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História Nem por Meio Milhão de Libras! - As recordações de Kagura Thompson


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal. Mais um capítulo!
Hoje tem threesome! Hentai! FECHE OS OLHOS! NÃO LEIAM! XD

DICA DO DIA
Para quem NÃO curte ler o ship Sesshoumaru & Kagura, recomendo que leia até a frase:

-- O loiro, enfim, terminou de comer e os três seguiram para o quarto de Naraku.

(Se bem que o humor do capítulo está misturando com o hentai, mas enfim!)

Boa leitura! Perdoem eventuais erros.

A imagem do capítulo pertence ao fanartista Einom do Deviantart. :)

Capítulo 11 - As recordações de Kagura Thompson


 

***

 

Era alta madrugada quando Andrew Miroku, após momentos intensos de prazer com a professora escocesa, a chamava gentilmente, acariciando seus longos cabelos.

— Mrs. Cameron... Minha linda...

— Hmmm... — gemeu ela, acordando.

— Eu posso usar seu telefone para ligar para o meu irmão? Estou preocupado com Kikyou.

— Pode, fofo... Fique à vontade — murmurou Sango, já voltando a dormir em seguida.

Miroku, então, deu um beijo na fronte da mulher e se levantou da cama. Estava exausto; a escocesa era fogosa e insaciável. A consciência do rapaz estava ainda pesada, contudo era tudo tão novo e fantástico para ele que a culpa disputava por espaço com a alegria do primeiro amor em seu coração.

Foi até o banheiro e tomou uma ducha fria. Estava bem mais aliviado ao ouvir de Sango que não era preciso se preocupar com gravidez, pois ela era infértil — motivo este que resultou no fracasso de seu casamento, porque Takeda Cameron não aceitava tal fato e a humilhava sempre que podia. A breve menção ao passado levou a bela mulher a chorar ali mesmo, nua sob Miroku. O motorista não hesitou em parar tudo e cobri-la de carinhos e palavras de conforto. O casal não havia tido um diálogo mais íntimo até então; Sango, apesar de não querer demonstrar que sua vida pregressa a deixara cheia de feridas na alma, se sentiu amada e bem cuidada por Miroku. Dessa forma, os dois transaram mais duas vezes e ela adormeceu de imediato, segurando a mão do rapaz apaixonado.

O jovem Wright, já limpo, se vestiu e foi com o celular de Sango até a varanda. O céu estava estrelado e ele chegou a murmurar uma prece a Deus para perdoá-lo de seus pecados recentes. Então, enviou uma mensagem de texto para Raymond Inuyasha. Logo o caçula respondia, dizendo que podia, sim, ligar para ele.

— Mano, que número é esse? — indagou Inuyasha, em voz baixa. — É da senhora Cameron?

— É, sim. Eu pedi a ela emprestado para poder ver como vocês chegaram aí. Como está a Ann, mano?

— Ela agora dormiu, mas chorou durante a viagem quase toda — afirmou ele, triste. — Coitada.

— É por causa da discussão? Ela não é de ficar assim por causa de discussões.

— Em parte, é sim, Andy; ela não quis me contar, mas acho que o coordenador a ofendeu de alguma maneira. Mas o problema são as nossas despesas, sabe? Vai ficar muito caro para Ann pagar sozinha os dois cursos. Eu não queria aceitar, preferia procurar um emprego e pagar eu mesmo o curso, além de ajudar com as nossas finanças, mas ela é teimosa pra caramba. Prefere se matar de trabalhar para aquele Mr. Taylor. Não vou com a cara dele.

— Eu também não. Ninguém tira da minha cabeça que ele é mau. Mas Kikyou é meio ingênua demais, às vezes.

— Chato isso. Mas eu vou fazer de tudo para conseguir um trabalho para aliviar a barra para ela. Pena que aqui é difícil...

— Vamos ter fé.

— Sim, vamos ter fé que tudo vai dar certo. Ah, Andy...

— O que, Inu?

— E aí, minha dica funcionou?

Miroku ficou vermelho e coçou afobadamente a cabeça.

— Inuyasha, seu pervertido...

— Funcionou ou não?

— F-funcionou até demais... Ela d-disse que adorou a minha língua brincando com... Com... — o motorista ficou irritado ao ouvir o irmão rindo do outro lado da linha. — Dá um tempo, Inuyasha! Não ria de mim!

— Ora! Estou feliz por você, não posso?

— Você é um tarado, Inuyasha. Enfim... Eu vou ver se consigo ajudar mais a Kikyou. Ela não precisa fazer tudo sozinha. Quanto a você, mano, se esforce pelo menos para continuar sendo um bom aluno.

— Disso, você não precisa duvidar. Eu quero ser motivo de orgulho para a nossa maninha teimosa.

— Muito bom ouvir isso. Agora me deixe ir. Não posso abusar da boa vontade de Mrs. Cameron.

— Tudo bem, Andy. Um abraço. E aproveite, hein? Com uma milf gostosa dessas comigo, eu lamberia cada centímetro da pele dela, chuparia seus seios até ficar com a boca dormente, depois a colocaria para cavalgar em mim e depois...

