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História No Fim da Rua - II


Escrita por: Miahwe

Notas do Autor


Olá! ^^ E estamos aqui, de volta depois de Eras, com esse capítulo final ^^.
Boa leitura e desculpe-me quaisquer erros. sz

Capítulo 2 - II


Gaara colocou a mão na maçaneta e a girou para direita afim de abrir a porta. — Não está abrindo — falou tentando novamente. — Viu? Não abre... como foi que eles estraram ai dentro?

            — Ué, tenho certeza que os vi entrando por aqui — Lee falou e se pôs a tentar abrir a porta. — Que estranho...

            — Esperem... se... eles entraram e a porta está fechada... quer dizer que eles estão trancados ai dentro? — Kankuro indagou encostando na viga que sustentava o teto da varanda.

            — Talvez eles tenham fechado a porta pelo lado de dentro — Neji comentou.

            — Mas isso é idiotice — Chouji falou.

            — Então deve ter sido ideia do Naruto — Kankuro disse por fim descendo os degraus da varanda e virando na esquina da casa, passou por debaixo de alguns galhos secos que pendiam das árvores e encarou curioso uma caixa grande de madeira com duas portas, provavelmente era uma saída de emergência e levaria ao porão da casa. Lembrava-se de tê-la visto da vez que fora ali com Gaara. — Ei! Venham cá — chamou.

            Não demorou muito e os outros quatro rapazes apareceram.

            — Isso é uma saída de emergência? — Neji perguntou se aproximando. — O cadeado e as correntes estão bem enferrujadas... acho que dá para quebrarmos isto com uma pedra.

            — Ah, eu já tinha esquecido disto — Gaara falou ao lado de Kankuro.

            — Achei, olha aqui essa pedra — Chouji disse mostrando uma pedra grande e de formato irregular.

            — Acho que serve — Kankuro comentou e pegou a pedra. — Vamos tentar.

            O tinir e estalar que era emito da pedra batendo nas corrente ecoava brevemente pelo local. Cada vez que ele acertava a pedra na corrente a mão doía levemente pelo impacto, mas Kankuro não enfraquecia nem um pouco a força com a qual batia.

            — Não vai quebrar — falou por fim jogando a pedra no chão e limpando a mão avermelhada na calça.

            — Pelo jeito ainda está bem resistente... — Gaara comentou cruzando os braços, tentando pensar em como abrir aquela porta.

            — Estou cansado — Chouji comentou.

            — Você não fez nada — Lee falou e estralou a língua no céu boca.

            — Oras, eu achei a pedra — Chouji se defendeu e sentou em cima da porta.

            — Ah! Grande coisa viu, merece o nobel ou você quer o oscar? — Lee perguntou irônico.

            — Pode ser um churrasco de... — A madeira da porta cedeu desequilibrando Akimichi que gritou ao sentir um buraco se formando abaixo de si, ficando com a bunda presa no local.

            Kankuro e Lee começaram a rir espontaneamente e não tiveram a força nos nervos de Neji e Garra para ir ao socorro do amigo.

            — Tirem-me daqui, ah meu Deus, socorro! — Chouji pediu sem parar. — A madeira vai quebrar, me ajudem!

            Neji e Gaara seguraram os braços de Chouji e começaram a puxá-lo para frente afim de tirá-lo dali. — Pare de se mexer, cara, você vai entrar mais nesse buraco! — Gaara mandou enquanto puxava-o.

            — Mano, ele quebrou a porta, puta que pariu — Lee falou enquanto tentava parar de rir, o maxilar dolorido e os olhos cheios de lágrimas.

            — Cala a boca, Rock — Akimichi esbravejou. — Ah! Eita, tô sentindo ela quebrando mais.

            — Você é muito pesado — Neji falou e soltou brevemente a mão de Chouji para poder mudar a posição que a segurava, mas o simples gesto fez Chouji ir para trás e foi o estopim para a porta partir e levar o amigo abaixo, Gaara quase caíra com ele, ficando seguro pela base da caixa.

