História Noite no Cinema (Taegi) - Capítulo Único Cinema Privativo

POV Suga

- Ei, Hyung. Hyung? HYUNG!

- Caralho! O que você quer? – respondo, irritado, sem abrir os olhos. Não preciso ver para saber quem é, conheço muito bem essa voz. – Não vê que eu tô dormindo?

- Eu tô entediado, quero sai. Vamos no cinema?

- Não.

- Por favor!

- Não!

- Por f...

- PORRA! Vai joga alguma coisa e me deixa dormi! – mas quem disse que ele desiste? Ele começa a me chacoalhar.

- Vamos lá. Por faaaavor Suga!

- EU JÁ DISSE QU... – nesse momento abro os olhos. Pior erro que eu poderia ter cometido. Pois lá estava aquele sorriso retangular e aquele olhar kawaii de cachorrinho pidão que derrete tantos corações. Quem em sã consciência, ou nem tanta, seria capaz de negar um pedido acompanhado desse sorriso? Eu solto um suspiro. – Ok.

- Ebaaaaa!

- Mas com uma condição Tae. – digo, elaborando um plano mentalmente.

- Qual? – ele continua com aquele sorriso na cara. Socorro!

- Eu escolho o filme. – respondo, com um sorriso malicioso de canto. Sorriso que ele não percebe em meio aos pulos de alegria.

Ah, Taehyung! Vamos descobrir de que material você é feito.

Meia hora depois estaciono em frente a uma construção elegante. Sua faixada é discreta.

- Que lugar é esse Suga? Não parece o cinema.

- É uma casa noturna com sala de cinema particular. Pertence a um amigo. Para entrar você tem que ser sócio ou estar acompanhado de um.

- Por que a gente não vai no cinema normal? Você é sócio aqui?

- Sim. Aqui teremos mais privacidade. Celulares e qualquer equipamento que sirva de filmadora ou câmera fotográfica são recolhidos na entrada e só devolvidos na saída. Esse lugar foi construído para garantir a privacidade de pessoas famosas em seus momentos de descontração.

- Ah, entendi. Perece legal – e abriu um grande sorriso. Um dia esse sorriso me mata.

Vamos esclarecer algumas coisas, mesmo que vocês a essa altura já tenham se dado conta. Sim, eu sou gay e sim, tenho uma quedinha pelo V. Dizer que tenho uma quedinha é um eufemismo, eu tenho é o ¹Grand Canyon! Acontece que eu não tenho certeza das preferências dele. Muitos, se não a maioria, acreditam que ele é gay, mas vejo ele com muitas garotas. Essa noite vou tirar isso a limpo.

- Vamos lá – digo já saindo do carro, aguardando que ele fizesse o mesmo. Assim que ele se pôs ao meu lado, o enlacei pelos ombros e nos dirigimos ao clube.

Na entrada eu mostrei meu cartão de sócio e o Tae sua identificação, garantindo que ele já havia completado vinte anos. Logo entregamos nossos celulares e fomos revistados por alto, caso tivéssemos algum outro aparelho proibido. E finalmente fomos liberados. Assim que entramos eu olho para ele, atento a suas reações. Acho que acertei ao trazê-lo aqui.

- Hyung, esse lugar é incrível!

- Que bom que gostou. Venha, vamos pegar algo para beber e pipocas.

- Que filme a gente vai assistir? – perguntou curioso, com o olhar fixo em algum ponto distante. Segui seu olhar e deparei com dois homens num canto escuro se agarrando. Hum, interessante.

- É uma surpresa. Digamos que vamos descobrir se você é mesmo ²homem kkkk.

- É terror? – indagou, interessado.

- Não sei – foi minha única resposta.

- Você sabe que eu não costumo me assustar com filmes de terror.

- Ah, mas esse é diferente – respondi, controlando a vontade de soltar um sorriso malicioso. Não quero assustá-lo.

- Ok, vamos lá então. Tô ansioso.

Depois de pegarmos dois copos de Pepsi (quero ficar bem sóbrio) e um saco de pipoca tamanho família (Cara, onde é que ele enfia tanta comida?), nos dirigimos à área das salas de cinema, que não são grandes, cabem em média vinte pessoas por sala. Depois de falar com um dos responsáveis me dirijo a uma em particular, quase vazia, e escolho assentos bem afastados dos demais. Passados cinco minutos o filme começa.

Eu mantenho meus olhos atentos à reação do Tae, para quando ele se der conta do tipo de filme que estamos assistindo.

- Hyung?! – seu tom baixo carrega um “quê” de surpresa. Parece que ele descobriu. Mais rápido que imaginei, não passaram nem dez minutos. E nem é um filme do tipo que vai direto ao ponto. Ele tem toda uma história. Muita gente levaria um pouco mais de tempo.

- Sim? – digo, olhando diretamente em seus olhos, que me encaram desconfiados.

- Isso é um filme pornô, não é?

- Você foi rápido. Uma vez que ainda não teve cenas que indicassem isso, como foi que percebeu?

- Eu desconfiei que poderia ser esse tipo de filme desde o momento que pus meus pés dentro do clube. Mas assim que eu vi os personagens e notei que só tinham pessoas lindas e ...digamos gostosas, mais o clima que o filme passa... não tive mais dúvidas.

