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História Nem por Meio Milhão de Libras! - Inuyasha e a tentação


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal. Feliz Natal!

Capítulo sendo postado às pressas, perdoem eventuais erros.

Boa leitura!

Capítulo 24 - Inuyasha e a tentação


Fanfic / Fanfiction Nem por Meio Milhão de Libras! - Inuyasha e a tentação

 

EU QUERO SAIR DAQUI!”, berrava Rin em seus pensamentos frenéticos, desesperada.

John Sesshoumaru lhe dera as costas e tateava, no closet, pelo condicionador que trouxera da casa do amigo há dias. Não que ele precisasse muito, já que seus fios eram ligeiramente oleosos, mas de quando sua visão começou a se deteriorar, o loiro se tornou um entusiasta de fragrâncias. Aquele condicionador em especial deixava sua cabeleira com aroma bem agradável e, bem, ele queria se dar aquele mimo.

Não havia modo de ele notar a jovem indígena que vinha lhe roubando o sono agachada e trêmula, atrás de si, vendo sua total nudez.

Por sua vez, a moça mal podia respirar livremente, com receio de ser pega. Iria ter inúmeras complicações ao ser encontrada ali, no quarto que não era seu. E o maior medo de Rin era ser confundida com uma ladra. Contudo, não era apenas este o motivo do desespero dela.

Rin nunca havia visto um homem sem roupas e Sesshoumaru, bem... Sesshoumaru parecia ter sido feito à mão pelo próprio Michelangelo. Típico homem caucasiano, pele bem clara que se queima facilmente ao sol. A morena analisou a definição dos seus trapézios, do músculo peitoral bem talhado e rijo, sem exageros, os mamilos clarinhos e rosados (“deve ser porque ele é muito branco”, intuiu ela), a musculatura abdominal perfeitamente delineada e a curiosa cicatriz em sua costela. Abaixo do umbigo, pelos loiríssimos e curtos que desciam e circundavam seu pênis, adormecido entre as coxas musculosas. O rosto de Rin ardia de vergonha ao ver o conjunto do corpo do herdeiro Ferguson.

Não obstante, Sesshoumaru entrava no banheiro, assobiando I Feel Good, de James Brown. A moça aproveitou para tentar escapulir, mas, para azar seu, levantou-se de mau jeito e caiu no chão. O loiro, que ia abrir o chuveiro, parou ao ouvir o barulho e resolveu voltar ao quarto.

Foi o jeito Rin se esconder atrás do closet, tremendo dos pés à cabeça. Sesshoumaru estreitou os olhos, confuso, e deu de ombros. Talvez fosse sua imaginação lhe pregando peças, já que agora ele estava com uma audição mais refinada. Devagar, ele entrou no banheiro e abriu o chuveiro, entoando um “pa-ra-ra-ra-ra” da música que tinha em mente.

Resignada por não poder sair dali, a jovem deu de ombros e pensou: “Bem, já que tô presa aqui, acho que vou me sentar na cama dele...”

E, pé ante pé, Rin se sentou na grande cama de dosséis do loiro, aborrecida por cair numa situação daquelas. Contudo...

Hey! — exclamou o homem.

O coração da jovem quase salta para fora e ela xingou mentalmente quando Sesshoumaru resolvera cantar I Feel Good bem alto.

I feel good (Eu me sinto bem)! Pa-ra-ra-ra-ra... I knew that I would, now (eu sabia que me sentiria). Pa-ra-ra-ra-ra... So good (tão bem)! Pa-pa... So good (tão bem)! Pa-pa... I got you (por ter você)!

A raiva de Rin foi se transformando em hilaridade ao escutar a zorra que o loiro fazia no banheiro. Uma ideia perigosa lhe passou pela cabeça e ela, devagarinho, foi de gatinhas até a porta aberta e, mesmo com vergonha, resolveu espiar o banho do homem.

Ela quase gritou ao vislumbrar a cena. Sesshoumaru, com os olhos bem fechados e a cabeça repleta de espuma de shampoo, cantava, se remexia e fazia até mesmo o som dos instrumentos da música de James Brown. Impulsionava os quadris para frente e para trás e para os lados, num típico rebolado duro de quem não sabe dançar. Rin mordeu a mão tentando conter a gargalhada. Então o loiro começou a cantar Twist and Shout, dos Beatles.

