergonha na cara.

Min e Park continuavam conversando ali por alguns minutos até mais convidados chegarem. Os familiares sentariam nas primeiras fileiras, mas era bom garantirem seus lugares, sendo assim, sentaram nas cadeiras brancas em frente ao altar e continuaram a conversar. Jimin por mais distraído que estivesse, se perguntava o porquê da demora de Jeongguk, ele havia dito que apenas pegaria algo e bom, parecia mais que estava produzindo esse algo. Mas por fim, preferiu deixar para lá depois de lembra da bobagem que havia dito.

 

Jeongguk havia chegado cinco minutos depois de Jimin, porém quando se aproximava do ‘namorado’ e do primo que conversavam, foi puxado pelo braço por sua mãe até onde JiHyo estava. Havia uma pequena barraca branca atrás do hotel, que também era lindo por sinal, porém era uma área um tanto quanto escondida.

Yang-Mi disse que JiHyo insistiu em falar com o irmão antes da cerimônia que começaria em 30 minutos. A maquiagem da garota estava ainda sendo feita, assim como os últimos ajustes no vestido.

Jeon estava ansioso para ver o vestido de sua irmã, e quando adentrou a barraca, todas as suas expectativas foram superadas. JiHyo, sua irmã, estava tão, tão linda. O vestido branco tomara que caia cheio de pequenas imitações de diamantes estava com uma fita amarela em sua cintura, amarrada em um top que caia sobre seu bumbum, ou melhor, pelos inúmeros tecidos da saia de armação abaixo do vestido. Em uma mesa ao seu lado estava o véu que usaria, era grande, provavelmente arrastaria no chão quando JiHyo caminhasse, mas essa era a ideia. Isso fez Jeongguk sorrir ainda mais, dois planos estavam mais do que certos de que faria.

Os olhos de JiHyo se arregalaram ao ver Jeongguk pelo reflexo do espelho.

— Graças a Deus, você chegou! — Se afastou da maquiadora e da costureira, puxando Jeongguk pelo braço. — Como eu estou?

— Linda, você está muito linda, JiHyo. — Sorriu, olhando a irmã de cima a baixo.

— Obrigada, Jeongguk. — Sorriu, olhando para si mesma no espelho ao seu lado. — Você também está, mamãe disse que foi você que escolheu seu terno e o de Jimin.

— É, minha secretária me ajudou. — Tirou uma pequena caixa de dentro da sacola, olhando para JiHyo. — Eu queria comprar algo pra você e SunHee, mas eu tudo o que eu gostaria de comprar você quebraria então... Eu quero que você use isso hoje.

— O que? — JiHyo olhou para a caixa nas mãos de Jeongguk, curiosa.

Jeon sabia o quanto JiHyo era curiosa e amava ganhar presentes.

Rapidamente o moreno abriu a caixinha, revelando a tiara de diamantes brilhantes, como de uma princesa. JiHyo deixou os lábios entreabertos e colocou as mãos no rosto, surpresa. Logo seus olhos marejaram. Não sabia que o irmão tinha comprado algo tão valioso assim para o seu casamento, muito menos esperava.

— Eu vi na loja e achei que você ficaria linda com isso. Custou uma grana, mas você merece. — Sorriu, vendo a garota tirar a tiara de dentro da caixa.

— Pra mim você não compra esse tipo de coisa. — Yang-Mi resmungou, cruzando os braços e revirando os olhos.

— Você merece mais do que isso, mãe. — Jeongguk riu, junto a JiHyo.

— Claro, claro... — Riu baixo, pegando uma pequena flor amarela de cima da mesa. — Você precisa usar isso. — Se aproximou de Jeon, prendendo a flor no seu terno.

— Certo, tudo tem que estar perfeito. É o meu casamento. Ta tudo arrumado lá fora? — JiHyo perguntou, voltando para perto da costureira e maquiadora.