— Cheeeeega, Inuyasha! Bye! — interrompeu-o Miroku, escandalizado.

 

***

 

Miroku não era o único a perder o sono naquela madrugada.

Naraku Octavio, em sua casa, desistia de dormir ao se ver extremamente agitado, e se foi até o Fazioli na sala.

— Ah, meu companheiro... Vamos passar a noite juntos hoje? — murmurou ele, se sentando diante do piano. Seus cachos estavam presos e ele vestia apenas uma bermuda. Começou a dedilhar ‘Clair de Lune’ de forma despretensiosa, apenas para pensar em algo que não fosse a “crentelha”.

Seus planos de ir a alguma balada e terminar a noite nos braços de uma mulher qualquer se foram por água abaixo. Após a partida súbita de Ann Kikyou, o espanhol foi embora para casa, ainda sentindo seu corpo vibrando de desejo pela jovem mulher que tanto o irritara. Sob as roupas humildes, com certeza havia um corpo belíssimo e intocado; foi possível observar seus quadris largos, os seios não tão grandes, a cintura fina. E a moça nunca havia sido beijada antes; ele fora o seu primeiro. Do jeito que ele sempre desejou — ser o primeiro de uma virgem. E aquela virgem em especial não seria tão difícil de conquistar e degustar; seduzir alguém era tarefa simples para o espanhol, que passara boa parte de sua adolescência se prostituindo para sobreviver. O timbre certo de voz, a intensidade certa do toque, a candura certa de um beijo, a malícia certa do olhar... Todas essas ferramentas ele tinha consigo e as utilizava frequentemente. Se ele quisesse, poderia estar deflorando a aluna do Instituto naquele instante.

Porém...

Naraku Octavio detestava fanáticos religiosos com o mesmo fervor que o físico John Sesshoumaru odiava latinos.

A música tocada ao piano agora era ‘Barcarolle’. Delicada e leve aos ouvidos, a peça em Ré maior enlevava o espírito do espanhol e era uma de suas favoritas. Contudo, nem aquilo o tranquilizou.

Acabou abandonando o piano, incomodado. Foi até seu quarto e pegou o celular, digitando uma mensagem de texto no WhatsApp para uma pessoa que, com certeza, não o recriminaria por ser incomodada às 2:50h da madrugada. Kagura Thompson.

Logo a mulher, que estava sentada a uma escrivaninha fazendo um trabalho de Álgebra Linear, retornava a ligação para ele. Estava de mau humor, mas agiu cortesmente, como sempre.

— O senhor está bem, Mr. Naraku?

— Estou.

— Ah...

— Estava estudando?

— Sim, senhor. Gostou do crumble¹?

— Que crumble?

— O senhor não viu o crumble de maçã que fiz? Está sobre a mesa...

— Ah... Não, não vi, chica. Perdóname. Para ser sincero, vim tão irritado do Instituto que não comi nada.

— Você está sem comer nada desde quando?! — indagou Kagura, com tom agressivo.

— Bem... Desde que saí de casa.

— Irresponsável! — exclamou ela, levando o espanhol a piscar repetidas vezes, atônito. — Quer ficar doente?! Esqueceu de que é um transplantado?!

— Sesshoumaru, é você imitando a voz de Kagura? Sabia que era um cigarrón também. Está aí com ela fazendo o que, compartilhando esmaltes?

A moça respirou fundo do outro lado da linha. O som da risada de Naraku a fez reconsiderar seu azedume.

— Desculpe. Eu acabei me excedendo com você.

— Não tem problema, cariño. De qualquer maneira, saber que tem um crumble de maçã me esperando já me deixa mais tranquilo. Você é simplesmente maravilhosa.

— Por favor, não fale desse jeito comigo.

Naraku se calou, intrigado, até que sua face se consternou e ele respondeu, sério:

— Não foi intencional, Kagura. Desculpe.

— Eu que peço desculpas... Eu... Não estou em um bom dia... — afirmou a jovem, desalentada, num único suspiro.

— Se precisar de mim para conversar, estou aqui ao seu dispor. Posso inclusive ir até sua casa mais tarde. Sua aula é às dez, não é?

A mente de Kagura gritava: “eu preciso de você para ‘outra coisa’, Naraku”. Mas a resposta lacônica foi:

Yes, sir.

— Podemos ir a Hyde Park Stables e levar Kanna para ver os cavalos. Vai ser bom para nós três.

— É verdade. Que barulho é esse?

— Estou colocando o crumble no micro-ondas — afirmou o espanhol, e ela soube que ele estava sorrindo. Acabou sorrindo também.

— Ok. Eu... Preciso terminar meu trabalho, sir.

— Claro, claro. Se quiser ir passear depois da aula... Só ligar.

— Ligarei. Gracias, señor.

Naraku se despediu de sua funcionária e retirou o crumble do micro-ondas, acrescentando uma bola de sorvete de flocos. Decidiu voltar para a sala e ligou sua televisão. Colocou um DVD do filme infantil Ratatouille no aparelho e se largou no sofá, saboreando a sobremesa e ainda pensando em Kagura.

