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História Não vele, revele - Eu vou me dedicar a você...


Escrita por: twofold

Notas do Autor


Olá, cottonzinhos ^^

Mais uma semana com a ilustre pessoinha que voz fala substituindo a Raquel, mesma situação não resolvida de antes, mas bola pra frente, vocês se acostumam.

Nessa noite de domingo pós-ENEM, peguem seus cobertores, pipoca, chocolate, docinhos, lencinhos, bichinhos de pelúcia, esqueça as questões de química e matemática e relaxem com mais um capítulo de 'NVR' (caso ainda estejam tensos e preocupados, se acalmem, vocês são incríveis e merecem o melhor do mundo só por terem chegado até onde estão).

Eu acabei de betar o capítulo, mas perdão se houver qualquer errinho ;;

Se aconcheguem e boa leitura ♡

Capítulo 5 - Eu vou me dedicar a você...


 

 

Obrigado, me desculpe, eu te amo...

 

Capítulo Cinco

“Chan Yeol olhou para suas mãos entrelaçadas às de Baek Hyun enquanto escutava o som do seu coração, repousada a cabeça sobre seu peito. Poderia parecer exagero de gente apaixonada, mas a respiração da pessoa que você ama é realmente como uma canção de ninar. É música boa para os ouvidos.

— Onde acha que estaremos daqui a vinte anos? — Chan Yeol indagou com a voz rouca, remexendo-se um pouco sobre o colchão e afastando o lençol minimamente.

— Fodendo, provavelmente. — Baek Hyun respondeu distraído, já que assistia a um filme que gostava muito, mas acabou recebendo um olhar sério do namorado — O quê?

— Apenas “fodendo”? Eu estou falando sério.

— Eu disse “fodendo”? Desculpe, eu quis dizer comendo. — explicou com um sorriso ladino — Sabe como é, a gente pensa uma coisa e fala outra, tsc!

Chan Yeol riu, cutucando o namorado na barriga. Baek Hyun sempre teve muita sensibilidade naquela região, então abusava dele exatamente ali sempre que podia.

— Tempo! Tempo! Eu respondo direito. — implorou, vendo o maior erguer a mão grande em ameaça — Eu não sei exatamente onde, ou como. — respirou fundo, recuperando o fôlego e envolvendo a mão do namorado entre as suas — Minha única certeza é que estaremos juntos... porque eu jamais vou deixar você escapar de mim.

Baek Hyun concluiu com um sorriso meigo e umas piscadelas rápidas, fazendo Chan Yeol rir, o acompanhando logo em seguida.

— Isso seria assustador, se não fosse tão romântico. — Chan Yeol caçoou, mas aquilo o confortava. Enquanto tivesse a certeza de que Baek Hyun nunca desistiria deles, e que continuaria a ser seu porto seguro, as outras coisas no meio do caminho seriam resolvidas, um dia de cada vez.”

 

Após tomarem o café da manhã, voltaram os potes para o mini refrigerador. Chan Yeol até tentou argumentar sobre o vinho, mas Baek Hyun disse que nenhum dos dois ali daria conta de uma garrafa sem que ficassem perigosamente alegres demais. Acabariam se perdendo no objetivo que os mantinha ali.

Ambos estavam deitados sobre o colchão. Olhavam para o teto antigo, repleto de telhas. O casal não se mantinha muito perto, mas o pé direito de Baek Hyun estava sobre o pé esquerdo de Chan Yeol, então aquilo era um subentendido sinal de trégua.

— Acho que deveríamos chamar alguém para limpar essas teias de aranha no teto.

— Realmente, não é bom para as meninas essa sujeira toda.

— A Yoo Ra morre de medo de aranha, também.

— E a Charlotte tem alergia a poeira...

Aquiesceram para o teto, voltando ao silêncio em seguida. Chan Yeol achou aquela atitude dos dois bem incômoda, pois eram basicamente as conversas que tinham diariamente, ou seja, tudo era apenas sobre suas filhas. Não existia mais o tópico “Nós, como um casal nessa família” e sim o “Nós, pais responsáveis por essa família”.