            O barulho do baque foi escutado por todos que logo se puseram na beira do buraco para ver se o amigo estava bem.

            — Chouji! Tá tudo beleza ai? — Kankuro gritou para a escuridão que era iluminada um pouco pela luz do sol.

            — Acho que quebrei minha coluna e meu cóccix —Chouji gemeu.

            — Ah, ele está bem — Neji disse por fim.

            — Vamos descer? — Garra indagou.

            Todos os três assentiram.

            — Ô Chouji! Saia daí que nós vamos pular — Lee notificou. — Eu vou primeiro. Um! Dois! Três! — Apoiou-se na beirada da caixa e pulou, um dos pés tocou o chão e o outro pisou em algo mole que o fez se desequilibrar e cair no chão. O grito de Chouji foi tão alto quanto o urro de um urso.

            — Minha perna, minha perna... — Akimichi gemia alto. — Você nem esperou eu dizer que tinha saído! Seu imbecil!

            — Quebrou? — Lee perguntou abaixando-se ao lado do companheiro.

            — Deve ter quebrado, nossa... está doendo tanto.

            Lee se aproximou e passou a mão pela perna do amigo. — Não tem nenhum calombo e ela não estava em nenhum ângulo estranho... Deve estar só doendo.

            Chouji deu um soco certeiro no ombro de Lee, forte o bastante para levar o amigo no chão.

            — Ei! Parem de se comer ai embaixo! — Kankuro gritou. — Saiam daí, eu vou pular agora!

            Lee mostrou o dedo para Kankuro e ajudou Chouji e se afastar do buraco.

            Logo todos estavam ali embaixo.

Ligaram as lanternas dos celulares e se surpreenderam pela quantidade de coisas que estavam cobertas por lençóis brancos.

            — Beleza, — Neji falou. — Vistam algum desses lençóis e vamos procurar aqueles aventureiros.

 

                                               ***
 

            — Meu telefone está descarregando. Trinta por cento... que droga — Ino falou depois que passaram por outra porta. Aquele corredor não tinha fim. Já tinham encontrado um banheiro, uma sala de música e outro banheiro.

            — Preciso lembrar de matar o Naruto quando saímos daqui — Sai comentou.

            — Iiih... falando no Naruto, será que ele está bem? — Tenten indagou. — E o Sasuke o Shikamaru, hein?

            — Estou preocupada também — Hinata confessou roendo a unha do polegar. — O que será que aconteceu com eles?

            — Talvez tenham entrado em algum quarto — Sakura sugeriu passando a mão pela parede enquanto caminhavam.

            Alguém suspirou.

            — Ei, tem uma escada aqui — Ino falou apontando para um porta que ela havia aberto. Tenten se aproximou ajudando a iluminar a escadaria com o telefone.

            — Para baixo? — Sai refletiu. —Será que é seguro? Por que assim, talvez a gente não consiga subir e se tiver algum bicho ai embaixo?

            — A gente está tão perdido que acho que não conseguiríamos nos perder mais — Sakura falou olhando os degraus por cima do ombro de Yamanaka.

            — Concordo — Hinata falou.

            — Então a gente vai descer? — Sai perguntou.

            — Eu acho que sim, talvez tenha uma porta para o lado de fora ai embaixo — Ino comentou.

            — Eu... — Tenten começou, todavia parou assim que escutou um rangido baixinho. — Vocês ouviram?

            — O que? — todos perguntaram em uni som.

            — Esse barulho de rangido... — ela falou e ficou calada. O barulho soou novamente seguido de murmúrios. — Escutaram ou eu estou ficando louca?

            — Escutei — Sai falou e engoliu em seco.

            — Eu também — Ino e Sakura falaram juntas.

            — Aí meu... — escutaram a voz de Hinata pronunciar, olharam para ela e viram que a mesma estava apontando para baixo da escadaria. Olharam na direção apontada e viram formas brancas subindo devagar, então um baque e olharam para Hinata desmaiada.

            — Puta merda, puta merda, puta merda! — Sakura começou a falar como se fosse um mantra.

