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História Não existem coincidências - Café e hormônios


Escrita por: nenosuns

Notas do Autor


Oi oi pessoinhas!

PASMEM, AMORINHAS, PORQUE HEMERA ESTÁ NO PRAZO!!

Meu Deus, mal posso acreditar que estou realmente conseguindo postar na hora certa. Deveria estar estudando? Deveria estar estudando. Não devia estar escrevendo fic à essa hora com minha rec de matemática chegando? Provavelmente.

Mas é aquele ditado, né? As pessoas gostam de viver perigosamente ;) kkkk

Só queria deixar bem claro que AMEI escrever esse capítulo. Desde o título até o meu amado cliffhanger que fazem tantos de vocês arrancarem os cabelos e quererem me matar por ter sumido, eu realmente AMEI escrever essa jossa e está absolutamente do jeitinho que eu queria! AMÉM JIKOOK!!!!

Recomendamos usar um colete à prova de balas e quem sabe um chazinho de camomila pra acompanhar, porque as emoções estão fortes nesse cap ^^ kekeke

Sem mais delongas, aqui está a tão esperada fuga de Jikook.
Espero que gostem, boa leitura <3

Capítulo 20 - Café e hormônios


Fanfic / Fanfiction Não existem coincidências - Café e hormônios

Segunda, 28 de agosto de 2017

 

No final, o “fugir” de Jimin significava driblar a mãe do mais novo e levá-lo à pequena cafeteria onde trabalhava. A sorte dos dois foi que Hoseok, o amigo que o ruivo havia comentado no dia em que levaram uma advertência, terminava seu período apenas no horário da noite, no qual havia pouco movimento, e por isso foi fácil convencê-lo a lhes deixar aproveitarem mais da companhia um do outro quando todos os clientes já haviam ido. A única condição imposta pelo mais velho dos três era que trancassem tudo quando saíssem.

Jungkook não pode deixar de notar o quanto o moreno era amigável, parecia estar sempre sorrindo e sua aura tinha um quê infantil. Foi um tanto constrangedor quando Jimin o apresentou ao outro funcionário, podia jurar que o Jung ia pular o balcão assim que seu nome saiu da boca do menor. Mas tinha que admitir que ver o Park com as bochechas coradas de vergonha quando Hoseok – que já insistia para o maior chamá-lo apenas de Hobi – insinuou que o Jeon era o dongsaeng bonitinho o qual tanto comentava foi uma das visões mais belas de seu dia.

No final, sobraram só ele e o ruivo, Jimin atrás do balcão, preparando algo impossível para o moreno descobrir na posição em que estava, sentado em uma das mesinhas mais afastadas da porta. Parou para admirar a decoração do estabelecimento. Não podia mentir, aquele local era mesmo aconchegante, principalmente com a presença do menor inundando o recinto. Devia ser incrível quando estava cheio, pensou, com os sons das risadas e conversas aleatórias e descontraídas de clientes satisfeitos reverberando entre as paredes e chegando até a rua. O barulho da movimentada Busan sendo esquecido enquanto as pessoas degustavam seu café e admiravam a beleza dos funcionários tão gentis. E aquele gostinho de quero mais e o resquício do que parecia ser uma fuga da realidade quando pisavam novamente no asfalto e o mundo real os cumprimentava com um abraço nostálgico.

É, agora que conhecia sua existência, Jungkook com certeza viria mais vezes àquele lugar.

Foi retirado de seus devaneios quando um dedinho ossudo cutucou seu ombro, fazendo-o levar os olhos até a figura sorridente lhe estendendo um copo de papel com seu nome escrito ao lado de um coração.

- O que é isso? – perguntou risonho. Ah, era um fato que Jimin o tirava de órbita.

- Por que não experimenta e descobre? – sugere, uma sobrancelha arqueada no mais puro divertimento ao assistir o mais novo levar o recipiente aos lábios e tomar um breve gole.

O Park sentou-se à sua frente, esperando ansiosamente pelo veredicto enquanto via o dongsaeng pacientemente lamber os cantos da boca e fazer um barulho estalado com a língua, como se estivesse propositalmente demorando-se como um verdadeiro degustador apenas para irritar o mais baixo.

Até que viu seus olhos se fecharem e ruguinhas formarem-se ao seu redor quando começou a rir, vendo que sua brincadeira havia funcionado já que Jimin o encarava com um olhar impaciente. E para o ruivo, bem, não havia som mais adorável que a risada do maior. Suas feições eram quase infantis, os dentinhos salientes como um coelhinho. O hyung só conseguia admirar e guardar aquela imagem em sua mente, queria conhecer cada aspecto do moreno, cada característica sua, e então descobrir se Jungkook era tão lindo por dentro quanto era por fora.

- Cappuccino de canela. – finalmente pronunciou, alternando o olhar entre a bebida e o garoto quase tão doce quanto à sua frente – É meu favorito. Como adivinhou?