— Não vamos fazer isso, — Chan Yeol se pronunciou rapidamente — não somos pais por hoje. — Baek Hyun riu pelo tom alerta do marido e assentiu, olhando para o perfil de Chan Yeol, que refletia em seu canto, olhando para o teto de forma compenetrada, perdido em pensamentos — Há quanto tempo estamos empurrando isso com a barriga?

Aquele era um bom questionamento. Há quanto tempo eles se distanciavam do sentimento que os uniu, como um casal? Apenas empurrando com a barriga os incômodos e usando as filhas como desculpas para se manterem juntos como pessoas que eles não queriam, e nem deveriam, ser.

— Um tempo antes de adotarmos a Yoo Ra. — Baek Hyun afirmou, retrocedendo entre suas lembranças — Eu não queria aceitar que estávamos caindo na monotonia. Era tão cedo para isso… — lamentou tristonho — Então um filho poderia nos ajudar. Mas, então, começamos a nos distanciar mais. Éramos bons apenas para ela, e na frente dela, mas entre quatro paredes eu comecei a ficar nervoso perto de você.

Chan Yeol desviou o seu olhar para o de Baek Hyun, formando uma carranca no meio de sua testa. Ele estava notoriamente confuso e intrigado. Acabou ficando de lado, sustentando sua cabeça sobre o punho e usando o braço como apoio. Encarava seu marido com uma bela interrogação na testa e um sorriso levemente cômico. Como Baek Hyun poderia ficar nervoso diante de si, depois de tudo o que enfrentaram juntos? Depois de tantos momentos?

— Nervoso?

— Eu tinha medo de que você reparasse que eu não era o mesmo Baek Hyun por quem se apaixonou. — confessou acanhado, digitalizando toda a face de seu marido — Eu estava envelhecendo e ficando sobrecarregado... eu não podia te dar o que queria o tempo todo. Então... eu resolvi te ocupar, para que não percebesse. Depois de um tempo, eu vi que havia dado certo e estávamos mais felizes, ou pelo menos algo parecido, então quis outra filha. Elas poderiam te suprir do amor que eu me achei incapaz de dar para nos manter unidos, mas eu só te afastava cada vez mais de mim.

Chan Yeol acabou encontrando, entre as confissões do marido, onde estava seu erro: cobranças excessivas. Sequer parou para tentar entender os motivos que estavam levando seu marido a se distanciar, apenas cobrava sua presença. Ele simplesmente passou a atacar Baek Hyun, e não ao problema entre eles, a o que gerou ainda mais distância.

— Me desculpe. — Chan Yeol pediu, levando a mão livre até que a ponta de seus dedos alcançassem a testa de Baek Hyun, brincando com os fios curtinhos espalhados ali — Eu não te passei segurança. Se eu tivesse feito isso corretamente, não estaríamos nessa situação. Você não precisaria buscar outros métodos para me manter ao seu lado.

Baek Hyun, que mantinha-se com os olhos fechados desde que seu marido começou a lhe dedicar um carinho gostoso na testa, sorriu ternamente com a forma doce que ele lhe pedia desculpas. Adorava quando Chan Yeol usava aquele timbre calmo e sincero. Como poderia simplesmente desistir daquilo? Desde a primeira vez que a certeza de que era amor lhe invadiu o peito, jurou nunca abrir mão daquele homem cheio de manias e peculiaridades.

— Então me peça mais desculpas. — murmurou sereno, abrindo ainda mais o sorriso para uma expressão arteira — Peça desculpas até amanhã.

— Eu sou o único que tem que pedir? — Baek Hyun abriu os olhos, encarando Chan Yeol que parecia estar mais perto.

— Você vive reclamando que eu sempre tomo a iniciativa, então fique à vontade.

Chan Yeol riu rouco.

— Eu acabei de pedir, agora é a sua vez.

— Não estava valendo, peça de novo.

— Assim não dá, um pedido de desculpas tem que ser algo natural, sincero, não forçado.