- Quem diria, parece que o meu dongsaeng não é tão inocente. – comentei, sem esconder minha surpresa.

- E por que você acha que sou inocente? – respondeu com um sorriso matreiro dançando em seus lábios.

- Por que todos pensam que você é inocente? – devolvi. Isso parecia um jogo e eu realmente estava curtindo jogá-lo.

Ele não respondeu, só soltou um sorriso misterioso e voltou sua atenção ao filme. Diferente de muitos filmes do estilo, esse tinha uma história. Tinha romance, fazia você se envolver com os personagens. Não era como vários filmes do gênero que não davam cinco minutos e já estava todo mundo se fodendo. Não era um filme vulgar.

Esse filme tinha sido escolhido cuidadosamente, por conter envolvimento hetero, bi e homossexual. Em nenhum momento durante o filme eu deixei de prestar atenção ao meu acompanhante. Vocês podem pensar que rolou alguma coisa entre nós. Mas não. Não queria assustá-lo. Eu só queria ver suas reações, ter uma dica sobre quem era Kim Taehyung.

POV Tae

Durante todo o filme eu pude sentir o olhar do mais velho sobre mim, mas isso não me incomodou. Na verdade isso me deixou mais excitado. Admito que fiquei surpreso quando descobri que tipo de filme ele escolheu para assistir comigo, mas logo depois a surpresa deu lugar à excitação.

A muito tempo venho nutrindo um sentimento diferente pelo Yoongi hyung. A princípio pensei que fosse só como um irmão mais velho. Mas então comecei a ter sonhos nem um pouco puros envolvendo ele. O único que sabe dos meus sentimentos é o Jiminie. Não tem nada que não contemos um para o outro. Ele também é o único que sabe que eu sou gay.

Eu queria simplesmente poder me abrir com o mundo sabe? Mas eu não posso. Minha família não entenderia, nem o mundo. Sei que muita gente apoiaria, principalmente nossas ARMYs, mas a imprensa teria um prato cheio. Isso seria muito prejudicial pro grupo.

Os minutos seguintes foram um verdadeiro tormento sensual.

A princípio a primeiras cenas mal me afetavam. Começou da forma mais tradicional possível, casais heterossexuais e posições básicas. Depois algo que eu realmente não estava esperando, lésbicas, fetiche típico de homem, não gay. Admito, mesmo eu sendo gay me senti levemente excitado, afinal é tudo sexo, então é natural o corpo reagir.

Ai você se pergunta. Então por que o tormento? Simples. Mesmo não vendo, posso sentir os olhos do Suga me perfurando. Queria virar e olhar para ele, mas tinha medo que ele visse em meus olhos o que a tanto tempo tento esconder dele. Eu o quero, mais que tudo.

De repente algo chama minha atenção no filme. Homens. Homens transando... com homens! Isso me pegou completamente de surpresa. Será que é por isso que o hyung não presta atenção ao filme?

A partir deste momento meu real tormento começou. Então me lembro do que o mais velho me disse mais cedo, quando pedi qual seria o filme. “É uma surpresa. Digamos que vamos descobrir se você é mesmo homem kkkk”.

Droga! É um teste. Será que desconfia das minhas preferências? Por favor, não permita que ele descubra o que eu sinto por ele. Não quero... não posso perder ele. Depois do Jimin ele é quem mais cuida de mim.

O restante do filme passou como um borrão. Tentei de todas as formas não prestar atenção. Mantive minha mente concentrada em assuntos aleatórios, cálculos matemáticos, pensamentos broxantes, tudo num esforço para meu corpo não me trair na frente do hyung. Então finalmente começaram os créditos. Eu sobrevivi, Aleluia!

- Então Tae, o que achou do filme?

POV Suga

- Então Tae, o que achou do filme? – realmente estava curioso. Durante todo o filme ele se manteve concentrado. O filme não parecia tê-lo afetado muito, em nenhuma das cenas. Meu principal interesse estava nas cenas gays. Ele não esboçou nenhum tipo de reação. Não pareceu enojado ou incomodado, nem tampouco excitado.

- Hum. Que tipo de pergunta é essa? – é impressão minha ou ele parece um pouco incomodado? – Tipo, é um filme pornô. Não é como se tivesse muito a ser discutido.

- É verdade. O que você acha da gente ir tomar um sorvete? – minha arma secreta. O mais novo é louco por sorvete.

- Sério?! – Meu Deus, ele fica tão perfeito quando sorri. Essa alegria é contagiante. Acho que até o Sol tem inveja do brilho dele. Ele pula em mim, me abraçando, e por um momento eu esqueço como se respira – Você é o melhor, hyung!

Durante o abraço a perna do mais novo roçou minha entreperna e tive que fazer um grande esforço para não gemer. Por quê? Estou excitado. Tentei agir como se nada tivesse acontecido, mas parece que o ruivo percebeu meu estado pois ficou estático.

O afastei com cautela e sorri para o mesmo.

- Então vamos logo – digo, segurando seu braço na tentativa de distraí-lo.

