1. Spirit Fanfics >
  2. No limite do Universo >
  3. Um guerreiro nada teme, sua maior honra é morrer pelo...

História No limite do Universo - Um guerreiro nada teme, sua maior honra é morrer pelo...


Escrita por: ValotDeadly

Notas do Autor


Olha o SS cagando meus títulos gigantes novamente n

OLHA QUEM RESSUSCITOU DOS MORTOS!!!!!!!!! AEEEE
Esse capítulo é bem levinho -n

Eu não sei se tá bom, eu terminei agorinha pois tô a meses sem att e mais uma vez é um capítulo picado, ou seja tem coisas importantes ainda sobre ele.

O foco deste capítulo é em Sehun, um personagem que eu amo de paixão e por isso vocês vão notar uma leve crônica no inicio é a historinha dele.

Também trago os outros mestres aqui e devagar o OT12 vai se formando e n

Espero que vocês curtam, de verdade.

Eu não betei, escrevi as pressas pq tô participando do nanowrimo e é isso aê.

Me berrem quanto aos erros e quanto as dúvidas também, plmd.

E OBRIGADA AOS 45 FAVORITOS MEU DEUS QUE SONHO AAAAAAAAAAAAAAAAA
AMO OCÊIS, MEUS HIGGS <3

nos vemos nas notas finais?

~ Boa leitura

Capítulo 4 - Um guerreiro nada teme, sua maior honra é morrer pelo...


Capítulo II — Um guerreiro nada teme, sua maior honra é morrer pelo seu imperador

 

“O tempo leva tudo de nós, mas jamais será capaz de apagar as lembranças que moldaram nossas vidas, que fazem-nos ser quem somos.”

Byun Baekhyun, 3807 g.c. —  3859 g.c.

 

Goryeo 1022 d.C

Oh Sehun era um guerreiro. Um dos mais fortes e brilhantes que toda a dinastia de Goryeo já haviam conhecido. Sendo abençoado pelos deuses com força, benevolência e sangue frio. Suas missões sempre foram perfeitas, seus métodos infalíveis e todos rezavam para que não topassem com o abençoado pelos deuses em seus caminhos.

Oh Sehun era fiel. Um dos guerreiros mais fiéis que o Imperador Taejo possuía e por isso, o guerreiro fiel subiu de posição ainda jovem, sendo um general e trazendo olhares de inveja para si. Mas ele não se importava, vinha de uma família de guerreiros que serviam ao imperador e isso era a maior dádiva que um Oh poderia ter. A fidelidade era ensinada desde quando nasceu e o guerreiro mais fiel de toda Goryeo não pestanejou em seguir uma ordem de seu imperador  e senhor, mesmo que no fundo discordasse dela.

Oh Sehun era cruel. Todos sabiam que o general Oh possuía uma crueldade escancarada em sua face de poucos amigos — essa que era marcada por uma cicatriz que cortava todo o lado direito do guerreiro, logo abaixo de seu olho. O general Oh não sorria, não tinha amigos e se afastava de todos fora do castelo do rei, até mesmo em missões pouco se aproximava dos colegas, liderando com apenas palavras necessárias, e os guerreiros gostavam disso, pois possuíam medo, porque o general era cruel, não pensava duas vezes antes de manejar sua espada e cortar a carne de quem se opunha ao império, ou de qualquer um que estivesse em Goryeo para tentar tomar as terras, principalmente os guerreiros de Yuan.

Oh Sehun não largava sua espada. O guerreiro até mesmo havia dado um nome para ela, mas ninguém nunca entendeu porque a espada se chamava amor. O general sabia que não matava rápido por ser cruel, mas porque assim a dor era amenizada e que amor era o sentimento mais empático que um guerreiro fiel criado para seguir um imperador sem pestanejar poderia ter, assim ele não largava o amor que tentava manter para não se perder no mundo que vivia.

Oh Sehun conheceu a ironia quando teve todas suas qualidades postas a prova com sua espada que se chamava amor.

Então Oh Sehun precisou ser um guerreiro fiel a ordens desnecessárias quando com toda a sua crueldade transpassou sua espada na carne da única mulher que amou.

Oh Sehun era um guerreiro e mais nada importava.

 

—X—

 

Prisão universal — 3859 g.c.

Baekhyun estava farto de ficar preso naquele lugar. Tudo era quente e metalizado, o cientista podia jurar que se não fosse morto pelos deuses universais morreria de calor naquela cela. A sua única diversão era o soldado que vinha vez ou outra lhe trazer comida com a cara fechada. E Baekhyun se divertia às custas dele, afinal conhecia muito bem Kim Minseok para ignorar que este havia sido rebaixado de classe junto com suas mães e que agora não passava de um carcereiro.