— Você que me forçou primeiro, não seja hipócrita. — retrucou brincalhão — Só está querendo me fazer pedir.

— Você tem um argumento pra tudo. — reclamou ao se jogar novamente para o lado, o sorriso fraco ainda adornando seus lábios.

Baek Hyun e sua imutável mania de ser teimoso.

— Vai dizer que essa não foi uma das coisas em mim que mais te atraiu? — Baek Hyun indagou de forma convencida, fazendo o marido gargalhar.

— Sempre tive tendência a gostar de desafios, por isso casei com você. — retrucou na mesma moeda, recebendo um cutucão do marido bem na costela — Ai!

— Sinceramente... ainda estou bravo por ter feito isso comigo. — disse sério — Divórcio não é algo para se brincar, seu idiota!

— Eu juro que não sabia o que fazer. — confessou — Eu simplesmente assisti a um filme em que uma mulher fazia isso e o marido caía na real, achei tão convincente. Daí pensei: “vai que funciona”. — Chan Yeol revelou ao encolher os ombros.

— Você é inacreditável! Quase quarenta anos na cara, dois metros de altura e ainda age como um adolescente em crise. — acusou, vendo o marido lhe fazer uma careta infantil. — Honestamente.

— Mas você iria assinar? — indagou parcialmente curioso, embora noventa e nove por cento de si acreditasse que não. Baek Hyun abriu um sorriso maroto e se virou, descansando os braços sobre o peito do marido e logo depois o queixo sobre eles, o encarando com uma expressão sutilmente perversa.

— Eu estava pensando em queimar aqueles papéis na sua frente, ou em cima de você, enquanto estivesse dormindo. — terminou com ar de inocência, piscando os olhos de forma adorável, contrastando com suas palavras.

Chan Yeol voltou a rir.

— Viu? Então funcionou.

— Não conte tanto com isso, se as meninas não tivessem nos prendido aqui, nem estaríamos conversando.

— Verdade. — concordou cheio de culpa — Você estaria dando atenção ao seu celular, ou a tal Amélia lá.

A língua de Baek Hyun estava coçando, tinindo, vibrando e quase queimando pela palavras que queria dizer: “Ah, então a culpa é minha por não te dar atenção?” Mas ele respirou fundo. Contou até dez e, logo em seguida, ignorou. Ele ia usar aquela língua para outra coisa. Como por exemplo, calar a boca do marido que provavelmente planejava atirar mais provocações no modo “sem querer”.

Chan Yeol custou apenas um pouquinho para processar que seu marido estava em cima de si, lhe beijando de forma tão intensa. E, pelo que conhecia de Baek Hyun e seus beijos cheios de significado, aquele era algo como: “Eu estou com raiva de você, mas vou fazer algo mais produtivo com isso”. A prova era a fina dor que sentia toda vez que tinha os lábios judiados pelas mordidas que recebia, e a mão pesada que hora arranhava sua nuca, hora puxava o fio de seus cabelos.

Como não era bobo, nem se fazia de rogado, passou a aproveitar-se ainda mais do contato. As mãos apenas pararam quando encontraram o quadril de Baek Hyun, que se impulsionou para cima, fazendo com que aquelas mãos grandes e quentes tomasse caminho e pressão sobre sua carne, fazendo ambos sorrirem provocativos entre o beijo.

Baek Hyun se afastou satisfeito, sentando sobre a virilha do marido e passando as almofadas do dedo para limpar os cantos de seus lábios, fazendo o mesmo com os de Chan Yeol posteriormente, que estavam vermelhos e levemente inchados.

— Pretendia arrancar minha boca fora? — sua voz saiu um tanto rouca, pelo tesão que seu marido lhe causava com tão pouco.

— Talvez assim você não falasse tanta besteira.

— Nesse caso você ia ter que me matar, porque até na língua de sinais eu ia atazanar teu juízo. — Baek Hyun riu de forma divertida vendo que os olhos de Chan Yeol percorriam seu torso nu.

— Andou malhando mais que o habitual?

