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História Nas Margens do Lago - Draco e Hermione - 1 Temporada - Caso 0922: Draco Malfoy


Escrita por: lizzieoliver

Notas do Autor


Ola gentee, como passaram o fim de semana? Espero que bem...
Vamos a mais um capitulo... espero que gostem *--*
Boa leitura a todos!!!

Capítulo 14 - Caso 0922: Draco Malfoy


Fanfic / Fanfiction Nas Margens do Lago - Draco e Hermione - 1 Temporada - Caso 0922: Draco Malfoy

Harry acordou mais cedo do que de costume, conseguiu dormir pouco tempo, depois que voltou da casa de Hermione. Com cuidado para não acordar Gina, levantou da cama e se sentou próximo a janela para observar a neve, que caia tranquilamente cobrindo as ruas e as arvores. Desde que voltou da casa de sua amiga, sua cabeça transbordava em pensamentos, não deixava por um instante de sentir mal. Antes daquela conversa, Harry não sentia absolutamente nada em relação a Draco, estava com a consciência limpa, afinal nem a própria Hermione queria cogitar a possibilidade de Draco fazer parte da vida novamente, mas depois que viu nos olhos dela toda a raiva e angustia por saber do que ele tinha feito, sua consciência pesou. Por mais que Draco tivesse sido um preconceituoso, ter feito a vida deles um inferno na época da escola e tivesse sido um Comensal da Morte, aquela revelação mudava alguns fatos. Draco tinha sim, que pagar pelos erros cometidos, mas não ser trancafiado numa cela fria pelo resto de sua vida.

Narcisa tinha sido assassinada na frente dele por Voldemort, Harry sabia muito bem o que era ter aquela experiência, embora no caso dele, aconteceu quando ele ainda era um bebê, mas ele sabia a falta que uma mãe podia fazer. Então... O que mais deve ter acontecido naquela época, que Draco não revelou nas audiências e nem Harry se deu o trabalho de vasculhar?

Saiu de seus pensamentos, indo se arrumar para mais um dia de trabalho. Fez a sua higiene matinal, tomou um banho, comeu algo rapidamente para não ficar de estomago vazio, e saiu de casa para dar inicio a um longo dia.

~*~

Parou na frente da porta que marcava o numero 577 em metal, cumprimentou seus colegas que estavam ao seu lado e voltou a encarar a sequencia de números.  Antes de abrir a porta, respirou, pensou e pensou, não tinha muita certeza se deveria fazer ou não aquilo, não por Hermione, mas pelo próprio Draco Malfoy. Harry estava inseguro, pois existia uma grande possibilidade dele se arrepender, mas naquele momento, ele tinha que fazer o que julgava ser o certo.

O encontrou acordado olhando pela janela, tinha a aparência bem abatida, mas parecia um pouco melhor, comparado ao dia em que entrou naquele hospital. Parecia tão alheio a tudo, que nem percebeu a sua aproximação. Ao olha-lo mais de perto, Harry notou uma lagrima escorrer pelo seu rosto pálido, mas não mostrava uma linha de expressão que seja.

- Que honra em vê-lo novamente, Potter! – Disse Draco sem desviar sua atenção da janela.

- Sempre irônico, não é Malfoy? – Ao ver aquele jeito inabalável de Draco, por um momento Harry sentiu vontade de virar as costa e sair. Não conseguia crer que aquele Draco que estava o recebendo, era o mesmo Draco que estava chorando quando entrou e o mesmo Draco que tinha pedido perdão a sua melhor amiga.

- Não seria eu se não estivesse sendo, não é mesmo?... – Deu uma leve risada de deboche.

- O que mais você é, Malfoy? – Foi então que Draco o olhou, sem entender o que ele estava querendo dizer. – O que mais você é, pensa ou sente? Porque sinceramente não consigo acreditar que você seja a mesma pessoa que vi chorando quando cheguei e a mesma pessoa que pediu perdão a Hermione...

- Ela de contou?

- Claro que me contou, e espero que você tenha sido sincero com ela. – Harry falava serio, enquanto Draco suspirava.

