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História Não existem coincidências - Crushes são pragas


Escrita por: nenosuns

Notas do Autor


Oi oi pessoinhas!

Voltei! Numa... quarta-feira...
Quando eu disse que meus horários estavam bugados por causa da recuperação não estava brincando kkkkkk

De qualquer forma, acabei esse capítulo que me deixou bem contente e já quis postar, então vamos arcar mesmo com esse horário de uma quarta com cara de sábado (pra mim, pelo menos kkkk).

(além disso, parece que houve uma onda de ninguém atualizar nada, pelo menos pra mim tá assim nas minhas noties, então vim pra salvar vocês se estão passando pela mesma crise que eu kkkk)

Beijinhos e boa leitura <3

Capítulo 24 - Crushes são pragas


Fanfic / Fanfiction Não existem coincidências - Crushes são pragas

Domingo, 01 de setembro de 2017

 

Os dois garotos estavam estáticos. Aliás, os três se contar com um Jihyun possesso batendo o pé impacientemente nas pedras ornamentais.

— Então, estou aguardando uma resposta — intimou, uma sobrancelha arqueada e uma carranca de dar medo em direção aos outros.

— Hyunie, — Jimin foi o primeiro a falar — eu só levei o Jungkookie para passear já que hoje é aniversário dele. Não foi nada de mais.

Jihyun pareceu tomado pelo choque.

— Nada de mais? Então foi por isso que ele me deixou plantado por horas em frente ao arcade esperando por ele? Por que ele havia saído com você? — indagou irritado, o semblante incrédulo foi copiado por ambas as faces remanescentes.

Jungkook quase se estapeou em alto e bom som ali mesmo. Com toda a comoção do convite de Jimin e as emoções que vieram junto àquilo ele esquecera completamente dos planos que já havia feito com seu melhor amigo. Sentia-se horrível agora, sentia-se estúpido, burro e um péssimo amigo. Tudo porque havia se deixado levar pela atenção que sempre procurou daquele que sempre gostou.

— Jihyun, desculpe, eu não sabia... — Jimin tentou se redimir, mesmo que falhando em suas próprias palavras — Se eu soubesse, eu...

— Hyung, deixa — Jungkook interveio, o rosto baixo, mas o Park mais velho podia ver por trás daquela máscara há tempos, o mais novo estava se culpando e provavelmente se xingando internamente — A culpa é toda minha. Eu não deveria ter esquecido. Eu fiquei tão feliz que você ia me fazer uma surpresa que... Jihyun, por favor, me perdoe. Sei que não mereço, fique bravo comigo se quiser, só... não desconte tudo no Jimin-hyung.

O mais velho entre eles voltou a fitar seu irmão, que não havia se mexido ou mudado de expressão desde o início da conversa. Olhou para ele com um olhar suplicante, como se pedisse para reconsiderar jogar toda a culpa no maior sabendo que este ficaria com remorso de si mesmo até Deus sabe quando.

Mas Jihyun não era fácil assim. Ao contrário do que pensavam, ele virou em seus calcanhares e começou a descer a rua do Jeon sem olhar para trás uma única vez.

Jungkook esmoreceu com aquilo, abaixando-se até que seus joelhos encostassem em seu peito e ele sentasse sobre seus calcanhares. Nenhuma lágrima foi derramada, mas seus cabelos começavam a sofrer com a força com que ele os apertava.

— Jungkook...

— Vá atrás dele, hyung — murmurou quase inaudível, porém Jimin entendeu-o muito bem — Você sabe melhor do que eu do que o Hyun é capaz de aprontar quando está bravo. Eu vou ficar bem, a culpa é minha mesmo — fungou.

— Kookie... — o outro moreno tentou novamente.

— Me deixa sozinho, hyung — o mais alto pediu, sôfrego — Por favor.

Jimin queria protestar. Queria ajoelhar-se ao lado do dongsaeng e o abraçar até que tudo estivesse bem. Mas ele sabia que ambos estavam errados naquela história e que assim como Jungkook preocupava-se com a integridade de seu irmão.

Foi por isso que ele apenas inclinou-se e depositou um selar nos cabelos cheirosos do Jeon. Por isso apenas sussurrou um “até depois” perto de seu ouvido antes de seguir pela mesma direção que o Park mais novo.

E Jungkook apenas ficou lá, sentindo-se um lixo.

