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História Nictofilia - Sanguis


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Oi pessoas, desculpe a demora.
Aproveitem~

Capítulo 24 - Sanguis


Fanfic / Fanfiction Nictofilia - Sanguis

Nictofilia 

Capítulo 24 — Sangue 

 Chegou no meio do túnel de flores e parou. Olhou em volta e prestou atenção no lugar exótico que ele escolhera. Respirou fundo o cheiro das flores e sorriu, a Holanda é conhecida por ser o país das flores, o que não é um equívoco. Na primavera, os campos do país se tornam-se um arco-íris de tão coloridos. O cheiro das flores lhe agradam, por causa disso, ele mandou ela ir até ali.  

 Ela saiu escondida de casa, pois do nada recebeu uma mensagem de um número desconhecido dizendo para encontra-lo no túnel das flores na Holanda. Os outros não sabiam que ela iria se encontrar com ele, se soubessem, iria ter um rebuliço por parte deles.  

 O cheiro do indivíduo preencheu suas narinas, misturando com o perfume das flores. Girou os calcanhares, encontrando o ser de cabelos ruivos vindo em sua direção. Deixou os braços soltos ao lado do corpo e colocou uma expressão aliviada no rosto. 

 — Loretta! — Ele exclamou sorrindo. Usou sua habilidade de teleportar para chegar mais perto da hibrida e a abraçou, apertando seu corpo contra o dela. Loretta retribuiu o abraço e fechou os olhos, encostando seu queixo no ombro do outro. São exatamente da mesma altura, algo cômico aos olhos dos outros. — Achei que não viria. — Disse aliviado. 

 — Você me arrancaria da cama de um jeito ou de outro, KyungSoo. Afinal, fez questão de me seguir por quase dois dias inteiros quando me achou na Coreia, além de espionar a casa do NamJoon. — Disse com uma pitada de ácido. KyungSoo é o dono dos cabelos vermelhos que espionava a movimentação na casa do platinado. 

 Desde sempre, ele sempre foi muito implicante com Loretta, mas no fundo, ele sentia algo parecido com o amor. Amor sempre foi um tabu para os demônios, afinal, não eram ensinados sobre. Eles, nada mais eram, que almas que foram torturadas por anjos caídos ou nasceram do fruto da relação de outros demônios, que era bem diferente das relações sexuais dos humanos. Uma parte da alma — corrompida — dos dois são unidas no ventre da mulher, que possui algo parecido com um útero humano, ali o bebê se desenvolve e cresce com as condições necessárias para formar um corpo. E tem os casos especiais de que uma alma humana perdida é pega e colocada numa casca e é injetada nela magia negra, e assim sua memória é modificada de modo que ela não se lembre da sua outra vida. A maioria nem tem contato com humanos e seus sentimentos, sendo assim, não conhecem emoções. 

 — Loretta, eu... — Parou no meio da frase, engolindo seco. — Eu ainda não consegui. — Murmurou triste. — Não quero que você vá. — Apertou-a ainda mais. Loretta sorriu triste, com uma lágrima solitária no seu olho esquerdo ameaçando cair. 

 — Você passou quase cem anos procurando isso, Soo. Além disso, toda essa busca foi a responsável por você se afastar de mim, por que você não aceita logo o meu destino? Até mesmo eu já me conformei. — A lágrima solitária caiu, mas outras não vieram. Não adiantava lutar contra o inevitável, outros diriam que ela tinha desistido, longe disso. Loretta vive como se todo dia fosse o seu último dia de vida.  

 KyungSoo não respondeu nada, só refletiu tudo o que lhe fora dito. Não queria perder a única coisa que fazia sua existência no mundo valer a pena, por isso, por cinquenta e cinco anos, procurou algo que viesse a fazer Loretta ter mais tempo, mas não achou. Quando soube disso, quando eles ainda estavam no castelo de Ravi, ele brigou com Loretta, uma das piores brigas que já tiveram e ficaram se se falar durante um mês inteiro. Depois disso, ele começou a estudar mais o caso, todavia não adiantou muito, e então partiu para a Terra, para procurar mais coisas lá e quando não conseguia algo por muito tempo, voltava para sua dimensão.  

 Do KyungSoo não sabia o que era desistir, porém, a busca lhe tirou muitas coisas, que se tivesse corrido atrás, hoje estaria com elas. Uma dessas coisas tem nome e sobrenome, Loretta Averoff.  

