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História No Regrets - Trust


Escrita por: AnaLothbrok

Notas do Autor


Oi gente, tudo bom com vocês?
Capítulo novo postado!
Vou deixar uns links nas notas finais. Espero que gostem.
Boa leitura.
:D

Capítulo 4 - Trust


Fanfic / Fanfiction No Regrets - Trust

Lyanna chegou em casa e Luciana ainda acordada a esperava.

— Você ficou me esperando? – Lya perguntou enquanto tirava os sapatos.

— Claro! Não podia dormir sem saber como foi.

Lya suspirou e sentou no sofá.

— Foi bom.

— Rolou alguma coisa entre você e o CR7? –Luciana perguntou sentando ao lado da amiga.

— Nossa! Você sabe ser direta!

— Há momentos em que é necessário.

— Ok. Sim, nos beijamos.

— My God! O que você sentiu?

— Foi bom.

— Ai Lya, não perguntei se foi bom, perguntei o que você sentiu.

Lya corou.

— Eu... Não é relevante, até porque, foi tudo uma loucura.

Então contou para a amiga como se sentiu e o que disse quando o português a convidou para ir ao quarto. Luciana ouvia calada, quando o relato acabou, continuou pensando em tudo que ouvira até decidir finalmente falar.

— Parou pra pensar que ele pode ter te chamado para ir ao quarto não com a intenção de transar?

— Claro! Por que mais ele me chamaria para subir? – Lya respondeu irônica, Lu rolou os olhos.

— Lya, ele pode ter chamado com a intenção de ficarem mais à vontade, sei lá.

— Luciana, ele é jogador de futebol! Acorda! E eu sei bem como acaba esse negócio de “ficar mais à vontade”. – ela fez aspas com os dedos, Lu suspirou, não estava disposta a discutir.

— Eu vou tomar banho, boa noite. – Lya despediu-se, Lu fez o mesmo e foram para seus quartos.

Na manhã seguinte, Lu estava anunciando que iria sair no meio da semana com o rapaz com quem estava ficando.

— Eu estou pensando Lya em dar uma guinada na minha vida, sei lá. Ele é casado, você sabe, mas já está arrumando as coisas para separar dela. Então eu fiquei pensando em dar um pé no Flávio.

— Sério? Mas ele vai mesmo se separar?

— Vai né. Mas eu não sou boba, não vou deixar o Flávio até que isso aconteça.

— Bom, você é quem sabe.

— Temos que viver Lya! Experimentar, ousar, arriscar.

A campainha tocou e Lya foi atender.

— Alan?!

— Oi. Posso entrar?

****

Lyana’s POV

Eu deixei o Alan entrar e nossa! O que ele estava fazendo aqui? Há um mês não dava notícias!

— Oi Lu. – ele a cumprimentou. Lu sorriu espantada e saiu nos deixando a sós, eu quis protestar, no entanto, tive que encarar só.

— Posso sentar?

— Ah, claro, senta. – ele sentou e nos minutos iniciais eu fiquei o olhando, analisando. Sua barba estava maior e os cabelos também, mas no geral, ele estava igual, bonitinho.

— Como você está Lya?

— Bem e você?

— Tranquilo.

— Olha Alan, eu não quero ser grossa, mas o que você está fazendo aqui? Quer dizer, já tem um mês que a gente não se vê nem se fala.

— Pode crer. Eu tô muito focado na minha tese do mestrado sabe, ai fui me refugiar na minha mãe, você sabe que lá é bem calmo, ai meio que sei lá, perdi a noção de tempo.

— Eu também estou muito focada na minha monografia, vai dar certo! – eu tinha que ser otimista. Ele sorriu e concordou, decidi perguntar pela tese, como estava indo.

— Tá quase no final. Mas eu vim aqui pra falar sobre a gente.

Eu fiquei muda, tínhamos dado um tempo e eu passei um mês sem saber dele, agora ele aparece e diz que quer falar de nós? Meu mapa astral deve estar todo bagunçado! Vou pedir a Maria, quando eu for na faculdade, para dar uma olhada. Ah sim, o Alan, o que eu digo? Bom, o óbvio né!

— O que quer falar sobre nós? – ele sorriu, parecia sem jeito.

— Demos um tempo né e eu sumi. Bom, eu vim pra gente resolver as coisas.

Meu pai! Resolver as coisas? Como assim? Fiz essa pergunta e ele respondeu.

— Nós dois, eu acho que... – ele parou de falar e eu entendi.

— Eu sei, não funciona.