— Sim, ta tudo lindo. — Yang-Mi respondeu, com um sorriso.

Tudo tinha que estar perfeito, tanto para o casamento de JiHyo, quando para o que viria a seguir...

 

Com o passar do tempo, todos os convidados pareciam ter chegado. A conversa era alta e até mesmo os padrinhos estavam sobre o altar, assim como as madrinhas. SunHee passava pela passarela com as mãos nos bolsos e um sorriso magnífico, ele estava lindo, perfeito para Jeon JiHyo. Se posicionou sobre o altar ao lado dos padrinhos e sorriu para todos, como um cumprimento. Seu nervosismo era notável já que suspirava e olhava o relógio em seu pulso a cada dois minutos.

Poucas cadeiras ainda estavam disponíveis. Yoongi e Jimin estavam sentados ao lado de Jinyoung, irmão mais novo de JiHyo e Jeongguk. Park havia gostado do garoto que tinha apenas dezesseis anos e tinha um futuro promissor sem precisar da ajuda financeira do irmão ou da família, ele era estudioso e inteligente, muitas universidades já lhe ofereciam bolsas de estudo. Jimin não pode deixar de sentir um pouco de inveja de Jinyoung, mas sabia que o garoto merecia.

Conheceu muitos parentes dos Jeon, tios, tias, sobrinhos, avós, netos, entre outros que Jimin nem ao menos conseguia contar. A família era grande e toda a vez que alguém de classe passava por Park, Yoongi fazia questão de contar com o que a certa pessoa trabalhava e quem ela era. Todos eram bem sucedidos e tinham um histórico impecável, não era a toa que Jeongguk era um exemplo.

Ao seu lado sobraram quatro lugares, o de Jeongguk, Yang-Mi e Chul. Havia visto Chul cumprimentando os convidados, assim como Mei e Cang, pais de SunHee. Já passavam das duas e quarenta e cinco, os convidados já se perguntavam onde estava a noiva.

Os violinistas, o pianista e até mesmo um guitarrista começaram a tocar uma musica simples, não a que anunciariam a entrada de JiHyo, mas somente para anunciar que a noiva logo, logo entraria.

Os amigos de SunHee e JiHyo sentaram no fundo. Jimin até mesmo reconheceu alguns dos amigos de SunHee como clientes da cafeteria, o mundo era pequeno.

Quando a conversa pareceu diminuir, Yang-Mi rapidamente correu até o altar e deu um sorriso mais do que satisfeito para SunHee e para os instrumentistas, logo caminhando até seu lugar, onde Chul lhe esperava pacientemente.

JiHyo estava pronta.

O padre já estava posto do outro lado do altar, com uma bíblia em mãos. SunHee mordeu seu lábio inferior e apertou ambas as mãos que estavam em frente ao corpo. As madrinhas se arrumaram, assim como os padrinhos. Todos os convidados já estavam sentados e sim, o casamento aconteceria.

A música começou a tocar, Jimin não conseguiu descobrir qual era a musica, mas era linda. Parecia ser antiga, porém muito linda. A aquela altura, até mesmo as madrinhas tinham seus olhos marejados. Todos os convidados se levantaram, Jimin foi um dos últimos a se levantar, pois, nunca havia ido a um casamento e não sabia muito sobre o que fazer. Porém, levantou e direcionou seu olhar para onde todos estavam olhando.

Seu coração palpitou mais rápido, suas pupilas dilataram e a musica parecia se encaixar tão bem... Deus, JiHyo e Jeongguk estavam no começo da passarela, ambos com um sorriso encantador no rosto e um olhar de superioridade, e não era para menos, ali, naquele lugar, pareciam se destacar mais do que já se destacavam.

JiHyo carregava um buque com rosas amarelas, e Jeongguk tinha seu braço entrelaçado ao dela. Irmão e irmã, ambos eram tão parecidos...