— Well, shake it up baby now! Twist and shout (Bem, agite seu corpo agora, baby! Gire e grite)!

Era bizarra a situação, mas Rin não pôde deixar de admitir que, agora, estava se divertindo enquanto John Sesshoumaru, inocentemente, tomava seu banho.

 

***

 

Do outro lado da mansão, Naraku finalmente saía do seu banho e via as chamadas não atendidas. Antes, porém, que pensasse em retornar a ligação para o amigo, ouviu batidinhas à porta.

— Octavio? — chamou Toga.

Sí, papá.

— Posso entrar?

— Pode.

O nobre abriu a porta e avistou o espanhol nu com o celular na mão e a toalha enrolada na cabeça. Franziu o cenho vendo o inchaço do nariz do mais novo.

— O que houve com seu nariz, menino?

— Nada de mais, eu caí enquanto treinava com Rin. Pelo menos não quebrou.

— Ainda bem que não quebrou. E você poderia ter me avisado de que ainda não estava vestido... — resmungou o loiro, desconfortável.

— Qual é o problema, Toga? Eu, se pudesse, nem roupas vestia... Como vocês espíritas dizem, devo ter sido algum naturista na outra vida, porque adoro ficar pelado...

— Você não tem vergonha?

— Não, nenhuma — respondeu Naraku, com sinceridade. Não tinha vergonha da própria nudez. Porém...

Se Kikyou me visse nu, será que ela me acharia bonito? Possivelmente ela deve me achar um magricela...”, pensou ele, meio aéreo, logo tendo sua atenção chamada pelo seu antigo tutor.

— Vista-se de uma vez — reclamou o loiro, olhando para outra direção. Naraku riu e se sentou para se vestir, pois não queria baixar a cabeça.

— Não sei por que fica constrangido em me ver sem roupas, você me deu banho inúmeras vezes.

— Vamos mudar de assunto, menino. Está indo para o Instituto hoje?

— Sim.

— Quero que veja para mim se a revisão da estrutura curricular do curso de Direito ficou pronta, por favor.

Sí, papá. E como foi com John no Instituto para Cegos?

Os dois se envolveram na conversa enquanto Naraku terminava de se vestir com as roupas sociais que deixava no guarda-roupa. O espanhol, então, foi informado de que seu amigo estava na mansão.

— Vou ver o John, Toga.

 

***

 

Mas que raio de banho demorado da moléstia...”, pensou Rin, cansada, sentada perto da porta do banheiro. Então quase morre de susto ao ver a porta do quarto se abrindo com estrépito e Naraku adentrando o cômodo sem a menor cerimônia. Ele, obviamente, se assustou com ela também:

— Hey! O que... — felizmente o espanhol se calou a tempo assim que Rin fez milhares de gestos para que ele calasse a boca e a deixasse sair. Sesshoumaru, que já havia fechado o registro do chuveiro, indagou lá de dentro, atônito com o grito do amigo:

— Quem está aí?

Soy yo, Sesshoumaru — afirmou o psicanalista, enquanto Rin corria para fora do quarto. O que será que ela estava fazendo lá?

— Por que entrou correndo, sua bicha?

— Eu não entrei correndo, idiota. É impressão sua.

— Escutei passos de quem estava correndo — e o loiro finalmente saiu do banheiro, parcialmente enxugado e ainda despido. Naraku ficou sem saber o que pensar sobre aquilo. Estaria Rin espiando Sesshoumaru? Ela não parecia ser capaz disso. — Então, Naraku, por que está aqui a essa hora?

— Vou trabalhar, mas vim pegar o seu hidratante.

— Você veio pedir, não?

— Não, vim pegar mesmo. Eu gosto dele... É uma delícia, cheirosinho. Combina comigo.

Sesshoumaru revirou os olhos, vendo os movimentos do amigo aplicando o produto no rosto e nos braços.

— Você é muito folgado.

— Folgado? Interessante, quem comprou esse condicionador que você está usando fui eu... Você o pegou no meu banheiro e o trouxe para cá, Sesshoumaru.

— Compre outro, esse agora é meu.

