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História Natsu-ningyõ? - Capítulo Único- Hoje você é minha!


Escrita por: DarkOtome

Notas do Autor


Oe minna! Sou nova na área, perdão caso algo esteja estranho sahuhsausahu Essa é minha primeira fanfic aqui no site. Por favor, não tenha medo de me falar, caso eu tenha feito algo estranho '-'
Espero que tenha uma boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único- Hoje você é minha!


– Estranho... Hoje a guilda está tão quieta. – Lucy queixou-se desanimada. Ela estava apoiada no balcão e conversava com Mira, como sempre.

– Seria a presença de certo rosado que lhe faz falta? – Mira indagou com um sorriso. Lucy ficou rubra no mesmo momento.

– C-claro que não, Mira! Aquele baka... É bom mesmo que demore a chegar daquele trabalho... – Lucy sibilou irritada. Há dois dias, havia brigado feio com Natsu e de pirraça o garoto resolveu fazer um trabalho sozinho, levando apenas Happy junto com ele.

– Lucy, ficar preocupada e irritada dá rugas... – Mira alertou, e Lucy desfez a careta, para depois fazer uma cara melancólica.

Com um suspiro levantou-se. Não gostava de se sentir assim. De uns tempos para cá acabava confundindo as palavras que Natsu dizia, e infelizmente, a cada contato, cada palavra dita, e cada intimidade ganha, Lucy sentia-se presa a Natsu. Mas é claro que ele não sabia disso, ou ao menos pensava. Natsu seria uma criança eterna, e Lucy achava que nada mudaria isso. E, apesar de querer mais do que amizade tentava se confortar com o que tinha, afinal, era melhor que nada, não é mesmo?

– Estou indo para casa... Matta ne. – Lucy despediu-se com um aceno, e Mira sorriu em resposta.

No caminho para casa, enquanto caminhava no murinho, levou um susto que quase a fez cair.

– Lucy-chan! Tome mais cuidado! – um dos pescadores gritou enquanto os outros riam.

– Hai, hai... – Lucy respondeu um tanto irritada. Desceu do murinho e pegou o objeto que lhe fizera assustar: tratava-se de um boneco (ningyõ) de Natsu. – O que é isso? – indagou chacoalhando o objeto. Lembrou-se que antigamente em uma lojinha da Fairy Tail vendia-se bonecos do Natsu, mas aquele era diferente. Parecia ser de pelúcia e Natsu estava mais gordo que o habitual.

Ficou encarando o boneco por um tempo, e lembrou-se que estava triste com Natsu.

– Baka... – Exclamou estrangulando o boneco. Mesmo sabendo que isso não afetaria nada o Natsu verdadeiro, se sentiu mais aliviada. Olhou para os lados verificando se não tinha nenhuma criança à procura do brinquedo e resolveu levá-lo consigo.

Ela não percebeu, mas havia, perto dali, um certo neko azul voando atrás de um peixe.

Chegando a sua casa, colocou o boneco de Natsu junto com Michelle em sua cama. Preparou alguma coisa para comer, e depois de se sentir satisfeita, começou a escrever um dos seus romances.

– Argh... – Bufou após perceber que não conseguia se concentrar. Releu os parágrafos que tinha escrito, e irritou-se mais ainda.

– Ne, Natsu-ningyõ, o que eu faço? – Indagou chorosa para o boneco. – Todos meus mocinhos se parecem com você... – Reclamou.

Levantou-se da cadeira, e foi até a sua cama. Pegou o boneco de Natsu e o levantou, observando cada traço do boneco. Por um instante, pode jurar que a boca de linha do boneco havia se mexido.

– Baka... –Suspirou. – É muito ruim gostar de você, sabia? – disse e largou o boneco. – Porque eu tinha que me apaixonar? – balbuciou virando-se de lado e dormiu.

Nesse mesmo instante havia certo exceed em completo desespero.

– Natsu... Gomem na sai. Gomem na sai. Gomem... – Happy dizia em meio ao choro. Estava na guilda, e não conseguia explicar o que aconteceu. Mira tentava a todo custo entendê-lo, mas ele só conseguia pedir desculpas.