 

*****

 

O humor de Jihyun não melhorou durante a semana. Jungkook tentou de todas as maneiras falar com ele e até mesmo a professora Lee teve de chamar sua atenção quando estava mais preocupado em perturbar o colega de trás que em sua aula da geografia geopolítica da Coréia. Mas nada que fizesse obtinha o resultado esperado.

A relação com Jimin também não estava das melhores. Não que houvessem brigado ou algo do tipo, porém após a bomba daquele domingo as conversas por mensagens haviam ficado escassas e praticamente todas envolviam o Park mais novo no meio, que há dias (mesmo antes do desencontro) já agia estranho na própria casa. Não haviam se encontrado pessoalmente também, nem em seu local secreto no telhado.

As coisas estavam tensas e Jungkook não aguentava mais todo aquele clima. Queria colocar um ponto final em tudo aquilo naquela mesma hora, e foi no momento em que Jihyun aproximou-se para guardar seus livros no armário ao término do último período que o Jeon tomou coragem para falar.

— Quando você vai parar de me ignorar, Hyun? — questionou, chegando de surpresa ao lado do outro, que não mostrou reação nenhuma ao fato.

Pelo contrário, apenas virou-se para o interior do compartimento novamente e respondeu, sem olhar para o amigo ao lado.

— Quando você vai parar de ser idiota, Kook? — resmungou, buscando alguns livros enquanto ajeitava outros embaixo.

Jungkook suspirou.

— Eu sei que fui um idiota, Hyun, eu admito, eu estava errado — olhou para baixo, o semblante triste — Mas, poxa, já faz quase uma semana que você não fala comigo. Me deixa ao menos me explicar.

Jihyun bufou, ainda sem olhar para o maior.

— Explicar o quê, Jungkook? Que você tá se iludindo de novo com meu irmão? Que você simplesmente esqueceu dos nossos planos porque o Jimin te convidou para sair? — sua voz saía irritada, alguns alunos olhavam para eles curiosos pela tonalidade de discussão, mas enquanto Jungkook queria apenas sair dali e conversar em um lugar mais privado, Jihyun não estava dando a mínima para o que aqueles fofoqueiros pensariam — E se um dia você deixar de gostar do Jimin e arranjar um novo crush? Vai se esquecer dos seus amigos também?

— Jihyun, por favor...

A porta metálica foi fechada com força na sua frente, assustando-o, e foi a primeira vez em dias que o menor olhou diretamente para si, ainda que a contragosto.

— Eu tenho que ir, Jungkook. Prometi que ia ajudar um amigo com uma coisa — anunciou, começando a caminhar para a porta que o levava para fora do prédio.

— Que amigo? — questionou o Jeon, sem saber mais como puxar assunto com o outro.

A escolha de pergunta, entretanto, não foi das melhores, já que Jihyun apenas parou por um segundo antes de responder, ainda sem olhar para trás:

— Você pode ser amigo do meu irmão sem eu saber, mas não posso ter amigos que você não conhece? — seu sorriso, por mais que o maior não pudesse ver, era cínico — Quanta hipocrisia, Jeon.

E foi assim que a conversa foi encerrada, com um Jungkook apático e martirizante e um secundarista ruivo que escutara toda a conversa aproximando-se de si enquanto dizia:

— Você sabe que dessa vez não tem como eu te defender, não é? — indagou, sua voz já grave ainda mais rouca com o tom baixo.

O moreno levantou minimamente os olhos.

— Sei, Tae. Pior que eu sei.

 

*****

 

Parecia que uma nuvem negra de chuva pairava sobre a cabeça do Jeon em seu caminho de volta para casa. Os pingos escuros eram como um constante lembrete de seus pensamentos conturbados, e os pequenos raios atingiam seu couro cabeludo como todos os seus problemas vindos de uma só vez numa velocidade inusitada.

Ele queria apenas poder chegar em casa e desabar na cama, dormir pelo resto do fim de semana e até mesmo pular o jantar talvez. Pelo menos assim se privaria de ver o olhar de desgosto de sua mãe.

Mas a vida não é fácil como desejamos que seja. É claro que diante de todos aqueles infortúnios, o mestre, chamado Kim Gayoon, ainda estaria lá para relembrá-lo que sua vida não era, nem um pouco, simples ou pacata.

E este aviso veio da pior forma possível. Foi o tempo de jogar a mochila ao pé da cama e atirar-se sobre o colchão que os barulhos foram ouvidos, gemidos, rangeres de cama e palavras de baixo calão que vinham tanto da voz feminina quanto masculina do quarto ao lado.