— Depois eu que sou o folgado — replicou Naraku, entregando o hidratante ao loiro. — Puxa, por que não nasci loiro também? Iria adorar ter pentelhos loiros.

— Vá se f****, seu idiota — objetou Sesshoumaru, cara de nojo, tapando o sexo com a toalha. — Vá olhar o pinto de outro.

— Mas o único disponível à minha frente é o seu... E por que não se veste logo? Está querendo me provocar, Sesshy?

Um travesseiro voou em direção ao espanhol.

 

***

 

A sexta-feira da aula no Instituto havia chegado para os irmãos Wright.

Mais um dia de enxaqueca para Ann Kikyou, que, ao chegar do trabalho, surpreendera o irmão caçula ao afirmar que não iria à aula naquele dia. É verdade que a jovem não estava se sentindo fisicamente bem, mas sua dor na alma era bem mais profunda.

Inuyasha achou por bem não insistir e, antes de ir, abraçou Kikyou carinhosamente, desejando-lhe melhoras. A moça se sentiu ligeiramente confortada; tudo o que ela mais precisava era de carinho e seu irmão, apesar de não entender exatamente o que estava acontecendo consigo, não lhe apontava dedos acusatórios.

De banho tomado e se sentindo meio amuada por ver que Inuyasha tinha pago a conta de luz naquele mês, a moça deitou-se, após vestir uma camiseta branca sem mangas e calça frouxa, o que não era de seu feitio. Ela queria relaxar depois do dia exaustivo de problemas a resolver no escritório. Pelo menos Suikotsu Taylor a assediava menos agora.

Kikyou estava prestes a dormir quando recebeu um telefonema. Sorriu, genuinamente alegre; Bankotsu dava as caras depois de haver se comunicado com ela apenas por SMS.

— Irmão — murmurou ela, recebendo a chamada. — Que saudades!

— Eu que o diga, Kikyou. Está a caminho do Instituto, não é?

— Não, estou em casa.

— Por quê?

— Enxaqueca...

— Ora... Que interessante, há males que vêm para o bem. Estou chegando em Leeds, indo para Craven. Posso ir te visitar?

— Oh, pode, claro.

— Chego em vinte minutos.

Mesmo cheia de dores, Kikyou se levantou e trocou de roupa, colocando uma saia nos joelhos e uma blusa escura, fechada. Ainda que ela não soubesse ao certo o que sentia em relação ao escocês, sabia que a visita dele seria uma providência divina. Seu coração estava imensamente pesado e aquele homem de fé poderia auxiliá-la.

 

***

 

A tensão e a revolta se avolumavam dentro de Inuyasha, já dentro da sala de aula, mal ouvindo as palavras da professora Sara Asano.

Sabia que o malvado Naraku estava no segundo andar. Por fim, não suportou mais esperar até o fim da aula e, educadamente, pediu licença, se ausentando da sala de aula e caminhando decididamente até a rampa de acesso.

Alheio a isso, o espanhol estava sozinho, curativo na base do nariz, conferindo uma monografia. Naraku quase não se produzia mais como gostava para ir trabalhar, já que o tempo andava curto. Espantou-se ao ouvir batidas à porta; tão absorto estava que demorou um pouco a se levantar e ir lá fora.

— Wright? — disse ele, espantado ao ver Inuyasha ali, com uma cara medonha.

— Preciso falar com o senhor — rosnou o jovem. Sem entender qual seria a motivação dele, o espanhol convidou-o a entrar. — Não, quero conversar aqui fora mesmo.

— Aconteceu alguma coisa?

— Claro que aconteceu, seu cínico! — esbravejou Inuyasha, agressivo. — Não tem vergonha?!

Naraku franziu o cenho. Estava confuso e não havia tomado seu Rivotril, justo para não ficar sonolento em serviço. O cheiro másculo do jovem à sua frente deixou seus sentidos alerta, mas ele procurou ficar neutro.

— Você está nervoso, Wright. Por que não respira fundo e... EI! — exclamou ele, ao ser violentamente empurrado para dentro da sala da coordenação pelo mais jovem. — O que deu em você?!

As mãos de Inuyasha se fecharam no colarinho da camisa do psicanalista, que se deixou ser sacudido.

— Você é um canalha! O que fez com a Kikyou?! Ela está doente por culpa sua!