– Oe, Happy. Se acalme! O que aconteceu com o Natsu? – Charle perguntou. Metade da guilda já tinha parado de fazer o que fazia para ver o que estava acontecendo.

– E-eu... Estava com o peixe, e deixei o Natsu... Ele sumiu! – Falou, causando mais dúvida ainda em seus nakamas.

– Como assim “sumiu”? – Erza indagou.

– É, explica direito, Happy. – Gray pediu.

– Eu e Natsu estávamos em um trabalho... – Happy começou a contar. – E aí no final, quando íamos receber a recompensa, o Natsu sem querer destruiu a casa da velha. Aí além de ficarmos sem recompensa, ela jogou um feitiço no Natsu e ele virou um... Um boneco gordo.

Gray e Gajeel seguraram a risada. Só Natsu mesmo para fazer esse tipo de coisa. Já Erza balançou a cabeça indignada com o fato de o amigo ter destruído mais uma casa. Wendy continuava morrendo de preocupação.

– Mas onde entra a parte do peixe e do sumiço? – Charle perguntou.

– Como ele estava daquele jeito, eu o peguei e vim embora voando o mais rápido que eu conseguia até a guilda. M-mas... Natsu é pesado, meus bracinhos não estavam mais aguentando tanto peso. Então eu fiz uma pausa lá perto do lago e fui tentar pegar algum peixei... – Happy narrou tudo enquanto fungava. – Aí quando eu voltei, o Natsu-ningyõ tinha sumido! Eu sou um péssimo amigo! – Exclamou e começou a chorar novamente.

– Ele não pode ter sumido assim, sem mais nem menos. Vamos procurá-lo! – Erza sugeriu.

– Aye, sir! – os magos responderam, saindo da guilda em busca de Natsu.

Mal sabiam que ele estava em segurança, junto com Lucy.

– Natsuuuu! – Happy passou pela magnólia inteira gritando atrás do amigo. – Natsuuuu!

– Happy! Conseguiu achá-lo? – Charle apareceu voando próximo a ele.

– Não... Charlulu, o que eu vou fazer? – choramingou. A gata suspirou, pensativa.

– Você já falou com a Lucy? – questionou. Happy arregalou os olhos. No meio de todo o desespero tinha se esquecido de avisá-la!

– Vou ir até o apartamento dela! – exclamou, e em disparada foi até Lucy.

Quando chegou, já entrou pela janela sem nenhuma cerimônia, e a acordou.

– Lucee! O Natsu sumiu!

– Am? Happy... O quê? Como assim sumiu? – Lucy indagou acordando assustada. Se algo tivesse acontecido a Natsu com os dois brigados, ela não sabia o que faria.

– Ele... Eu... Peixe... Sumiu. – Happy embolou para explicar já com algumas lágrimas.

– Happy... Não entendi. – Lucy falou perdida. Happy fungou, e quando foi se preparar para explicar, viu um certo boneco ao lado de Lucy.

– NATSUUU! Você o achou! Arigatou ne, Lucy!! – Happy a abraçou e depois foi até o amigo-boneco. – Gomem na sai, Natsu. Eu não sabia que você ia sumir! – pediu.

Lucy ficou mais perdida ainda.

– Happy, esse não é o Natsu... É um boneco que achei hoje na rua.

– Não, é o Natsu sim! No nosso último trabalho ele foi transformado nisso! – Happy alegou. Lucy sentiu seu rosto começar a ficar vermelho.

Happy só podia estar brincando.

Aquele não podia ser Natsu.

– Vamos para guilda! Temos que avisá-los e fazer o Natsu voltar ao normal! – Happy pegou o Natsu-ningyõ e saiu pela janela.

– Kami-sama... Eu não acredito nisso. – Lucy murmurou. Como ela era tonta! Quem reclama que gosta de alguém para o boneco dessa pessoa?! Baka, baka, baka!

Já na guilda, todos estavam reunidos em volta do Natsu-ningyõ, enquanto Levy procurava em um de seus livros a solução para que o amigo voltasse ao normal.