Á passos lentos os Jeon foram se aproximando do altar. JiHyo já tinha lagrimas se formando em seus olhos, mas não podia evitar. Era o casamento de seus sonhos, com o homem dos seus sonhos. Quando o olhar de SunHee e JiHyo se encontraram, todos perceberam realmente que ali se tratava de amor.

Jimin se sentiu tão sozinho quando os casais pareceram se aproximar mais. Yoongi até mesmo deu um pequeno sorriso. O olhar de Park foi para Jeongguk, e para sua surpresa, Jeon retribuía o olhar. Ele mantinha um sorriso no rosto, para os outros, nada muito especial, mas Jimin se sentia tão confortável com aquele sozinho.

Jeon desviou seu olhar quando estavam a poucos centímetros do altar, o platinado se sentiu um pouco abandonado, mas nada que fizesse grande diferença.

JiHyo subiu o pequeno degrau do altar e deu um grande sorriso a SunHee, que retribuiu. Todos estavam encantados, não só pela beleza da noiva como pelo amor do casal que era possível perceber até nos mínimos detalhes.

Jeongguk se aproximou de SunHee, que fez o mesmo, e lhe abraçou. Sussurrando alguma coisa para ele, que nenhum dos convidados ouviu, mas JiHyo sim, e com aquilo soube que seu irmão lhe amava mais do que imaginou.

— Vê se cuida bem da minha irmã, SunHee. É a única coisa que eu peço pra você. — Disse enquanto apertava a mão do noivo, que concordou.

— Eu vou. — Completou com um sorriso, soltando a mão de Jeongguk.

Logo, Jeongguk entregou a mão de JiHyo para SunHee, que a beijou, e deixou a noiva subir no altar.

Assim que se afastou, Jeongguk se afastou do altar e sentou-se ao lado da mãe e de Jimin, com um sorriso sincero e emocionado no rosto.

Jimin sorriu ao ver a expressão de Jeongguk, nunca havia lhe visto com aquele sorriso, mas para tudo havia uma primeira vez, não? Esperava que se um dia casasse com Jeon, ele estivesse com esse mesmo sorriso em seu rosto.

Mas aquele não era o momento de Jeon e Park, mas sim de JiHyo e SunHee, então, sem demorar muito, Jimin prestou atenção na noiva e no noivo que estavam no altar.

E então, a cerimônia começou.

 

Assim como começou, a cerimônia terminou. Durou cerca de trinta minutos, mas foram longos trinta minutos. Ambos fizeram seus votos jurando amor eterno, nem os amigos dos noivos acreditaram que eles poderiam dizer algo tão bonito assim, mas disseram. Não só fizeram como concretizaram e juraram amor eterno.

Se fosse há dias atrás, Jeongguk se perguntaria como alguém poderia jurar amor eterno, como alguém podia prometer amar outra pessoa pelo resto de sua vida? Mas naquele momento, ele entendia. Ele entendia que o amor não é uma escolha, mas sim um caminho que você toma sem perceber e não tem como voltar. Ás vezes esse caminho é mais curto, como pode ser tão longo que dura a sua vida inteira. E ele esperava que o caminho que estava seguindo ao lado de Park Jimin, durasse toda a sua vida.

Poderia ter conhecido Jimin á uma semana atrás, mas não é assim que acontece? Bom, ele esperava que pudesse dizer a Park tudo o que aprendeu nesses sete dias.

Ao final da cerimônia, a maioria tinha lagrimas nos olhos, emocionados. Aplaudiram quando o casal havia se beijado, enfim estavam casados.

Jeongguk por mais que Jimin não tenha percebido, observou suas expressões o casamento inteiro. Park sorriu, chorou, riu, e chorou mais uma vez. Sim, era com aquela pessoa tão delicada, sensível e sentimental que gostaria de ficar pelo resto de sua vida.

Quando os noivos viraram para os convidados e sorriram de mãos dadas, os aplausos intensificaram e todos já estavam completamente felizes.

