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História Nashville - O despertar do Mal - Início do Pesadelo


Escrita por: BiaHoward

Notas do Autor


Bom Dia, Lindos leitores!

Happy Halloween!

Trago para vocês mais um episódio e é claro, preparem os corações!

Boa leitura!

Capítulo 4 - Início do Pesadelo


 

 Na estrada,  17:45 D.M

 

           A van era de 10 lugares e na frente, Chris, o tio de Candice, dirigia o veículo, por pedido da sobrinha. Ariana se sentou ao lado dele, ao saber que Chace viajaria junto com eles. O motivo de Ariana ter se sentado na frente? Ao perceber que Ariana iria também no evento, Chace paralisou e olhou secamente para ela, não dando muita importância. Michelle entregou um bilhete para Chace e ele, com muita arrogância, olhou diretamente para Ariana:

          -- Ótima brincadeira, mas estou ficando com a Candice.

          Ariana sentiu-se abalada emocionalmente. Seu "amor-platônico'' havia enterrado as possibilidades de quebrar sua imagem de anti-namorados. Por decisão, resolveu ir na frente, no banco do passageiro. 5 horas na estrada, os seis viajantes passavam por perto de uma estrada nebulosa, o sol já havia sumido, e a noite se aproximava, acompanhada do vento gelado. De repente, o clima havia mudado, e o inverno parecia ter chegado mais cedo. Candice e Michelle, já bêbadas, realizavam um strip-tease no fundo da van, na frente de Alex e Chace. Ariana tentava não olhar para aquela cena " Picante'' e ''Ousada'', uma atitude inapropriada.

           -- Aprenda Virgiana, como seduzir seu parceiro sexualmente... -- Michelle já havia tirado a blusa, e estava de sutiã, dançando sensualmente na van.

           Ariana olhou no retrovisor, criando coragem e viu uma outra passageira sentada. Curiosa, Ariana fixou os olhos e viu que a garota aparentava ter a mesma idade deles, tinha cabelos castanhos claros. Sua cabeça estava abaixada. Pelo que sabia, Ariana saberia quem seria convidado. 

         -- Chris, quem é aquela garota? -- Ariana diz, olhando para trás.

         Antes de responder a pergunta, Chris viu que a estação de rádio mudou sozinha e um zumbido alto mudou o clima picante para aterrorizante. Ariana olhou para o rádio, que mudava de estação sozinha e tentou desligá-la sem sucesso. Foram poucos minutos para Chris olhar para frente e avistar uma mulher de vestido vermelho, parada na estrada. Chris tentou desviar da mulher, mas a van a acertou e a mesma não voou ou se machucou... mas simplesmente se tornou uma sombra negra e a van capotou na montanhosa estrada. O cinto de segurança de Ariana arrebentou e ela saiu pela porta da van, violentamente, ralando seu corpo na estrada. Apesar de estar pouco consciente, a jovem viu a van capotar e todos seus amigos ficarem presos, sem conseguirem sair de dentro da van.     

     Ariana custou minutos para poder recuperar a memória e conseguir abrir os olhos depois do impacto que teve. Sua visão estava ruim e seu corpo machucado e pesado. Olhou ao seu lado direito e viu que a van estava capotada e nenhum sinal de vida de seus amigos. Fez um esforço e levantou-se, no maior sacrifício. Seu cabelo estava despenteado, suas pernas raladas e sentia uma dor na costela esquerda, que poderia ser uma fratura. Conseguiu ficar em pé, mas cabeça girava e não poderia caminhar sozinha. Caiu de joelhos, no mesmo instante, com as mãos na cabeça.

      -- Que dor!! Preciso chamar ajuda!-- Ariana olhou na imensa escuridão e o céu escuro que cobria uma rodovia.

      A jovem deitou seu corpo em uma pedra oval grande e tentou ligar o celular, que não funcionava. Aos poucos minutos de distração, uma criatura alta, com braços largos e completamente nu veio para cima de Ariana e quando ela se deu conta, a criatura tinha conseguido dominá-la, e o que restou foi um grito agudo e a perda da visão.