 Naquele abraço, o jovem demônio de grandes olhos castanhos e cabelos vermelhos como o fogo derramou sua primeira lágrima de tristeza. 

 -X- 

 Abri a passagem de dimensões para a Terra e passei por ela. Escondi as minhas asas e tratei de mudar a minha roupas. O vestido de seda cinza foi substituído por uma calça jeans, uma blusa amarelo claro com uma abertura que chega até o meio das costas e um casaco jeans também, coloquei meu sapato preto e arrumei meus cabelos. Olhei em volta e estava em alguma floresta na África, possivelmente no Congo, e usei meus poderes para ir direto para a Coreia. Apareci novamente num beco da cidade de MinSoo, na qual eu não lembro o nome, e me misturei na multidão.  

 Perguntando para algumas pessoas, consegui saber a onde era a casa do namorado de MinSoo. De acordo com eles, era na floresta "mal assombrada" da cidade. Quando cheguei lá, toquei levemente nas árvores cinzas, notando a forte presença da magia. Ultrapassei sem problema algum a barreira e me apressei em chegar rapidamente a casa do namorado dela. No meio do caminho, algo vinha ao meu encontro. Parei e esperei o indivíduo chegar. É um coreano — creio eu —, com a pele mais escura, alto, lábios carnudos e cabelo castanho. Ele vestia roupas normais e não aparentava ser algum ser sobrenatural, só que a energia que emana dele diz o contrário.  

 Uma energia forte, poderosa e pura.  

 Um anjo, muito lindo ao meu ver. Não achava asiáticos bonitos, mas esse sim é uma exceção. 

 Agora, eu estava lutando contra ele, entre socos e chutes. Não havíamos mostrado nosso verdadeiro poder ainda, para assegurar que ninguém se intrometesse. Isso se prolongou por mais dois minutos e eu não consegui mais aguentar a repetição e a chatice que estava essa cena. Com uma rapidez impressionante, meu oponente se aproveitou da brecha que ficou na minha defesa e me chutou na barriga para longe. Parei no ar, tirando o meu casaco e amarrando na cintura. Quase que imediatamente, as asas surgiram nas minhas costas, elas são feitas da magia da natureza. As asas são da cor amarela, da mesma dos meus olhos, com vários traços em preto contornando-as, entre ela e minhas costas, há pequenas partículas da magia as ligando, como fios. Ele me olhou assustado, mas logo revelou suas asas brancas. 

 Ouvi o som dos ossos e das asas rasgando o tecido de sua blusa. Desci ao chão e estralei os ossos do pescoço, com meus olhos começando a ficarem vermelhos, ele também começou a vir até mim. Magicamente, apareceram em suas mãos duas adagas médias prateadas, nas minhas, um chicote branco. Passei a língua nos lábios, batendo o chicote no chão. Ele não estava em sua forma astral, ou seja, eu poderia feri-lo e machucar sua casca até sair sangue. 

 Comecei atacando com a arma em minha mão, ele defendeu com as adagas e apareceu atrás de mim, girei o corpo e tentei acertar uma joelhada em sua barriga, mas ele desapareceu e reapareceu na minha frente. Bati as asas, produzindo uma forte rajada de vento capaz de empurra-lo para longe, com isso eu fiquei levitando no ar por causa do bater delas. Ele usou as dele para parar no meio do caminho e ficou no chão, com um sorriso empolgado no rosto. 

 — Por que você não admite que eu sou superior a você? Por que você não desiste logo? — Disse sorrindo convencida. Idiomas não eram um problema para mim, afinal, os idiomas que eles falam, surgiram em outras dimensões, na minha, fala-se o francês.  

 — Essa palavra não está no meu vocabulário. — Ele diz tranquilo. Passo a língua nos lábios, provocando-o.  

 Ele ajeita as duas adagas em suas mãos e giro a alça do chicote em minhas mãos. Antes de eu fazer qualquer coisa, os olhos dele ficam brancos e o tempo parece parar, não conseguindo respirar normalmente.  

 Ele tinha parado o tempo. Fadas poderiam ter muitos poderes e habilidades, mas não podemos controlar o tempo, ele é algo divino, somente alguns anjos, demônios e o próprio Deus poderiam controla-los. Os anjos e demônios só podiam pará-lo por pouco tempo, e dependendo da criatura, no máximo cinco minutos.  