Nos levantamos e reparo em um homem bastante atraente, não parece muito mais velho que eu. Mas ele não me atrai. O problema é que ele não tira os olhos da bunda do Tae e isso me incomoda. Quem nesse mundo é imune à beleza do meu dongsaeng? Passo meus braços pelos seus ombros numa atitude de posse.

De repente sinto mãos em meu braço, impedindo-me de andar. Viro o rosto e mesmo na penumbra vejo o olhar sério do Tae. Sinto um arrepio.

Acho que esgotou o tempo para subterfúgios.

POV Jimin

Ando pelo corredor seguindo o mais velho. Jin tinha nos levado para comer fora. Por nós digo eu, o Kookie e o Nam. Os outros não quiseram sair. Assim que o mais alto abre a porta do apartamento eu entro e me jogo no sofá exausto. Se não fosse a fome eu nem teria saído.

- Onde o V está? – ouço o Jin perguntar.

Abro os olhos e vejo que o Hobi está no outro sofá assistindo um anime que ele e o Tae curtem. Mas estranhamente o ruivo não se encontra.

- Ele e o Suga saíram – foi a resposta breve.

- O Suga saiu? Pensei que ele não quisesse sair de casa – estranhei.

- O Tae queria ir no cinema – Hope deu de ombros.

- Como que o V conseguiu a façanha de convencer o Suga? – Namjoon parecia surpreso.

- Isso não é nada – Hobi hyung voltou de vez sua atenção para nós. Ele parecia divertido com algo – Vocês perderam o momento em que o Tae acordou o Yoongi.

- O quê?! – dessa vez foi o maknae quem se pronunciou. Agora estávamos todos surpresos – E o TaeTae sobreviveu para contar a história?!

- Não só sobreviveu, como ainda convenceu o Suga a sair com ele. Isso que o Tae ficou incomodando até que ele desistisse de dormir – ele ri com a lembrança – O Tae é meu novo herói. Não conheço ninguém mais corajoso.

- Acho que se fosse qualquer um de nós, estaríamos mortos kkk – não pude parar de rir – Mas quando foi a última vez que vocês viram ele brigando com o TaeTae? Ele é o único que consegue lidar com o Suga de mau-humor.

Vejo os outros concordarem. Sinceramente isso não me surpreende. Não sei por que o Tae não me escuta quando digo que o loiro gosta dele. Já faz um bom tempo que o ruivo me confessou que gostava do Suga. Quem sabe tudo que eles precisem seja de um tempo a sós.

- Que horas ele saíram? – volto à realidade quando ouço o Jin falar.

- Faz umas três horas – Hobi coçou a nuca pensativo.

- Mas eles já não deviam ter voltado? – nosso omma se preocupou – A essa hora o filme já deve ter acabado a um bom tempo.

- Eu vou ligar para o Suga – Rap Mon se ofereceu. Ele discou rapidamente, mas depois de alguns instantes desligou o aparelho – Caiu na caixa-postal.

- Espera um pouco – peguei meu celular e abri o whatssap, procurando o contato do Tae. Foi quando vi que tinha uma mensagem dele de mais de duas horas – Parece que eles foram num cinema diferente onde os celulares são recolhidos na entrada. Acho que o Tae me mandou essa mensagem antes de entregar o celular.

- Ah? Por que o Suga só é assim com o TaeTae? – o Biscoito reclamou.

- Porque ele ama o Tae. KKK – Hobi brincou. Se ele soubesse o quanto isso é verdade...

- O V disse quando eles voltam? – Jin quis saber.

- Disse não. Mas não é um problema né? Nós estamos de folga pelos próximos dias – comentei.

- Mas...

- Não precisa se preocupar – Rap Monster interrompeu o Jin – O Yoongi sabe se cuidar melhor que qualquer um de nós e o Tae vai ficar bem com ele – essa última parte ele disse olhando pra mim.

Parece que ele sabe algo. Provavelmente por parte do Suga, já que são mais próximos. Por parte do Tae acho bem difícil, eu mesmo só sei que ele gosta do Yoongi porque ele me contou. Ele sabe esconder o que sente como ninguém, sério mesmo.

Pensei na mensagem do Tae e sorri internamente. Não posso perder a oportunidade.

Parece que estou te devendo uma TaeTae.

- Já que tá tudo esclarecido, eu vou pro quarto – disse, já me dirigindo ao corredor dos dormitórios e arrastando o maknae comigo – Boa noite hyungs.

POV Suga

- Hyung... – ele começou, parecia indeciso.

- Sim? – o incentivo a continuar.

- Isso tudo foi para descobrir sobre minha sexualidade? – admito, fiquei surpreso com a percepção dele – Você quer que eu admita que sou gay?

- Ah... – definitivamente surpreso. De repente sinto sua mão deslizar até minha coxa e apertá-la.

- Você tá excitado – isso foi uma afirmativa.

- Sim – não posso negar. Trago saliva quando seus dedos deslizam perigosamente perto da minha virilha.

- Mas você não prestou atenção ao filme – mais uma vez não era uma pergunta.

- Como você pode ter certeza?

- Porque senti seus olhos em mim durante todo o filme – respondeu e dessa vez deixou um sorriso misterioso se formar.

- Onde você quer chegar com isso Tae? – engoli um novo gemido quando ele massageou levemente a ereção que se formava em mim.