            — Sai consegue levar a Hyuuga? — Ino perguntou. Sai assentiu e com ajuda de Tenten colocou Hinata nas costas, umas perna de cada lado da cintura, as coxas apoiadas nas mãos de Sai e a cabeça deitada no ombro do mesmo.

            Começaram a correr.

            Sai ia na frente com Hinata nas costas, seguido por Tenten que estava como apoio para o caso de Hinata trombar para trás. Ino e Sakura ia correndo atrás.

            — Rápido! Rápido! — Sakura pediu aos gritos.

            — Fale baixo! — Ino pediu gritando, tão eufórica e assustada quando a amiga de infância.

            A adrenalina corria nos corpos de todos. Viraram curvas, entraram em portas, passaram por salas sem nem ao menos prestarem atenção para onde estavam indo. Só queriam fugir. As lanternas estavam viradas para baixo e os passos ecoavam por onde passavam.

            E o pior de tudo: os fantasmas se aproximavam cada vez mais. A escuridão deixando-os mais brancos e tremulantes.

            Sakura sentia os cabelos grudando na testa e as poucas lágrimas escorrendo pelos cantos dos olhos. Quem diria que o Lee tinha razão? Sem nem ao menos perceber trombou por cima de Ino que esbarrou na Tenten com um grito.

            — Por que pararam? Andem logo! — Ino ordenou.

            — Essa porta não abre! Não está abrindo! — Sai gritou de volta chacoalhando a maçaneta. — Precisamos voltar.

            Um barulho. Todos os quatro olharam, com bastante receio e aflição, para trás. Os fantasmas se aproximavam...

            Sakura pegou um abajur que estava em cima de um criado mudo e atirou com toda força em um deles que surpreendentemente gritou. Os fantasmas se aproximavam, iluminados pelas lanternas. Ino desesperou-se e jogou o próprio celular.

            — Ai, cacete — um dos fantasmas praguejou e Sai franziu a sobrancelha.

            — Neji? — Tenten perguntou abraçada com a Sakura.

            — Que droga, nos descobriram — um outro fantasma falou e tirou o tecido que o cobria. Kankuro.

            — Eu não acredito nisso! — Ino esbravejou. — Vocês são idiotas ou o que? — gritou assim que todos tiraram os lençóis.

            — Porra! Quase mataram a Hinata do coração, seu animais de pinto mole! — Sai falou enquanto deitava a Hinata no chão.

            — O que teve com minha prima? — Neji perguntou se aproximando.

            — Desmaiou ué!

            — Caramba, somos bons assustadores mesmo — Chouji comentou.

            Tenten suspirou tentando não explodir.

            — Cadê os outros? — Lee perguntou jogando o lençol no chão e ligando a lanterna do telefone.

            — Não sei... eles sumiram de repente... — Tenten respondeu sentando no chão e abraçando os joelhos.

            — Estranho — Gaara falou. — Por falar nisso... como vocês entraram aqui dentro?

            — A porta estava aberta... contudo, depois que entramos ela trancou sozinha e não conseguimos sair... — Ino explicou enquanto se acalmava.

            — ...começamos a andar à procura de uma saída, mas ai tudo ficou mais maluco... — Sakura completou.

            —...os corredores se duplicaram e a saída sumiu... começaram a aparecer paredes onde não tinha, parecia um labirinto — Sai terminou.

            Os fantasmas se entreolharam.

            — Temos que sair daqui — Tenten falou. — Por onde vocês vieram?

            — Entramos por uma saída de emergência que era ligada com o porão — Lee respondeu.

            — Podemos sair por ali então — Sakura disse.

            — E os outros garotos? — Kankuro perguntou.

            — Não sei, nem se quer sabemos onde eles possam estar, como podemos ajudar? — Haruno desabafou soltando o ar dos pulmões. — Temos que sair daqui primeiro e procurar alguém para ajudar.

            — Que merda, hein — Kankuro falou.

            — Essa casa é realmente mal assombrada... — Neji falou por fim. — Eu concordo com a Sakura, vamos sair daqui primeiro.