— Hey, Minseok, venha aqui — o cientista sabia como ser irritante e usava disso para que o outro fizesse companhia. — Eu preciso de mais água, ou você vai me deixar morrer antes do julgamento?

Minseok apenas olhou para aquele que tinha nas costas um fardo maior que qualquer outra pessoa poderia levar; sabia muito bem que o outro carregava consigo o peso do conhecimento, o mesmo peso que havia feito desistir de uma vida a anos atrás.

Quando Minseok ainda era jovem, havia visto uma revolução nascer. Era fruto dela e como qualquer cientista que se preze havia lutado por ela. Mas como toda ação requer uma reação, soube no momento que o ar começou a faltar que precisava de um acordo, mas diferente de outros membros do Planeta Ciência Maior, Minseok não possuía muitos artigos e não era considerado brilhante. Decaiu mais que podia prever, porém ainda estava vivo, como um carcereiro, porém vivo. Diferente de jovens como Baekhyun que não abaixaram a guarda e se apegaram ao conhecimento, Minseok se apegou a vida.

E por estar vivo sabia exatamente o que esperava por Baekhyun.

Sabia que o jovem cientista estaria morto logo quando fosse julgado, pelo seu histórico familiar e pelo histórico dos deuses em manter os hereges longe da população; manipulam os médiuns, manipulam a própria ciência, moldavam o DNA humano e Minseok sabia disso. Sabia de tantas coisas que apenas atendia o pedido do outro com um sorriso ameno.

Invejava a Baekhyun, pois aos seus olhos a coragem do jovem era muito mais que apenas coragem; eram gritos de liberdade para si e para o mundo, um grito que morreu na garganta de Minseok quando este ponderou se o conhecimento valeria mais que a vida.

Anos haviam se passado desde a revolução em seu planeta.

E ele ainda via em si os mesmos medos de quando era ainda apenas um jovem treinando e sem artigos para garantir um lugar melhor nas classes universais. Lembrava-se de Yifan ao olhar o brilho nos olhos de Baekhyun que falava de Chanyeol sem parar, de Chanyeol e seus cigarros, de Chanyeol e Aidam, de Chanyeol e a caixa de tesouros.

Minseok também havia deixado para trás alguém que estava treinando. Também havia protegido alguém especial quando teve a chance, também havia amado alguém com a intensidade maior que um buraco negro sugando tudo ao seu redor. Mas estava preso a uma situação onde apenas deveria servir água e comida aos presos especiais, estava preso no próprio acordo de jamais procurar o jovem gênio, estava preso na segurança que deu ao outro quando tomou tudo para si.

E talvez Baekhyun estivesse tão preso quanto a si próprio e não, não eram pelas grades, mas pela incerteza da proteção velada que havia dado a alguém.

Minseok sabia que todos que mantinham relações com o preso seriam controlados, verificados e espionados.

Minseok sabia que Chanyeol e seus cigarros estavam tão presos quanto o jovem que pedia-lhe água.

E se Minseok tivesse prestado mais atenção na cela ao seu lado ele veria que a prisão não poderia segurar a Chanyeol e nem mesmo a Baekhyun, pois quando notou, uma nave redonda e cheia de partículas esta já estava dentro da cela que deveria vigiar, com um Baekhyun gritando ao melhor amigo que não estava entendendo nada.

E talvez por não entender como a nave havia parado ali ou talvez por sentir compaixão dos berros e do sorriso do preso, o carcereiro tenha demorado a soar o alarme.

E quando soou, sorriu, vendo um portal abrir bem a sua frente.

Minseok não era mais um cientista, mas ainda amava a ciência como parte de si, e só se surpreendeu quando no dia seguinte o responsável pela investigação trazer para perto de si aquele que mais quis afastar em todos os seus anos de vida.

Ah… Minseok teve a certeza que o ciclo universal existia quando Yifan boquiaberto por enfim saber o paradeiro daquele que o havia abandonado correu para abraçar-lhe, como se o tempo não existisse e nem os tivesse separado por anos.

E naquele momento, ouvindo Yifan falar sobre partículas atemporais, Minseok teve a certeza que o tempo era moldável e sempre retornava para amarrar os seus nós, porém manteve o pensamento apenas para si.

— Min — Yifan seguiu o soldado sem perguntar nada até que estivessem no que ele acreditou ser a casa alheia. — Você esteve aqui todo esse tempo? — Apontou para a casa, sem cerimônia, Minseok era seu exemplo quando jovem apesar da pouca diferença de idade.

—  Estive —  Soltou as palavras como se precisasse fugir da ideia de que Yifan sabia algo. —  E muito bem, obrigado.