Ela precisa de um bom homem. Não é justo uma mulher tão guerreira como ela ficar sozinha.

 

***

 

Às voltas com seus livros, em sua casa em Bloomsbury, a estudante de Matemática Kagura Thompson bebia um chá gelado. Ela perdeu totalmente o sono e decidiu ir estudar para ver se acalmava o corpo quase consumido pelas chamas da libido. A pobre estava necessitava de um homem.

Contudo, a jovem estava com sérias dificuldades para arrancar da mente as lembranças de quando o sexo era sua única profissão. Lembrou-se de quando abandonou a escola prestes a encerrar o high school², aos 18 anos, para se prostituir. Kanna, sua irmã, tinha um ano de idade e a mãe delas, também prostituta, as abandonara. Kagura passou a cuidar de Kanna durante o dia e contar com a colaboração de uma vizinha à noite, enquanto saía alegando que iria trabalhar num posto de gasolina.

Dois anos e cinco meses de humilhações diversas, até que ela se deparou, numa noite de maio, com os seus últimos e mais malucos clientes.

 

Paddington, Londres, 22 de maio de 2010 | 4 anos atrás

 

Naraku Octavio comemorava seus vinte e oito anos de idade celebrando a inauguração de sua clínica, estrategicamente próxima ao Instituto Craddock. O espanhol estava eufórico; era um sonho realizado. Após trabalhar incansavelmente, recusando com orgulho cada centavo oferecido por Sir Toga Ferguson que não fosse oriundo de seu salário, à época, de almoxarife na faculdade, ele mobiliou um pequeno ponto comercial em um ótimo lugar — na movimentada rua A3214, próximo ao Burger King e a poucas quadras do Palácio de Buckingham.

Ele e John Sesshoumaru saíam enlouquecidos do Royal Albert Hall, após participarem de um show de Yanni, o músico favorito do espanhol, que fazia uma turnê pelo Reino Unido. Os dois amigos andavam chilreando como pássaros pela rua e, ocasionalmente, Naraku se continha para não chorar. Era o melhor aniversário de toda a sua vida, dizia ele.

— Ah, não é não — afirmava Sesshoumaru, convicto, usando óculos de grau. — Você não trepou com ninguém.

— Quem precisa trepar depois de um show desses, John? Ver Nostalgia sendo tocada ao vivo é melhor do que qualquer trepada! Yanni é o melhor músico do mundo! — esganiçava-se o outro, agitando sua garrafinha de água mineral. Também usava óculos, de grau bem menor do que os do companheiro.

— Deve ser, né, pois você chorou durante praticamente o show inteiro, seu baitola. Eu o acho bom, mas nem tanto. Prefiro André Rieu.

Passaram por Kagura, que estava parada à porta de um pub. Ela vestia uma jaqueta de couro justa, uma mini saia branca e saltos altos, além de uma forte maquiagem. A moça vislumbrou os dois homens com certa curiosidade — afinal, eram belos e trajavam roupas de gala. Entretanto, a menos de dois metros dela, Naraku afirmou:

— Não te digo nada, John. Afinal, como dizia Orwell, o silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo.

— Ora, seu...

— Hey, guy³! Ficou louco?! Você está confundindo George Orwell com George Bernard Shaw! — soou uma voz feminina próxima aos dois amigos. Os dois se sobressaltaram e se entreolharam antes de se virar para a direita e ver uma jovem prostituta carrancuda.

John Sesshoumaru foi o primeiro a se aproximar. Kagura o encarou fixamente; era um dos homens mais atraentes que já vira em sua vida. O britânico estava impecável em um Black Tie, ao passo que seu companheiro estava com os cabelos cacheados meio revoltos e vestia o mesmo modelo de roupa, mas já sem a gravata; contudo, não estava menos bonito que o outro.

— Gostei da ideia, garota — afirmou Sesshoumaru, com um sorriso malicioso.

— Que ideia? — perguntou ela, sem entender.

— Ora, a ideia de conseguir clientes com esse tipo de interrupção. Foi interessante.

— Mas eu não fiz isso para conseguir clientes e sim porque o estrangeiro aí ousou confundir os Georges — disse Kagura, apontando para Naraku de forma acusatória. — Bem, está certo que os dois eram socialistas, mas daí a confundir a autoria de uma citação célere como essa chega a doer os ouvidos! O estilo de escrita, além das visões sociopolíticas, é totalmente diferente!

Agora Naraku estava diante dela também, curioso.

— Desculpe-me, mas você é o que, chica?

— Sou garota de programa, como seu amigo deduziu.

— Mas você lê esses autores?

— Tenho A Revolução dos Bichos e 1984 em casa. E fiz um trabalho sobre a obra Pigmaleão na escola. Foi o melhor trabalho da escola inteira naquele semestre — afirmou ela, orgulhosa.

— Naraku, olha isso — interveio Sesshoumaru, lhe dando uma cotovelada. — Ela é uma vadia superdotada. Eu quero dar esse presente de aniversário para você.