 

Hospital de Nashville, 19:00 hrs da noite

 

      No corredor da clínica, Ariana estava deitada em uma maca, que se movimentava muito rápido. Seus  olhos abriram e notaram que três pessoas a levaram para socorrê-la. Sua mente não conseguia encaixar as coisas, apenas escutou a voz de uma pessoa :

     -- Levem-a para a ala 12. Façam exames urgentes.

      A voz era Feminina e de uma pessoa de meia-idade. Ariana manteve os olhos fechados e apenas queria escutar a conversa entre eles. Talvez a ambulância tivesse a socorrido na estrada. Mas e a criatura estranha e nu? Seria uma miragem? Ariana abriu os olhos e estava dentro de uma sala médica. Duas macas vazias à direita, um balcão que guardava remédios na esquerda. Sua visão estava melhor, apesar da costela esquerda ainda doer a cada movimento. Era estranho, mesmo estando numa clinica. Ela ainda usava a roupa, agora suja e um pequeno rasgo no shorts, por conta do acidente. O certo não seria terem a trocado de roupa? Ariana percebeu que nenhum aparelho estava em seu corpo, isso é, não estava sendo medicada. A jovem olhou as paredes brancas com mofos e descascando, situação precária para atender pacientes. A garota levantou da maca, olhando algumas manchas escuras no chão, que lembrava sangue. Além do ambiente ser sombrio, a tv estava sem sinal de transmissão, e o canal fazia aquele zumbido alto de interferência. Ariana caminhou até a porta e a abriu.

     -- Olá, alguém por aqui?-- Cautelosa, Ariana colocou a cabeça para fora da porta e não recebeu respostas.

      Esperou alguns segundos e logo teve coragem de procurar alguma enfermeira ou médico. Havia um corredor imenso de ambos os lados. Arriscou ir para direita, pois a iluminação estava melhor. Caminhou em passos devagar, observando os quadros de artistas desconhecidos. Até que a sombra de uma  jovem passou correndo para o outro lado do final do corredor.

     -- Espere!!-- Gritou Ariana, correndo atrás.

     Ariana seguiu em frente e virou à direita, descendo as escadas. Era ali que a garota havia passado e logo deu de cara com uma pequena sala de recepção: Um balcão, pouco iluminado, dois sofás de dois lugares e uma pequena estante de revistas. Um pedaço de jornal atraiu a atenção de Ariana:

 

                          "Cidade comemora festa de adoração à 1°cirurgia local..."

 

       O jornal parecia antigo, mas o ano apontava 2015. Ariana o deixou na mesmo lugar. Ao lado, havia um telefone. Ali estava sua esperança de chamar ajuda. Pegou e discou, mas a linha parecia estar cortada.

       -- Funciona, Ora!! Preciso ligar para minha mãe e avisar que estou bem!-- Ariana discava, mas em vão.

       A jovem foi atrás do balcão, e pegou um molho de chaves. Talvez pudesse encontrar algum telefone nos quartos e então poder ligar, mas iria precisar de um mapa, se não perderia tempo abrindo portas desnecessárias. Olhou em todos os cantos e achou um pequeno mapa do andar que estava. Seria uma boa ajuda. Seus dedos percorreram na folha e conseguiu se localizar: estava a poucos metros da escada e alguns metros a mais do elevador. Nenhum telefone funcionava, então a solução seria arriscar uma das opções. Para facilitar a busca de ajuda, Ariana seguiu o caminho do elevador e chegando nele, uma forte faísca saiu de dentro do elevador. Isso era péssimo.

       -- Ótimo, terei que enfrentar as escadas. -- retrucou.

      Ariana voltou para a recepção onde estava à 5 minutos atrás e seguiu o caminho que ligava as escadas. Abriu a porta, e percebeu alguns pingos de sangue na parede. Seu coração disparou ao perceber que era sangue fresco. Apesar de receosa, a jovem olhou as escadas, pensando em qual caminho seguir: As escadas do andar de cima ou arriscar e chegar lgo no andar térreo. Se no andar que ela estava, não havia sinal de vida, quanto mais no andar de cima. Ariana decidiu descer as escadas, mesmo as quantidades de marcas de sangue apareciam com frequência no corre-mão, nas paredes e uns pingos no chão.