- Só estou curioso para saber o que você pretendia conseguir com a minha admissão – sorriu travesso – Você parece desconfortável hyung.

- Você tá brincando com fogo – adverti com a voz já rouca.

- Pensei que eu tava brincando com você kkk – esse menino está me provocando na maior cara-de-pau.

- Nesse momento dá na mesma – dessa vez eu não fui capaz de segurar o gemido quando o mais novo apertou meu membro. Num impulso o agarro pelos ombros e colo nossos corpos – E quem brinca com fogo se queima – mal termino e grudo nossos lábios.

Por um segundo pensei que seria afastado, mas me surpreendi ao ser correspondido e mais ainda quando ele pousou as mãos na minha nuca, intensificando o ósculo. Ambos gememos. Senti então que ele também estava excitado e isso praticamente acabou com a minha sanidade. Nos separamos por falta de ar e ficamos nos encarando.

- Hyung, eu não quero mais sorvete – o mais novo sussurrou, mordendo os lábios.

- E o que você quer?

Ele agarrou minha mão e a levou até a parte frontal de sua calça, onde ficava mais que evidente sua ereção. Soltou um leve gemido, que mais pareceu um ronronar, e abriu um sorriso sugestivo.

- Me leve pro quarto mais próximo – juntou nossos lábios e sussurrou – Ou qualquer lugar onde possamos fazer mais que dar apenas alguns beijos.

Ele não precisou dizer mais nada. Agarrei seu braço e o arrastei pelos corredores que davam à área dos quartos. Procurei o primeiro aposento vago e inseri meu cartão de sócio. Assim que entramos fechei a porta apressadamente. Tae não teve tempo de reagir quando o empurrei agressivamente contra a parede ao lado da porta e tomei seus lábios num beijo feroz.

Nossas línguas duelavam, não em busca de dominância, mas sim de prazer. Sonhei tanto com esses lábios. Sinto-me extasiado, Tae é simplesmente delicioso, seus lábios são doces e ao mesmo tempo picantes. Ele beija tão bem. Mas não é suficiente, preciso de muito mais.

Minhas mãos se agarram em seus quadris, forçando nossos corpos juntos. Nossas bocas se separam por falta de ar e aproveito para descer até seu pescoço, deixando um rastro úmido pelo caminho. Chegando ao meu destino não me contenho e cravo os dentes na pele macia. Ouço-o arfar violentamente.

Nossos quadris se friccionam lentamente. A temperatura do ambiente ameaça se tornar insuportável. Passo minha língua delicadamente sobre a marca deixada por meus dentes no pescoço acobreado. Sinto suas mãos deslizarem por minha coluna, as unhas me castigando.

- Hyung...

- Quero ouvir meu nome – agarro as coxas durinhas e pressiono mais nossos membros.

- Yoongi – a voz rouca me enlouquecia enquanto ele mordia os lábios. Não resisti e uni nossas bocas novamente, num beijo mais agressivo que o anterior.

Senti as mãos do mais novo por baixo da minha camisa e meu corpo todo reagiu com tremores. Os dedos atrevidos pousaram sobre meus mamilos e começaram e brincar. Soltei um gemido abafado ainda pelos lábios alheios.

- Você me deixa louco Tae – digo entre beijos.

- Então talvez devamos ir para o hospício juntos – sorriu matreiro.

Se afastou ligeiramente para tirar a camisa que eu vestia. Logo se inclinou e passou a trabalhar com a boca onde antes seus dedos dedilhavam.

- Humm...

Sem ficar muito tempo nisso, Tae se ajoelha e com cara de segundas intenções começa a descer o zíper da minha calça.

- Quem é você e o que você fez com o Tae doce e inocente? – pergunto sem fôlego.

- Não conheço nenhum Tae inocente – o mais novo termina de abrir a calça e a desliza pelas minhas pernas, deixando-me apenas com a boxer verde – E no momento não me sinto nem um pouco doce.

Acompanhei a mão ser estendida em minha direção em câmera lenta. Quando a mesma pousou sobre minha ereção não pude evitar o grunhido que escapou de meus lábios.

- E o que você está sentindo? – perguntei, rouco, enquanto o mais novo deslizava os dedos por toda a extensão do meu membro, ainda coberto, e aproximava o rosto. Senti sua respiração e arrepios me tomaram, fazendo o outro sorrir malicioso.

- Tesão – foi tudo que ele disse, os olhos grudados nos meus, antes de abocanhar o que podia com a restrição da boxer.

Gemi arrastado e joguei a cabeça para trás, as sensações que me tomavam tirando mais da minha sanidade. Agarrei a cabeleira ruiva e mexi meu quadril em sua direção. Taehyung me provocava. Senti os dentes rasparem delicadamente. Os dedos do outro embrenharam-se pelas laterais da peça que me restava e lentamente a desceu, desnudando-me completamente. Encarei o mais novo, seus olhos atentos às minhas expressões. Vi a língua alheia ser mordida e logo deslizar pelos lábios.

- É grande hyung! – falou rouco. Essa voz ainda seria minha perdição – Você vai cuidar bem de mim, não é? – perguntou travesso.

- Não se preocupe dongsaeng – respondi no mesmo tom – Você vai gostar da forma que eu vou cuidar de você.