— Acabei usando isso pra aliviar o estresse. — comentou — Afinal...a academia e o meu emprego, além de nossas duas filhas, são as únicas coisas que continuam a me dar prazer. — repetiu quase as exatas palavras que seu marido lhe dissera outrora, fazendo uma falsa expressão de culpa logo depois — Oh! Desculpe, não foi proposital.

Chan Yeol riu da atuação de Baek Hyun, resolvendo entrar no mesmo joguinho.

Tudo bem...não é como se você estivesse dando conta também… — Repetiu de igual modo o que ele lhe dissera.

— Isso também não foi proposital?

— Como estamos nessa de falar a verdade, foi sim. — confessou, apertando as coxas flexionadas do marido — Bem proposital.

Mesmo tão provocativos e diante de toda aquela tensão que pairava entre eles, Baek Hyun acabou por ficar sério de repente, abaixando o olhar, pensativo.

— O que houve? — Chan Yeol indagou, se sentando e levando uma mão para alisar as costas do marido, mantendo a outra atrás de si para manter o equilíbrio.

— Isso é tão estranho. — confessou baixinho.

— Como assim?

— Eu sinto que vamos brigar a qualquer momento. — confessou — Sabe, sempre que estamos assim, eu sinto que algo vai estragar.

— Eu sei que essa sensação estranha não vai passar tão rápido. — disse ao olhar bem nos olhos de seu marido, tinha que lhe passar confiança — Além de que, realmente vamos ter mais brigas no futuro, afinal, somos um casal e isso acontece. A questão é a forma que vamos lidar com os sentimentos que vierem com elas, entende? — Baek Hyun aquiesceu, voltando a sorrir sutilmente para não estragar tudo.

— Eu não sei muito bem o que fazer… — confessou com uma careta — Acho que perdi o jeito da coisa. — Chan Yeol riu, dando um selar demorado no marido.

— Podemos começar a fazer como na época que namorávamos. — disse simplório — Fazer alguns programas leves, como cinema, até um filme em casa, a sós, e também com as crianças. Vamos voltar a cozinhar juntos. Se lembra que deitávamos à noite e falávamos sobre todas as decisões do dia e as que deveriam em breve ser tomadas? Eu só quero que voltemos a fazer parte do mundo um do outro.

— Certo, é um bom começo. — voltou a selar os lábios cheinhos de Chan Yeol, este que logo depois se afastou um pouco, encarando seu marido com seriedade.

— E eu quero conhecer a Amélia. — pontuou, fazendo Baek Hyun rir.

Ao decorrer do dia, Baek Hyun achou importante que eles conversassem sobre coisas que não tinham contado um ao outro anteriormente devido a distância. Trocaram algumas palavras afiadas, mas nada que o bom senso não resolvesse. Com a chegada do crepúsculo, Chan Yeol voltou a insistir sobre o vinho, ele realmente estava a fim de beber um pouco. E como Baek Hyun também queria, foi o primeiro a abrir e se servir do primeiro gole.

Pelo longo histórico do casal, ambos sabiam que quando bebiam juntos, algo acontecia. E era bem simples: Ou eles brigavam, ou tinham conversas profundas e reflexivas ou, muito provavelmente, e o que ocorreu em sessenta por cento das vezes, eles se agarravam loucamente. Como animais no cio, ou algo parecido. Veja bem, se só um homem geralmente tem muito líbido sexual, imagina uma relação onde ambos eram homens?   

— Chan Yeol! Chan Yeol! — Baek Hyun o chamou em meio às risadas, afinal, após uma garrafa de vinho tudo parecia engraçado para si. Até mesmo os beijos excitantes que seu marido lhe dedicava pela extensão do pescoço. Era uma mistura confusa de tesão e de “isso faz cócegas”.  

— Quê? — indagou ao se afastar do pescoço de Baek Hyun, o que foi difícil, visto que pelo tempo que não tinha aquele corpo sob o seu, e estava altamente influenciado pelo vinho, nem deveria ter tamanho autocontrole.

— Eu preciso ir ao banheiro.