 

                                                           ***

 

            Os garoto conseguiram achar uma porta, mas não que isso tivesse resolvido o problema deles, pois agora andavam por um corredor estranho, sem piso e com tinta descascando.

            — Nada aqui faz sentido — Naruto comentou.

            — Notou isso agora, Sherlock? — Kiba perguntou.

            — Claro que não, meu caro Watson — Uzumaki respondeu e Sasuke deu lhe um tapa na testa. — Ai! — Naruto exclamou e deu o troco no amigo.

            — Pessoal... — Kiba falou arrastado. — Tem algo subindo em cima de mim... tem... eu estou sentindo algo rastejando em minhas costas....

             Naruto correu para ver o que Kiba tinha e espantou-se ou deparar-se com uma aranha preta. — Tem um aranha em você.

            Kiba gritou mais alto e começou a se movimentar exasperadamente.

            — Por favor, tira, tira, tira, tira! — Inuzuka pedia.

            — Como? — Naruto perguntou. De forma alguma que iria querer topar naquele bicho.

            — Não sei! Apenas tire essa coisa de mim — Kiba esbravejou sacudindo os braços para todos os lados. — Vai que é venenosa!

            Sasuke já estressado com toda aquela balbúrdia colocou o pé diante de Kiba e o fez cair no chão. A aranha, assustada com o baque desceu as costas de Kiba e começou a correr pelo chão.

            — Ali! Ali! Ali! — Shikamaru falava enquanto perseguia a aranha com a luz da lanterna. Então Naruto esmagou o aracnídeo com uma pisada e suspirou quando o sentimento de desespero morreu no mesmo instante.

            — E agora vai chorar, Inuzuka? — Sasuke perguntou apontando a lanterna para o rosto de Kiba, este que levantada do chão rapidamente.

            — Cala a boca — foi o que respondeu. — Vamos sair daqui logo.

 

 

                                               ***

 

            Estavam descendo as escadarias que levava ao porão, iriam sair pela abertura que Chouji havia feito e, logo depois, procurariam por ajuda para encontrar Sasuke, Naruto, Shikamaru e Kiba.

            O celular de Ino havia descarregado e o de Sai dava avisos para que fosse conectado a algum carregador.

            — Eu acho que... — Tenten começou, mas ao sentir o chão desmoronar sobre si, cobriu as próprias palavras com um grito de susto. O degrau de madeira havia cedido quando ela pisou. Rolou escada abaixo, sentindo no corpo a pancada forte de cada degrau.

            — Tenten! — Neji gritou junto de Sakura e correram o restante dos degraus para chegar até a companheira. Nem se sequer se importaram com o fato de algum deles ceder ou não.

            Sai foi o último a chegar no térreo, pois carregava Hinata nas costas. O susto que levou quando viu a cena diante de si, iluminada pelos celulares, fez com que quase soltasse Hinata no chão. — Puta que pariu — foi o que conseguiu dizer.

            Sakura e Ino começaram a chorar. Neji estava estático, Kankuro não olhava em direção a Mitsashi, Gaara e Chouji eram os únicos ali que tentavam acordar Tenten. Esta última que por sua vez tinha a perna virada em um ângulo anormal, assim como um dos braços, sangue saia de sua boca e, mesmo com as tentativas de Chouji e Gaara, Tenten não fez um movimento se quer.

            — Ela não... ela... não está respirando — Gaara concluiu engolindo em seco e afastando-se, de forma atrapalhada, do corpo.

            Sai sentiu um aperto estranho no peito.

            Neji não sabia como reagir àquela situação. Não podia ser real... Aos poucos lágrimas começaram a cair de seus olhos e o mesmo foi abraçado por Ino que chorava menos que a Sakura.

            Kankuro puxou Chouji para um canto, ambos chocados sobre a situação. — Ei, Akimichi, temos que sair daqui... precisamos encontrar algum adulto e... vamos antes mais algo ruim aconteça.

            Chouji assentiu, havia lágrimas em seu rosto e a garganta ardia com o bolo que se formava.