Primeiro os familiares vieram parabenizar os noivos, depois os amigos, e logo então, as fotos começaram a ser tiradas.

Os funcionários davam seus últimos retoques na área onde teria a ‘festa’ antes dos convidados começarem a sentarem nas mesas.

E logo, após quinze minutos, todos que já tiraram e desejaram tirar fotos, estavam sentados nas mesas, conversando entre si de como o casamento havia sido lindo e emocionante.

Yang-Mi, Yoongi, Chul, Jeongguk e Jimin estavam sentados na mesma mesa que SunHee e JiHyo, assim como Mei e Chang, para a infelicidade de Yang. Mas mesmo assim, a família Jeon continuou com a classe e respeito em primeiro lugar, cumprimentando todos que vinham lhes parabenizar por ajudar com o casamento lindo e trocar algumas palavras de carinho.

Jimin observava tudo sentado, vezes era apresentado com o namorado de Jeongguk, e todos lhe cumprimentavam com um prazer sincero, sem arrogância. A família de Jeongguk era maravilhosa, era perfeita, e seria sorte sua se pudesse fazer parte dela.

E finalmente, depois de longas fotos, SunHee e JiHyo se aproximaram de mãos datas, cumprimentando todos no caminhos. Quando finalmente sentaram-se na mesa, suspiraram aliviados.

— Deus, precisava de tantas fotos na mesma posição? — JiHyo resmungou, ajeitando seu vestido na cadeira.

Jeongguk riu, assim como Yoongi e Jimin.

— Acho que me deram um sapato um numero menor. — SunHee reclamou, olhando para seus pés.

— Mal se casaram e já se parecem com um casal de velhos. — Yoongi comentou, rindo.

— E nós somos um casal de velhos. — SunHee riu, beijando a bochecha de sua agora, esposa.

— Somos mesmo, meu quadril não aguenta mais esses dez quilos de saia. — JiHyo encostou a cabeça no ombro do marido.

— Certo, vovôs. Mas ainda tem muita coisa pela frente. — Yang-Mi disse, ajeitando a tiara e o véu na cabeça de JiHyo.

— Como você pode deixar eles morarem sozinhos? São praticamente duas crianças. — Jeongguk acrescentou, rindo.

— Ah ta, fui eu que pedi conselhos amorosos pra minha irmã mais nova! — JiHyo entregou, arqueando a sobrancelha.

— O que? — Jimin perguntou, curioso, olhando para JiHyo e Jeongguk.

— Nada! — Jeongguk disse em bom tom, fingindo irritação no olhar ao observar JiHyo. — Você disse que não ia falar, mentirosa!

— Eu não disse nada, e se disse não me lembro! — Sorriu convencida. — E ai, como foi a noite, pequeno Park?

Jeongguk revirou os olhos e cruzou os braços, irritado.

— Crianças... — Chul disse, risonho.

— E-Eu... — Jimin sentiu suas bochechas queimarem, desviando seu olhar para Jeongguk que tinha um sorriso travesso no rosto e logo após para JiHyo novamente. — Minha vida sexual está muito boa se é isso que você quer saber, senhora Huang Jeon JiHyo. — Disse firme, com um sorriso convencido.

— Woow, isso ai, Jimin! — SunHee riu, levantando a mão para que Jimin batesse, e assim ele o fez.

Jeongguk, Yang-Mi e Chul riram.

— Okay, eu mereci, eu mereci. — JiHyo levantou as mãos, rindo.

— O pequeno Jimin-ssi está se enturmando finalmente com a família! — Yang-Mi disse, sorrindo.

— Oh, estou, não estou? — Riu.

Todos ali estavam rindo, com sorrisos no rosto, com excessão de Chang e Mei, que encaravam todos com um olhar arrependido e nervoso. JiHyo era uma boa pessoa, não guardava magoa por tanto tempo, por isso, logo se colocou a conversar com os sogros, e o assunto logo já era outro.