- Humm... mal posso esperar por isso – tocou meu pênis com a ponta do indicador, me causando um forte tremor enquanto o deslizava por todo meu comprimento – Você tá muito duro.

- Sua culpa – agora já eram dois dedos me provocando – Não me provoque dessa forma Tae...

Sem aviso meu membro foi envolto pelos longos dedos, um grunhido me escapando. Os movimentos eram lentos e firmes, forçando o aperto quando chegava à glande já muito inchada. Ele se aproximou e assoprou a pele sensível. Meu corpo acompanhava os movimentos involuntariamente. Estava tão gostoso.

- Hyung, quero provar teu sabor – sussurrou.

Meu baixo-ventre se contraiu em resposta. Desse jeito isso não duraria muito. Esse ser é muito provocante.

- E o que você está esperando? – devolvi, vendo-o piscar de forma travessa e aproximar o rosto.

- Ahh... – sentir aquela boquinha me tomar por inteiro, não tenho palavras para descrever a sensação – Delícia!

- Assim hyung? Estou fazendo certo? – perguntou, fingindo inocência.

- Sim, continue assim – intensifiquei o aperto nos cabelos ruivos para que ele percebesse o efeito que me causava.

A macies, o calor, a umidade. Só isso já era uma combinação incrível. Agora acrescenta os dedos delicados dedilhando meus testículos, a sucção da boca em meu falo, a garganta agasalhando a coroa e os dentes raspando muito delicadamente a base. E a melhor parte é que era o Tae ali. Meu corpo estava em ebulição. Se continuasse assim eu não duraria.

Puxo o cabelo do outro com mais força, forçando-o a parar o que fazia e soltar-me com um enorme estalo. Um fio de saliva ainda ligava seus lábios ao meu membro. Era uma cena demais pornográfica.

Ele sobe a vista e sorri, logo erguendo-se. Assim que se põe de pé, o agarro e tomo seus lábios inchados com extrema volúpia. Sinto meu gosto misturado ao seu sabor natural. A cada segundo mais um pouco da minha sanidade se esvaía. Deslizei minhas mãos até seu traseiro e o apertei com força, arrancando um gemido manhoso do mesmo. A pressão entre nossos corpos crescia a cada mordida, a cada arfar. Levei minhas mãos para dentro da camisa do ruivo, arranhando suas costas e lhe arrancando um arfar.

A necessidade estava me domando. Desci as mãos até as coxas firmes e apertei com força. Tae entendeu o recado e, se agarrando à minha nuca, num impulso abraçou minha cintura com suas pernas. Apoiei o outro contra a parede e movimentei meu quadril para frente, imitando o ato sexual. Sentia-me enlouquecer. Num ato impulsivo mordi seu pescoço e senti seu corpo estremecer.

Mais que depressa o despi de sua peça superior e fiquei admirando por segundos o torço bem trabalhado de tonalidade mais escura que a minha. Essa carinha de bebê esconde muitas surpresas. E eu, claro, tenho toda a intensão de desvendar cada uma delas. Impaciente, o mais novo intensificou o aperto sobre meus quadris, gemeu arrastado e fechou os olhos, apoiando a cabeça na parede. Sorri, maravilhado com tamanha beleza.

- Apressado TaeTae? – perguntei. Minha voz saiu muito mais rouca que o normal. Também pudera! Meu estado de excitação se encontrava no limite do que eu podia controlar.

- Sugaaa... – falou manhoso, parecendo um miado – Não me provoca dessa forma!

- Sabia que você fica extremamente irresistível assim, manhoso e cheio de tesão? – perguntei num sussurro próximo de seu ouvido, recebendo um gemido arfante em retorno.

Colo meus lábios à pele morena e macia do pescoço. Eu tenho um fraco por essa região do Tae. Ele tem um conjunto de clavícula, pescoço e ombros extremamente atraentes. Vou distribuindo selares por toda essa região, deixando mordidas e chupões, marcando-o como minha propriedade. O corpo mais jovem treme em meus braços, ainda se movimentando, montando sobre minha cintura.

Continuo descendo os beijos, até chegar em seus mamilos. Durinhos. Sem me fazer de rogado estendo a língua e lambo o bico esquerdo de forma lânguida, como se fosse um picolé. Sinto o corpo do maior estremecer.

- M...mais hyu... nhamm! – ele não terminou a sentença, tamanho foi o prazer ao ter meus dentes a maltratar sua pele sensível.

 - O que você quer dongsaeng? – perguntei de forma insinuante.

Continuei maltratando seus mamilos com a boca enquanto deslizava minhas mãos por seu tronco, arranhando a pele que parecia estar em chamas. Chegando ao cos da calça, contornei o mesmo até a parte traseira e insinuei meus dedos por dentro da peça. E qual não foi minha surpresa ao dar-me conta de que o mais novo não vestia roupa íntima. Na mesma hora o fitei, questionador.

- Sem cueca Taehyung?

- Gostou Yoongi? – sorriu travesso, mordendo os próprios lábios daquela forma que deixa geral babando. Incluindo eu.