- Intuição. – respondeu simplista com um sorriso convencido, apoiando uma mão abaixo do queixo enquanto pegava finalmente seu próprio copo que só agora o mais novo notou estar ali e levar a seus lábios cheinhos.

- E qual é a sua? – questionou, pegando o menor de surpresa ao que vestiu um semblante indagativo – Bebida favorita?

Jimin apenas empurrou o recipiente em suas mãos para o outro, que logo pegou-o e deixou uma pequena quantia do líquido quente descer por sua garganta. O Park não teve como não rir da careta desgostosa que o primeiranista fez ao sentir o forte sabor inundar sua boca.

- Mocha de hortelã com menta. – o ruivo informou, retomando sua bebida e dando mais uma golada – Não é um sabor que afeiçoa a muitos. – riu.

- Não mesmo. – disse o moreno, bebendo um pouco mais de seu próprio café para tirar aquele gosto forte de creme de menta de seu paladar, arrancando mais uma gargalhada do menor.

Esta que aquecia o coraçãozinho jovem de Jungkook mais que o próprio líquido negro. Não sabia quando havia começado a se apaixonar por Park Jimin. Talvez tivesse começado a se afeiçoar por ele quando o, na época moreno, ajudou-o com sua pesquisa na biblioteca. Tosco, pode-se dizer. Jimin estava encarregado de ajudar a bibliotecária com os novos livros naquela fatídica semana, quase um ano atrás. Jungkook, como sempre em sua vida, chegou perdido na seção de geografia, desesperado por qualquer informação para realizar o trabalho valendo um terço da nota do trimestre sobre a Bósnia-Herzegovina. E, convenhamos, não é como se aquele paízinho entre duas fronteiras conflitantes tivesse muita história.

Foi a primeira vez que o Jeon viu seu sorriso, aquele que fez seu peito aquecer subitamente e seu coração querer pular para fora. E quando tocou sua mão ao tomar o atlas que o sunbae entendia em sua direção sentiu como se uma corrente elétrica de alta voltagem percorresse todas as suas terminações nervosas.

Os dois voltaram a se encontrar depois disso. E foi em seu segundo encontro que o mais novo teve certeza de seu interesse no hyung. Quando descobriu não só sua beleza física, mas a interior também, o senso de justiça palpável e o carinho com seu hobbae caído no chão. Não sabia como Jimin havia com tanta calma e destreza livrado-o dos babacas que insistiam em lhe deixar mal física e mentalmente, mas assim que seus olhos quase felinos cruzaram os seus foi que percebeu que aquele rapaz era realmente sua salvação.

Mas tudo o que é bom dura pouco. E o choque de realidade de Jungkook não foi os impropérios proferidos com tanta altivez por sua mãe sobre si. Essa já era sua realidade há tempos.

Começou ao descobrir que Jimin já tinha alguém em sua vida. Lee Taemin, líder do grupo de dança do colégio, do qual o Park não fazia parte, mas admirava com louvor. Os dois eram bonitos juntos, as pessoas não os julgavam por ser um casal homossexual (não muito, quero dizer, sempre há preconceito a todo lugar que vá), ao contrário, elogiavam-nos de como sua relação parecia perfeita.

Mas só parecia mesmo. Alguns meses depois os dois se separaram e todos puderam ver o quão canalha o Lee poderia ser. Não que ele se importasse de fato, havia acabado de se formar na escola mesmo. Para Jungkook aquilo só significou uma chance, uma abertura para investir no sunbae. Mas ele era tão tímido, tão inseguro, e Jimin parecia tão abalado com o término recente, queira ou não começara a desenvolver sentimentos de paixão pelo mais velho, apenas para que este o traísse logo em seguida.

Entretanto, a bomba mesmo veio quando Jihyun, seu melhor amigo e confidente desde que entrara naquele colégio, descobriu a queda que logo virara penhasco do Jeon pelo sunbae, e prontamente cortou suas asinhas quando informou com todas as letras de que Park Jimin era, nada mais, nada menos, que seu irmão mais velho. Ah, foi uma briga feia aquele dia, Taehyung não conseguia nem mesmo escolher um lado e nem queria. Tudo o que pensava era como separar aqueles dois sem sair quebrado no meio da confusão causada pelas palavras ásperas e impensadas do menor deles. A verdade é que nem tinha como ficar ao lado de Hyun naquela situação, as orações pronunciadas com maleficência foram deveras cruéis com o outro.  

Por um tempo, Jungkook pensou que havia superado. Como não o faria? Jimin mal o conhecia e o mais novo não fazia nada para mudar isso. Não só isso, como o Park também deu a volta por cima e demonstrou toda a sua força ao mostrar a todos que não precisava de alguém para ser feliz, até mesmo pintou o cabelo sob protestos da diretora. Ele era tão forte, tão independente, Jungkook ainda via-o como modelo apesar de tudo.

E então tudo mudou com aquele pequeno engano ao enviar uma mensagem descontando sua raiva para o, novamente, melhor amigo e acabar caindo nas mãos do hyung. Ele havia se prometido que não se apaixonaria uma segunda vez, mas não dizem que promessas são feitas para serem quebradas? Todos os sentimentos guardados com tanto afinco em seu mais íntimo começaram a ser reavidos a cada troca de mensagens entre os dois.