Jeongguk sentiu que aquele era o momento, até porque, JiHyo tinha que jogar o buque, certo?

Levantou-se da mesa e tocou o ombro da irmã.

— Preciso falar com você.

A garota concordou e levantou, indo atrás do irmão mais velho.

Jimin se sentiu abandonado ali, era quase como se Jeongguk estivesse o ignorando, dando um jeito de escapar, de ficar longe de Park. Por um lado, o platinado sabia que não era culpa de Jeongguk, era o casamento de sua irmã, era normal ficar ocupado. Mas todo aquele peso na consciência fazia pensar que Jeon estava o evitando.

 

Poucos minutos depois ambos voltaram até a mesa, JiHyo com um sorriso animado e travesso nos lábios e Jeongguk que nem ao menos se aproximou da mesa, ficou escorado em um dos postes de luz do jardim, observando tudo com as mãos nos bolsos. Suspeito demais.

— Então, acho que essa é a hora que eu jogo o buque, não é? — JiHyo disse, vendo a mãe sorrir alegre. — Quem aqui quer levar o buque pra casa?! — Disse em um tom alto, vendo todas as mulheres das mesas se levantarem, ansiosas.

JiHyo foi até o local mais vazio da festa, onde as mulheres poderiam ficar a vontade para até mesmo se atirar no chão se quisessem pegar o buque. Cerca de 35 mulheres estavam reunidas atrás de JiHyo, ansiosas para pegar aquelas flores lindas que segundo a tradição, anunciaram quem seria a próxima noiva.

Era o sonho de muitas e Jimin percebia pelo fato de que mulheres e até alguns homens estavam se aproximando. Tudo por conta de um buque... Puff, como se flores pudessem fazer um casamento acontecer. Mas seu susto foi grande quando ouviu seu nome ser chamado.

— Jimin-ah! Vem! — JiHyo lhe chamou, sorrindo ansiosa.

— Não, tudo bem, JiHyo, eu to bem aqui. — Sorriu fraco. Sua vontade de levantar da cadeira e ir até lá era mínima.

— Por favor! — A garota fez um biquinho, olhando para o platinado.

— Vai lá, Jimin-ssi. Não gostaria de casar com o Jeongguk? — Yang-Mi sorriu, colocando a mão no ombro do genro.

Jimin suspirou e sorriu fraco, levantando-se.

— Tudo bem, eu vou.

E logo, o platinado já desfilava até onde o monte de mulheres estava, se aconchegando atrás de todos, apenas para dizer que participou daquilo.

JiHyo deu uma olhada onde Park estava e deu um sorriso travesso, virando novamente de costa para todos ali.

— Certo, no três! — Disse alto, para que todos pudessem ouvir. As mulheres já ansiavam com as mãos para cima. — Um! Dois! Três!

E quando finalmente JiHyo lançou o buque, os gritos das mulheres que tentavam alcançá-lo eram altos.

Jimin acompanhava o buque amarelo voar, e a surpresa foi enorme quando as flores caírem bem diante de seus pés, prontas para serem pegas. Seus lábios estavam entreabertos e nem ele mesmo conseguia acreditar que era real. Levantou o olhar, olhando para todas as mulheres ali, como se perguntasse se nenhuma delas iria pegar o buque, mas nenhuma ousou chegar perto.

— É seu, Jimin-ssi! — A voz de Yang-Mi surgiu do fundo, e só então sua ficha caiu.

Certo, o buque era seu.

O platinado riu e pegou as flores do chão, sentindo o perfume delas. Todas as mulheres tinham um sorriso mesmo que decepcionado, orgulhoso. E no meio das mulheres, um homem surgiu, ou melhor, o seu homem.

Jeongguk se aproximava com ambas as mãos nos bolsos e um sorriso galanteador e malicioso nos lábios, como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Park apenas congelou, perguntando o que Jeon Jeongguk fazia ali.