– Que foi Lucy? – Gray indagou percebendo o quão agitada ela estava.

– Am? Ah, eu tô bem. Tô legal. Tô normal. – Respondeu tudo muito rápido e com uma risada sem graça no final.

– ACHEI! – Levy gritou, e todos comemoraram. – Só temos que fazer um simples feitiço de reversão... – falou, e logo pronunciou o feitiço.

Em um passe de mágica (literalmente) Natsu voltou ao tamanho normal, e deixou de ser um boneco.

– OW! Voltei ao normal! Arigatou Levy! – Natsu exclamou a abraçando.

– Oe, Salamander, larga a baixinha. – Gajeel reclamou. – Você está a sufocando.

– Bem vindo de volta, Natsu-kun. – Levy saudou-o com um sorriso. Todos na guilda começaram a comemorar (não que eles precisassem de um motivo para festar, mas a volta de Natsu ao normal já era o bastante).

Lucy aproveitou que todos estavam puxando Natsu de um lado para o outro, e ele e Gray já estavam discutindo, e foi saindo de fininho.

– MINNA! UM MOMENTO! – Happy gritou fazendo todos pararem o que faziam. – Não podemos deixar de agradecer a Lucy, afinal, foi ela que o encontrou! – falou fazendo o rosto de Lucy se avermelhar, enquanto todos a pegavam e jogavam para cima. A tiraram de perto da porta, e a levaram até Natsu. Lucy não conseguia olhar em seus olhos, manteve a cabeça baixa o tempo todo. Já Natsu estava com um sorriso diferente, mais amistoso.

Quando ficou como um boneco, ele não conseguia se mexer, mas ainda sim sentia, via e ouvia tudo ao seu redor. A confissão sem querer de Lucy não lhe tinha passado despercebido.

– Arigato, Luce. – Natsu abraçou quando finalmente os largaram. Lucy estava reta, incapaz de se mexer ou levantar a cabeça. A vergonha a consumia.

Natsu a soltou, e ela apenas assentiu, para depois virar, querendo ir embora.

– Calma. – Natsu pediu segurando seu braço. – Queria me desculpar. Se você tivesse ido com a gente nesse trabalho, eu acho que não tinha acontecido tanta coisa.

– Isso mesmo! Você foi um idiota! Deveria ter ficado como um boneco só para aprender! – Lucy exclamou, dizendo tudo muito rápido e se fazendo de brava.

– Assim você poderia se declarar para mim novamente, não é...? – Natsu provocou sem a consciência do peso de suas palavras. Lucy queria cavar um buraco e enfiar sua cabeça ali para nunca mais tirá-la.

– Fica quieto! Baka! Baka! Baka! – mandou, dando tapas em Natsu. Antes que Lucy continuasse, Natsu segurou seus braços, a fazendo ficar quieta, e com a respiração ofegante.

– Gomem. – Natsu pediu. Ele se desculpava por tudo: desde seu jeito criança de mais para avançar, ou até mesmo da falta de demonstração do que sentia.

Lágrimas se formaram nos olhos de Lucy. Ela queria gritar, chorar, xingar Natsu, bater nele, sair correndo, dormir, sumir, tudo. Mas não conseguiu mover um dedo se quer. Ele já sabia de seus sentimentos, o que mais podia fazer? Talvez eles conseguissem manter a amizade depois do fora, mas... Nada seria igual.

Até porque, Natsu não a recusaria. E nem ficaria explicando seus sentimentos com palavras, ele era péssimo com isso.

– Não chore, O.K? – pediu limpando o rosto molhado de Lucy com o polegar. – Você fica muito mais bonita sorrindo. –disse e abriu aquele sorriso inocente e sincero que só ele tem.

Lucy ficou confusa. Isso era um fora, não era? Mas ele a tinha chamado de linda... Ele pode ter sido apenas educado. Mas não faz o perfil do Natsu ser gentil.

"Ah droga! Eu não entendi nada!" Lucy pensou, desolada.

