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História Noite de Chuva - Capítulo Único


Escrita por: byunan

Notas do Autor


se a vida te der limões, faça um nozoeli

Capítulo 1 - Capítulo Único


Eu tinha planejado passar a noite com todas as garotas em casa, mas fomos pegas de surpresa com uma forte chuva repentina. O céu ficou escuro e já parecia ser tarde da noite, o que me desanimou um pouco.

Quem me ligou foi Maki, que estava com as outras meninas e tiveram que voltar para casa. Fiquei deitada esperando uma ligação de Eli, mas ela nem respondia minhas mensagens. Fiquei preocupada se ela acabou se molhando ou se esqueceu do celular em casa. Maki não tinha falado dela, então várias hipóteses passaram na minha cabeça.

Levantei da cama e procurei por um guarda-chuva. Assim que abri a porta senti o vento forte trazendo a chuva e acabei com a roupa um pouco molhada. Fechei a porta e corri para a sala, pulando no sofá e esperando a chuva passar. Minha mente só pensava em Eli, então acabei caindo no sono.

 

Acordei desesperada ouvindo a voz de Eli e várias batidas na porta. Mesmo um pouco desajeitada por ter acordado de repente, fui depressa para a porta e a recebi com um abraço.

- Eli, deveria ter me ligado! – Eu a levei até o sofá.

Seu corpo tremia de frio, o cabelo ficou todo molhado e as roupas nem se fala. Corri para o banheiro e peguei uma toalha limpa, enrolando sobre o corpo frio dela. Sentei ao seu lado e a abracei, mas não deixei de dá-la uma bronca por isso.

- E as outras? – Ela perguntou numa voz trêmula.

- Maki me ligou dizendo que elas tiveram que voltar por conta da chuva. Você deveria ter feito o mesmo.

- Não queria te deixar sozinha. - Eli me abraçou forte pela cintura e deitou a cabeça sobre meu colo. – Desculpa, estou te molhando.

- Não tem problema, Ericchi. - Curvei-me e a dei um beijo na bochecha. Ela ficou sorrindo envergonhada e me abraçou mais forte. – Mas sabe, você precisa tirar essas roupas, ou vai acabar adoecendo.

- Então vou tomar um banho quente.

Eli levantou depressa, segurando forte a toalha sobre o corpo e correndo até o banheiro. Só pude ver as roupas sendo jogadas no chão e não segurei a vontade de ir espiá-la.

 

 

°°°

 

 

- E-ri-cchi.

Ouvi a voz travessa de Nozomi se aproximando, ela sempre me chama assim quando quer aprontar algo. Provavelmente me viu jogando as roupas em qualquer canto e sei que isso a irrita. Provavelmente ela iria me punir de alguma forma, então eu juntei as roupas e as coloquei no cesto.

Assim que me enrolei na toalha, sai correndo até o quarto e tranquei a porta antes que ela entrasse. Todo cuidado é pouco, principalmente quando se trata de Nozomi. Vesti algumas roupas dela, não que ela se incomodasse, mas acabei ficando sem sutiã, o que me deixa um pouco desconfortável. Peguei um moletom bem largo e que não deixasse anda visível, coloquei uma calça qualquer e destranquei a porta para Nozomi entrar.

- Esqueceu-se disso! – Ela mostrou um sorriso largo e, em mãos, um sutiã branco. Assim que ela se deu conta que eu já estava vestida, me olhou dos pés a cabeça e fez uma estranha expressão. – Pensando bem, acho que não precisa. – A peça de roupa foi deixada num canto qualquer.

- Esse seu sorriso me assusta. – Brinquei. – Eu ainda estou com frio, posso ficar na cama?

- Claro! Eu vou terminar de fazer o chá.

Assim que ela saiu do quarto, eu dei um pulo em sua cama e abracei o travesseiro. Eu até que queria que as outras estivessem aqui, mas ficar sozinha na casa da Nozomi, somente com ela, é algo que me deixa ainda mais feliz.  

Enquanto ela não vinha, fiquei olhando seu quarto, tudo tão arrumado e delicado, nem parece que faz aquele olhar malicioso para mim ou para as outras meninas. Eu encontrei uma foto das µ's, todas nós reunidas em cima da estante. Mesmo depois desse tempo ela gosta de guardar a primeira foto que tiramos juntas.

- Eli, não mexa nas minhas coisas!

Eu coloquei a foto no lugar e me afastei da estante. Nozomi não ficou irritada, mesmo tentando parecer, mas suas bochechas ficaram levemente vermelhas. Ela deixou a bandeja em cima da mesa no meio do quarto e correu até mim, escondendo a foto e – tentando – me olhar com raiva.

- Você é curiosa, né? – Ela inchou as bochechas de ar, ficando com uma expressão muito fofa e acabei rindo. – Vamos ver se acha isso engraçado.