 "Filho de uma... " Não pude terminar o pensamento porque ele tinha me derrubado. Bati as costas no chão e meus braços caíram ao lado do meu corpo, o chicote sumiu e as duas adagas foram fincadas ao lado dos meus braços, com isso, um círculo de runas para selar apareceu ao meu redor. Meus músculos ficaram paralisados, até respirar estava difícil. Ele se ajoelhou do meu lado e eu rosnei para ele. Suas asas desapareceram, mas as minhas não. 

 — Eu disse, desistir não está no meu vocabulário. — Piscou os olhos de um modo infantil.  

 Ok, isso foi fofo. 

 — Sabe... Respirar... Está... Difícil... — Digo com dificuldade, contorcendo o rosto de dor.  

 — Ah, me desculpe. — Ele diz desesperado e logo tira as adagas do chão.  

 Instantemente, começo a tossir. Levanto o tronco e o curvo, recuperando todo o ar poluído da atmosfera terrestre.  

 Sinto alguém chegando perto, alguém conhecido, mas não conseguia reconhecer por agora. Aproveitei o momento de distração dele e comecei a criar outra arma com o pouco de consciência que me resta. 

 — Melissa? JongIn? — Ouço a voz de Natasha chamar meu nome e o nome do homem ao meu lado. Então o nome dele é JongIn? Interessante. 

 — Natasha? — Exclamamos juntos. Levanto a cabeça e vejo a loira de olhos azuis olhando-nos assustada. 

 Ela ri e nos entreolhamos.  

 — Melissa, pode desfazer sua arma, ele está do nosso lado. 

 -X- 

 Melissa Cherry ou Blood Butterfly, ou B-Butterfly para os mais íntimos, é uma das generais do exército das fadas. Ela foi treinada por Loretta, junto com as outras, sendo uma das fadas mais fortes. Ela ganhou esse apelido por massacrar os demônios rebeldes que quase invadiram a reino das fadas, depois disso, recebeu o título e o posto de general do exército. Ela é conhecida por ser insensível com seus inimigos, não importava quem fosse. Além das habilidades físicas excepcionais, ela sabia muita coisa sobre a magia e as forças da natureza, lhe dando uma certa vantagem nas batalhas. Além de tudo isso, ela era conhecida pela beleza exótica, os cabelos loiros, olhos amarelos e pele branca lhe fazem bela ao olhar dos outros.  

 Loretta a tinha chamado ali por um único motivo: precisaria dela mais tarde e a queria o mais perto o possível, afinal, alguém como Melissa seria muito útil alguma hora. 

 — Você ia mesmo me matar? — JongIn perguntou para ela quando chegaram no casarão de MinSoo.  

 — Sim, por que não mataria? — Perguntou retoricamente. — E você deveria ter mais cuidado com seus inimigos. — Avisou olhando nos olhos castanhos do outro. 

 — Mas eu já sabia que você planejava me matar, li sua mente. Só estava esperando que você mudasse de ideia. — Sorriu dando de ombros. Melissa parou e riu, ele, continuou seu caminho até a casa. 

 "Seria uma pena uma beleza dessa fosse perdida." Pensou olhando as costas largas do rapaz. Depois, lembrou-se de que ele poderia ler sua mente, então ela riu e torceu internamente que ele não tivesse lido sua mente naquele instante. Só que, JongIn tinha lido a mente dela sim e sorriu ao ouvir o pensamento alheio.  

 "Obrigado pelo elogio." A voz dele ressoou em sua cabeça. Agora, não havia ninguém que pudesse atrapalhar aquele momento, eram só eles. 

 "Quanta falta de educação. Ler o pensamento dos outros é invasão de privacidade." Retrucou em pensamentos. Ficara parada de frente a porta, enquanto todos estavam lá dentro. 

 "Mas esses pensamentos se referem a mim."  Contestou. Lá dentro, tinha sentado num dos degraus da escada e olhava para o teto. 

 "Mas esses pensamentos são meus." Deu ênfase no "meus" e fez careta. 

 "Você não vai entrar?" Ele perguntou fugindo do assunto. 

 "Essa conversa ainda não acabou." Encerrou o assunto por enquanto e entrou dentro da casa.


Notas Finais


Sim minha gente, o ruivo era o KyungSoo. Teve uma pessoa que chutou o Jimin, mas nem chegou perto rsrsrs
Deem as boas vindas a Melissa < 3
Ela é muito pacífica, não? asuhasuahs
Posso ter demorado demais, só que eu tive tempo de terminar já outro capítulo, talvez dia 11 eu poste.

Até~


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