— O quê?! — retrucou ele, genuinamente preocupado. — Como, doente? Eu não sei de nada.

— A culpa é TODA SUA! Sei lá o que você fez a ela... — e Inuyasha aproximou o rosto do dele, crendo ser ameaçador — Mas ela está destruída por sua causa, seu viado maldito!

Um brilho perigoso passou pelos olhos de Naraku. Estava abstinente já há alguns dias, com a cabeça farta de problemas e ansiedades sem fim. A proximidade com um rapaz atraente como o irmão de Kikyou não estava lhe fazendo nada bem. Inuyasha estava praticamente encostado nele.

— Solte-me, Inuyasha Wright. Vamos conversar sem esses excessos e...

— Conversar o caramba! Você vai me pagar por ter tirado a honra da minha irmã!

O espanhol deu uma sonora gargalhada que, para desespero do mais novo, causou-lhe um arrepio intenso.

— P*** que pariu, foi isso o que ela disse a você?!

— Ela não me disse nada! Nunca diria, aquela teimosa. Mas eu não aguento mais vê-la sofrer e chamar o seu nome nos pesadelos que tem, seu desgraçado!

Doeu no coração do psicanalista saber que Ann Kikyou estava sofrendo; ele achava que ela já o havia esquecido, que aquele frisson ocorrido no concerto tinha sido resultado de uma atração física apenas. Naraku mordeu o lábio inferior, olhando para o garoto Wright, mas sem prestar atenção nele.

Estranho... Por que Inuyasha estava tão vermelho?

— Não é culpa minha se eu não dei à sua irmã o que ela queria, Wright — murmurou o espanhol, agora já olhando intensamente para o rapaz, que havia perdido toda a empáfia de alguns minutos atrás.

— O quê?! O que ela queria?

— Ela queria uma boa trepada comigo, mas eu recusei.

— Como ousa falar um absurdo desses? Minha irmã não é uma vadia!

Naraku foi sacudido com mais força, contraindo a face pela dor de sentir sua cabeça sendo acertada na parede. Vendo que o moreno à sua frente parecia ser tomado de uma luta interna terrível, resolveu manter a calma e não revidar a falta de polidez.

— Claro que não é uma vadia. Ela é uma mulher que descobriu SOZINHA que tem vontade de sentir prazer. Isso é normal na vida de um ser humano, mas ela prefere a morte a confessar isso.

— ... — Inuyasha ficou momentaneamente calado, tanto por saber que o espanhol estava certo quanto por notar, com horror, que estava sendo queimado por um fogo no interior do ventre. O fogo irracional que já vinha sentindo assim que empurrou Naraku para dentro da sala e se percebeu a sós com ele.

— Você também gosta de sentir prazer, não gosta? — indagou o psicanalista, com sua voz lúbrica de timbre grave e aveludado. — Inuyasha... Fale comigo. Você veio aqui para conversar, não foi? Sei que o que está fazendo agora é bem agradável para nós dois, mas temos um assunto para ser tratado.

Só então o rapaz se dera conta de que havia encostado a pélvis na do outro homem; porém, não sabia como se afastar, não sabia como fugir. E o pior é que Inuyasha sabia que tinha sido ELE, e não Naraku, a provocar a situação. Meio desvairado, o jovem deslizou devagar a própria ereção à do outro. Ambos gemeram.

— Eu... Eu n-não posso estar aqui — confessou Inuyasha, apavorado com as próprias atitudes. — S-sou comprometido.

— Entendo — volveu o outro, mansamente. — Mas nós estamos apenas conversando, não estamos, Inuyasha?

Naraku ficou surpreso ao ver as mãos do rapaz descendo devagar por seu peito. Então o garoto era bissexual mesmo, como ele suspeitava. Ou talvez tivesse namorada somente para manter as aparências. Procurando não esboçar nenhuma reação, o espanhol disse, mantendo o tom de voz macio e sedutor:

— Gosta de sua namorada?

— M-muito. Eu... Eu a amo, n-não posso continuar aqui...

— Vocês fazem amor?

— Não... Somos c-cristãos, v-vamos esperar o casamento...

— Mas você a deseja.

— Demais.

Cierto, muchacho... E ela já sabe que você é um homossexual, não é?