Belisquei a carne nua sob meus dedos, arrancando um gemido desesperado. O mais novo arrastou as unhas pelas minhas costas, descontando o prazer. Estremeci perante a ligeira ardência provocada, mas que logo se converteu em formigamento que varreu meu corpo de ponta a ponta. Eu não aguentaria muito mais; e pelo estado do ruivo, ele tampouco.

Tae se remexeu, indicando que queria descer. Cedi ao pedido mudo e assim que o mais novo desceu do meu colo se virou de costas. Levou as mãos à cintura da calça e lentamente a foi deslizando pelos quadris, se movimentando de forma sinuosa e sensual. Eu apenas apreciei toda a cena, não é sempre que você tem o ruivo te seduzindo, intencionalmente é claro.

Para minha total ruína, assim que se encontrou despido, o mais novo se inclinou, apoiado à parede, empinando a bunda para mim. Que visão privilegiada. O capetinha ainda fez questão de rebolar e logo afastar mais a pernas, expondo-se completamente aos meus olhares famintos.

- Hyung – chamou, lê-se “ronronou” – Eu tenho um presente pra você. Por que não vem pegar?

Num ímpeto me aproximo e desfiro um tapa em sua nádega esquerda, vendo a pele avermelhar. Tae gritou em surpresa e logo gemeu necessitado. Me inclinei sobre o corpo do outro, abraçando-o e beijando suas costas enquanto deslizava minhas mãos pelo peito até chegar ao membro negligenciado do mais novo.

- Ssssiiiimmm! – sibilou, movendo o quadril contra minha mão e dessa forma esfregando os globos traseiros contra minha ereção, roubando gemidos de ambos.

- Parece que mais alguém aqui é grande – sussurrei contra sua nuca, arrancando arrepios e suspiros do mesmo.

Juntei os dedos indicador e polegar em um anel apertado ao redor do pênis venoso, iniciando movimentos por todo seu comprimento. Os movimentos da minha mão eram firmes e lentos, assim como os movimentos do quadril do mais novo.

A respiração do ruivo já era descompassada e artificial. Seu corpo tremia, sentia seus músculos tensos e necessitados. Sabia que o Tae estava quase gozando, então larguei seu membro e levei a mão até suas bolas, brincando com as mesmas.

- Nhiaaaah... – arfou pesadamente – Hyung...

- Sim TaeTae? – ronronei contra sua pele. Sabia que o provocava e estava adorando. Claro que esse jogo era uma faca de dois gumes, uma vez que eu me via também afetado – Você quer gozar dongsaeng?

- Eu quero você dentro de mim, por favor...ahh...

Levei minha mão livre até os lábios do maior e esperei enquanto o outro deixava-os bem molhados, logo os retirando e direcionando os dedos à sua entrada. Assim que adentrei o primeiro dedo, estaquei. Senti um objeto estranho, mas sabia do que se tratava. Segurei o mesmo e o movi no interior apertado, recebendo em retorno um gemido alto do mais novo. Um plug.

- Parece que você veio preparado TaeTae – mordi a pele de suas costas, logo abaixo do ombro direito – Então você pretendia me seduzir?

- Hyunnnng... e...eu... ahmm... – rebolou contra meus dedos.

- Pois saiba que conseguiu... – arranquei o pequeno objeto do interior quente e sem mais qualquer resquício de controle o penetrei em uma única estocada.

- Aaaargh! – Taehyung gritou surpreso, contraindo seu interior num aperto quase doloroso.

- Tão apertado dongsaeng – apertei sua cintura com força, sem dúvidas ficariam hematomas mais tarde.

- Se mexe, humm... – senti o outro rebolar contra minha virilha e não tardei a atender seu pedido.

- Arrff! – eu já arfava sem controle da situação – Tão apertadinho e quente, hamm... empina mais essa bunda deliciosa pro hyung – ordenei, espalmando duramente uma nádega e logo a outra. Queria deixar minha marca nele por dias.

No que ele se inclinou mais, só senti o interior me apertar um gemido estrondoso abandonar a garganta do meu ruivo. Sim, meu ruivo.

- Ohhh..., a...aí hyung, faz de novo... arf! – parece que finalmente encontrei a próstata.

- Aqui, Taehyungie? – provoquei, girando meu quadril e logo acertando novamente seu ponto mais sensível – Você gosta assim?

- S...sim. Ó Deus, simmm! – o mais novo já não controlava seus gemidos e rebolava desesperado por maior contato.

Sem pensar, Suga saiu rapidamente do interior acolhedor do mais novo e o virou de frente para si, agarrando-o firmemente pelas coxas e o prensando contra a parede com certa violência. Nem mesmo precisou dizer qualquer coisa, o ruivo envolveu sua cintura com as pernas e seus ombros com os braços num forte aperto. Em menos de um segundo já retornava ao quente abrigo do outro. O movimentos logo retornaram com força.

- Ma...mais forte... – Taehyung implorava por mais e mais. A voz grossa e rouca de seu dongsaeng o estava levando à loucura.

Tomou os lábios tentadores com os seus e acelerou os movimentos, assim como aumentou a intensidade. Procurava variar o ângulo a cada estocada, à caça da próstata. Soube que havia a encontrado quando o mais novo gritou entre arfadas e os olhos reviraram. Sorriu satisfeito consigo mesmo e passou a castigar esse mesmo ponto a cada novo movimento.

