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História Never Say Never (Klaroline) - Chama eterna


Escrita por: Kocca_Morgan

Capítulo 4 - Chama eterna


Fanfic / Fanfiction Never Say Never (Klaroline) - Chama eterna

Todos aqueles gritos soavam e ressoavam na mente de Caroline,e ela ousou sorrir ao lembrar da teimosia de Klaus que muitas vezes chegou a sentir saudade por mais errado que fosse...

Flashes do passado lhe vieram na cabeça.

Como no dia em que o Mikaelson a levara em um karaokê,uma coisa simples mas que significou o melhor dia de sua vida.Haviam brigado horas antes pelos mesmos motivos de sempre e Klaus numa tentativa de ser perdoado,claro que antes de ter a grandiosa ideia,tentou sexo,mas obviamente não funcionou,a levou até o lugar.

— Canta pra mim.

— Não enche! — Cruzou os braços e ficou emburrada como uma menina mimada.

— Por favorzinho...

— Não,Niklaus!E quando digo não é não,entendeu?

— Eu adoro te ouvir cantar no chuveiro ou quando não tem nada pra fazer.É tão...Sexy quanto te ouvir gemer.

— Pelo amor de Deus,cala a boca. — Deu-lhe um tapa no braço,o que o fez gargalhar deliciosamente.

— Não fica brava comigo,hum?

— Então pare de rir.Não tem graça!

— Tá bem. — Sufocou sua risada,franzindo o cenho. — Agora vá cantar pra mim.

— Quem te entende?Uma hora praticamente mata um cara porque no seu ver ele estava me secando e agora quer que suba naquele palco na frente de todo mundo pra cantar?Qual é a sua?

— Você é minha e eu te amo...Por isso ás vezes sou tão idiota.Porque não suportaria te perder,ou que me trocasse.Me perdoa,em? — Pediu com uma carinha de cachorro sem dono,se inclinando um pouco e roubando um selinho.

Naquele mesmo dia,Caroline subiu no palco e se entregou a música Eternal Flame,Klaus de início se deixou levar por sua voz encantadoramente doce ignorando os comentário tão machistas quanto elogios à sua noiva,mas no fim acabou se exaltando socando o rosto de mais de quatro caras que por ali estavam,sendo expulso do karaokê.

Ele era possessivo...Completamente possessivo.

— Me desculpe tê-la feito esperar,Caroline. — A voz de Elijah lhe tirou de seus devaneios.O mesmo olhou para o pulso da garota e o bracelete lhe chamou atenção,a loira mal sabia como aquele objeto foi parar ali e ficou desconcertada diante do olhar insistente do mais velho. — Niklaus tem se superado ultimamente.Está mais ranzinza e ignorante... — Suspirou pesadamente,Caroline se juntou a ele fazendo o mesmo entregando toda sua pena.

— Tudo bem,Elijah.Eu entendo...

— Você...Volta amanhã? — O moreno uniu as mãos atrás das costas e olhou-a receoso,esta ergueu as sobrancelhas.

— Eu vou vê-lo hoje!Quer queira ou não.E não me importo que ele me odeie por isso.

— Acho que ambos sabemos que meu irmão nunca será capaz de odiá-la. — A Forbes quis chorar,mas respirou fundo,cabisbaixa e engoliu o choro.Niklaus já a tinha magoado de mais pra se prezar a sentir algo por ele que não fosse por experiência profissional. — Por favor...Entre! — Ele disse indo um pouco para o lado,encostando os dedos na maçaneta pra que a mulher passasse.

— Obrigada. — Caroline olhou para o mesmo e sorriu,antes de rezar mentalmente e buscar todo ar puro que precisasse.

Pisou um pé dentro do quarto....

E depois o outro...

Diferente dos outros cômodos tudo ali estava exatamente igual.As paredes em um tom claro,a penteadeira dourada ainda tinha em si uma escova de cabelos que usava,e ao lado a cama...Ah,aquele espaço macio que lhe levava várias e várias vezes ao céu,agora apenas tinha sobre si um homem imóvel e muitos fios hospitalares.

— Você é mesmo muito teimosa,Caroline,e meu irmão um banana.Eu o disse pra que lhe mandasse embora e olhe só... — O loiro evitou encará-la,fazendo isso com a paisagem lá fora.

—  Elijah não tem culpa de você ser um cabeça dura,idiota e ignorante. — Continuou parada com os braços cruzados a frente da porta.

— Veio aqui pra me insultar? — Finalmente ele a olhou,mesmo que sugestivamente.Estava maravilhosa como sempre,mas talvez seu corpo estivesse mais...Desenvolvido,ou aquilo era só o tempo sem vê-la?

— Meu intuito era ajudar,mas você não facilita,então...Faço o que for necessário.

— Isso incluí homicídio?

— Claro! — A mesma sorriu de lado cinicamente se aproximando dele. — Por que não?Você mesmo não quer viver...Não seria ótimo que eu acabasse com isso o quanto antes,hum?

— Achei que seu trabalho era me ajudar psicologicamente e não me matar ou tão pouco me fazer querer morrer.

— Não importa meu trabalho,Klaus!Acho que você é inteligente o suficiente pra saber que isso não é pelo salário.