— Agora? — indagou alto, o desespero por ter que se afastar sendo mais forte quando viu Baek Hyun assentir — Nããão! — choramingou até que seu marido tomasse seus lábios num beijo lento, e bem provocativo, recebendo um aperto nas coxas como estímulo. Mas se afastou novamente, olhando para Chan Yeol com um sorriso torto.

— Eu realmente tenho que ir.

— Você ‘tá fazendo um jogo comigo, garoto?

Baek Hyun gargalhou ao empurrar Chan Yeol para o lado, que, com muita relutância e uma ereção entre as pernas, viu seu marido explicitamente gostoso se afastar e adentrar o banheiro, se trancando ali logo em seguida.

— Divórcio?! Tsc! — murmurou para si mesmo, com deboche, ao passar as mãos pelo cabelo — No dia que eu liberar esse homem, vai ser no mesmo dia que ele ficar viúvo.

Acabou rindo da loucura que apenas Baek Hyun conseguia lhe causar. E olha que já havia passado em muita mão antes de se firmar com ele. Antigamente, quando Chan Yeol era jovem, quando nem havia conhecido Baek Hyun ainda, muitos o julgavam devido sua aparência de “nerd ainda sou virgem” — inclusive seu próprio marido havia o feito — mas na verdade aquela aparência havia lhe rendido boas fodas. Aquela coisa de “as aparências enganam”. Mas quando viu o garoto de sorriso fácil e retangular pela primeira vez, as coisas começaram a desandar e, após o primeiro beijo, Chan Yeol não quis saber mais de outras bocas. Apenas a de seu marido, Baek Hyun, que no outro lado, por detrás da porta do banheiro, suspirava como um meninil apaixonado.

— Eu hein! — resmungou aos risos para sua imagem no espelho do banheiro. — Bobo! — O cômodo continha um cheiro bom devido ao seu banho recém tomado. Passava a toalha pelo cabelo molhado, se certificando de secar o máximo que desse, já que não tinha nenhum secador ali.

Após uma análise no cômodo, teve certeza que sua irmã tinha metido o bedelho ali. Aquela intrometida maravilhosa, pensou ao abrir ainda mais o sorriso. Ela tinha pensado em tudo. Havia dois roupões pendurados ao lado do box. Sais de banho, caso quisessem apreciar um banho relaxante na banheira. Toalhas e algumas roupas confortáveis no armário.

Mas o que de fato ainda o prendia naquele banheiro eram alguns questionamentos internos, boa parte interligados ao sexo. Poderia parecer bobo para alguém que carregava mais de dez anos de casado, mas de fato não era tão simples assim. Quando se afasta de alguém, a intimidade também se esvai e, com isso, a naturalidade ao ser tocado. Com a ausência de tal intimidade, a vergonha e o receio retornavam. Então, se sentia nervoso e tinha esse direito.

Apesar do pesares, ele queria isso. Ah, como queria. Caso o contrário, não teria usado a desculpa do calor para se esquivar do marido e ir cuidar de algumas preparações pessoais no banheiro. E o toque final estava bem a sua frente: um hidratante afrodisíaco com essência de jasmim. Ele havia comprado aquilo para fazer um agrado a Chan Yeol, mas no mesmo dia eles tiveram um discussão, então ele mandou o marido à merda e o hidratante para a irmã que faria uso melhor dele, achou. Contudo, ele nunca fora de fato usado e estava ali a sua frente, de volta ao primeiro dono.

Baek Hyun não possuía nenhuma peça cobrindo seu corpo, e a toalha que usara para secar o cabelo já estava esticada no suporte, ao lado do espelho. Olhou bem para o hidratante, como se ele fosse o maior desafio de sua vida, antes de suspirar decidido e o tomar em mãos, para logo em seguida passar o conteúdo espesso por seu corpo. Claro que dedicou o produto a pontos estratégicos, como no pescoço, no abdome, ao longo das pernas e nas nádegas. Sorrindo arteiro quando terminou tudo.