— Isso. – ele sorriu e parecia aliviado. Uau! Eu também estava muito aliviada. Sorrimos um para o outro e ele voltou a falar.

— Eu deveria ter entrado em contato com você antes para nos acertamos, mas não deu.

— Tudo bem. – eu disse e ele fez uma cara de quem tinha algo mais para contar, algo um pouco difícil, mesmo assim não falei nada, deixei que ele criasse coragem e dissesse. Depois de alguns segundos ele falou.

— Eu me aproximei mais de uma garota, estamos nos conhecendo melhor. É a Natália, aquela novata do segundo semestre que trocava ideias comigo e alguns amigos meus.

— É aquela que tem uma franja curta?

 — Sim e um piercing no nariz.  – o piercing não importava, várias garotas da faculdade usavam, eu mesma ás vezes colocava um, mas a franja curta dela, quase estilo Cleópatra era demais  para mim.Tirando isso, ela era bem bonita, eu estava chocada, eles dois juntos!

— Sei quem é. Ela parece ser legal.

— Ela é. É uma garota super cabeça, gostamos de quase todas as mesmas coisas, enfim. – uma indireta? Eu e o Alan não tínhamos quase nada em comum.

— Que bom!

— É. Olha Lya, eu sinto muito tá.

— Não Alan, está tudo bem. – e estava. – Não fica grilado ok? Está tudo bem. Eu realmente desejo que você seja feliz, você merece.

Ele sorriu e disse que desejava o mesmo para mim. Ficamos conversando sobre a tese dele e ele ficou de me avisar quando fosse defendê-la para que eu fosse assistir. Me senti honrada, afinal, assistir essas defesas era sempre uma emoção, um frio na barriga, ainda mais se tratando de um conhecido. Ele se despediu e eu sentei no sofá sentindo um alívio enorme, como se tivessem tirado um piano das minhas costas. Alan é um cara muito gente boa, mas eu e ele foi um erro muito grande. Não combinamos em nada, o anime que mais gosto, ele critica, a banda que ele mais ouve, eu nunca ouvi falar, os filmes de terror “gore” que ele adora, eu não assisto, acho que uma das únicas coisas que curtimos igualmente são os signos, enfim, estávamos fadados ao insucesso, éramos como estrelas cadentes indo rapidamente ao fim que sabíamos que teríamos. De toda forma, eu sempre o admirei pelo cara inteligente, estudioso e batalhador que ele é e essa admiração não vai mudar. Luciana voltou a sala e sentou ao meu lado, ficou me olhando com uma expressão impagável, então caímos na gargalhada. Ao nos recompor, contei o que tinha conversado com ele e ela sorriu.

— Acabou, agora você está livre! Contou sobre o Cristiano?

— Claro que não!

— Ué! Ele não está ficando com aquela garota? Era pra ter falado que você não está de bobeira também não. – eu ri porque a Lu era mesmo uma figura. Ela também admirava o Alan, mas não ia muito com a cara dele por ele não ter sido um bom namorado para mim, mas acho que eu também não fui muito boa, enfim. Meu celular vibrou com uma mensagem, era da Thábata me chamando para ir à praia.

— Vamos?

— Não posso. Vou sair com o Flávio depois do almoço, mas vai lá gata, vai curtir um bronze. – ela piscou e eu sorri, digitei a resposta e logo combinamos o horário.

****

Lyanna e Thábata se encontraram num quiosque de água de coco, foram caminhando pela areia até encontrarem um local para estenderem as cangas. Quando finalmente pararam, sentaram-se e ficaram em silêncio, Thábata então a olhou e fez uma pergunta.

— O que aconteceu entre você e o Ronaldo? – Lya se engasgou com a água de coco que tomava, se recompôs e colocando o coco de lado, respondeu.

— Nos beijamos.- Thábata sorriu.

— E depois?

— Bom, depois, ele me chamou para ir ao quarto dele e eu tratei de falar que não podia oferecer o que ele está acostumado a ter.

— Lya, não acredito que você o julgou assim!

— Thábata, o que acha que ele queria fazer comigo no quarto? Eu, sabe, é coisa minha, eu não consigo ir para a cama com alguém que dei apenas um beijo, simplesmente não consigo.

— E se ele não estivesse querendo isso?

— Ah céus! Ele é jogador de futebol Thábata, e solteiro. O que acha que ele queria se não era isso?

— Não acredito que você o estereotipou. Ele é jogador sim e pode curtir com algumas garotas, mas isso não quer dizer que ele quisesse isso assim de repente com você.

— Pode ser. Mas olha, acabou tá. É uma loucura sem tamanho fantasiar algo entre mim e ele.