         -- Alguém está muito machucado...-- Ariana tentou não olhar muito, para não lhe causar mal-estar. Ao se apoiar na parede, sentiu novamente a costela esquerda doer, passou a mão e notou que estava inchada.

         Ariana desceu as escadas e abriu a porta do andar de baixo e a abriu cuidadosamente. Olhou a sua frente e as lampadas permaneciam acesas, apesar  do ambiente estar silencioso. Caminhou devagar, sentindo apenas sua respiração pesada, o silêncio era mortal e fazia com que o Tic-tac do relógio da parede ecoasse no corredor. O cheiro de Alcoól estava muito forte, talvez alguma enfermeira tivesse sem querer derrubado o líquido no chão e ainda não viera a limpar. Mais alguns passos à  frente e chegara a uma porta de grade, e provavelmente seria o depósito daquele lugar. O que lhe chamava mais atenção era o fato da porta de grades estar enferrujada, o piso sujo e as paredes descascando. O hospital parecia de fato abandonado. Abriu esta porta e deu e cara com duas portas pequenas: Uma na frente e outra à esquerda. A jovem tirou do bolso, as chaves e abriu a porta cinzenta, a da esquerda. Ao entrar, se deparou com muitas embalagens de siringas abertas, uma luva de elástico jogada no chão e um vidro enorme de Cloroformio(vazia). A jovem conseguiu pegar uma lanterna na estante de cima e a segurou firme. Ariana havia deixado a porta aberta e por causa disso, sentiu um vulto passar correndo atrás de si.

        --Hey !-- Ariana se virou rápido, seguindo em direção à porta.

        Ao sair da salinha, Ariana notou pegadas no chão que levavam para a porta que não havia entrado. O mais estranho era que a porta de ferro estava fechada com correntes e cadeado. Voltar para trás não ajudaria tanto. Tudo apontava que ela precisava seguir em frente. E assim fez. Ao abrir a porta, uma escuridão imensa dominou o local e o cheiro de álcool sumiu. Por sorte, Ariana havia pegado a lanterna e a ligou, mas na verdade, se ela soubesse que o ambiente teria se transformado em puro terror, não acenderia a mesma. Para lhe causar mais pânico, esbarrou numa cadeira de rodas, que por azar estava com sangue, sujando seu braço. No assento da cadeira, tinha mais um pedaço de jornal rasgado :

       

        "DR°a Lange se muda para Nashville..."

 

       Ao lado do jornal, havia uma fotografia de uma antiga catedral, com muitas pessoas em pé na frente e muitas delas, usavam um manto, talvez colorido, pois a foto era preto e branco. Ariana virou a fotografia, e estava escrito : Inverno de 1986. Estava borrado a forma que estava escrito. Ao deixar a fotografia, uma mão tocou em seu ombro. Ariana tomou um susto e virou rápido: Era Chace, que sangrava muito no braço direito.

      -- Ar-ariana.... Aonde estamos?!

      Apesar do fora que a garota havia levado dele, Arina sentia pena de como ele estava machucado. Não era hora de se vingar, era hora de se unirem e tentar buscar ajuda de alguém que não estaia tão machucado.

      -- Não sei, Chace... Mas precisamos buscar ajuda e encontrar o resto da galera...

      Ariana olhou no braço dele e percebeu um corte profundo, estava pálido e seus olhos assustados, quase sem fôlego.

       --O que aconteceu com você?-- Ariana se mostrou preocupada, pois ele estava nervoso.

       -- Uma criatura me atacou e eu estava dentro da van, fiquei preso.... Droga, acho que pegaram a Candice.

        Ariana estava preocupada, mas aquilo a deixou mais assustada do que aparentava ser. Um barulho no final da sala escura fez com que ambos se olhassem e Ariana resolveu agir:

       -- Ok, precisamos sair daqui... Não quero que essa coisa tente machucar mais a gente.