- Eu fui... Sei que parece algo improvável, vindo de mim, afinal sempre tive o meu orgulho, mas eu juro que eu fui sincero...

- Tudo bem então... Mas agora, é comigo que terá que ser sincero...

- O que quer que eu diga?

- A verdade sobre tudo...

- Virou o meu analista agora?

- Malfoy, acredite, eu sou a ultima pessoa que queria estar aqui tendo essa conversa com você, mas estou fazendo o que eu acho certo, então não me faça perder a paciência. – Disse puxando a cadeira que estava do lado da cama para se sentar – Desmanche essa arrogância toda e me mostre que realmente tem algo que preste ai dentro de você, porque acredite, no momento eu sou a única pessoa que pode te ajudar.

- Me ajudar em que?

- A recomeçar, a não ter que passar o resto da sua vida trancafiado em Azkaban, então, por favor, não me faça me arrepender... – Draco suspirou se sentindo derrotado, odiava ter que admitir que Harry tivesse a razão, que dependia dele para poder ter o recomeço que tanto desejava. Mas algo estava o intrigando, como tudo aquilo aconteceu?, Porque de repente todo o seu passado estava voltando átona?, Até porque, já fazia trezes anos que ninguém se importava se ele estava vivo ou não.

- O que quer que eu responda primeiro?

- Porque estava chorando quando eu cheguei?

- Estava pensando em algumas coisas. Em quantas pessoas tive que machucar, entre elas, Hermione. Não foi fácil ter que dizer a ela, que não era importante para mim, que o que tivemos não significou nada, porque era mentira, ela era a melhor parte de mim, o meu melhor lado. Quando estávamos juntos, ela me tirava do meu mundo obscuro, me trazia luz, foi ai que percebi o quanto tinha sido um cretino por tudo o preconceito que eu carregava dentro de mim.

- Porque não contou isso nas audiências, porque agiu como se não se importasse, como se não tivesse se arrependido de tudo que tinha feito?

- Vocês teriam acreditado? – Harry negou com a cabeça. Nenhum deles acreditariam, nem ele, nem Rony e muito menos Hermione. Aquela guerra estava tão fresca dentro deles, que estavam querendo apenas dar um fim naquilo tudo. – Não esta sendo fácil ter que te contar isso, acredite, estou travando uma batalha imensa dentro de mim.

- Por quê? Não é errado demonstrar o que sente, não é errado ser humano.

- O problema não é nem o fato de demostrar meus sentimentos em si, mas é ter que estar fazendo isso com alguém que é meu inimigo. Tive que passar trezes anos em Azkaban para conseguir me tornar mais humano. Tive que passar trezes anos tendo apenas a solidão para perceber o quanto eu queria que as coisas tivessem sido diferentes.

- Não somos mais inimigos, aquela guerra já acabou a muito tempo. Estamos do mesmo lado agora. – Harry ficou sentido com o que Draco estava lhe dizendo. Ele entendia aquele sentimento, não estava sendo fácil também para ele estar ali, mas agora ele queria ajuda-lo. Queria entender, desvendar os seus mistérios.

- Ao contrario do que pensam, nunca foi fácil ter que carregar um sobrenome. Não vou dizer que não tenho orgulho de ser um Malfoy, porque vou mentir. Tenho orgulho de ser um, mas não me orgulho mais das ideologias e do que tive que fazer, seja antes e durante a guerra para ser merecedor de pertencer a minha própria família.  

- Quando foi que isso mudou?

- Quando tive que deixar Hermione e quando... – Ele não tinha coragem de dizer, já era muito difícil lembrar.

- Perdeu a sua mãe... – completou Harry, Draco lhe encarou tentando entender como ela sabia daquilo. Nunca tinha revelado a ninguém, nem ao seu melhor amigo.

- Como sabe? Como descobriu sobre a minha mãe?...

- Zabini contou a Hermione. Ele contou que tinha um diário e que tinha escrito sobre a sua mãe...

- Como ele soube? Eu nunca revelei sobre o meu diário a ele...