— Que presente, sir? — indagou a moça.

— Ora, qual mais? Você vai trepar com ele e eu pago. Aliás, vai trepar comigo também.

— Ei, vamos parar por aí — afirmou o espanhol, sério. — Eu tenho uma pergunta para ela.

— Pergunte.

— Diga-me por que Trotsky reprovava o fabianismo.

— P*** que pariu, sua bicha! — exclamou o loiro, revoltado. — Isso é hora de falar sobre política, seu hispânico retardado? Seu...

— Com licença, sir — fez Kagura, interrompendo-o gentilmente com um gesto de mão. — Trotsky acreditava que o socialismo fabiano enfraquecia politicamente o proletariado e seus ensinadores eram imperialistas burgueses que pretendiam minar a luta de classes. Mais alguma coisa, estrangeiro?

— C******, que cabeça! Ah, minha vez! — respondeu Sesshoumaru, expressão de pura surpresa na face. — Menina, já ouviu falar em Samuelson?

— Já, sim. Ele ganhou o Gibbs Lecture na década de 70 por seus escritos que embasaram a ciência da Economia no século XX.

Os dois amigos se entreolharam, surpreendidos.

— Ele é John Sesshoumaru e eu sou Naraku Octavio, chica... Como se chama?

— Kagura Thompson.

— Quer nos acompanhar, Miss Thompson? — indagou Sesshoumaru, levando a mão à cintura da jovem. — Eu conheço um motel muito bom em Soho! Você me deixou maluco de tesão com essa inteligência!

— Motel, John? — interpelou-o o espanhol, cara séria. — Eu pensei em levar doña Kagura para minha casa. Em um motel não tem tabuleiro de xadrez.

— E para que um tabuleiro de xadrez? — indagou Kagura, ressabiada.

— Simples. Vamos disputar quem vai comer você primeiro com uma partida.

— Sério isso?!

— É claro que não, Miss Thompson — retrucou Sesshoumaru, rindo. — Esse viado está brincando com você. Ele vai te comer primeiro porque está fazendo aniversário hoje.

Os três se foram até o estacionamento do Royal Albert Hall e de lá retiraram o Aston Martin do herdeiro de Ferguson Manor. Naraku Octavio se ofereceu para dirigir; estava um pouco inseguro, pois tinha medo de não ‘dar conta’ da parceira devido ao transplante renal que fizera; além do mais, o espanhol dificilmente encontrava mulheres dispostas a ter algo íntimo consigo.

— Você tem certeza, Octavio? — inquiriu Sesshoumaru, se sentando no banco de trás com Kagura. — Sabe que não vou ficar esperando por você o tempo todo.

— Não tem problema, John. E quanto a você, Miss Thompson, pode dar para ele primeiro, se quiser. Fiz um transplante renal há cinco anos e até hoje não me sinto totalmente recuperado.

— Sério? Mas cinco anos é muito tempo, Mr. Naraku — afirmou ela, levando a mão para dentro da calça do loiro, que a interrompeu:

— Opa... Devagar aí. Eu gosto de ser beijado primeiro — e levou a mão ao queixo de Kagura, afagando-o. A jovem arregalou os olhos:

— O senhor é estranho, Mr. Sesshoumaru.

— É o mal dos matemáticos. Agora cale a boca e me beije. Depois pode abrir minha calça e fazer o que você quiser...

Após vinte minutos de pegação e felação no banco de trás do carro, chegaram à residência do espanhol. O razoavelmente saciado Sesshoumaru largou Kagura e se dirigiu rapidamente para a cozinha, abrindo a geladeira do amigo.

— Ainda tem salada de frutas, Naraku?

— Tem, sim. Você gosta de salada de frutas, Miss Thompson?

— Não vou aceitar, obrigada — disse ela, olhando curiosa para a grande porção de salada de frutas com que o loiro estava se servindo. Logo sentiu que as mãos longas do espanhol retiravam sua jaqueta e ele a abraçava por trás, já sem a parte superior do terno e a camisa.

— Tem certeza, chica? Esse dragão aí pode comer a salada toda.

— Dragão é a p*** que te pariu, espanholzinho brocha — respondeu Sesshoumaru, comendo com satisfação. — Está perfeito! O que mais Izayoi trouxe para você hoje?

— Quiche de frango, brownies, trufas, pavê de biscoito com baunilha...

— Definitivamente, Izayoi tem um dom inato para cozinhar — comentou o outro, vendo o amigo despindo a moça aos poucos. — Você não vai trepar com ela aqui na cozinha, né?

— É óbvio que não, seu tapado. Só quero saber se ela não prefere se alimentar antes.

— Estou bem assim, Mr. Naraku...

— Tudo bem, então, só que mais tarde você vai estar faminta. Tem hora para voltar? — perguntou Sesshoumaru.

— Tenho que voltar antes das seis da manhã, mas...

— Ótimo, agora falta um quarto para meia-noite. Podemos trepar, jogar Battleship, assistir o DVD do Metallica... Oh, não, tenho provas para corrigir — comentou o loiro.