Os lábios brigavam por dominar um ao outro. Entre mordidas, chupões e selares foi possível sentir o gosto metálico de sangue, resultado do beijo agressivo. Ambos estavam famintos e entregues ao momento. Apenas seus instintos comandavam e estes eram animais. Yoongi penetrava Taehyung com cada vez mais brutalidade. No fundo de sua consciência sabia que a parede era áspera e provavelmente o mais novo sairia todo arranhado, mas já não era mais dono de seus movimentos.

Por necessidade de oxigênio o ósculo foi interrompido, os peitos subiam e desciam descompassadamente. Estava cada vez mais difícil controlar seu corpo. Atacou novamente a pele atrativa do pescoço acobreado e brilhante pelo suor. Fincou os dentes e só sentiu Taehyung gemer, o corpo estremecer; o outro se inclinando mais para si. Os braços alheios deslizaram por suas costas, as unhas deixando marcas profundas que ardiam muito, mas só aumentavam seu prazer. Formigamentos começaram a se espalhar por seu corpo, indicando seu orgasmo iminente.

Ergueu seu rosto, encarando o companheiro e se perdeu no olhar profundo. Os olhos de Taehyung estavam escuros e carregados de desejo. Poderia facilmente se afogar neles. Viu o mais novo morder a língua e arregalar os olhos, estes dilatando-se. Tae jogou a cabeça para trás e o corpo contra o seu. O pomo de adão agitando-se no pescoço esguio. O corpo do mais novo tremeu violentamente e seu interior contraiu-se, agasalhando seu membro com força.

- Yoongiiiiii... ahh! – clamando por si, o mais novo gozou intensamente, pintando ambos os peitos com o líquido espesso e perolado.

Incapaz de segurar-se mais diante do aperto firme do mais jovem, Yoongi permitiu-se seguir seu amado no prazer mais intenso já sentido por si. Desmanchou-se no interior do ruivo com espasmos violentos.

- S...siiiim... argh... Taehyung... – aproveitando os últimos espasmos, agarrou a nuca do outro e juntou os lábios, dessa vez num beijo calmo e doce, compartilhando mais que sensações físicas. Compartilhando sentimentos em uma linguagem muda, mas compreendida pelos jovens amantes.

Finalmente seus movimentos pararam. Tae encostou suas testas num carinho tênue. Abraçados e ainda de pé, procuravam normalizar suas respirações. Aos poucos o ritmo cardíaco de ambos se estabilizava. Suga retirou-se de dentro do dongsaeng e o carregou até a cama, deitando-o delicadamente e logo juntando-se a ele num abraço preguiçoso. A letargia começava a tomar conta dos corpos e mentes.

- Suga hyung – Tae chamou com a voz fraca.

- Sim Tae? – sorriu ao outro, mantendo os olhos fechados.

- Isso foi incrível! Foi a melhor experiência da minha vida – alegou, sua voz alegre e leve ao mesmo tempo.

- Então somos dois – abracei o Tae mais apertado e gargalhei em seguida – Puta que pariu! Se eu soubesse que seria tão gostoso eu tinha tentado algo a muito mais tempo.

- Eu também kkk... – ele pareceu lembrar de algo – Eu deveria ter ouvido o Jiminie quando ele disse que você queria isso tanto quanto eu.

- Hum... – pensei no moreno. Não me importei do Jimin ter percebido minhas intenções, o que me preocupava era a relação dele com o Tae – Sobre isso... vocês...

- Nunca rolou nada entre a gente, nem nunca vai rolar, somos apenas amigos – me cortou e olhou sério para mim – Por que todos vocês pensam que rola algo entre eu e o Jimin?

- Acho que porque são muito próximos e vivem agarrados, até mesmo fora dos Fan Service – respondi.

- Vocês sabem que somos melhores amigos. Também somos confidentes. E sobre estarmos sempre agarrados, fazer o que se gostamos de abraços e carinhos. Estamos acostumados a demonstrar carinho pelas pessoas que são importantes pra gente e como somos parecidos nisso e não temos vergonha é natural nos abraçarmos com frequência.

- Certo, desculpa se pareci ciumento – sorri meio bobo, extremamente feliz.

- Sem problema – o ruivo me deu um selinho rápido – Acho que vou ficar uns bons dias sem andar direito kkk.

- Sinto muito por ter sido um bruto – fui sincero.

- Sem essa hyung, eu adorei, não, eu amei cada segundo e não mudaria nada – abriu um sorriso malicioso – Que tal um banho? Preciso muito de uma ducha. E depois podemos voltar pra casa. Quero dormir abraçado com você o resto da noite na tua cama, não num quarto desconhecido.

- E o que fazemos com o Kookie? Porque não garanto que eu não vá te tarar durante a noite kkk.

- Não se preocupe com isso – sorriu travesso – Você e o Jimin podem fazer uma troca, eu pelo Kookie kkk.

- E você acha que o Kookie vai aceitar?

- Não tenho dúvidas que a essa altura o Jiminie já convenceu o Kookie que pode ser uma ótima ideia.

- Olha, olha! O que vocês dois andaram planejando?