       A jovem ligou a lanterna e eles estavam dentro de uma sala de medicamentos. Havia várias cadeiras especiais para pacientes, todas manchadas de sangue. Ariana olhou para uma siringa que estava no chão, que cheirava a morfina e pelo jeito, alguém tentou usar, mas sem sucesso. Os dois continuaram caminhando, vagarosamente com extremo cuidado. Até que chegaram em uma porta dupla de madeira, (com espelho para olhar). Antes de abrir, Ariana notou que havia um grande galpão e parecia ser a saída de emergência do hospital. Apesar de estar sem movimento suspeito, Ariana e Chace entraram.  Chace parou na porta, medindo Ariana.

        -- Sobre o que aconteceu na van... Eu preciso deixar claro que eu amo a Candice e quando sairmos vivo daqui, esqueça que ficamos "à sós"...

         Ariana ignorou o que ele disse e foi andando, olhando as lâmpadas que pareciam fortes demais para uma iluminação de um lugar silencioso. Ariana deu mais alguns passos e chegou perto de um banco de concreto, onde estava uma carta. Mas antes de pegar, uma criatura alta, forte abriu a porta furiosamente, derrubando Chace no chão e este  não conseguiu se levantar.

         -- Chace !!-- Ariana gritou ao ver a criatura gigante pegar Chace pelo pescoço, levantando-o no alto.

         Sem sucesso, o rapaz tentou fugir, mas a mão apertava seu pescoço da forma que ele não conseguia respirar. Ariana sem reação, pensou em distrair o monstro, mas qual  maneira de feri-lo, a ponto de soltar Chace? A garota tremeu e então gritou, sem ter outra saída:

         -- Solte ele!!

         O monstro olhou para a garota, mas não soltou Chace, e ao invés de seguir ela, ele  apertou  fortemente Chace, do modo que o rapaz perdeu a respiração e então, a criatura brutalmente enfiou a mão pela boca dele, estourando o pescoço e quebrando em seguida. O corpo de Chace caiu no chão, gorfando sangue. O monstro olhou para Ariana e friamente rugiu alto algo estranho, ecoando pelo lugar. Ariana correu para a porta do outro lado, deixando cair o mapa que poderia futuramente lhe ajudar. A jovem sentiu os passos pesados atrás de si e mesmo com a costela fraturada, buscou fôlego do "além" para correr sem nenhum objetivo. A porta, no qual Ariana entrou, era já uma pequena área descoberta, com vários carros parados, alguns sem rodas, outros quebrados nos vidros. A garota  se escondeu atrás de um dos véiculos e apoiou  seu corpo, tentando respirar, sem atrair a atenção do monstro. A criatura vestia uma roupa estranha, era alto, de pelo menos, dois metros  acima, e extremamente forte. Seu rosto usava uma máscara de minerador e as mãos estavam  sujas e cheirando a sangue podre. Como estrategista, o monstro parou na porta. Ariana espiou debaixo do carro e viu que ele deu um passo  a frente, mas não fazia barulho. A jovem estava cercada de carros e aquilo a deixaria sem saída. Ariana sentou no chão úmido e rezou para a criatura fosse embora. Seu coração estava acelerado demais, sua mão suava também. Ela não iria conseguir  permancer imóvel por muito tempo, pois sofria de TDAH. Resolveu então dar mais uma espiadinha debaixo do carro e agora o monstro rungia palavras desconhecidas, entretanto, a jovem não sabia onde ele estava, pois não estava mais na porta. Ariana fechou os olhos  por alguns segundos, até que uma mão tapou sua boca.

        --Não faça barulho....-- sussurrou uma voz masculina.

        Ariana obedeceu a misteriosa voz, acreditando que fosse uma pessoa do bem. O dono da voz misteriosa, guiou engatinhando Ariana até uma grade metálica, do lado esquerdo. A garota não teve a chance de ver quem era, pois ainda estava em choque e temia que era melhor segui-lo, do que o monstro a acha-la. 

 

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