— Dá um tempo, John. Você não se esquece dessas provas nem para transar com uma garota?

— Fazer o quê? É o mal dos professores.

O loiro, enfim, terminou de comer e os três seguiram para o quarto de Naraku.

 

15 minutos depois

 

— Não acho que Mises era tão agressivo assim para defender suas ideias — afirmava Kagura, enquanto era preenchida por Sesshoumaru, atrás de si, e masturbando Naraku à sua frente.

— T-tenho minhas dúvidas, Kagura... Pois ele ficou sem falar com Fritz Machlup durante anos só por conta de uma opinião diferente. Machlup falou que as taxas de câmbio poderiam ser flutuantes e... Isso bastou para que Mises ficasse irritado — replicou Sesshoumaru, com a respiração opressa.

— Por que ninguém fala do livro ‘Liberalismo’? O que tem de errado nele? — indagava o espanhol, logo fechando com força os olhos sentindo o orgasmo lhe alcançando. — Ahh... Eu vou...

— Octavio, você deveria procurar um médico, isso é ejaculação precoce, seu viado. Gozou rápido demais — criticou-o o loiro, vendo que ele tombava na cama, ofegante.

— Me deixe, filho da p***. Você trepa quase todos os dias, eu não... — murmurou ele, cansado, olhando para a jovem que ainda se impulsionava contra o membro de Sesshoumaru. — Kagura, você leu ‘Liberalismo’?

— Não cheguei a ler, mas dizem alguns estudiosos que Mises aprovava o fascismo italiano nesse livro, Mr. Naraku. E não acho que você gozou tão rápido assim.

— Ohh... Você é uma puxa-saco... Ahhh! — exclamava o loiro, atingindo o ápice também.

— Somos dois com ejaculação precoce — zombou Naraku, rindo.

— Vocês são dois malucos – riu Kagura, enquanto Sesshoumaru deslizava devagar para fora de seu corpo.

— Mas você não gozou, Kagura — interveio o loiro, sério.

— Não precisa se preocupar comigo.

— Isso não tem graça — resmungou o espanhol. — Da próxima, quero ver você aproveitando também.

 

30 minutos depois

 

A jovem prostituta era beijada com lentidão pelo psicanalista, que arremetia contra ela sem muito entusiasmo. Quanto ao matemático, estava sentado à beira da cama, depois de haver recebido mais uma felação de Kagura. Sesshoumaru aguardava os dois terminarem o sexo enquanto conferia seus e-mails no iPhone.

— Octavio, já viu que o preço do MacBook baixou?

— Não... Você vai comprar um?

— Não sei. Agora vou me lavar e ir provar o pavê que Izayoi trouxe – afirmou o loiro, se levantando.

— Era uma vez um pavê — lamentou-se Naraku. A jovem disfarçou uma risada.

— Kagura, não precisa fingir que está gostando. Eu sei que a minhoca dele nem está lhe fazendo cócegas — aparteou Sesshoumaru, zombeteiro.

— Vá tomar no c*, John. Seu pau tem apenas 2 centímetros a mais que o meu.

— Eu achei os dois idênticos, Mr. Sesshoumaru — comentou Kagura, olhando para o loiro, que deu de ombros.

— Você é uma puxa-saco mesmo desse viado, Miss Thompson. Vou deixar vocês à vontade para pararem de fingir que estão trepando e poderem conversar sobre sapatos e maquiagens. Agora, vou comer pavê.

— Veja se não come a travessa de vidro também, seu morto de fome...

E o loiro os deixou a sós, enquanto Kagura olhava confusa para Naraku, que subitamente havia passado a penetrá-la com mais desenvoltura.

— Pensei que não estivesse interessado, Mr. Naraku.

— Não se preocupe, mamacita. Ele sabe que eu não fico tão à vontade para transar sendo observado. Por isso saiu.

— Vocês são uns amigos esquisitos.

— Realmente, cariño. Posso te pedir uma coisa?

— Claro.

— É que eu estou deslumbrado por essa sombra verde que você está usando... Onde comprou?

 

10 minutos depois

 

— Quer comer alguma coisa, Kagura?

— Ah, agora sim. Estou com muita fome.

O espanhol vestiu uma bermuda velha e emprestou uma camisa do Instituto para que Kagura vestisse, após tomar uma ducha fria juntos. Ao sair do quarto, os dois ficaram surpresos ao ver Sesshoumaru dormindo no sofá.

— Ele estava cansado, hein? Dormiu tão rápido – afirmou a jovem, observando-o com atenção e se atendo à cicatriz em sua costela. Naraku percebeu a curiosidade camuflada de Kagura e afirmou, enquanto pegava uma almofada para colocar sob a cabeça loira do amigo:

— Viu a cicatriz? Foi ele que doou o rim para mim quando estive doente.

My goodness... Isso é o que eu chamo de amizade. Nunca vi ninguém fazer isso espontaneamente antes, a não ser para membros da família...

— É... — fez o moreno. — Ele é mimado, teimoso, preconceituoso e mulherengo, mas é meu melhor amigo.