— Ele gosta de você.

— Por que diz isso?

— Porque eu vi como ele estava hoje mais cedo. Parecia triste, chateado, entendi que deveria ter a ver com você.

— Não. Pode ser alguma notícia da Espanha ou sei lá.

— Não. É você, eu perguntei.

— O quê? – Thábata deu de ombros sorrindo.

— Lya, deixa de ser boba, eu sei que você e o Alan não estão mais juntos e que ela está com outra garota.

— Como sabe disso? Eu só fiquei sabendo hoje.

— Está nas redes sociais.

— Ah.

— A vida é curta Lya, e é para quem arrisca.

— Olha, viemos para falar sobre ele ou para curtir o sol?

— Ok. Almoça comigo? Estou sozinha, todos saíram.

— É verdade?

— Sim.

— Olha que vou confiar em você viu! – Thábata riu e jurou que estava só. Elas ficaram mais um pouco aproveitando o mar e o sol e foram embora. Ao chegarem na casa, Thábata a chamou para subir para que tomasse banho para o almoço, quando chegaram na ala dos quartos, Lya deu de cara com o português, ficaram se olhando e a anfitriã aproveitou para se esgueirar para o seu quarto, deixando os dois sozinhos ali.

****

Cristiano Ronaldo’s POV

Lyanna estava bem na minha frente e estava linda, sempre linda!

— Oi Lya. – eu cumprimentei e ela corou um pouco.

— Oi. – ela parecia nervosa, perdida, mas eu não podia deixá-la escapar.

— Eu queria me desculpar com você sobre ontem. Eu não tive a intenção de te ofender quando chamei para subir, eu só queria que pudéssemos continuar conversando, ficar á vontade, enfim.- era a verdade e ela ficou me olhando depois mordeu o lábio inferior e nossa! Eu enlouquecia quando ela fazia isso, me dava uma vontade enorme de beijá-la e não soltar mais. Eu precisava admitir para mim mesmo que estava muito interessado nela.

— Eu tenho que me desculpar também, talvez eu tenha sido um pouco grossa.

— Não, não foi. – me aproximei e ela arregalou seus lindos olhos claros.

— Eu te estereotipei, te julguei pela fama dos jogadores de futebol.

— Eu sei que os jogadores tem essa fama e há que se dar algum crédito, eu também tenho um pouco de fama de pegador, mas a verdade é que eu não tive essa intenção ontem. Eu realmente só queria ficar mais com você, te conhecer melhor. – eu estava sendo sincero, ela permaneceu calada e me aproximei mais, precisava ser ainda mais sincero.

— Lya, não diga mais aquelas coisas sobre si própria. Você é linda, inteligente, uma companhia tão agradável. Não se julgue mal. Não há nada errado em ser anônima, em conquistar as coisas com seu esforço nos estudos. Minha origem é humilde, mas eu sempre lutei para conseguir fazer o que mais amo que é jogar bola e com esse dinheiro poder dar uma vida melhor para minha família e poder ajudar quem precisa. – ela sorriu.

— Você faz isso?

— Eu-eu não gosto de falar sobre isso.

— Entendo. – ela continuava sorrindo e era uma visão muito bonita. Me aproximei mais e toquei seu rosto.

— Olha pra você e olha pra mim, você é tão inteligente que tenho certeza que há várias coisas que você sabe e que não faço ideia do que possa ser. Por favor, não dê exemplos. – ela sorriu mais.

— Você é bonito, eu te acho bonito. – ela sussurrou e eu sorri.

— Que bom. – sorrimos e eu falei perto de seus lábios.

— Dá uma chance para nós dois, não nega que estamos muito afim um do outro. – ela corou e engoliu em seco. Ficamos em silêncio por vários segundos até que não aguentei mais e a beijei. Eu realmente precisava fazer aquilo, nenhum beijo tinha me viciado tanto quanto o beijo de Lyanna. Quando nos separamos, sorrimos e eu me afastei.

— Confia em mim. – acho que ela percebeu que não era uma pergunta, meneou a cabeça concordando, eu sorri e estendi minha mão esquerda, ela ficou parada alguns segundos olhando, então colocou sua mão na minha, a tomei e me virei para o meu quarto, demos alguns passos e quando cheguei á porta, ela parou de repente, a olhei e seus olhos estavam um pouco assustados, a olhei esperando, então ela sorriu e falou.

— Eu confio em você. – meu coração deu um salto, aquela garota ia me pôr louco mais cedo ou mais tarde, sorri e virei novamente, abri a porta e finalmente entramos no quarto.


Notas Finais




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