*Mika:*
Cheguei na mansão com o relógio batendo 5 minutos para a hora do jantar. Subi correndo para o meu quarto, me troquei e deitei na cama, como se nada tivesse acontecido.
Quando deu a hora do jantar, bateram na minha porta.
- Entra! - falei.
- Oi. - falou Azusa.
- Oi. - respondi.
Ele se dirigiu até minha cama e se deitou ao meu lado, me surpreendi um pouco, mas fiquei quieto.
- Vamos jantar? - perguntei me levantando.
- Sim, mas.... - falou - Estou com um pouco de sede. - disse me abraçando pelo pescoço.
- Azusa, temos que descer. - falei.
- Por favor. - pediu beijando meu pescoço.
- Só anda logo. - disse pendendo meu pescoço para o lado.
Logo senti as suas presas fincando em meu pescoço, exclamei de dor e fechei os olhos. Dois minutos se passaram e ele saiu do meu pescoço. Quando ele terminou e eu me levantei, o mesmo me segurou.
- O que foi agora Azusa? - perguntei me virando para ele.
Quando estava já de frente com ele, Azusa me beijou. Como sempre um beijo delicado e doce, como um vampiro sadomasoquista conseguia ser tão doce, em um gesto tão singelo.
Mas, foi então que me lembrei que tinha que conversar com ele, e cortei o beijo.
- Mika? - me chamou quando o deixei sozinho no quarto ao sair do mesmo.
Desci e fui jantar. Ao descer todos estavam beliscando algo.
- Onde está Azusa? - perguntou Ruki quando me sentei.
- Acho que já está descendo. - falei indiferente.
- Já estou aqui. - falou no tom baixo e se sentou do meu lado.
Jantamos normalmente, como sempre, Yuma brigava com Kou por ele estar comendo a mais, e não deixar para o Azusa, e agora para mim também, Ruki comia tranquilo sem ligar para os irmãos discutindo.
Quando terminei, pedi licença e subi para o meu quarto.
Estava meio desanimado, então peguei meus fones e comecei a escutar música. Estava de olhos fechados cantando Wild do Troye Sivan, quando senti alguém deitar do meu lado. Ao abrir os olhos vi Azusa me olhando.
- Por que você desistiu do beijo? - me perguntou.
- Azusa queria conversar com você direito. - falei me levantando.
- Sobre o que? - perguntou fazendo o mesmo.
- Sobre você gostar de mim. - falei.
- E tem algo que te incomoda nisso Mika? - perguntou me olhando nos olhos.
- Não, não me incomoda... - falei mas fui cortado.
- Então qual é o problema? - perguntou.
- Azusa é que, é meio estranho do nada você começar a gostar de mim, um garoto, você é hetero, eu sou gay, por que você começou a gostar de mim? - perguntei aflito.
- E os sentimentos escolhem hora lugar ou pessoa? - me questionou - Comecei a gostar de você, de verdade, não como já gostei de outras pessoas, garotas no caso, apenas pelo sangue. - disse me olhando.
- Azusa? - falei o nome dele como uma pergunta.
- Tenho certeza do que eu quero. - falou pegando minhas mãos - E o que eu quero é você. - disse me beijando.
Eu não aguentei e retribui o beijo, não estava acreditando naquilo, será que era verdade mesmo.
Nos separamos e ele disse:
- Não duvide dos meus sentimentos por você, ok? - perguntou e eu concordei com a cabeça.
Ele voltou a me beijar, acho que posso me acostumar com isso.
*Angel:*
Terminei de comer e fui achar as garotas.
Avistei Verô,Liv e Yui conversando.
-Oi meninaaaas!-falei.
-Oie.-responderam.
-Vamos na sala dançar comigo?-falei.
-Euuuuu.-exclamaram as três.
-Mas,... cadê a Myara e a Sam?-perguntou Liv.
-Ali.-respondeu Verô.
Elas estavam vindo até nós.
-Eai,...oque vocês estão fazendo?-perguntou Myara.
-Queremos mexer os esqueletos!-exclamei.
-Hahahahaha topamos.-falou Sam.
Fomos até a sala e escolhemos a música Swich Swich da Katy Perry.
Estava tocando eu,Liv e Myara metemos o Loko.