Nozomi abriu os braços e pulou em meu colo, fazendo nós duas cairmos na cama. Ela me fez cócegas por todo o corpo e eu não conseguia parar de rir, ela sabe bem os meus ‘pontos fracos’ e abusa disso. Quando a vi levantando minha blusa e senti suas mãos frias sobre minha cintura eu a afastei um pouco. O olhar dela já era de quem não queria parar, mas eu não podia deixar aquilo ir mais para frente.

- O chá vai esfriar. – Dei um pulo da cama e aproximei da mesa. – Venha. – Fiz um sinal com a mão.

Ela veio engatinhando e ficou de frente na mesa. Serviu chá para nós duas e então finalmente estava me sentindo mais quente.

- Eli, posso tentar algo? – Nozomi deixou o copo de chá num canto e tirou o meu da minha mão.

- O que foi? Eu não acabei. – Tentei pegar o copo de volta, mas ela o afastou de mim.

Logo Nozomi pegou seu baralho de tarot e as colocou sobre a mesa. Ela embaralhou as cartas e separou cinco aleatórias para ficarem sobre a mesa, todas de cabeça para baixo. Ela pediu para que eu escolhesse uma e que, essa carta iria revelar algo que ela sente.

Fiquei um pouco nervosa, já que poderia sair qualquer coisa das cartas, então apenas fechei os olhos e peguei uma aleatória. Lentamente virei à carta e fiquei surpresa com o que tinha escolhido.

- A carta dos amantes. O que isso quer dizer?

Assim que levantei a cabeça, em um piscar de olhos, Nozomi já estava sobre a mesa e me deu um beijo. Meu coração bateu rápido e eu não consegui fechar os olhos mais. Nozomi colocou a mão sobre a minha e apertou forte os meus lábios, mas sem querer eu a empurrei e cai para trás.

- O que deu em você? – Coloquei as mãos sobre a boca e tentei conter a timidez.

Nozomi ficou um pouco sem graça e sentou na cama, ficando um pouco cabisbaixa. Senti que tinha feito algo errado e me veio um sentimento de culpa. Levantei e fui até ela, subi na cama e fiquei de joelhos, a abraçando por trás e apoiando sua cabeça em meu peito. Meus olhos logo encontraram o dela e, Nozomi parecia um pouco confusa com minha reação, mas então me mostrou um sorriso tímido.

Ela segurou minhas mãos e ficamos um tempo abraçadas, eu tinha ficado mais calma, mas meu coração ainda estava agitado. Quando Nozomi se cansou de ficar daquele jeito, ela virou de frente para mim e ficou ajoelhada. Continuamos de mãos dadas enquanto nos olhávamos, caladas, apenas ouvindo a chuva forte do lado de fora.

- Ericchi.

Fiquei surpresa ouvindo a voz dela. Já podia sentir que meu rosto estava completamente vermelho e, comprovando isso, Nozomi deu o sorriso travesso de sempre, mas dessa vez seus olhos me transmitiram um imenso carinho.

- Eu gosto de você.

A testa quente dela começou a aquecer a minha, fechamos os olhos e ficamos de mãos dadas. Aos poucos eu me aproximei e a abracei, ficando em seu colo.

- Eu também. – Mal conseguia fazer minha voz sair.

- Também o que?

Meu corpo arrepiou quando senti seus lábios próximos da minha orelha, sussurrando tão baixinho que quase seria impossível de ouvir. Quando inclinei um pouco o corpo para ficar mais próxima de seu rosto, as luzes se apagaram de repente, provavelmente por causa da forte chuva. Eu abracei Nozomi pelo pescoço e ela tomou um susto por isso.

- Calma Eli, eu estou aqui. – Ela me pegou pela cintura e me fez deitar em seu colo de novo. – Estou com você, ok?

Nozomi me deu um beijo na bochecha e colocou as mãos em meu rosto. Eu sempre me apavoro com o escuro e, às vezes nem ela consegue me deixar calma. O problema de tudo foi que as luzes acabaram por conta da forte chuva e só devem voltar mais tarde.

- Eli, olhe pra mim. – Ela continuou com as mãos em meu rosto. – Também... O que?

- Eu... – Tomei um susto com mais um trovão e abracei Nozomi, apoiando o rosto em seu ombro. – Eu também gosto de você.

Algumas lágrimas queriam descer e eu tentei esconder de Nozomi, mas ela me fez levantar a cabeça e me deu um leve beijo. Eu continuei em seus braços, tendo os cabelos acariciados e, mesmo com medo ao ouvir qualquer barulho, meu coração foi ficando calmo e senti uma grande paz.

Ficamos ouvindo a chuva e, aos poucos, cai no sono com a cabeça no colo de Nozomi.


Notas Finais


Um dia eu saio dessa vibe de love live, um dia
Dia
kurosawaALGUÉM ME AJUDA
xoxo


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