O coração já descompassado de Inuyasha falhou uma batida.

— Não é verdade, eu n-não sou...

— Seria muita falta de consideração à sua namorada fazer de conta que é hetero.

— Mas eu não sou... Não sou gay...

Dizer aquilo atritando o membro duro ao do espanhol era zombar do bom senso. Por fim, o mais velho, já com a respiração opressa, alcançou a maçaneta de uma sala menor e empurrou-a devagar, abrindo o cômodo e conduzindo Inuyasha para dentro. Naraku estranhou que o garoto permanecesse de costas para ele.

— Então, Inuyasha — volveu o espanhol. — Como tem coragem de propor relacionamento sério a uma pessoa sem dizer a verdade?

— M-mas eu... Olhe só, é a primeira vez que um homem m-me toca...

— Quem esteve me tocando foi você. Vamos... Confidencie comigo. Posso te ajudar muito, somos iguais.

— N-não... — nesse momento, o rapaz olhou irritado por cima do ombro para ele. — Não somos iguais. Você é promíscuo.

— E você tem namorada, mas estava se esfregando em mim. É um promíscuo também. Por que não me encara?

— ...

— Sabe que me provoca dando as costas para mim, não sabe? — murmurou o psicanalista, se aproximando lentamente do moreno e pousando a mão em sua cintura. Imediatamente Inuyasha deu um passinho para trás, vencendo a distância entre os corpos; ao ouvir um pequeno gemido do mais velho, o rapaz esfregou os glúteos com vontade na ereção do outro.

 — Por que brinca com fogo, muchacho?

— Eu... — replicou o mais novo, meio agoniado. — Meu Deus, que situação fui me meter!

— A porta está aberta e eu não estou te segurando, Inuyasha — comentou Naraku próximo ao ouvido do moreno. — Não entendo o porquê de estar tão nervoso. É medo de admitir que está louco para que eu lhe toque?

— Hmmmmmm...

Antes de finalmente segurar a cintura do garoto e colar-se nele, o espanhol meneou a cabeça. Em seguida, passeou sutilmente a mão pela virilha de Inuyasha, que choramingou.

— Vocês crentelhos são tão complicados. Sua irmã...

— O que... O que tem ela?!

— Ela sabe que você fica de pica dura quando vê outro homem?

— N-ninguém sabe disso...

— Interessante. Agora nós dois temos um segredinho.

A mão que brincava de arranhar a virilha e parte da coxa do mais novo, enfim, chegou ao local desejado e acariciou toda a extensão do falo rijo como pedra sobre a roupa. Inuyasha ofegou alto e empurrou-se contra a ereção do espanhol.

— Gosta disso, Inuyasha?

— Ohh... Estou f-ficando louco...

— Vamos — instigou-o o outro. — Desabafe, exponha o que deseja. Gostaria de saber como é uma delícia ter o rabo sendo preenchido por uma pica?

Subitamente o rapaz virou-se e envolveu a cintura de Naraku com as mãos, friccionando os órgãos íntimos e o olhando meio desvairado.

— Pelo amor de Deus, NÃO! Eu não posso! Pare de falar essas coisas!

— Como quer que eu acredite, se você não para de me provocar, crentelho maluco?

— Eu... Eu...

— Pare VOCÊ primeiro. Se continuar esfregando sua rola na minha, eu posso não me conter mais e te comer aqui mesmo. Prometo que não será ruim, vou ser bem cuidadoso com o seu cuzinho virgem.

— AHH, SOCORRO!

— Vamos. Solte-me, Inuyasha. Se me disser ‘não’, eu me afasto.

— Eu não consigo! — exclamou o pobre Inuyasha, quase em pranto. — Você... Você é um demônio, não consigo largá-lo!

— Um demônio? Eu? Não... Você que é uma bicha enrustida necessitada de sexo.

As mãos do espanhol desceram até o zíper da calça do mais novo e a baixaram, sem cerimônia, e expuseram o pênis ereto deste, que se contorceu de tesão ao ver o brilho malicioso no olhar de Naraku, que se abaixou diante dele, comentando:

— Oh...! Que garotão!

— Não fale assim comigo, me deixa maluco, sir!