-Gente,daqui a pouco vocês estão quebrando o lustre!-falou Verô rindo.
-Quê nada! -respondi.
Eu e Myara atropeçamos e caímos no lustre,que quebrou...
-Eita....
- Verônica! Você e sua boca Santa! - exclamou Liv.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou Reiji entrando na sala junto com o resto dos meninos.
- Angel! - exclamou Shu ao me ver caída no chão ainda.
- Mya! - exclamou Kanato também.
Os dois nos ajudaram a levantar, tínhamos levado alguns arranhões do vidro do lustre, mal estava doendo.
A quem eu estou querendo enganar?! Estávamos cheias de cortes! Tava doendo que só a desgraça.
- Como vocês quebraram o lustre? - perguntou Reiji irritado.
- Reiji se acalme. - repreendeu Sam.
- Me acalmar, vocês quebraram um lustre. - falou Reiji apontando para o chão.
- Vocês vírgu....... Aiiiiiiii!!!!!!!!! - reclamou Liv, quando ia falar que não tinha culpa de nada, Verô deu um belo de um tapa em suas costas.
- Uma por todas e todas por uma. - disse a encarando mortalmente.
Liv abaixou a cabeça, querendo ou não Verô era a mais velha, todas tínhamos respeito por ela e, quando era para assumir a posição de mais velha, ela fazia isso sem hesitar.
- Estávamos todas dançando, Myara, Olivia e Angel se empolgaram e derrubaram o lustre. - falou séria encarando Reiji nos olhos - Todas assumimos as responsabilidades pelo ocorrido. - concretizou.
Todas nós abrimos a boca em contrariação, fiquei abismada por ninguém ter falado nada.
- Verô, pense bem no que está fazendo, te conheço, você não fe......- disse Subaru, mas, Verô cortou a frase do namorado.
- Todas pagaremos do modo que te convém, Reiji. - falou.
- Verô não precisa fazer isso. - falei.
- Fica quieta. - falou para mim e eu não argumentei mais nada.
- Se é assim. - disse Reiji - Já que Myara e Angel derrubaram o lustre, Kanato vai punir Myara e Shu punirá Angel. - falou, Mya segurou minha mão e a apertou - Laito você decide o que fazer com Olivia. - Laito olhou Liv e a abraçou -Yui, Ayato vai saber o que fazer com você. - falou - Sam, minha Orquídea, já tenho algo em mente para você. - Sam abaixou a cabeça e parou de o olhar - E para a Senhorita Verônica Miyake, a ratinha valente nisso tudo, bem, sala de tortura e, Subaru, faça as honras. - finalizou.
Subaru abraçou Verô por trás, segurando em sua cintura e deu um beijo em sua bochecha.
Shu me abraçava de lado e beijou o topo da minha cabeça, Myara estava com a cabeça afundada no peito de Kanato e Sam segurava a mão de Reiji.
O sangue vertia de nossos braços e pernas, que estavam descobertos quando caímos.
- Dispensados. - falou o de óculos saindo da sala, levando Sam junto.
- Vem, vamos para o meu quarto limpar esses ferimentos. - disse Shu na minha orelha.
Assenti com a cabeça e subimos. Chegando no seu quarto ele me sentou na cama e se sentou ao meu lado.
- O que pretende fazer comigo? - perguntei o olhando.
- Se depender de mim, nada. - disse afagando meus cabelos - Mas sei que Reiji vai ficar de tocaia, até que nós façamos algo. - disse se levantando e indo até o banheiro.
Ele trouxe uma caixinha de primeiros socorros. Pegou um frasquinho com um líquido meio transparente, algodão e gaze.
- O que é isso? - perguntei apontando para o frasquinho.
- Água oxigenada. - falou abrindo-a e colocando um pouco no algodão.
- Essa coisa dá uma dorzinha chata! - exclamei olhando com aversão para o algodão.
- Não consegue parar de tentar fazer graça nem nessas horas, não é mesmo Sweet Girl? - perguntou ele dando um meio sorriso e me olhando nos olhos.
- Estou tentando não pensar na punição de algum jeito. - falei.
Ele me beijou, mas logo parou e se concentrou nos cortes que se estendiam pelos meus braços e pernas.