—  Não afaste-se de mim com palavras rudes, Min — Yifan vociferou e adentrou na casa alheia logo quando a porta foi aberta. — Você pode até fugir de mim fisicamente, mas não com palavras, nunca conseguiu e sabe disto.

—  Claro, pois lido com um gênio, certo? —  O sarcasmo era palpável na voz daquele que sabia que o tempo não curava mágoas, mas as intensificava.

—  Não, Minseok, não é por isso e nem nunca foi, você bem sabe. —  Sentou no chão enquanto via que o dono da casa trazia-lhe água. —  E, eu sei o porquê você está aqui, bem como sei o porquê Baekhyun estava…

—  Estava? Ele sumiu bem diante dos meus olhos! —  Minseok sorriu e deu ao mais alto o copo com água. —  Haviam luzes e mais luzes, pequenas, grandes e um portal azul se abriu bem diante dos meus olhos. — Mostrava com as mãos o tamanho de sua surpresa enquanto via Yifan sorrindo-lhe. —  Ele gritava por Chanyeol, foi uma confusão, Yifan.

—  Minseok, você teve insolação — Yifan disse por fim. —  Estava quente e você não estava bebendo água suficiente, foi encontrado desmaiado, eu sinto muito. — Sorriu enquanto tentava olhar para o copo de água já vazio. — Chanyeol estava no Satélite de exploração 3001...

Naquele momento, Minseok teve certeza de dua coisas: estava sendo enganado por aquele que dizia estar preocupado consigo e Yifan estava protegendo-lhe como havia feito com ele outrora. Apenas fingiu surpresa quando sentava ao lado daquele que estava lá não por si, mas pelos deuses, então teve a certeza de que Yifan não era mais o garoto que amou, era agora um mestre.

Um mestre na arte de enganar.

Um soldado ainda mais forte que Minseok, pois, os bons soldados são fiéis, e fidelidade para com aqueles que chamam-se de deuses e que matam os seus próprios súditos  para promover a paz nunca fora o forte do carcereiro.

Sentiu pena de Yifan, mas sentiu ainda mais que isso, preso na fala hipócrita de quem sabia mais que qualquer um; sentiu medo.

E rezou.

Rezou para que Baekhyun e Chanyeol nunca voltassem, ou a morte seria certa.

Goryeo 1022 d.C

Sehun havia cumprido a sua missão, com os olhos cheios de lágrimas e com a sua espada cheia de sangue disse adeus a única pessoa que amou, a única pessoa que não temia-lhe, a única pessoa que sabia que o guerreiro era na verdade muito caridoso por matar sem fazer sofrer.

Era uma mulher, na realidade, a sua mulher.

Antes de morrer a última coisa que saiu da boca banhada com o próprio sangue haviam sido palavras duras que Sehun não iria esquecer: — Eu te entendo, e te amo.

O guerreiro soube no momento em que a vida deixou o corpo daquela que amava que a sua vida não seria a mesma, mas não imaginou que em uma noite estrelada o céu fosse abrir a sua frente.

Seriam os deuses culpando-lhe por tirar uma vida inocente?

Sehun jamais saberia o porquê das estrelas descerem do céu enquanto este brilhava, deixando que um objeto redondo saísse de dentro de si; neste momento, a espada já limpa nas suas roupas eram empunhada nas mãos, sejam os deuses ou os demônios de Sehun, todos teriam o fim da única mulher que amou, o fino corte da espada afiada.

Foi quando o estranho objeto parou bem a sua frente e ele pode ver que que algo saia dela, assustado e munido de coragem, apenas manteve a espada em mãos, se fosse para morrer, gostaria que fosse naquele momento, cheio de honra e glória para com seu imperador e senhor.

 

Em algum lugar no espaço tempo dentro da E.M.O.C.T.E

Chanyeol já havia desistido de tentar entender o que havia causado o seu erro de lógica, tudo que gostaria nesse momento é reverter as partículas atemporais de Baekhyun que estavam presas dentro do núcleo da E.M.M. A pessoa que deveria salvar agora era parte da sua criação por um erro seu, um erro que não conseguia entender.

Baekhyun  — se é que Chanyeol podia chamá-lo o holograma assim  — havia calculado como colocar mais seres dentro da E.M.O.C.T.E e o físico deixou que mais algumas de suas lágrimas caíssem quando a voz metalizada do sistema que havia instalado na máquina falava, como se de fato fosse Baekhyun.

Queria poder reverter o processo, queria não ter colocado o núcleo de sua criação próximo ao corpo daquele que perdia suas partículas atemporais, mas Chanyeol nunca fora bom em pensar sob pressão. E pensando em tentar salvar Baekhyun o matou, prendeu parte do amante em sua própria salvação.

