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História Nicotina Ji+Kook - Dear no one


Escrita por: saturngarden e yoonseokmylifeu

Notas do Autor


Hey ^^ aproveitem, nos esforçamos muito fazendo isso. ♡

Capítulo 1 - Dear no one


"Eu gosto de ser independente, não sou muito de investimento, sem ninguém te dizer o que fazer" -Dear No one

Mais um dia nublado e triste surgia na Nova Seul. A guerra e a separação do país abalava todas as pessoas, a cidade estava com um clima triste, quase se podia ouvir os pensamentos das pessoas por conta do silêncio.

Pessoas diferentes andavam do outro lado da rua, e eu as encaro com medo, pessoas diferentes são estranhas. Elas podiam ser como nós, os normais. Que somos patriotas e tradicionais, qual a graça de ser diferente e ouvir aqueles barulhos que chamam de música? Acredito que sejam pessoas que somente querem atenção.

Deveriam seguir as ordens do governo, como a televisão informa.

Minha amiga da faculdade também pensa como eu. Por conta disto, estou indo em uma loja de vinis, com discos que vieram dos Estados Unidos.

Música calma e tranquila é o que eu mais gosto, é o melhor gênero, de acordo com as pesquisas atuais e de opinião populacional.

Enquanto vago em meus pensamentos avisto as grande loja ao longe, sendo possível ver os discos em pratileiras.

Discos me aguardavam, música boa me esperava.

Eu tinha certeza, igual a minha amiga que Hipster soul, era o estilo de música da minha vida.

Enquanto escolhia tal disco, um grupo de garotos entraram chamando a atenção de todos que estavam no local, eles tinham roupas coloridas assim como seus cabelos. Atrás de si havia um garoto de roupas escuras com um cigarro em lábios, enquanto seus amigos riam, ele permanecia sério e passava por mim exalando seu maldito cheiro de nicotina.

O mesmo seguiu até os discos proibidos, meu olhar transparecia o nojo que eu sentia, seu amigo pareceu perceber, pois o cutucou sussurrando algo no sorriso do garoto dos cigarros.

O mesmo virou-se a cabeça em minha direção e me olhou com uma expressão séria, seu olhar era intenso porém frio, e isto me incomodava. Virei meu rosto ao sentir minhas bochechas queimarem em sinal de constrangimento.

Peguei os discos que havia escolhido e caminhei rapidamente até a fila, até que ouvir uma risada áspera atrás de mim.

- Seu gosto é péssimo -Ditou com a voz rouca perto de meu ouvido, e eu me virei lentamente batendo meu corpo contra o peitoral do garoto nicotina, o mesmo passou os dedos sobre os cabelos variado de azul e preto e eu me entreti em seu olhar.

- Quem é você para discutir sobre bons gosto? - Respondi de maneira ríspida o olhando com aspereza, o mesmo apenas levantou as mãos em sinal de rendição e soltou a fumaça pelos ares.

- O que você não tem de altura foi compensado por rispidez - Rebateu levando as mãos para dentro de sua calça rasgadas.

Oras, quem era ele? Apenas um garoto rebelde sem a mínima causa, que se rotulava como incrível por tentar desmoralizar as normas estabelecidas pelo governo, ele era apenas um selvagem.

- Deixe-me em paz selvagem - Disse rude me virando novamente e suspirei agradecendo mentalmente ao perceber que era minha vez.

- 12 reais - Ditou o atendente mastigando seu chiclete de uma maneira que era possível visualizar o doce passando por todo canto da boca do mesmo.

Peguei a bolsa de lado que carregava e comecei a procurar pela minha carteira. Fui surpreendido assim que um corpo se colocou ao meu lado entregando o dinheiro para o atendente que abriu um imenso sorriso.

O olhei incrédulo assim que o mesmo tomou os discos de minha mão e o pegou para si.

- Escute esses - Disse me entregando o que antes segurava. Parecia ser do estilo de rock e eu deixei minha insatisfação perceptível, mas antes que eu dizesse algo ele já se punha a andar.

- Descubra o lado selvagem,baixinho. - Por fim sorriu de canto e piscou seu olho esquerdo e saiu do local me deixando constrangido pelos olhares curiosos me lançavam.

Por fim me retirei daquela loja e me apressei a chegar em casa onde meus pais fariam célula, pessoas da igreja que frequentavamos iriam fazer um culto adorando a nosso Deus.

Ao chegar em casa percebi que as pessoas reunidas lá estavam em uma conversa alta, conversando indignados.

Me aproximo do movimento e percebo que falam sobre homossexuais.

A maioria das pessoas fala com ódio, que deveriam queimar no inferno, e outras choram por seus filhos terem se assumido repentinamente.

Meus pais e eu também somos contra, pessoas assim serão julgadas e condenadas por seus atos.

Observo meus pais, no meio das pessoas falando o nosso pensamento sobre isso, e como Deus julgará os impuros.

Cumprimento todas as pessoas, e vejo ao longe a garota que meus pais estão querendo que eu namore, até que ela é bonita para os padrões atuais.

Vou para meu quarto, ainda segurando os discos que o garoto tinha me dado na loja.

Suspirei apertando os discos em mãos enquanto encarava a vitrola em minha frente. Me certifiquei que as pessoas ainda conversavam que mal notariam que eu escutava música.

Levei o disco até o mesmo e o coloquei delicadamente para tocar, a batida da música era animada admito e ainda criticava tais conceitos de uma maneira diferente, talvez selvagem. Batuquei os dedos sobre minha coxa e senti a imensa vontade de dançar.

A música começou uma batida mais envolvente e logo eu já estava em pé mexendo meu quadril ao ritmo familiar. Porém, parei ao ver meu pai adentrar o quarto.

O mesmo gritava que Deus não me perdoaria e quebrava os discos que ali estavam, eu apenas permanecia perplexo encarando a relíquia se desfazendo. Meu olhar se voltou a porto vendo SunHee, a garota escolhida para que eu namorasse. Ela sorria gentilmente mas era possível ver a maldade em seu olhar.

- OLHE PRA MIM QUANDO EU ESTIVER FALANDO! - Gritou o homem com fúria e segurou em meu rosto sem o mínimo de cuidado, segurando em minhas bochechas as esmagando.

Pela primeira vez eu senti fúria, pela primeira vez eu havia escutado músicas proibidas e havia adorado, pela primeira vez eu havia me sentido livre, e pela primeira vez eu o enfrentei.

Porém, pela primeira vez.... meu pai havia me ferido.



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