Até que chegaram a esse ponto, o mais novo regurgitando alegria ao ter novamente aquele sorriso afetuoso tão próximo de si. Mas a situação agora era outra, e Jimin tinha plena consciência de quem era o primeiranista.

Talvez o universo quisesse ao menos uma vez deixar o Jeon ser feliz. E se esse era seu plano, com certeza estava dando certo.

- Sabe, eu andei pensando... – o ruivo começou, atraindo a atenção do dongsaeng ao tirá-lo de suas lembranças – Não, deixa pra lá. – repreendeu-se, mas ele já havia atiçado a curiosidade do hobbae.

- O que foi, hyung? – questionou, sua voz calma e doce tentando passar segurança ao mais velho – Está tudo bem, pode falar. – sorriu encorajador.

Park engoliu em seco, mas continuou do mesmo jeito.

- O meu irmão... – o sorriso de Jungkook murchou na mesma hora e Jimin se estapeou mentalmente, tinha certeza de que o mais novo reagiria assim no momento em que tocasse nesse assunto, por isso quase não o fez. O moreno já havia reavido tristeza demais para uma única tarde – como anda a sua relação com ele?

Jungkook deu de ombros, como se realmente não quisesse introduzir o amigo encrenqueiro durante o momento a sós deles. Mas ele tinha que responder, afinal Hyun ainda era o irmão do ruivo, e também seu melhor amigo.

- Eu não sei exatamente como descrever o que estamos passando agora. – respondeu sincero, não faria bem algum para sua relação ainda iniciante com o mais velho esconder o que estava sentindo – Acho que desde que começamos a nos falar, eu e você, parece que eu e Hyun ficamos cada vez mais distantes. – o coração do menor pesou com tais palavras e Jungkook logo notou aquela expressão em sua face, seu sunbae estava se culpando internamente mesmo não sabendo ainda a história inteira – Por favor, não se culpe. – falou rapidamente, surpreendendo Jimin que se indagou se o dongsaeng havia lido sua mente – Mesmo que eu e Jihyun nos conheçamos há tempos, ele não é a pessoa mais fácil de se lidar e acho que você sabe disso. – sorriu cúmplice para o mais baixo, que não teve como não retribuir – As coisas só andaram dando uma piorada, ultimamente. Ele percebeu algo estranho entre nós, com certeza, até mesmo veio me pedir para que me afastasse de você mesmo nunca tendo nos encontrado e mesmo ele não sabendo se era realmente verdade. – explicou, um semblante triste adornando seu rosto angelical enquanto falava e brincava distraidamente com a tampa do copo – Às vezes eu me pergunto o que aconteceu com aquela amizade honesta e solidária que tínhamos.

“Você aconteceu”, pensou Jimin, vendo seu hobbae suspirar, liberando toda a sua mágoa naquele simples ato. Não parecia estar com raiva, e sim... desapontado. O Park realmente não gostava de ver seus dongsaengs daquele jeito, se evitando, se estranhando. Queria poder fazer alguma coisa, mas o quê? Hyun já pensava que o ruivo estava apaixonado pelo Jeon, o que não podia negar que talvez estivesse acontecendo aos poucos. E Jungkook mal sabia dos sentimentos imperceptíveis do amigo por si, mas Jimin os havia notado.

Era tudo tão confuso. Por que a adolescência tinha de ser uma fase tão difícil? Deveria ser o momento mais bonito de suas vidas, mas não conseguia enxergar esse positivismo em tudo o que Jungkook lhe contara, desde seu passado conturbado e desolador até sua amizade de anos se fragmentando pela falta de sinceridade de ambos.

- Eu queria entender... – o moreno sibilou, tão baixo que se Jimin não estivesse próximo a ele mal conseguiria ouvir – por que ele se importa tanto com o fato de nos conhecermos? – elevou o tom um pouco mais, confuso – Por que para ele é tão difícil aceitar que eu tenha amizade com outras pessoas? – exaltou-se, mas o Park já não prestava mais atenção no que ele dizia, parecia tudo muito vago, um plano distante de onde sua mente viajava.

E foi por isso que só percebeu o que falou quando já era tarde demais.

- Porque ele está apaixonado por você.


Notas Finais


VAI DAR MERDA, VAI DAR MERDAAA
VAI DAR MERDA, VAI DAR MERDA, VAI
VAI DAR MERDA, VAAAAAAI

Ops, e agora galerinha? O que nosso pequeno gafanhoto confuso e com as emoções à flor da pele irá fazer com essa declaração repentina da nossa naja incitadora de tretas, Park Jimin?

Não perca os próximos capítulos de Não existem coincidências. É domingo, no Fantástico!

Twitter: @miamiatzo

Beijinhos pra quem fica, amorinhas ,3
Até semana que vem (espero kkk)
Mia :3


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