— Deseja que mude a rota? — A voz saia metálica, seca e sem emoção. O único brilho que Chanyeol via era dos pontos do holograma que mantinha a imagem de Baekhyun.

— Não — Olhou para o holograma que estava em pé ao seu lado, próximo a cadeira de controle, observou os gráficos subirem e descerem na tela de comando e sabia para onde estavam indo, era a data calculada a partir da idade do objeto que o historiador havia feito suas pesquisas. — Eu não pude te salvar, mas posso provar que a sua heresia nunca existiu.

— E eu seria? — O holograma o encarou, mesmo que Chanyeol pudesse ver o fundo de sua máquina do tempo pelos pontos alheios.

— Byun Baekhyun — Chanyeol aproximou-se e mais uma vez sua mão transpassou os pontos brilhantes que davam forma aquele que se mantinha ao seu lado. — Me perdoe Baek…

— Tenho memória carregadas deste nome, bem como suas, mas são apenas informações bagunçadas em meio a meus códigos. — O holograma expôs no display da máquina aquilo que Chanyeol não queria comprovar. — Sou apenas parte da E.M.M, o núcleo da E.M.O.C.T.E.

Chanyeol segurou o soluço na garganta. Sabia disso. Sabia não era capaz de criar um novo Baekhyun, mesmo que tivesse todas as partículas deste, mas desejava, bem no fundo de sua alma que tudo se resolvesse.

No fim, Chanyeol apenas deixou que a máquina seguisse até o ano programado, em um acordo consigo mesmo de que se provasse que Baekhyun nunca fora um herege, teria o perdão dele, seja lá onde o historiador estivesse.

Mas ainda não entendia como o holograma havia se formado e nem como as memórias de Baekhyun estavam carregadas no núcleo, estava tão dominado por sua sede de conhecimento que nem mesmo com o passar dos anos teve a capacidade de salvar o único que amou.

 

Plenário dos Oito Lares — 3860 g.c.

— Você tem certeza de que o físico está em completa observação? — Foi a voz de Yixing, o representante da classe dos médiuns a se pronunciar diante do relatório de Yifan.

— Sim, ele ainda está em choque pela morte do amante — Yifan vociferou cabisbaixo, sentia muito por Chanyeol, havia tornado-se amigo dele por anos.

— Ele ainda estava no meu Lar — Lu Han, o representante da classe dos operadores falou enquanto tentava beber a água que era servida em garrafas que ele não conseguia entender. — Sempre foram tão bons garotos, eu treinei com ambos! — Animou-se ao lembrar da fase de transição para adulto, quando pararam de envelhecer. — E Chanyeol estava no satélite quando Baekhyun fugiu, não faz sentido estarmos monitorando-o, ah consegui! — Verbalizou feliz quando conseguiu abrir a garrafa e tomar o líquido dela.

Yifan ponderou. De fato não fazia sentido, mas Minseok disse que havia visto e ouvido Baekhyun falar com Chanyeol. Mesmo que soubesse que Minseok nunca havia visto Chanyeol confiava no amigo, mas sabia que algo estava fora de ordem, a nave descrita pelo antigo amante não batia com nada que conheciam até então.

— Se ele é um herege também deve pagar! — Zitao bateu as mãos na mesa, exasperado, era o representante dos soldados da prisão universal e sabia muito bem como fazer um herege pagar pelos seus crimes contra os deuses universais.

— Deve ser culpa do DNA deles — Kyungsoo, o representante do classe ciência menor falou alto, como se soubesse de algo que não os outros não estavam lembrando. — O Byun tem o histórico familiar provando heresia leve, enquanto Chanyeol é mantido por uma família de exploradores — disse com desdém, fazendo Lu Han arquear uma sobrancelha. — Nascidos em classes baixas jamais deveriam subir, são nascidos na classe inferior e devem permanecer.

— Mas temos esse direito! — Lu Han olhou para o engenheiro que achava que era superior apenas por ter nascido em um planeta melhor. — Somos assegurados por lei, e todos nós aqui temos a mesma classe, somos mestres.

— Não me misture — Yixing por fim disse —, sou próximo aos deuses, ouço a voz deles, não somos todos iguais Lu Han. — Disse calmo, apontando para as marcas na pele que era coberta apenas por uma túnica. — Só estamos aqui para representar os lares, não somos iguais.

— Por favor…. — Yifan estava segurando-se para não gritar, não podia fazer isso com Yixing que era seu superior. — Vamos manter a calma, sim? — Olhou para os lados e viu o desdém nos olhos daqueles que não tinham nenhuma diferença exceto o benefício de serem mandados para famílias de classes importantes. — Sabemos que Chanyeol estava no Satélite de Exploração 3001 no dia do ocorrido, e sabemos que a nave descrita não está catalogada, e isso é tudo.