Vendo que Lucy não pararia de chorar, Natsu a abraçou. Ele também estava um pouco perdido, mas com o tempo iria se acostumar. Ter uma namorada deve ser legal, não é?

– Eles se goxxxxxxxxxxxxtam! – Happy exclamou com um sorriso malicioso. Lucy ficou mais envergonhada ainda, mas Natsu apenas riu e coçou a cabeça. De que adiantaria continuar a esconder?

– Lucy... Er... Você... Tá melhor? – Natsu indagou sendo invadido por uma momentânea vergonha. Ele iria a pedir em namoro, mas acabou perguntando do estado da maga.

– H-h-hai. – Lucy gaguejou tentando endireitar a postura, e se afastar um pouco de Natsu. Ela ainda estava confusa, muito confusa. – Bem, já está tão tarde... Matta ne!

– Espera. Ainda não consegui falar com você. – Natsu pediu. Ele tinha que falar, ou ficaria louco. Sua amiga precisava saber que os sentimentos eram correspondidos.

– Amanhã, Natsu. Amanhã! – Lucy gritou, enquanto andava o mais rápido possível até a saída da guilda. Natsu suspirou irritado. Olhou para seu gato e teve uma ideia.

– Happy, me dá uma carona?

Passado cinco minutos Lucy finalmente estava em seu apartamento. Nem se deu ao trabalho de ligar os interruptores, foi direto para a sua cama. Precisava pensar; dormir. Assim que se jogou, se deu conta de que sua cama estava mais quente que o comum, e um pouco dura também. Parecia até uma pessoa...

– AAH! NATSU! – Lucy gritou assustada enquanto seu nakama ria.

– Assustou Luce? – indagou o rosado com um sorriso travesso. Lucy acendeu as luzes e sentou ao lado do amigo, irritada.

– M-mas é claro! Eu disse que a gente conversava amanhã!

– Mas eu precisava falar hoje. – Natsu cruzou os braços e fez bico igual a uma criança. Lucy quase se esqueceu que estava brava. Quase.

– Fala logo então! – mandou cruzando os braços, irritada.

Natsu não esperava essa resposta. E ali, frente a frente com Lucy sua voz pareceu sumir. As palmas da mão ficaram ligeiramente soadas e ele se segurou para não tremer feito um bambu. Ele até queria assumir uma postura de homem, igual à Elfman, mas não conseguia. Não em uma situação como essa.

– Sobre... Sobre o que você falou hoje à tarde. – Começou e Lucy abaixou a cabeça. Natsu a ergueu. Queria olhar nos olhos dela, para que ela visse que tudo que ele falava era verdade. – Eu... Também gosto de você.

Lucy assentiu e Natsu deu um pequeno sorriso.

Mas nenhum dos dois já namorou. O que se deve fazer depois de uma confissão? Bem, eles não sabiam.

E eles ficaram em silêncio por um longo tempo, até que Lucy finalmente o quebrou:

– Como isso é vergonhoso! – Exclamou e riu. Natsu riu pelo nariz, um pouco nervoso também. No fundo, para ele, eles iriam continuar como sempre foram, e ele esperava uma iniciativa de Lucy. Ela que tinha começado com toda essa história!

– Então... Isso quer dizer que... A gente namora?

– A-acho que sim. Bom, já está tarde, quero dormir, Natsu. Até amanhã! – Lucy despediu apontando a janela de seu quarto. Natsu a observou com um sorriso que aos poucos foi se tornando malicioso. Se ela não tomaria iniciativa, sobraria para ele.

– Não, não Lucy. Hoje você é minha.


Notas Finais


Caso não saiba o significado das palavras em japonês, aqui está algumas traduções. Perdão se alguma estiver errada, só manjo de japonês de anime saushauh
*Matta ne: Até mais
*ningyõ: boneco
*Gomem/gomem na sai: me desculpa/desculpa/me perdoe
*nakamas: companheiros
*aye sir: sim senhor
*Arigatou: obrigado
*Kami-sama: meu Deus
*Minna: pessoal
*Hai: sim
E então, o que achou? Espero que tenha gostado e obrigada pela leitura!


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