Kagura riu discretamente, enquanto seguia Naraku até a cozinha. Lá, recebeu uma generosa porção de quiche e um copo de suco de abacaxi. Ambos comeram e falaram sobre assuntos triviais, até que o espanhol a olhou profundamente.

— Kagura, sabia que já estive no seu lugar?

— Não entendi. O que quer dizer?

— Já fiz algo que não gostava para que pudesse sobreviver.

A jovem corou pela primeira vez desde que se viram na rua.

— Eu tenho uma irmã de dois anos e meio, Mr. Naraku. Nossa mãe nos deixou para trás e eu era jovem demais para que alguém quisesse me contratar para trabalhar. Não tenho medo de ser faxineira, porém nem isso consegui. Não tinha referências.

— Então, você resolveu abandonar seus sonhos para cuidar da sua irmã.

— Abandonar meus sonhos...?!

— Pensa que não notei como seus olhos brilham ao falar sobre economistas? — Naraku tomou a mão de Kagura entre as suas. — Você quer continuar estudando, disso eu tenho certeza.

— Eu q-queria fazer uma faculdade de ciências econômicas... — afirmou ela, constrangida.

— Coma mais um pouco.

— Não, obrigada, estou satisfeita, sir.

— Quer voltar para o quarto, então? Se a Rapunzel ali acordar, não vai nos deixar conversar em paz.

— Por quê?

— Ah, Kagura... — suspirou o moreno, se levantando e mantendo a mão da jovem segura. — Ele é uma ótima pessoa, mas é um tanto imaturo. Nunca passou dificuldade alguma na vida, a não ser um problema degenerativo nas córneas. Descobrimos há pouco tempo.

Os dois se foram andando para o quarto.

— De qualquer maneira, o pai dele tem dinheiro suficiente para providenciar o tratamento. Ou seja... Nem isso é um problema tão grave para John — afirmou o espanhol, se deitando mais uma vez sobre a cama e puxando Kagura consigo. Ela estava rubra. — O que você tem, muchacha? Está vermelha como um pimentão.

— N-não estou acostumada a receber tanta atenção assim...

¡Qué chorrada! Você é um ser humano, chica — afirmou ele, beijando a testa de Kagura. — Merece ser ouvida também.

A moça começou a chorar e a contar sua história de vida para Naraku Octavio. Passaram aproximadamente uma hora conversando e Kagura Thompson recebeu, deitada sobre o peito do dono da casa, a sua primeira sessão psicanalítica das muitas que viriam depois. Por fim, adormeceram.

 

45 minutos depois

 

Naraku acordou com Kagura se movendo sensualmente sobre seu corpo. A moça o havia despido durante o cochilo e estava nua também, beijando com voracidade suas orelhas e pescoço.

— O que...

— Shhh. Não fale nada, por favor. Só me permita...

— Hein?

— Foi tão bom abrir meu coração para você, Mr. Naraku... Tão bom que acordei molhadinha. Pode me tratar disso também?

O homem abriu um grande sorriso.

— Seu pedido é uma ordem, mamacita. Quer tomar outro banho comigo?

— Adoraria! Poderia também realizar um fetiche meu? — indagou ela, sensual.

— Fetiche? Qual fetiche?

Kagura murmurou algo e Naraku se conteve para não gargalhar.

 

15 minutos depois

 

Sesshoumaru acordou desorientado, mas logo se lembrou de onde estava e foi até o banheiro. Passando pela porta semicerrada do quarto do amigo, ouviu arrufos característicos de casal excitado e resolveu se lavar para espantar o resto do sono. Após o breve banho, caminhou decidido até o quarto e empurrou a porta; Naraku Octavio estocava Kagura por trás, deitados na cama. Pela expressão facial dela, parecia estar mesmo aproveitando o coito. Sesshoumaru franziu o cenho; algo na cena estava um tanto estranho.

— Ei, sua p*** superdotada! Não vai me dizer que está sentindo tesão com esse viado comendo o seu rabo!

— Deixe de ser um pé no saco, John.

— É, Mr. Sesshoumaru... Estamos conversando sobre os princípios econômicos em A Riqueza das Nações.

O loiro se despiu também. Ficou teso ao ver o envolvimento erótico e se sentou na cama, aproveitando para tocar um seio de Kagura.

— Já leu A Riqueza das Nações, Miss Thompson?

— Ainda não, só tive acesso a uma resenha dele.

— Pois deveria ler, milady. Smith é brilhante! Ele ensina que o trabalho é a única medida universal e a única medida precisa de valor, ou seja, o único padrão através do qual podemos comparar os valores de mercadorias diferentes, em todos os tempos e em todos os lugares. Não é fantástico? — afirmava o loiro, entusiasmado.

— Imagine quando você ler John Locke, cariño — afirmou Naraku. — O autor de Tratados sobre o Governo Civil, que afirma ser a existência do indivíduo anterior ao surgimento da sociedade e do Estado. Você vai se apaixonar.