— Lar, Yifan. Lar dos exploradores — Lu Han interviu.

— Cale a boca, explorador — Zitao já irritado soltou, olhando para Yixing que concordava consigo.

— Sabemos de tudo isso, mas não sabemos de muitas coisas. —  Kyungsoo soltou por fim. — O melhor é manter chanyeol sobre observação cerrada, as linhas de pesquisa dele pode se tornar um problema.

— Os deuses concordam com o controle do físico, mas pedem que ajudemos formando uma equipe de investigação — Yixing por fim disse, sabendo que seria escutado de todo modo.

— Então é isso. Vamos precisar ficar juntos enquanto investigamos e vamos manter a boa convivência — Yifan olhou para Zitao e Kyungsoo que estavam causando confusão, eram inferiores a si.

— Por mim, tudo bem — Lu Han foi o único a falar algo, o restante apenas saiu da sala de reuniões, como se não precisassem ouvir o nascido explorador.

 

Em algum lugar no espaço-tempo dentro da E.M.O.C.T.E.C

— Destino alcançado com sucesso — Baekhyun soltou logo quando teve a conformação de que a nave estava fora do portal.

— Por favor, verifique o nível de hidrogênio e dos gases — Chanyeol começou a mexer nos equipamentos que havia guardado atrás da tela de controle da nave.

— 78,8% de nitrogênio e 20,95% de oxigênio — Gŕaficos foram expostos logo quando o cálculo era finalizado. — Porém o nitrogênio fica acima do nível atmosférico que estamos.

— Bom, acho que consigo resolver isso — Chanyeol pegou algo semelhante a sacola que seu pai havia ganho, anos atrás. — Com isso acho que posso respirar — Vestiu o tecido que se fundia com a pele, escondendo as guelras que Chanyeol possuía. Era um tecido feito de partículas comportamentais, que se adequam a programação de hidrocarbonetos feito nele. — Estou bonito? — O físico questionou logo quando colocou a nova vestimenta.

— Está estável —  O holograma se aproximou, chanyeol se assustou quando um sensor tocou seu corpo. —  Vou precisar trocar o ar da nave.

—  Faça isso —  Chanyeol pressionou o botão da porta e enquanto deixava a cargo de Baekhyun as melhorias e consertos da nave, estava com o pé direito para fora da máquina, quando lembrou-se de algo importante. —  Camufle a nave, Baek. Eu vou encontrá-la, mas a camufle, não queremos causar uma distorção no espaço-tempo.

— Preparando cálculos de camuflagem, instalando drives de ar — a nave fechou logo quando o físico pôs os pés para fora, mas ele ainda ouvia os comandos sendo narrados pelo que sobrou do homem que amava.

 

Prisão Universal — 3860 g.c.

Yifan não soube o que dizer quando junto a comitiva formada por Ansheian — um dos deuses universais que estava guiando Yixing — viu ao longe Minseok com a sua careta típica de reprovação. O mestre-cientista-maior sabia que tinha este cargo e esta responsabilidade junto ao plenário dos oito lares por ser obediente e não por sua genialidade —  como algumas pessoas ainda afirmavam —, mas sabia muito bem que ser obediente a vontade dos deuses era um sinal claro da genialidade que sabia ter. Yifan sempre soube que era mestre por abaixar a cabeça quando deveria e que por isso devia seguir ainda mais os ensinamentos dos deuses universais.

Pela primeira vez em toda a sua vida estava vindo lado a lado a um Gumeshian —  Yifan chegou a crer que eles nem ao menos existiam e que talvez fossem invenções dos médiuns para manter as classes sobre controle —  e por incrível que pareça, Yifan notou algumas semelhanças dos deuses para com a sua criação. Ansheian —  que era um deus universal —  era muito maior que o mestre-cientista, tanto na altura —  chegava a ter quase o dobro de altura —  quanto no tamanho do corpo lateral. Respirava pelas guelras assim como os outros da comitiva e soltava a neblina menos densa —  Yifan não podia deixar de pensar em Chanyeol e em seus cigarros ao notar que Ansheian soltava a neblina ainda mais fina que os outros, afinal, Chanyeol gostava de fazer isso com aquilo que denominou como “cigarros”.

Apesar de Ansheian ser mais escamoso que qualquer outra pessoa que Yifan tivera o prazer —  e talvez o desprazer de conhecer — era ainda muito semelhante com os humanos. O grande Deus Universal parecia demonstrar a sua potência andando lado a lado com Yixing quer era ainda menor que Yifan. Kyungsoo não podia aproximar-se mais do que estava do deus por ser de uma classe menor, mas o cientista conseguia imaginar como este ficaria desproporcional caso tivesse a permissão de aproximar-se.