- Isso eu não sei, foi apenas isso que ela me contou. Onde deixou esse diário? O que fez com ele?

- O deixei na sala precisa, era lá que eu o escondia. Ninguém podia saber daquele diário. Eu ia tentar recupera-lo quando fui até a sala precisa, mas acabou que estava junto com Goyle e Zabini, e você sabe o que foi que aconteceu.

- O que mais você tinha escrito?

- Tudo, escrevia tudo o que pensava e sentia, mas não podia revelar. Ele era o que eu não podia ser na maior parte do tempo.

- Como aconteceu? Digo em relação a sua mãe?

- Eu não quero falar sobre isso...

- Você precisa me contar, eu também perdi pessoas importantes na minha vida, sei o quanto é doloroso, mas eu preciso que me diga para eu te ajudar...

- Eu já disse que não quero falar sobre isso... – Ele esta começando a ficar irritado.

- Então me de suas lembranças...

- Eu não posso, Voldemort alterou as minhas lembranças... Antes de irmos para Hogwarts, a vingança dele não acabou no momento em que matou a minha mãe. – Draco sentia os olhos arderem.

- Como se lembra da sua mãe? Como se lembra de Hermione?, Se ele alterou as suas memorias.

- Minha tia Bella tinha me ensinado Oclumência quando me tornei um Comensal da Morte, com o tempo conseguia cada vez mais evitar que Voldemort ou qualquer outra pessoa invadisse a minha mente. Mas naquele dia eu estava mal, por estarmos indo invadir Hogwarts mais uma vez, eu não estava conseguindo tirar Hermione da cabeça, com a possibilidade de vê-la, depois de ser torturada dentro da minha própria casa. Eu já estava cansado daquilo tudo. Ele me pegou desprevenido, soube em quem eu estava pensando, então me lançou o feitiço. Tentei fechar a minha mente o quanto eu podia, mas estava sendo difícil, consegui proteger algumas lembranças, por mais que sejam as mais dolorosas de certo modo.

- Do que você se lembra, além de Hermione e da sua mãe?

- Dos gritos, o sangue, do medo que aquelas pessoas tinham, do olhar que dirigiam a mim. Ela nunca me deixa esquecer – disse abaixando o olhar para o braço enfaixado, Harry entendeu na hora o que ele estava querendo dizer.

- Foi por isso que estava tentando arranca-la? – Harry perguntou lembrando-se da cena que foi vê-lo naquele estado deplorável.

- Eu não consegui mais lidar com o fato de quem eu fui e do peso das palavras que aquela pessoa que se passou pela Hermione me disse... Essa maldita marca me tira todo o direito de um dia, merecer ouvir aquelas palavras...

- E o que ela te disse? – Perguntou Harry, sabendo de quem ele falava. Embora não soubesse, ele estava falando de Mia, sua filha.

- Que faria o possível e o impossível para provar a todos que estavam errados em relação a mim. Que me amava e estava me esperando...

- O que sentiu quando ouviu isso? – Draco pensou por algum tempo. Harry ficou admirado com a coragem e a ambição que Mia tinha dentro de si, mesmo que ela tenha feito algo errado, sentiu orgulho de sua “sobrinha”. Sentiu orgulho porque diferentes de todos eles, Mia não se deixou abalar pelo passado de seu pai, não o julgou por ser quem era, estava lutando pela pessoa que nunca conheceu, pela pessoa que todos tinham esquecido. Naquele momento, mais uma vez, Harry se sentiu um lixo, porque Mia lhe mostrou que realmente todos estavam errados e provavelmente ainda estariam.

- Para ser sincero, eu não sei o que pensar ainda... Estava crente que aquela pessoa era a Hermione, mas depois que descobri que não, me sentir frustrado. Mas não vou mentir em dizer que não gostei de ouvir aquilo, que não gostei de saber que tinha alguém que se importava comigo mesmo depois de tudo que eu causei. Diferente da vadia da Parkinson, quem eu considerei a minha amiga, mas na verdade não passava de uma interesseira. Já sabem quem é essa pessoa que foi me visitar? – Draco perguntou intrigado, implorando mentalmente que Harry lhe respondesse...