— Sobre o Estado de Natureza, recomendo que leia sobre Rousseau também, Miss Thompson. Mas... Octavio, você...

— O que tem eu?

— Essa garota não vai conseguir gozar nunca, você não a estimula. Ela não tem próstata para gozar apenas com a sua rola dentro do rabo.

O espanhol ficou ligeiramente inseguro.

— Isso é verdade, Kagura?

— Oh... Bem, mais ou menos. Mas não se preocupe, só o fato de não estar me machucando já me deixa satisfeita.

Sesshoumaru meneou a cabeça.

— Naraku, eu realmente não sei mais o que faço com você para que não seja tão idiota. Miss Thompson, você é outra demente.

— Ei, não precisa me ofend-

Sem rodeios, o loiro aproximou-se da mulher, baixando a cabeça em direção a sua intimidade e começou a beijar-lhe a vulva. Ela gritou.

My goodness! I-isso foi...

— Ah, quando chega um macho de verdade na história tudo muda. Octavio, continue o que está fazendo.

E Sesshoumaru prosseguiu na tarefa de acariciar o pequeno centro de prazer de Kagura com os lábios, levando-a ao total delírio, enquanto era penetrada em sua cavidade anal pelo espanhol, que comentava algo sobre o preço do euro. Enfim ela chegava a um orgasmo avassalador entre os dois amigos. O loiro endireitou o corpo.

— Já foi comida por dois caras, Thompson?

— N-não...

— Você acha que aguenta? – indagou Naraku, imóvel, ainda dentro de seu corpo.

— Aguento...

— Deve aguentar – comentou Sesshoumaru, se posicionando à sua frente e a penetrando devagar. – O macho aqui sabe como fazer as coisas sem machucar uma garota. Agora, quanto a esse boqueteiro atrás de você...

— Cale a boca, filho da p***. E responda à pergunta da muchacha...

— Pergunta... Ah, sim. Você começou a me perguntar sobre o porquê de eu ser contra intervenções governamentais no mercado. Bem, vou citar Smith de novo para que entenda minha opinião... Já leu aquele tratado...

— A-aaahn, estou s-sendo f***** por dois nerds, q-que emoção...

Só então John Sesshoumaru se deu conta de que Naraku Octavio estava de óculos, como ele.

— Octavio, por que está trepando de óculos?

— Kagura pediu. Era uma fantasia sexual dela transar com um cara de óculos que falasse sobre teóricos da economia. Como estamos os dois de óculos, ela deve estar se sentindo num paraíso.

De fato, a moça gemia e ofegava entre os dois amigos, imersa em prazer. O loiro sorriu.

— Que interessante — e, baixando o tom de voz enquanto se aproximava do ouvido da mulher: — Kagura... Eu posso te deixar subindo pelas paredes com uma frase...

— Oh! Diga, por favor, Mr. Sesshoumaru!

— Posso conseguir uma bolsa de estudos para você em Cambrigde, a sétima melhor universidade do...

— AHHH! — exclamou Kagura, se desfazendo em luxúria.

 

1 hora depois

 

Kagura dormia placidamente na cama de Naraku. Ele e Sesshoumaru a observavam, de pé, à porta do cômodo. O loiro havia ido à sua casa (ele ainda dirigia sozinho) buscar algo que seria o maior presente que a jovem meretriz havia recebido em toda a sua vida.

O espanhol assinava algo na primeira página do livro um pouco gasto de Paul Samuelson, “Fundamentos da Análise Econômica”, que Sesshoumaru tinha em casa e decidira doá-lo a Kagura. O moreno foi até ela, silenciosamente, e colocou o livro sob sua mão.

O volume continha a seguinte dedicatória:

 

À Miss Kagura Clarissa Thompson,

Com sinceros votos de sucesso em

sua futura carreira acadêmica.

De seus amigos

John Sesshoumaru Craddock Ferguson e

Naraku Octavio DeMarco.

 

Ao saírem do quarto, os dois homens se olharam, pensativos.

— Eu gostei dessa mulher, Naraku.

— Como? Está apaixonado?!

— É óbvio que não, arrombado. Eu não me apaixono por ninguém. Digo que gostei dela enquanto pessoa que preza o conhecimento. Qualquer um ficaria louco por ser orientador de uma dissertação de uma aluna como Kagura.

— Isso é verdade — sorriu o espanhol. — Vai mesmo tentar uma vaga para ela em Cambridge, John?

— Com toda a certeza. Essa garota não tem vocação para ser p***. Ela tem uma mente brilhante! Eu ficaria imensamente feliz se pudesse vê-la estudar.

Naraku continuava sorrindo, meio aéreo. Sesshoumaru, que abria a geladeira à procura de mais pavê, o olhou, cismado:

— Que sorriso gay é esse? Você está pensando em uma rola?

— Rola não é a única coisa boa da vida, seu preconceituoso. Estou pensando em outra coisa...

— Em que, viado?

— Kagura tem um rosto tão bonito! Eu adoraria fazer uma make nela com meu estojo novo de sombras da MAC. Comprei há uns vinte dias e...