A comitiva andava pelo planeta Prisão Universal seguindo a ordem das classes e por isso Yifan era o segundo mais próximo de Ansheian e mesmo que não tivesse permissão de falar com ele via-o e ainda podia ouvir a conversa que o deus mantinha em um tom ameno com Yixing questionando se não teria como o pobre médium fazer os humanos se afastarem e pararem de gritar exacerbados na presença do deus, pedindo bênçãos, perdões, graças e benevolência — estavam em uma prisão no final das contas.

Lu Han era o único da comitiva que estava demonstrando desespero ao ver o deus  — assim como todos os outros humanos que não  eram mestres. Zitao havia inclusive achado a lista de pedidos de graças e agradecimentos que o mestre-explorador havia montado em seu nome, de sua família e de seu povo  — outros tantos nascidos exploradores. O soldado havia pego a força a lista de Lu Han e junto a Kyungsoo  — que só se juntava a Zitao para sacanear o explorador  — havia rasgado-a.

Eram mestres e portanto deveriam agir como tal.

Mestres não agiam como os demais humanos de classe baixa, eram representantes destes, mas continham o poder de serem próximos aos deuses e de dizer o que estes queriam ou não  — sempre sendo guiados pelo médium-mestre.

Lu Han havia derramado uma ou duas lágrimas e jurado vingança mentalmente, nem que precisasse enfrentar o soldado e o engenheiro na mão. Era um bom explorador e tinha força para tal afinal foi criado para carregar o peso da exploração, o peso de tanques de oxigênio e o peso da comida que todos os outros se deitavam. O explorador não gostava quando era menosprezado pelos seus colegas e odiava quando estes rebaixavam seu povo por serem trabalhadores comuns. Eram os exploradores que faziam as engrenagens do Universo rodar, então para Lu Han não fazia o menor sentido que estes fossem menosprezados, mas parecia que o ego inflado e que a auto suficiência estava no DNA das classes maiores  — e dos soldados. Os deuses pareciam ser tão superiores quanto suas criaturas  — Lu Han julgava isso pela forma que Ansheian ignorava o seu povo.

Mas estas coisas perdiam-se na mente de Yifan quando ele olhava a face  — cada vez mais próxima  — de seu antigo amante que sorria-lhe como se dissesse ao cientista que sabia que aquele seria seu destino.

Apesar de Yifan nunca ter ido atrás de Minseok ele sabia de algumas coisas sobre o seu rebaixamento, bem como sabia sobre as mães de Baekhyun  — e sobre o próprio historiador herege que havia sumido sem deixar pistas. O mestre cientista havia precisado mentir para Minseok dizendo que ele estava alucinando pelo calor quando viu a nave misteriosa e Chanyeol  — o que era estranho ainda, pois Yifan sabia que Chanyeol não havia saído do satélite de exploração ao qual sua família vivia no dia do ocorrido.

Era ainda mais estranho o fato dos oito mestres terem decidido  — por conselho de Yixing  — a mentir sobre o desaparecimento de Baekhyun, dando o historiador como morto por heresia. Era ainda mais bizarro na mente de Yifan o fato de um deus pisar na prisão universal  — o mais baixo e sujo dos planetas  — depois da morte do herege.

Kyungsoo havia instalado protótipos de câmeras a base de partículas atemporais na casa de Chanyeol bem como em seu laboratório; algumas destas eram até mesmo programadas para seguir o físico em todos os lugares que ele fosse.  

Minseok também estava sendo vigiado — e sabia disto, por isso sorria faceiro para Yifan, o provocando —, bem como qualquer pessoa que tivesse tido contado com Baekhyun em vida.

Todos estavam cercados pelos olhos dos deuses e de um modo esquisito Yifan sentia-se mal com isso — mas o que podia fazer se era apenas um soldado dos deuses? —, então tentava fugir dos olhares e dos sorrisos do antigo amante que ainda podia ler a sua mente e seus pensamentos apenas pela forma do cientista agir.

— Seu amante tá’ desesperado de saudade — Kyungsoo disse em tom de desprezo apontado para Minseok com o olhar.

— C-o-mo? — Yifan soltou sem perceber que gaguejava enquanto o engenheiro colocava seu melhor sorriso na face.

— Nem tente disfarçar, ó grande cientista gênio — sorriu mais uma vez encarando a face rubra de Yifan que odiava quando lhe tratavam pelo título que tinha apenas por ser obediente. — Eu sei do teu passado, acredite, não foi difícil descobrir isso e se você não fosse tão fiel aos deuses como os animais robóticos que eles nos dão eu já estaria no teu lugar — Kyungsoo acenou para Minseok — mas veja só, tu é um animalzinho mais obediente que eu.