- Nada. Mas antes de entregar meu celular eu mandei uma mensagem pro Jiminie e disse que estaríamos ocupados e que ele deveria aproveitar a oportunidade kkk...

- Esperto você eim! – o agarrei e beijei efusivamente – Então... agora você é meu. Namora comigo?

- Não precisa nem pergunta – sorriu radiante – Então, agora que estamos acertados... que tal me levar ao chuveiro, senhor meu namorado? Porque minhas pernas não me respondem.

- É para já, querido namorado kkk...

POV Tae

Me sentia extremamente leve. Nunca estive tão feliz. Quem diria? O Suga e eu. Com certeza fazemos o casal mais improvável kkk.

Sentia todo meu corpo doer. Ele com certeza fez um bom trabalho em alisar minhas pregas. E não vamos esquecer das minhas costas esfoladas. Cheguei a pular com a ardência quando entrei debaixo nos jatos quentes do chuveiro. Mas quem disse que me importo. Foi sem dúvidas a melhor experiência sexual da minha vida, foi mais que sexo.

Eu poderia gritar minha felicidade aos quatro ventos, mas isso seria imprudente. Sei que teremos que manter nosso relacionamento em segredo do público. Acho que seria sensato também não abrirmos o jogo com ninguém da empresa e contarmos apenas aos nossos amigos e familiares mais próximos.

Sou tirado dos meus devaneios ao sentir um toque na minha coxa. Olho o mais velho ao volante, uma mão no mesmo e outra em minha perna em um tenro carinho, atento à estrada com um sorriso lindo em seu rosto. Sorri também, fechei os olhos e deixei a melodia no rádio me impregnar, logo acompanhando a música.

Sinto o carro desacelerar e abro meus olhos. Estamos entrando na garagem do nosso prédio.

- Adoro a tua voz – Suga falou – Seja rouca e intensa ou calma e angelical. Uma me seduz e a outra me hipnotiza.

- Aish, hyung! – fiquei sem graça com o elogio – Não fala assim.

- Sério isso? A pouco lá no clube você tava todo desavergonhado e soltinho – o loiro comentou – Por que isso agora?

- Não sei lida com elogios – disse simplesmente.

- Pois vai se acostumando kkk.

Depois disso ficamos em silêncio. Suga estacionou o carro e abriu a porta para mim, ajudando-me a sair e logo oferecendo apoio. Por que né? Eu com toda certeza desabaria do contrário kkk. Andamos tranquilamente até nosso apartamento e entramos. Dentro da sala nos deparamos com o Jimin e o Kookie no sofá, abraçados, assistindo algum filme.

Jimin nos viu e assim que abriu a boca para falar foi interrompido pelo Jin que chegava à sala.

- Até que enfim vocês chegaram! Onde vocês estavam até essa hora?

- Oi? Desculpa hyung, eu tava distraído. Pode repetir? – eu realmente estava distraído, analisando algumas marcas no pescoço e braços do Kookie. Parece que o Jimin realmente aproveitou a deixa kkk.

- Onde vocês estavam? – ele repetiu, impaciente – Já são duas horas da madrugada.

- Eu levei o Tae num clube que eu sou sócio – Yoongi respondeu – O Tae deixou uma mensagem pro Jimin não é?

- Deixou, mas...

- O que tá acontecendo? Não podem fazer menos barulho? – Nam apareceu, interrompendo o Jin, e logo atrás dele vinha o Hobi. Eles nos viram e pareceram entender a situação.

- Sério que você tá passando sermão neles Jin hyung? – Hobi ficou incrédulo.

- São duas horas Hope – Jin comentou, como se isso explicasse tudo.

- Mas eles já são maiores e podem cuidar de si mesmos – Nam disse, com cara de sono.

- Sim, sim. Só quer...

- TaeTae! O que você tem? – o maknae se manifestou pela primeira vez – Por que você tá apoiado no hyung?

Nesse momento todos pareceram notar meu estado.

- V... – Jin começou, mas não o deixei continuar.

- Eu tô bem – tentei o tranquilizar – Ou quase.

- Tae... – Jimin me repreendeu, preocupado. Certo, ele sempre cuidou de mim.

- A noite é uma criança – brinquei e pisquei pro Kookie, que logo ficou vermelho kkk – Eu me diverti até me acabar – disse encarando o Suga e o mesmo devolveu o sorriso – Acontece que me diverti tão... intensamente que acabei... caindo e machucando um pouco as costas. Também estou mancando um pouco. Mas não é nada demais, já me machuquei mais nos ensaios.

- O Tae tem um ponto kkk – Jimin concordou, mas vi pelo olhar dele que ele sabia o que realmente tinha acontecido.

- Bom, agora que está tudo esclarecido eu e o Tae vamos dormir – Suga disse, já se despedindo dos outros e me levando junto, mas antes de virar o corredor se voltou ao Jimin e ao Kookie – Ah... Jimin, que tal uma troca? O Kookie pelo Tae? – e piscou pro mesmo, que devolveu o cumprimento em sinal de entendimento e concordância.

E finalmente saímos da sala, sobre os olhares confusos do Jin e do Hobi, maliciosos do Jimin e do Nam e envergonhado do nosso doce maknae.

É, essa foi sem dúvidas a melhor noite da minha vida. Adoro ir ao cinema!