O loiro revirou os olhos, fazendo uma careta e erguendo as mãos para cima.

— Eu mereço ter uma bicha louca dessas na minha vida, ó céus?! Você está falando sério, Octavio?

— É claro que não, filho da p***. Estou aqui pensando em como propor a Kagura que mude de profissão.

— Em que você pensou para ela?

— Bem... — ele olhou ao seu redor. — Esta casa precisa de um toque feminino. E não acho justo permitir que Izayoi venha dar faxina aqui. Por mais que eu diga que não, ela vem assim mesmo. Por outro lado...

— Kagura pode muito bem cuidar de sua casa e estudar à noite — completou Sesshoumaru, o rosto se iluminando com a lógica da ideia. — Sabe, Naraku, eu não imaginava que aquele moleque feio que conheci na Espanha naquele dia se tornaria num cara tão prático.

— Como se você fosse lindo...

— Eu SOU lindo, sua bicha.

 

***

 

Amanheceu em Wetherby. Raymond Inuyasha saía de casa para ir à feira procurar verduras, enquanto deixava sua irmã dormindo em paz.

Bem, não tão em paz.

Ann Kikyou se revirava na cama, aflita. Em seus sonhos, um homem esbelto e branco de fartos cabelos cacheados a agarrava no corredor do Instituto Craddock.

A jovem presbiteriana via, paralisada, suas roupas sendo arrancadas de si, uma a uma, enquanto o perdido pecador Naraku Octavio imprimia em sua pele as marcas de uma luxúria incontestável com seus lábios. Viu ainda que ele a jogava no chão e ela, indefesa como um animalzinho perante um leão faminto, mal conseguia articular uma palavra diante do olhar pecaminoso e impudico do espanhol.

— N-Naraku DeMarco, seu...

— Eu vou te corromper, crentelha.

E os lábios do homem iam de encontro aos seus mamilos rígidos, sugando-os, enquanto ela gritava de susto pelo prazer que jamais imaginaria ser possível conhecer com tal carícia. O pior de tudo, todavia, era olhar para os olhos castanhos malignos e diabólicos que a deixavam pecaminosamente em chamas. Da mesma forma que no dia anterior, a coxa do espanhol se acomodava entre as suas, de forma que seu monte-de-vênus era pressionado de um jeito perverso, provocando fisgadas urgentes e terríveis em seu baixo ventre; agora eram as mãos malvadas dele segurando suas mamas e as tocando sem o mínimo de decência.

Aliás, decência era um termo que não deveria existir no dicionário de Naraku Octavio; todo ele era perversão. O beijo dele era de pura volúpia. A língua dele em contato com a sua, rodeando-a, conspurcando sua pureza e despertando em si desejos até então desconhecidos para ela... A voz sensual dele em seus ouvidos...

Mamacita... Eu vou te corromper. Vou fazer você querer que eu te faça mulher.

— Não...

— Vem pecar comigo... Eres una mujer maravillosa...

— No... ¡No, yo no quiero!

Sí, me quieres.

Mais um beijo lento e possessivo e Ann Kikyou sentia que o mundo acabava. Era sua mente a girar, sua garganta a gemer involuntariamente e seu pequeno órgão íntimo pulsar sôfrego entre suas pernas. Acordou, ouvindo ainda o som da própria voz reverberar em seu pequeno quarto.

— Senhor, o que foi isso?! — exclamou ela, apavorada. Por acaso, sua roupa estava meio aberta e Kikyou viu o próprio seio parcialmente exposto. Escondeu-o, com vergonha de si mesma. Lágrimas lhe vieram aos olhos.

— Meu Deus, o demônio está me tentando. Eu não acredito que isso está acontecendo...

Sentou-se na cama, tentando se acalmar. Percebeu que estava sozinha em casa; seu irmão deveria ter ido para a feira.

— Maldito seja Naraku DeMarco — afirmou Kikyou, chorosa. — Eu o odeio. Ele... Ele tentou me fazer uma pecadora como ele...! Mas isso não vai mais se repetir!

 

***

 

1 — O crumble de maçã é uma receita inglesa.

A quem se interessar: http://allrecipes.com.br/receita/7874/crumble-de-ma----torta-inglesa-.aspx

2 — High School: o equivalente ao ensino médio no Brasil.

3 — Hey, guy: Ei, cara!

 


Notas Finais


Pobre Sango e sua infertilidade :(

Acho que o Sesshoumaru deve ter comido o pavê todo sozinho, aff ¬¬
Sobre o momento a três deles, segue esta canção para embalar: https://www.youtube.com/watch?v=Pi7gwX7rjOw

AHUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUHAUAHUAH
Valeu, #MoniOliv, pela recomendação mais do que bem-vinda!

Kikyou foi pervertida com sucesso XD
kkkkkkkkkk

O que acharam da história de como Naraku e Sesshoumaru descobriram o gênio chamado Kagura? *-* Ô mulézinha crânio! kkkkkkkk

Críticas, sugestões, reclamações... Só escrever aí nos comentários.

Muito obrigada!

~Okaasan


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