            Sai se aproximou dos dois, após ter ouvido a conversa e caminhou junto a eles do buraco que iluminava parte do porão.

            — Pessoal! — Kankuro chamou. — Precisamos ir, agora.

            Ninguém respondeu.

            — Merda, merda, merda — Sai repetiu enquanto ajeitava Hinata nas costas. Expirou fundo, ignorando a vontade de cair no chão e desistir de tudo. — Vamos me ajudem a tirar Hinata daqui, pelo menos.

            Rapidamente Kankuro e Chouji começaram a pegar alguns moveis. Primeiramente um sofá pequeno, atrás desde colocaram uma cômoda alta e em cima desta colocaram um banco. Não era lá uma boa escada, mas servia.

            Sai foi primeiro, Hinata em seus braços. Pisou no sofá, na cômoda e no banco. Não estava alto o bastante mas quando ficou de ponta de pé conseguiu jogar a garota para fora. Não foi o método mais gentil, mas pelo menos ela estava fora da casa.

            — Certo, vamos logo antes que fique de noite — falou e desceu do banco. — Chouji, Kankuro, vão na frente, eu vou chamar o pessoal — disse e correu até onde eles choravam por Tenten.

            Sai não sabia como estava conseguindo lidar com tudo aquilo, mas, pelo menos, era bom que alguém estava controlado naquele momento.

            — Neji, precisamos ir, precisamos ir, vamos chamar alguém para ajudar a Tenten, mas temos que sair daqui logo antes que... — outra coisa ruim aconteça, era o que queria dizer, mas não falou.

            — Sai... tem... razão... — Sakura falou entre soluços e levantou-se apoiando-se me um móvel. — Ino... Ino, vamos...

            Ino se separou de Neji que nada tinha dito até então e o ajudou a levantar. Kankuro e Chouji já tinham saído, Sai esperou as meninas subirem e depois ajudou Neji que andava de forma mecânica. Gaara foi logo atrás, ainda não sabia como reagir ao acontecido.

            — Ótimo, lá vou eu — Sai falou, contente por finalmente poder sair dali.

            Subiu no sofá, na cômoda e quando pisou no banco sentiu-o escorregar para a beirada da cômoda. O banco foi ao chão, a madeira velha quebrou-se me lascas, sem equilíbrio, Sai caiu, primeiramente o garoto bateu com força a cabeça no móvel de baixo debaixo, sentiu algo duro atravessando suas costas e logo a dor deixou tudo escuro.

           

                                               ***

 

            Gaara viu tudo.

            Passou as mãos pelos cabelos, exasperado, sem saber o que fazer, não tinha força para gritar e não conseguia pensar direito.

            Vira sai morrer bem na sala frente, vira o sangue se formar nos lábios pálido, vira-o cair e não pode fazer nada. Nada. Nada. Sai. Morto. Ele viu e... ele viu...

            — Gaara, Gaara! — Kankuro chamava-o. — O que aconteceu, ei, está me escutando?

            Gaara balançou a cabeça e apontou para o buraco no qual tinham saído, quando Kankuro soltou seus ombros, caiu no chão sem cerimônia, os joelhos aranhados pelas pedras, mas isso não importava. Seus sentimentos estavam turbulentos, nunca imaginaria que ver alguém morrer o deixaria daquele jeito.

            Sakura e Ino estavam juntas de Hinata que havia acordado. Chouji, Neji e Kankuro estavam na beira do buraco, sem saber como reagir.

            Todos ali eram adolescentes. Irresponsáveis, bobos e só queriam se divertir. Nada daquilo deveria acontecer.

            Ino não parava de se perguntar se Sasuke, Naruto, Shikamaru e Kiba teriam morrido também. Era um pensamento impossível de se ter.

            Gaara se afastou do buraco, olhando para os demais e falou: — Vamos sair daqui, agora! — Então começou a correr, por alguns segundos os outros ficaram imóveis, isso até um barulho estranho ressoar do porão e os seis bateram em retirada. O medo correndo pelas veias junto do sangue.