Às vezes ter uma casa com um péssimo isolamento acústico era uma maldição. Principalmente quando este fato vinha a calhar junto com os caras desconhecidos que sua genitora trazia para dentro de casa para se divertir por uma noite e logo esquecê-lo, sem nem mesmo saber seu nome. Gayoon podia ter sido traída e humilhada, mas tinha consciência de que ainda era uma mulher jovem, solteira, ativa e nada boba. Para a infelicidade de seu único filho, entretanto.

E entre esses e outros fatores do grosseiro vazamento de som vinha sempre aquela mesma conversa, aquela mesma deixa que fazia com que Jungkook desistisse de sua proteção auricular criada pelo travesseiro e resolvesse dormir na casa de algum de seus amigos.

Seu filho não vai chegar da escola a qualquer momento, Kim? — a voz máscula reverberou pela parede que dividia os quartos.

Que filho? — respondeu indiferente a senhora.

Naquele momento Jungkook já se encontrava com o celular em mãos. E rezava para que Tae não tivesse nenhum compromisso justo àquela hora.

 

Eu (17:45)

Tae, código laranja

 

V de Viado (17:48)

Ih, não vai dar hoje, Kookie, foi mal

Minha mãe cismou de chamar praticamente a família toda pra uma reunião porque segundo ela “não nos vemos há décadas”

ELA FALOU COM MINHA TIA SEMANA PASSADA, CACETE

Desculpa, dongsaeng

 

Eu (17:52)

Tá tudo bem, eu me viro

Divirta-se com seus priminhos encapetados kkkkkk

 

Então, Taehyung estava fora de cogitação. Mas ele só tinha mais uma opção e esta com certeza não estaria disponível. Jihyun disse que estaria ajudando um amigo aquela tarde, e mesmo que não estivesse com certeza ignoraria suas mensagens, ainda que fosse seu famigerado “alerta laranja”. Eles haviam imposto códigos para cada tipo de idiotice que Gayoon fizesse e do qual precisavam salvar o Jeon. O “alerta roxo”, mais conhecido como “chamar os vizinhos em casa para falar mal do seu filho”, ainda era seu favorito, lhe dava a escapatória mais abrangente em desculpas.

Mas, é, Jihyun não o salvaria daquela vez.

Foi como um passe de mágica, como se um anjo que Deus realmente tivesse colocado na Terra para proteger Jungkook fizesse aquilo acontecer. Ele já estava aceitando o fim de semana excruciante que passaria e procurando por seus fones no bolso da calça quando o celular vibrou novamente. E não era ninguém mais ninguém menos que o seu intitulado (por si) príncipe encantado.

 

Manggaetteok (17:59)

Eu tô muito puto com o Hyun, sério

Primeiro ele some sem mais nem menos

Agora vem com história de que vai dormir na casa de um colega aí que eu mal conheço

SEM AVISAR NINGUÉM

Esse moleque já tá passando dos limites, viu?

Ficar putinho é uma coisa

Agora, pagar de rebelde é algo bem diferente

NÃO FOI ASSIM QUE EU TE CRIEI, PARK JIHYUN

 

Eu (18:03)

Pera, o Jihyun não tá aí?

 

Manggaetteok (18:04)

Naum

Eu tô sozinho aqui

 

Eu (18:05)

E seus pais?

 

Manggaetteok (18:06)

Meu pai tá viajando à trabalho

E minha mãe só sai do plantão às 21h

Por quê?

 

Era arriscado. Jungkook estava arriscando colocar sua amizade com Jihyun mais na beira do precipício se ele descobrisse, e com certeza iria (uma hora). Mas era aquilo ou se submeter aos caprichos de sua mãe e o atual ficante dela por sabe-se lá quanto tempo.

Jihyun tinha que entender. Era um “laranja”, afinal.

 

Eu (18:08)

Hyung

Será que eu posso dormir aí?


Notas Finais


"NÃO FOI ASSIM QUE EU TE CRIEI, PARK JIHYUN" parte 2 kkkkkkk

Eita, e agora, hein? O que vocês acham que vai acontecer na casa do Jiminzinho? A atitude do Jihyun foi certa?

FLODEM MEUS COMENTÁRIOS COM TEORIAS, EU NÃO ME IMPORTO <3

twitter: @miamiatzo

Beijinhos pra quem fica.
Mia :3


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