— Inuyasha — disse ele, imperioso e meio rouco. — Se não me mandar sair de perto de você agora, nem ouse em pedir depois. Não vou me conter mais, entendeu? Vamos, mande-me parar AGORA.

— N-não consigo... Eu QUERO você... — e Inuyasha gritou ao sentir a primeira lambida vagarosa em sua glande, que foi seguida de várias outras. Logo Naraku deixava as brincadeiras e o sugava com maestria. — MY GOODNESS!

Enquanto isso, o espanhol aproveitava para baixar de vez a roupa íntima do jovem e se pôs a acariciar, com o dedo úmido, a entrada retal dele, que gemia enlouquecido. Talvez pelo desejo acumulado, Inuyasha não suportou se ver recebendo a felação prestimosa daquele homem pervertido e jogou a cabeça para trás, gozando fartamente na boca do outro. Antes que pudesse se recuperar, sentiu o mais velho virando-o para a parede e deslizando o membro devagar por seu orifício. Aquilo incendiou todos os sentidos de Inuyasha, que começou a gritar para que Naraku o penetrasse de uma vez.

Então, a cabeça de Inuyasha rodou e ele ficou zonzo. Escutou a voz de Naraku chamando-o, insistentemente. Piscou e viu que estava ainda na sala da coordenação, de pé, agarrado ao colarinho da camisa do espanhol, que o olhava totalmente confuso.

— Inuyasha, está se sentindo bem? — repetia o espanhol, mansamente. — Ei. Está me ouvindo?

O jovem pigarreou, assustado. Não estava prestes a ser deflorado pelo psicanalista, não estava fazendo nada de indecente, apenas segurava o colarinho deste. Soltou-o e enxugou o suor da própria testa, morto de vergonha e medo de si mesmo.

— O que... O que aconteceu?!

— Eu é quem deveria lhe perguntar isso. Você chegou aqui, acusou-me de ter roubado a honra da sua irmã e, quando eu lhe explicava que não havia em momento algum insinuado que ela era uma vadia, seu olhar ficou perdido e você parou de me sacudir.

— Ah... É? — ecoou Inuyasha, abobalhado. — Então eu não... Não... Não fiz nada?

— Você se desligou totalmente de tudo. Temi que fosse desmaiar. Teve alguma alucinação?

— Acho q-que sim...

— O que você viu?

— ...

— Sente-se. Você está tremendo.

— E-eu p-preciso voltar...

— Não, não — e o espanhol fez o rapaz se sentar em uma cadeira. — Recupere-se primeiro. Você teve um surto na minha frente! Vou te dar água, você vai respirar fundo e vamos ter uma conversa. Há algo que te perturba e você precisa me dizer o que é.

— Mas... Por que diz que eu preciso te dizer? O que você é? — conseguiu perguntar o rapaz, depois de algum tempo quieto, nervoso.

— Eu sou Mestre em Psicanálise Clínica — retrucou Naraku, altivo e sério. — Quanto ao porquê de eu exigir que me diga seu problema, estou vendo um grande “PRECISO DE AJUDA” na sua testa, muchacho. Isso responde à sua pergunta?

Derrotado, o moreno baixou a cabeça, enquanto Naraku ia até um bebedouro e trazia um copo d’água para ele. Rubro, Inuyasha disse, mais para si mesmo:

— É... Eu preciso de ajuda...

 

***

 

Ann Kikyou saía de braços dados com Bankotsu Stewart do Sant Angelo Italian Restaurant, após comer uma pizza. Estava mais leve, mais tranquila. Aquele escocês tinha o dom de fazê-la se sentir benquista, querida. Ele chegara a comprar um medicamento para enxaqueca do próprio bolso e dar à jovem.

Ouviram árias de ópera no carro, brincaram um pouco e riram até que chegaram à humilde casa onde ela vivia. Gentil, Bankotsu deu a volta e abriu a porta do carro para que ela descesse.

— Não imagina o quanto apreciei esse pequeno passeio, Kikyou.

— Estou muito feliz — comentou ela, olhando-o com admiração. — Você salvou o meu mês, se quer saber. Ultimamente não tenho tido motivos para sorrir.

— Deus é seu motivo para sorrir, querida. E eu também quero sempre ser lembrado por você como aquele que faz se sentir melhor.