            Estava anoitecendo e aos poucos o vento ia ficando mais forte. Os galhos secos das árvores estralavam e se mexiam como garras ferozes.

            Estavam próximos ao portão quando ouviram um grito estrangulado, Gaara não olhou para trás, mas contrário a ele os demais tiveram o desprazer de ver Hinata apunhalada por um galho enorme, sangue se espalhava pelo chão.

            Correram mais depressa ainda. Neji quase sem folego, ameaçava tropeçar nos próprios pés. Ino não sabia se voltava para ver Hinata ou se continuava correndo. Sakura corria o máximo que podia, as lágrimas gélidas secando nas bochechas, logo sendo recobertas por mais lágrimas. Kankuro tropeçou ao olhar para Hinata, mas logo levantou e continuou correndo.

 

 

                                                           ***

           

            Haviam encontrado uma escadaria. Subiram-na com cuidado, o medo da madeira velha quebrar sobre o peso deles era enorme, assim como o desejo de sair daquele local.

            — Meu celular está descarregando... — Sasuke falou enquanto subiam.

            — Espero que dê tempo de sairmos daqui primeiro — Kiba disse com um suspiro entristecido.

            — Eu também, depois de sairmos terei desculpas o suficiente para matar Naruto — Sasuke comentou com rancor na voz.

            — Porra, você é uma azia no dedo mindinho, Uchiha — Naruto reclamou. — Quer parar de reclamar por minuto?

            — Vocês são muito chatos! — Shikamaru proclamou sem delongas.

            Os três então fizeram silêncio ao escutar um grito. O arrepio na espinha de cada foi horripilante. Já estavam frente à frente com a uma porta e tal susto apenas deu mais adrenalina para que os jovens jogassem todo o peso do corpo na porta. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco vezes, até a mesma se abrisse.

            Um vento frio bateu de encontro com o rosto de Sasuke.

            — Estamos... Estamos do lado de fora! Saímos!

            — Saímos! — Kiba respondeu levantando.

            — Finalmente! — Naruto brandiu. — Vamos embora logo!

            Começaram a correr.

            — Acho que vai chover... — Sasuke sugeriu enquanto olhava para o céu acinzentado. — Que azar.

            — Será que os outros sai... — Kiba começou, mas logo se interrompeu ao ver os amigos saindo pelo portão aos gritos.

            Ao se aproximarem do portão, escutaram um grito languido. Viraram para trás e notaram que Kiba tinha desaparecido.

            Como assim... o que...?, foi o que Sasuke pensou quase parando de correr, tentando pensar onde o Inuzuka poderia ter ido parar, todavia Naruto o arrastou bruscamente pela blusa até conseguirem sair pelo portão.

            Os outros amigos estavam na rua oposta, resfolegantes e chorosos.

            — Vocês viram aquilo? — Kankuro perguntou apoiando-se nos joelhos.

            — O Kiba sumiu... — Naruto falou olhando para a mansão Senju.

            — O Sai... A Tenten... A Hinata... eles... morreram — Gaara falou como se cada palavra pesasse toneladas em suas boca.

            — O que? — Sasuke e Naruto falaram em uni som, os olhos procurando pelos amigos citados.

            Sakura e Ino soluçavam afogadas nas próprias lágrimas.

            Um barulho estranho ecoou pela rua e o grupo começou a correr. Os meninos deram apoio as garotas que não estavam conseguindo se livrar das lágrimas e correram para longe o mais rápido possível, esquecendo as mochilas e as bicicletas. Nada daquilo importava mais. Precisavam viver...

           

 

 

                                                           ***

 

            O que aconteceu com aquele grupo de jovens até hoje é um mistério. Aos poucos foram desaparecendo, até que ninguém sobrou para terminar de contar a história daquele fatídico dia.

            A vida diferente das histórias, nem sempre termina, ou tem um final certo, ela está sempre em movimento constante, até que alguém dê um ponto final. Infelizmente, nessa vida sobrou-se apenas reticências...


Notas Finais


The And...
Espero que tenham gostado ^^
Beijos, Miahwe.


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