— Então é pelo que,minha doce Caroline? — Murmurou tentando esboçar um sorriso inutilmente.Caroline tentou bolar algo que fosse suficientemente convincente,mas nada escapava de seus lábios senão suspiros desalentos. — Nunca irão me entender,amor.Eu quero ir e deixar todos em paz...Me sinto um peso aos meus irmãos.É como se eles sobrevivessem por mim,e eu não quero isso...Não quero ser o infeliz que acabou com a vida dos próprios irmãos,talvez fosse melhor ser apenas a memória do que eu poderia ter sido...

— Klaus...

— Eu a agradeceria eternamente, se fizesse isso parar pra sempre. — Klaus era um sonhador,assim como todos nós,era um daqueles que dormia e já se imaginava num conto de fadas,mas tudo havia acabado e sua vida também... — Meus irmãos não entenderiam de imediato mas logo se veriam livres de mim,e ficariam felizes.

— Deixe de ser idiota! — Ela gritou vendo que ele não pararia de dizer esse tipo de coisas. — Eles precisam de você pra ser feliz,não entende?Você quer morrer porque é fraco,um covarde...Sempre foi,ainda é e sempre vai ser um covarde e egocêntrico.Agradeço aos céus por ter terminado com uma pessoa como você,Niklaus Mikaelson. — Acusou inconscientemente,logo se arrependendo ao ver os olhos dele se marejarem. — Olha...

— Esquece.Afinal eu sou tudo isso que você disse mesmo.Mas não um qualquer...Eu sou um covarde e egocêntrico que ama a família,e...Que te ama,Caroline.Você também não vai estar em total paz enquanto a sombra horrenda de Klaus Mikaelson existir em sua vida.Por mais que não sinta algo por mim senão ódio,ai dentro ainda me leva pra você. — A voz dele falhou e seus olhos exalaram algumas poucas lágrimas que o mesmo era incapaz de limpar. — Em outras palavras...Eu sempre quis te fazer feliz,mas nunca consegui por ser um tremendo idiota.Mas agora eu posso e quero fazer isso,amor.

— Por que está fazendo isso? — A loira perguntou tentando brava e inutilmente segurar seu pranto.

— Eu já tenho quase ou mais de trinta anos...Já nem sei.Considere como tédio...Toda essa coisa de respirar ou sentir já não vale mais pra mim...Não tem sentido.Como você mesma poeticamente disse uma vez eu sou monstro terrível que não merece perdão. — Olhou pela imensidão da janela novamente.

— Eu sei que ainda é apaixonado por mim... — Disse ela entre suspiros desalentos.O Mikaelson desviou a vista da paisagem lá fora e encarou-a. — E tudo e todo aquele que é capaz de amar merece ser perdoado. — Caroline colocou um dedo sobre a face deste,enxugando suas lágrimas.

— É um truque do meu irmão,não é? — Fechou os olhos ao sentir o toque leve,macio e delicioso de sua ex-noiva na pele,logo após abriu e viu-a com um semblante completamente assustada ou aquilo era só surpresa?

— O que?

— Vir até aqui,me convencer a viver,me mimar e depois que eu estiver entregue à merda do tratamento vai me abandonar. — Ele virou seu rosto obrigando-a a tirar a mão de lá,antes disso ainda pôde jurar que mesmo sofridamente um sorriso contorceu os lábios do homem.

— Você melhor que qualquer um sabe que ninguém me manipula,Nick.

— Eu adorava quando me chamava assim...Você colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha,me olhava,sorria e logo em seguida me abraçava como se fosse a última vez. — Ele riu quando as bochechas da loira se ruborizaram. — Eu ficava tanto tempo no trabalho que já nem sabia o que era minha casa,mas quando você me visitava lá e me abraçava...Aquilo era o que eu realmente chamaria de lar.

— Klaus...

— Caroline...

— Você não vai morrer,hum?Não vai!

— Diga isso a parte do meu rim que me foi arrancada,ou as três costelas fraturadas,ou talvez quem sabe ao meu coração ligado à essa porcaria que me tira os nervos,sim?

— Vou cuidar de você.

— Tempo perdido...Aconselho que curta sua vida enquanto ainda é tempo,nunca se sabe quando poderá se tornar um inválido como eu,se transformar nessa...Coisa fútil que me tornei.

— Pare de se menosprezar!

Eu não sou nada! — Gritou ele com muita dificuldade. — Não sou ninguém!Me deixa em paz!Vá embora,não volte nunca!

— Eu não vou...

— Eu sei o que quer ouvir,e se for isso que precisa pra sumir daqui,eu digo...Me perdoe. — Seus olhos se semicerraram. — Eu te magoei,fiz com que seu amor por mim se despedaçasse,fui ciumento,possessivo,infiel e tudo que tenha sido.Mas eu te amava...Ainda te amo,Caroline,tanto ou até mais que antes. — Sussurrou com a voz rouca.Se ela não estivesse tão focada nem ouviria,muito menos perceberia a máquina apitando histericamente,no mesmo momento em que Elijah entra no quarto apressado.

— Deveria saber que isso não fosse uma boa ideia. — Resmungou o mais velho.Só então Caroline voltou a olhar para Klaus que se mantinha de olhos fechados enquanto recebia do irmão uma massagem cardíaca.

Saber aquilo direto da boca dele,a fez perceber algo:

O odiava e - insuportavelmente - ainda o amava com a mesma intensidade,mas isso de nada adiantaria se ele morresse agora e por sua causa...

 

 



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