— Nós podemos conversar? — A voz grave do Jeon alcançou seus ouvidos e todos ali conseguiram ouvir graças ao silencio.

Logo os assovios e as risadas das pessoas foram ouvidas, como se soubessem o que iria acontecer ali. Jimin estava mais do que surpreso, e somente soube concordar com a cabeça, sentindo seu pulso ser agarrado e carinhosamente ser levado para um canto afastado da festa.

— Vão transar?! — Yoongi disse no fundo, ouvindo os familiares rirem.

— Não, mas acho que você vai ser ir encontrar a Seulgi, sua namorada, na frente do hotel agora! — Jeongguk disse em um tom alto, sorrindo de canto ao perceber o olhar surpreso e animado de Yoongi, logo vendo o loiro levanta da mesa rapidamente e sair do jardim.

Duas de sua lista de três coisas a fazer estavam riscadas, e a ultima estava prestes a ser riscada.

Jimin ainda tinha as flores em mãos, e estranhou quando foi levado para a parte de trás do hotel, ainda mais quando viu a pequena barraca onde JiHyo estava.

Park estava com medo. Talvez Jeongguk quisesse terminar consigo, talvez lhe pedir em casamento e ele não estava pronto para nenhuma daquelas coisas. Se terminassem, Jimin não teria mais coragem de olhar no rosto de nenhum familiar de Jeongguk, e se fosse pedido em casamento, acharia que era muito cedo para jurarem amor eterno, por mais que tivesse certeza de que Jeon Jeongguk era um homão da porra e era seu e somente seu.

Eles não entraram na pequena barraca, Jeongguk soltou seu pulso quando teve certeza de que ninguém os seguiu. E então, olhou no fundo dos olhos de Jimin, voltando a por suas mãos nos bolsos.

— Eu... Eu queria falar com você sobre algo e não queria que fosse na frente de tomo mundo porque... Bom, você vai entender quando eu te contar. — Jeongguk começou, passando a língua nos lábios.

Certo, o medo de Jimin aumentou, ou melhor, triplicou. A primeira opção antes citada era a mais provável de acontecer, e aquilo já era suficiente para os olhos de Park se encherem de lagrimas, ainda mais quando sabia que parte daquilo era culpa sua.

— Nós nos conhecemos a sete dias atrás, uma semana, e isso pode não parecer muito tempo pra você e nem é pra mim, mas foi o suficiente pra mim entender tudo o que me diziam sobre o que é estar apaixonado. — Jeon abriu um sorriso fraco, suspirando ao ver os olhos de Jimin lacrimejados. — Eu tirei minhas próprias conclusões sobre o que é gostar de alguém, sobre o que é amar alguém, e eu poderia fazer uma tese sobre isso, mas eu preferi dizer em uma única frase; se apaixonar não é algo de acontece de uma hora para outra, é como dormir. Você lentamente fecha os olhos e quando vê, acordou no dia seguinte com o sol batendo na sua cara. Ou seja, acontece devagar, quando você se da conta, já está apaixonado. No nosso caso, ou melhor no meu, eu adormeci rápido demais. — Riu baixo, vendo Jimin fazer o mesmo.

Park já não sentia tanto medo, se Jeongguk fosse terminar consigo não diria tais palavras.

— Você é tudo o que eu achei que não teria, Jimin. — Riu. — Você é maravilhoso, lindo, gostoso, sexy, incrível, você é... Eu não sei descrever essa parte, isso eu provavelmente não aprendi ainda e nem vou aprender até morrer. — Tirou as mãos de seus bolsos e o platinado pode perceber algo na mão direita de Jeongguk. — Mas eu quero aprender com você o máximo que eu conseguir até finalmente ser o namorado perfeito que eu deveria ter sido desde o começo da semana passada. — Jeon olhou para sua mão e Park fez o mesmo, arregalando os olhos ao perceber a pequena pulseira de prata, que de longe não era possível ver os detalhes, mas parecia ser linda. — Eu não vou mais enrolar, Jimin, porque se isso fosse um filme eu já estaria dormindo. — Riu e se aproximou ainda mais do platinado, pegando em sua mão livre. — Eu quero saber com sinceridade... — Olhou nos olhos meigos e emocionados de Park. — Você quer ser o meu namorado por bem mais do que sete dias? — Riu baixo, colocando a pequena pulseira no pulso do futuro universitário.