- Infelizmente não. – Mentiu. Draco suspirou se sentindo frustrado mais uma vez. Não era ele quem tinha que revelar a Draco sobre Mia. – Vou precisar ir, já esta na minha hora.

- Me responde uma pergunta antes? Te respondi varias... – Harry assentiu – Como tudo isso aconteceu? Porque a um tempo atrás eu estava sozinho naquela cela, sem que ninguém se importasse. O que foi que mudou? – Harry não sabia o que dizer, aquela pergunta lhe pegou de surpresa, mas não podia deixar de responde-la.

- Há pessoas que se importam muito com você, mas foi preciso de tempo para isso ser percebido. Não importa mais se passou treze, vinte ou trinta anos, a justiça se move lenta, mas ela vem no final. A vida sempre nos da uma segunda chance. – Harry deu um leve sorriso, se preparando para sair.

- Me promete? – Perguntou Draco, vendo Harry ir até a porta.

- O que? – Perguntou sem entender.

- Que eu terei a minha segunda chance...

- Não se preocupe... Faremos o possível. Ate mais – Disse saindo do quarto, deixando Draco pensativo, conhecendo pela primeira vez, o que era ter esperanças.

~*~

Chegou ao Ministério, indo direto para a sala de arquivos, precisava ter a ficha de Draco em mão para poder analisar tudo com mais calma. Já estava se sentindo aliviado, pois tinha uma prova que podia ajuda-lo, mas sabia que ainda assim, não era o suficiente. Precisaria de mais, não seria fácil convencer o supremo sobre o caso de Draco, ainda mais por ter sido um Comensal da Morte e ter sido condenado à prisão perpetua, eles iriam querer ser convencidos a todo o custo.

Com os arquivos em mãos, foi até a sala de Hermione, precisava conversar com ela, precisava lhe pedir perdão mais uma vez e lhe fazer entender que ela era muito importante para ele.

- Com licença, Hermione. Preciso conversar com você! – Harry entrou na sala, mas sua amiga nem o olhou, ainda estava chateada pelo que tinha acontecido no dia anterior. Harry percebeu que ela tinha chorado, pois tinha uma expressão cansada e inchada.

- O que quer Harry? – Perguntou sem tirar a sua atenção no que estava fazendo.

- Preciso te perdi perdão, mais uma vez, não tem ideia de como me senti mal por tudo que fiz... – Disse se sentando na cadeira na frente dela. – Eu entendo que esteja com raiva de mim, mas estou disposto a me redimir... – Foi ai que Hermione lhe olhou, estranhou ao vê-lo com os arquivos de Draco.

- Porque esta com os arquivos de Draco? Como vai se redimir, não temos provas. Ninguém sabe onde esse diário está ou se ele ainda existe. – Estava se sentindo frustrada, ela mais do que ninguém queria ajudar Draco.

- Peguei para analisa-lo e temos sim, uma prova... – Hermione o olhou confusa.

- Como?

- Fui até o St. Mungus antes de vir para cá, para conversar com ele. No inicio foi difícil, você sabe como Draco é, mas se abriu comigo...

- O que foi que ele te disse? – Perguntou sem acreditar o que estava ouvindo.

- Ouça você mesma... – Pegou o pequeno gravador trouxa, que tinha no bolso e ligou. Hermione escutou tudo atentamente. Conforme escutava, não sabia se chorava, se ria. A única certeza era que queria sair dali e ir direto para o hospital para vê-lo, mas se contentou a principio, em apenas abraçar o amigo que estava a sua frente. – Você tinha razão, Mione, ele se arrependeu, você estava certa. Desculpe-me, por tudo que eu causei e te disse ontem... – Hermione lhe abraçou mais forte e ele entendeu o que ela queria dizer. Ela tinha o perdoado, mesmo que não dissesse uma única palavra. – Vamos reabrir o caso. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado... *--*
Mais gente... não podemos esquecer que hoje é o Bday do nosso querido Draco Malfoy 💖
Beijão


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