Ele passou o roupão pelo corpo, cobrindo-se de forma natural, deixando a extensão do peitoral à mostra, orgulhoso com o que via. Se havia algo em que Baek Hyun sentia confiança, era com seu corpo, na verdade, em sua aparência no geral. Ele sempre se cuidou muito, e Chan Yeol passou a fazer o mesmo quando começaram a namorar, afinal, não queria dar motivo para Baek Hyun procurar coisas em outros. O que era bobo, afinal, mesmo antes de tudo, Baek Hyun já o admirava.

Batidas na porta o fez se sobressaltar no lugar, o que lhe ocasionou um sorriso simplório e bobo, mordendo o lábio inferior em seguida. Antes de tudo, olhou bem para o mediano pote de lubrificante que estava discretamente perto do hidratante; ponderou e hesitou, mas acabou o tomando em mãos apressadas e o colocou no bolso longo que ficava na parte da frente do roupão.

— Espero que não tenha desistido de nós e esteja tentando morrer afogado na banheira. — Chan Yeol brincou com a situação, após não receber nenhuma resposta.

Baek Hyun sorriu e fora até a porta, destrancando-a, a abrindo de forma lenta e com um sorriso de canto. Repousou o ombro no batente da porta, ao qual o marido mantinha-se escorado —  ele estava curvado, com um braço em uma ponta e a mão grande na outra, quase como se o impedisse de passar, caso o quisesse fazer.

— Meu amor próprio jamais permitiria isso. — Baek Hyun murmurou de forma rouca, baixinho, já que estavam muito próximo.

Chan Yeol desceu gradativamente seu olhar, dos olhos negros do marido até o final do caminho aberto do roupão, digitalizando todo o trajeto como se pudesse deixar algum rastro na tez exposta de Baek Hyun. Este que sentia seu interior se agitar após receber aquele olhar tão desejoso e repleto de intenções de Chan Yeol. Acabou prendendo o lábio inferior entre os dentes, a fim de conter o sorriso que queria entregar seus ânimos.

— Muito menos eu, — disse compenetrado, a voz mais grave, o olhar novamente preso aos lábios do marido — seria um desperdício… — completou, endireitando-se de forma que ficasse ereto e destacando bem a diferença de altura entre os dois — Eu tenho uma surpresa... mas preciso que feche os olhos.

Baek Hyun não ponderou. Após uma troca de olhares bastante intensa se endireitou também e fez como lhe fora pedido. Estremeceu levemente quando os dígitos quentes de Chan Yeol lhe tocaram os braços desnudos, ele trilhou de forma carinhosa até seu ombro e depois desceu até sua cintura, a apertando ali e o puxando para frente, contra seu corpo, lhe tirando uma respiração descompassada e surpresa.

Contendo a curiosidade, permaneceu quieto, se deixando ser conduzido. Afinal, Baek Hyun amava ficar à frente de tudo, mas na hora da conquista, de tudo o que envolvia o sexo, amava ser dominado, induzido, e nisso ele e seu marido sempre estiveram de acordo, afinal, nessa área Chan Yeol sempre fizera questão de ser dominador. Gostava de desmontar seu marido tão autoritário naquela área entre o amor e o sexo.

Chan Yeol se pôs lentamente por trás do marido, o fazendo sentir sua presença lentamente já que pressa é o que eles menos tinham. Então, como confiava em Baek Hyun, não tapou seus olhos, apenas o guiou para frente alguns poucos passos e o parou, passando os braços por sua cintura e aproximando os lábios de seu ouvido.

— Pode abrir os olhos. — avisou e assim Baek Hyun o fez.

 

 

 


Notas Finais


OPA FINAL ESTRATÉGICO

E então, o que acharam? Ansiosos para o próximo passo do casal 20? Porque eu estou, e bastante aushuashaush' É tão bonitinho ver eles se reconectando, retomando a cumplicidade, e é uma das coisas que mais amo em 'NVR'.

(tem uma drabble aí muito bonitinha, se alguém quiser dar uma olhada e partir o coração)

Muito obrigada por estarem acompanhando, continuem mandando seu amor e energia positivas para nós e para 'NVR' sempre que quiserem :3

Beijinhos no coração e até semana que vem
Biaz


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