— Kyungsoo, por favor, me ajude com esse ser — era um Zitao empunhando uma arma e apontando para a cabeça de um carcerário enquanto pedia ajuda ao engenheiro, fazendo-o grunhir por ter que se rebaixar ao nível de Zitao.

— Até mais, senhor cachorrinho robótico — Kyungsoo disse em meio a um meio sorriso — eu preciso ajudar aqueles dois idiotas — apontou para Zitao e Lu Han que discutiam se era certo apontar armas as pessoas ou não enquanto outros carcerários tentavam se aproximar da comitiva. — Tá’ bom, escutem aqui, mais um passo para perto do deus e eu vou atirar em todos vocês com essa arma aqui que destrói as partículas de nitrogênio próximas,vai ser uma morte lenta e dolorida, então afastem-se.

Kyungsoo deveria ser um soldado. Havia em seu DNA a sede por guerras, brigas e por posições, e ele sabia muito bem como assustar alguém, sorrindo de lado enquanto atirava próximo ao grupo que se aproximava, fazendo a neblina de nitrogênio se desfazer e o ar ficar mais rarefeito. Era um aviso e Lu Han afastou-se para ajudar as pessoas, descrentes na força bruta que a comitiva empunhava no lugar de orientações e de ajuda.

Zitao achou divertido e apontou a arma também, fazendo as pessoas correrem, afinal conheciam Zitao e o seu temperamento explosivo, já que antes de se tornar um mestre, este havia sido um soldado no planeta que estavam.

Yifan nada fez, apenas aproximou-se de Yixing que praguejava a bagunça que a comitiva estava fazendo, mas o cientista apenas conseguia pensar sobre o apelido que havia ouvido pela primeira vez na vida. Acabou sendo retirado da sua conclusão — sentia-se um cachorro robótico de fato — quando Ansheian o mandou — através de Yixing — examinar a cela onde Baekhyun havia estado.

Mesmo já tendo passado um ano do ocorrido ali, era possível ver as marcas que não sabia dizer o que havia as causado, então pegando seu equipamento e com a ajuda do engenheiro coletou tudo que achou importante — e o que não julgou também, afinal não sabia com o que estava lidando.

Seu trabalho era ser fiel e estava fazendo exatamente isso.

 

— X —

Goryeo 1022 d.C.

Chanyeol mal havia colocado os pés para fora da nave — ainda podia ouvir a voz metálica que copiava a de Baekhyun soar instalando os drives que faltavam — quando notou a alguns metros adiante de si um homem banhado pela luz da lua e das estrelas, segurando o que os recortes dos livros que ficavam na caixinha de tesouros dizia ser uma espada.

Deu um passo para trás quando o objeto cortante passou próximo demais de sua face e sorriu ao constatar uma cicatriz desenhando todo o lado esquerdo do rosto alheio.

— Que os deuses tenham piedade de ti, ó monstro — Sehun gritou antes de partir para cima daquele que havia sido da pedra que não estava ali antes.

Chanyeol sorriu e deu mais um passo para trás, sacando a sua arma eletromagnética e colocando ela na função imática — torceu mentalmente para a espada ser de metal.

A espada saiu da mão do guerreiro que grunhiu de dor e parou grudada na arma de Chanyeol que sorriu — Aidam era-lhe muito útil — alguns feixes podiam ser vistos pela descarga da arma e Sehun temeu pela sua vida.

Sehun acreditou naquele momento que aquele homem vestido de forma estranha era um deus, um que havia vindo buscar a sua alma pelos pecados cometidos, então ajoelhou-se e esperou que amor — a sua espada — cortasse-lhe a garganta.

Acreditava nisso pois não havia cumprindo nenhuma de suas promessas aquela que amou, pelo contrário, havia-lhe tirando a vida com a espada que chamava de amor. Sehun acreditava que merecia que um demônio viesse buscar-lhe e imaginou se ao lado do demônio teria de matar menos que ao lado de seu mestre e senhor  — o seu Imperador.

— Acredite os deuses me odeiam  — Chanyeol sorriu e aproximou-se levando a espada em mãos  — e você deve saber disso tão bem quanto eu  — os olhos do homem que ainda estava de joelhos enchiam-se de lágrimas e Chanyeol teve pena daquele que atacou-lhe.  — Diga-me teu nome.

— Oh Sehun  — o guerreiro olhou para cima e viu a espada na mão alheia completando a frase  — o general do imperador Taejo.