Jimin abriu um sorriso alegre, suas mãos tremiam e ele queria soltar aquele buque, tirar suas roupas e fazer amor com Jeongguk ali e agora, mas ainda tinha um casamento para participar.

— Sim! Sim! Meu deus, eu quero, sim! — Riu, sentindo as lagrimas rolarem pelas suas bochechas e abraçou rapidamente o Jeon, lhe apertando enquanto sentia novamente o cheiro de seu perfume gostoso.

Deus, ele estava namorando com o homem da sua vida.

— Agora eu posso te chamar de Jagiya? — Jeon perguntou após alguns segundos abraçados, rindo baixo junto a Jimin.

— Claro que pode, amor, claro que pode! — Riu baixo, escondendo seu rosto no pescoço de Jeongguk, continuando com aquele abraço.

Jimin e Jeongguk agora estavam juntos. Seu relacionamento duraria mais do que simples sete dias e os dois sabiam disso, sentiam isso.

Aquele abraço continuou por longos minutos. Jeongguk abraçando fortemente a cintura de Jimin e Park abraçando o pescoço de Jeon, apenas esperando o momento certo de se soltarem o que esperava que nunca acontecesse.

Mas quando o tempo que pareceram anos acabou, Jeongguk encarou Jimin e vice-versa, sorrindo. O moreno secou as lagrimas do platinado com os dedos e beijou sua testa. O sorriso amoroso e reconfortante que Jimin antes tinha nos lábios agora virou um travesso e Jeongguk se perguntava se deveria se preocupar.

— Sabe de uma coisa, Jeonggukie? — Arqueou a sobrancelha, olhando fundo nos olhos de Jeon.

— O-O que?

Eu já conheci a sua família, agora falta você conhecer a minha. 


Notas Finais


Então, chegamos ao fim? Chegamos.
Esse foi o ultimo capitulo da minha primeira fanfic terminada na história. Sério, eu me sinto muito orgulhosa dela e de vocês também porque conseguiram aguentar firme toda a minha demora e meus erros que eu nunca vou corrigir porque eu tenho um negocio chamado preguiça.
São seis horas da manhã (graças ao horario de verão) e eu não sei mais o que eu vou fazer quando clicar no botão ''Enviar Capitulo''.
Essa fanfic é meu bebêzinho, a primeira de varias e doi meu coração saber que eu nunca mais vou escrevê-la, mas como diz o ditado, coisas boas se vão para melhores aparecerem. Eu tenho muitas ideias novas pra fanfics e espero que vocês acompanhem elas também.

Muito obrigado por cada comentário, cada favorito e cada visualização que vocês me deram, até mesmo seguidores (se você não sabem, se me seguirem vão receber notificação toda a vez que eu soltar uma fanfic nova, então podem me seguir). Chegamos a dois mil favoritos e eu nunca pensei que chegaria nesse numero porque eu nunca achei que minha escrita fosse digna de tantas pessoas. Mas obrigada a tudo que vocês me proporcionaram. E NÃO, não é uma despedida e sim um ALOOOO para várias outras histórias maravilhosas e lindas que eu espero trazer a vocês.

Eu espero que vocês tenham gostado da minha primogenita e não ultima filha/fanfic.

Comentem (vou tentar responder todos os comentários, esclarecer duvidas, etc)
Favoritem
E até uma próxima história!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...