Cheguei a conclusão de que, a água oxigenada não é minha amiga e eu não sou amiga dela. Toda a vez que ele passava o algodão por um dos cortes eu soltava um pequeno silvo.
- Calma, já está quase limpo. - disse tentando me acalmar.
- Eu sei..... Ssssss.... É que enche o saco. - falei.
Ele terminou de limpar todos os cortes e guardou o frasquinho de volta na caixa. Só que, para a minha tristeza ele tirou mais três frascos de lá, um com um líquido amarelado que parecia remédio, outro com o líquido carmim tinha quase certeza que era sangue, e o último estava vazio.
- O que vai fazer agora? - perguntei.
- Vou misturar o meu sangue no remédio e passar nos cortes, assim melhora mais rápido. - falou misturando os líquidos no frasquinho vazio.
Ele pegou outro algodão e começou a passar o líquido sobre os cortes, não ardia e sim formigava. Ao terminar ele colocou uma gaze onde os cortes eram mais profundos.
- Vou levar isso para o Kanato, ele vai precisar. - falou se levantando e pegando o frasquinho da mistura.
- Vou com você. - falei ameaçando levantar.
- Não senhora, você vai ficar quietinha deitada aí. - falou.
- Tá. - concordei me deitando em sua cama.
- Já volto. - disse ao chegar a porta, abri- lá e em seguida a fechar.
Sua cama estava impregnada com seu cheiro, agarrei um dos travesseiros e fiquei sentindo seu cheiro, meus olhos começaram a pesar e eu adormeci.
*Myara:*
Kanato me levou até seu quarto.
-Princesa,tenha mais cuidado!-falou me olhando.
-Desculpa,eu sou desastrada!-falei sentando em sua cama.
Ele senta do meu lado fazendo carinho em mim.
-Eu não tenho remédio pra suas feridas...-falou.
-Tudo bem,...eu lavo...-falo me levantando indo para o banheiro...
-Kanato,tenho remédio pra você passar nas feridas da Myara.-falou Shu na porta.
-Ah, Obrigado Shu...-Falou Kanato pegando o remédio.
Shu saiu de lá e sentei-me denovo na cama.
-Princesa,vou passar o remédio em você...-falou.
-Tabom...affs,vai arder muito,já estou até vendo!-falei.
-Calma,...se arder eu dou beijinho pra sarar.-falou.
Dei um risinho e ele passou o remédio nos meu machucados,estava ardendo muito.
-Ai!Isso arde!-exclamei.
-Calma,... Isso é pro seu bem...-Respondeu.
-Ai!Tabom...-falei.
Terminou e ele saiu pra devolver o remédio de Shu.
-Pronto,...agora vamos dormir, você deve estar exausta.-falou.
-Sim...-digo deitando na cama.
Ele deitou-se do meu lado e me abraçou.
-Boa noite Princesa,durma bem.
-Boa noite...-digo e fecho meus olhos pegando no sono.
*Shu:*
Voltei para o quarto e vi Ange largada na cama dormindo, agarrada ao meu travesseiro.
Me dirigi a cama e deitei ao lado dela, lhe dei um beijo na testa, a abracei e fechei meus olhos logo pegando no sono.
*Verô:*
Subi para o meu quarto acompanhada de Subaru, que me olhava mortalmente. Ao chegar no mesmo, me sentei na cama e ele se sentou ao meu lado.
- Por que você falou aquilo? - lançou a pergunta.
- Não ia deixar as meninas serem punidas sozinhas. - falei de cabeça baixa.
Evitava o olhar pois sabia que ele estava irritado.
- Admiro sua atitude, mas, não justifica sua ação premeditada. - falou.
- Eu sei, só que, se nós todas estávamos no local, mesmo que Mya e Ange estivessem caídas ao lado do lustre, creio que Reiji daria punição para todas, mesmo se alegaçemos que quem derrubou o lustre foi as duas. - disse agora o olhando.
E para minha surpresa, seu olhar não estava irritado, estava meio triste.
- Se fosse outra pessoa que fosse torturada e por mim, eu não hesitaria, o problema é que é você. - falou - Não quero te levar para lá, por simplesmente ter tentado "ajudar", digamos assim. - disse fazendo aspas com os dedos.
- Eu sei, me desculpe por fazer você ter que passar por isso. - falei - Mas, para mim não vai ser problema ter que passar por uma tortura. - disse me levantando.