— Oh Sehun  — Chanyeol repetiu tentando se lembrar da tonalidade que aquele língua exigia  — levante-se, por favor  — colocou a espada do guerreiro no chão e o ajudou a levantar.  — Pegue sua espada, general, eu não a quero  — Sehun não conseguia entender aquele ser de vestes estranhas, mas pegou e embainhou a espada.  — Agora me diga, você conhece isso?  — Chanyeol queria aproveitar o medo do general Oh, mesmo que soubesse que isso era errado, mas precisava de respostas para salvar Baekhyun e limpar seu nome, afinal o amante nunca havia sido um herege.

Sehun pegou o objeto em mãos, era uma presilha de cabelo e quando conseguiu ler o nome que estava escrito nela pôs-se a chorar, assustando a Chanyeol que conseguiu olhar para onde o guerreiro havia saído e notou um corpo feminino banhado pela sua da lua e de seu sangue.  — Pelos deuses o que aconteceu aqui?  — Assustado, o físico deu dois passas para trás, notando as roupas do guerreiro banhadas em sangue também.

Mais uma vez o guerreiro se prostrou em prantos, o nome da Imperatriz estava salvo na presilha de cabelo que o ser estranho havia-lhe mostrado, tornando a morte de sua amada em vão.

O corpo que estava banhado em sangue e pela luz das estrelas que Chanyeol tanto amava era da mulher que Sehun amava. Ela trabalhava no castelo do Imperador onde servia a imperatriz que a havia acusado de roubar justamente a presilha que estava agora nas mãos de Sehun. A vida era injusta e o general soube disto quando notou a cara embasbacada daquele estranho olhando para o corpo sem vida daquela que havia dito “eu te amo” para Sehun em seu leito de morte.

— Salve-a, ó grande deus  — Sehun então segurou a peça estranha da veste de Chanyeol, esta que cobria as guelras do viajante do futuro.  — Salve-a e eu serei eternamente grato e fiel apenas a ti, como fui ao meu imperador.

Sehun soube naquele momento que a fidelidade que mantinha ao imperador Taejo apenas havia levado a morte daquela que amou como nenhuma outra. E não era por culpa dela, afinal um deus estava diante dele mostrando a presilha que havia causado isso.

— Só me diga o porquê quer que eu a salve  — Chanyeol não entendia, afinal não era ele quem a havia matado?

— Por que eu a amo  — Sehun limitou-se a verbalizar  — e não pude fazer isso pois era uma ordem do meu senhor, me ajude, ó grande deus  — Levantou-se e colocou a sua espada diante daquele que estava parado a sua frente  — eu, Oh Sehun, prometo fidelidade a ti se salvares a única mulher que amei.

E Chanyeol soube naquele exato momento que não era a única pessoa na história da humanidade que havia matado o amor de sua vida  — por mais que as lembranças ainda permanecem na EMM e a esperança de salvar Baekhyun gritasse em sua mente. E por isso mesmo sem saber se era capaz de salvar a moça banhada em sangue logo a sua frente, deu a sua sentença:  — Venha comigo e a salvarei.

Sehun não questionou quando Chanyeol o mandou guardar a espada e tampouco perguntou aquele que chamava de Deus o que teria que dar em troca. Também não disse nada  — mesmo que sua mente entrasse em colapso  — ao ver o outro girar algo pequeno e redondo em suas mãos, também não verbalizou uma palavra sequer quando uma pedra começou a brilhar e a dar lugar a algo que o general nunca havia visto antes. Tampouco questionou quando o deus abriu o que antes era a pedra, mostrando um lugar todo feito de luzes, como o céu naquela noite e nem muito menos perguntou algo quando foi convidado para entrar em tal lugar.

Sehun apenas seguiu aquele que havia prometido salvar aquela que amou e apenas olhou para trás e se despediu  — de uma maneira bizarra soube que não voltaria a ter uma vida comum  — ainda podendo ver a luz das estrelas banhando o corpo que antes dera vida a sua mulher  — aquele apenas era um sinal que o general havia cumprido a sua missão, mais uma vez.

— X  —


Notas Finais


Chanyeol será capaz de salvar a mulher de Sehun?
A comitiva conseguirá descobrir sobre a viagem no tempo?
Yifan irá parar de ser um cachorrinho dos deuses?
Baekhyun conseguirá agir como ele agia antes? Ou continuará como a IA da EMOCTEC?
Essas e mais outras respostas vocês só encontram aqui n

Aliás, algo bem bacana aconteceu e vou compartilhar com vocês, Higgsinhos, NldU foi selecionada para um trailer pela linda da @Linnie-chan, então eu tô muito feliz aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
obrigada por me aturarem e desculpem a demora.

Até breve ~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...