Bankotsu envolveu a jovem em um abraço terno, sem imaginar que aquilo não seria exatamente a melhor das ideias. Com a alma carente de afeto e o corpo carente de um homem, Ann Kikyou segurou o pescoço do escocês e o beijou longamente. O rapaz levou um susto e ficou apavorado, pois sempre se orgulhava de ser fiel ao seu verdadeiro amor, o francês Jakotsu. Aquele beijo sensual da moça não poderia ser permitido, mas ele também não queria magoá-la.

Era impressionante, pensou ele, como era impossível sentir o corpo reagir à investida de uma mulher. Kikyou era uma beldade aos seus olhos, mas Bankotsu definitivamente não conseguia sentir atração por garotas. Delicadamente, ele apartou o beijo e permitiu-se encostar a testa à dela, dizendo com carinho:

— Irmã... Eu percebo que você sente muita vontade de estar com outro alguém. Não é mesmo?

— Como assim? — volveu ela, assustada.

— Você é tão transparente, minha linda. Está escrito em seus olhos que você ama outro, mas sua carência é tanta que acabou por me beijar.

— Não é verdade... Eu... Eu gosto de você...

— Você gosta de mim, mas ama outro. Não precisa esconder.

Muito envergonhada e triste, a jovem rompeu num choro dolorido e se afastou de vez do escocês, que pousou a mão com sutileza no ombro dela.

— Também imagino que o outro que você ama não deve correspondê-la, para você estar tão mal assim. Pobrezinha. Converse comigo, não fique acumulando dores no seu coração.

Ann Kikyou soluçava e passava as mãos pela franja, ao passo que seu espírito parecia estar tão denso quanto o chumbo. Sentou-se no pequeno degrauzinho do portão, sendo acompanhada pelo professor, que segurou sua mão e deixou-a extravasar por longos minutos.

Então, ela olhou para Bankotsu, que até então tinha sido como um verdadeiro anjo para ela. Tão nobre, tão correto! Pois, ao beijá-lo, ela estava totalmente fragilizada. Se ele fosse um qualquer, teria usado e abusado daquele momento. A jovem sentiu que o escocês era de confiança.

— N-não sei se devo dizer...

— Não vou julgá-la, minha querida. Não estou aqui para isso. Jesus não andou no mundo apontando dedo para as pessoas, por que eu o faria?

Um carro passou pela rua naquele instante com o som ligado, tocando Until The Last Moment, de Yanni. Bankotsu ergueu a cabeça e comentou:

— Esta música é divina.

— T-também gosto...

— Lembro-me de uma confraternização dos funcionários do Instituto no Natal do ano passado, onde aquele espanholzinho rude tocou essa música inteira sem errar sequer uma nota. Naraku é um excelente músico, pena que seja tão sem caráter e promíscuo.

Kikyou empalideceu de imediato ao ouvir aquele nome e deu um grito de frustração, assustando um pouco o escocês.

— Kikyou? O que foi, querida?

— Ah, ah, ah... — a moça arrebentou mais uma vez em um choro descontrolado. — Maldito N-Naraku...! Eu me odeio por amá-lo tanto...!

— Meu Deus... — volveu Bankotsu, impressionado. — É ele?!

— Sim! É ele... Não sei por que essa desgraça me aconteceu, mas... Não só o meu coração, mas o meu corpo queima por ele... Ele é tão mau... Mas eu o amo... — a moça soluçava, visivelmente irritada e magoada. — E... Sinto coisas estranhas e pecaminosas quando penso nele...

O escocês colocou o braço sobre os ombros de Kikyou e a puxou gentilmente para seu peito.

— É, minha querida... Parece que você e eu temos muito a desabafar.

 

***


Notas Finais


Sesshoumaru dançando no banhoooo! Ah, Rin... Tadinha! Ficou com medo do leão! \o/ kkkkkkkkkkkkk

Naraku e suas manias de ficar pelado, tipo no anime >.<

INUYASHA, MEU FILHO, DEUS ME LIVRE DE TER UMA ALUCINAÇÃO COMO A SUA! TÁ AMARRADO! #TodasSaiCorrendo (se bem que o NaraDIVO não é de se jogar fora!) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Kikyou, o Ban tem dono!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Boas festas, queridos!

~Okaasan


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