- Como assim, não vai ter problema? - perguntou me fitando, ainda sentado na cama.
- Depois dos meus nove anos de idade, já podia me considerar masoquista. - falei - Os anos foram se passando, e percebi que era meio sádica. - ia cuspindo as palavras sem me importar com o que ele diria - Aí, quando eu tinhas uns quatorze, quinze anos, percebi que não ligava nem para minha dor e nem para a dor dos outros, e às vezes me divertia com isso. - finalizei e me virei para o olha- lo, pois estava de costas para ele enquanto falava.
- É, já tinha percebido que você é meio sádica, e agora que eu percebi seu masoquismo. - falou ele se levantando.
- Por que, "agora que percebo seu masoquismo" ? - perguntei fazendo aspas.
- Por conta disso. - disse me dirigindo até a cama.
Ele me sentou na mesma e se abaixou. Tirou minha bota de cano curto e minha meia três quartos do pé direito, só então percebi a meia literalmente pingando sangue.
- Um caco de vidro do lustre pegou na sua perna, atravessou o tecido da meia e se alojou na sua perna. - disse.
- Cê tá zuando com a minha cara né?! - perguntei.
- Não, não estou. - falou esticando minha perna para que eu visse - Você tem kit de primeiros socorros? - perguntou.
- No armário do banheiro. - falei.
Ele se levantou e foi até o local indicado e saiu com a caixinha em mãos de lá. Ele se sentou na cama ao meu lado direito, e colocou a caixinha do seu outro lado a abrindo.
- Deixa que eu faço isso. - falei esticando o braço até a caixa ao seu lado.
- Nada disso, deixa que eu cuido. - falou - Só te peço para colocar sua perna sobre a minha. - disse e eu atendi.
Ele começou a limpar o corte com um algodão molhado em água oxigenada, ardia, mas para mim não era nada, quando o caco do lustre já era visível ele o retirou, e mais sangue verteu do corte, então, ele virou o frasco da água oxigenada no corte e terminou de o limpar, pegou outro frasco dentro da caixa e passou o conteúdo no corte, abriu um furo em seu dedo com a presa e deixou que o sangue pingasse no mesmo, ajudando no processo de cicatrização. Depois pegou uma gaze colocando- a em cima do corte, e enfaixou minha perna.
- Pronto. - disse guardado as coisas que tinha usado.
- Obrigada. - disse o beijando.
- Por nada Bad Girl. - disse e retribuiu o beijo com outro.
Ele se levantou, foi até o banheiro e guardou o kit. Voltou para cama e se deitou ao meu lado.
Tirei a outra bota e a outra meia, e me deitei em seu peito.
- Boa noite Bad Girl. - disse.
- Boa noite. - falei.
Fechei meus olhos e adormeci com ele ao meu lado.
*Liv:*
Eu e Laito fomos até meu quarto,e no caminho,ele me olhava tempo inteiro confuso.
Chegamos no meu quarto, sentei-me na cama e comecei a rir.
-Oque foi Loka?-perguntou sentando do meu lado.
-Nada não, é que a situação foi engraçada...-falei.
-Engraçada? Você quase se machucou!-falou me olhando.
-Ah,isso não tem problema...eu sou sadomasoquista...-sorrio.
-Hum...-me olhando.
-Quê foi?-perguntei.
-Nada não,...vamos descançar...-Disse me puxando para perto dele me abraçando.
-Hihi, você é muito fofinho...-digo acariciando seu rosto.
-Você que é Kawaii-chan!-falou Sorrindo.
-Te amo...-digo o beijando.
-Também te amo...-Respondeu retribuindo o meu beijo doce.
-Agora vai dormir...-falou.
-Tabom,...boa noite Amor...-falo fechando os olhos.
-Boa noite Kawaii-chan
*Sam:*
Reiji me levou para o quarto dele.
- Reiji retira a punição das meninas, por favor. - pedi.
- E por que eu faria isso? - falou se aproximando de mim.
- Reiji, eu já te expliquei que a Verô é superprotetora e não gosta de ser subestimada. Ela só queria tentar ajudar por isso ela colocou todas nós nessa. - falei.
- De todo jeito eu faria isso minha Orquídea. - disse se aproximando mais.
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