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História Not Gonna Die - Season 1 - You know nothing


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKERS CHEIROSOSSSSS, Cheguei mais cedo hoje porque estou dormindo na minha querida vózinha, onde o Wi-Fi pega no meu celular, e como vou embora amanhã bem cedo, aproveitei agora pra postar aqui pra vocês!!!

GENTEEEEE, BATEMOS O RECORD DE COMENTS NO CAP PASSADOOOOOO, VELHO AMO VOCÊS!!! MUUUUUUITO obrigada mesmo, isso me deixa cada vez mais animada, tanto que já estou até imaginando a segunda temporada hehehehe (já escrevi o primeiro cap, mesmo sem ter acabado essa hdolwkshuwjwb)

Bom, galerinha, o final desse cap eu imaginei dês do começo, exatamente assim!! Espero muuuuito que gostem!!

Boa leitura! Enjoy❤️

Capítulo 14 - You know nothing


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - You know nothing

Pov. Reyna Dixon

   O dia começou agitado. Nem bem acordamos e já demos de cara com Bob do lado de fora da igreja, desacordado e, o pior, uma das pernas estava faltando. Pensei mil e um motivos para aquilo ter acontecido, mas tudo o que vinha em minha mente era que não poderia ser coisa boa. 

   Antes de chegarmos na igreja, Daryl vinha se sentindo como se alguém o observasse. Ele contou a Rick mas não sem antes fazer uma busca. Meu irmão encontrou um rastro pequeno, mas ele logo foi coberto e Daryl teve que voltar à estaca zero. Tenho algumas suspeitas de quem possivelmente poderia ser. 

   Sasha foi a primeira a correr até seu namorado e a primeira a tentar erguê-lo e levá-lo até o interior da igreja. Eu fui depois, junto com Rick, Tyreese, Maggie, Glenn e Tara. Conseguimos carregar Bob cuidadosamente, mas ao mesmo tempo de uma forma rápida. Sasha passava gentilmente as mãos pelo rosto do homem, tentando segurar o choro. 

   — Bob, por favor, acorda. — dizia ela, segurando a cabeça de seu amado. 

   Eu observava a cena em silêncio. Sasha era uma garota tão forte, tanto externa quando internamente, mas naquele momento ela parecia tão indefesa, vulnerável e carente. Eu odiava ver qualquer pessoa desse grupo daquele jeito. Era como se eu visse o sofrimento de meus irmãos.

   Em um movimento brusco, Bob abriu os olhos e arqueou seu corpo para frente, como se estivesse acordando de um pesadelo. Ele respirava ofegantemente, enquanto Sasha sorria por vê-lo finalmente mostrando alguma reação. 

   — Graças a Deus. — dizia ela, enquanto envolvia Bob em um abraço. 

   — Bob, o que aconteceu? Onde esteve? — Rick perguntou visivelmente aliviado. Bob se permitiu acalmar a respiração antes de responder. 

   — Gareth. — disse ele, com os olhos cheios de lágrimas. — Gareth e seu grupo idiota aconteceu. — Ele desviou seu olhar para Sasha, consequentemente, as lágrimas saíram, incontroláveis. — Eles me apagaram. Quando acordei, estavam sorrindo para mim. Eles comiam... Comiam a minha carne, bem em minha frente, com a porra de um sorriso no rosto. — Todos os ouvintes arregalaram os olhos, inclusive eu. — Mas eles só não sabiam de uma coisa. — Bob sorriu em meio às lágrimas. — Não sabiam que eu já era carne podre. 

   Bob levou sua mão até seu ombro. Ele afastou o tecido de lá, mostrando a grande e maldita mordida em sua carne. Sasha não controlou as lágrimas dessa vez, assim como grande parte do grupo, incluindo Cassie. Aquilo foi a gota d'Água. Meu ódio por Gareth crescia cada vez mais. Não foi apenas o tiro na perna. Tinha muito mais coisa que não tive coragem e muito menos vontade de contar para ninguém. 

   Meu sangue fervia cada vez mais. Primeiro por causa da atitude desumana de Gareth. Segundo por causa da merda daquela mordida no ombro de Bob. Me sentia cada vez mais culpada. Por que eu sobrevivi, e pessoas quase mil vezes melhores que eu, como Bob, teriam que morrer? Eu nunca pedi nada disso. Sempre achei que se tivesse morrido naquele dia, teria sido melhor, e naquele instante, essa teoria se firmava cada vez mais em minha mente. 

   Me afastei do grupo e caminhei rapidamente até o lado de fora da igreja. Havia deixado o arco e a aljava do lado de dentro. Se precisasse me defender, estaria apenas com minha faca na bainha. Estava consumida pelo ódio. Ódio do Terminus, de Gareth e a porcaria de seu grupo, ódio de não ser uma boa irmã para Daryl e Merle, e ódio de ter que carregar esse peso de ter sobrevivido a uma mordida, sendo que outras pessoas não tiveram a mesma porra de sorte. Ou azar, ainda não havia definido. 

   — Reyna. — Ignorei a voz de Michonne me chamando. Eu precisava descontar minha raiva em algo, e não queria que fosse em nenhum deles. Principalmente nela. — Reyna, por favor, para. — Ela pediu. Bufei antes de parar repentinamente e me virar para ela.

   — Mich, não quero ter que descontar tudo em você. — disse o mais calma que consegui. 

   — Se não percebeu, vou continuar insistindo. — Ela rebateu, colocando as mãos na cintura. 

   — Eu falei sério. — disse um pouco mais impaciente. 

   — Eu também. — Ela encarou meus olhos. — Eu sei que você não vai querer falar de seu passado, e nem vim atrás de você por isso. — Ela dizia calmamente. — Vim porque me importo com você, e queria apenas te avisar que todo aquele grupo também se importa. — Ela apontou para a igreja por cima dos ombros. — Eu sou sua amiga, acredite. A única coisa que quero de você é que me deixe ajudá-la. 

   Encarei Michonne por longos segundos. Ela foi o mais próximo que tive de uma irmã dês de quando a encontrei. Senti que podia confiar mais ainda nela naquele momento.

   — Eu estou cansada, Mich. — disse soltando um longo suspiro em seguida. — Cansada de sentir vontade de chorar como uma garotinha idiota. Cansada de ver as pessoas da minha família morrendo diante de mim, e eu não poder fazer nada. Cansada de me sentir culpada toda vez que alguém morre com uma mordida, sendo que eu sou a garota que sobreviveu a uma. — Eu não sentia mais vontade de chorar naquele momento. Eu só estava exausta. — Daryl olha para mim como se eu fosse uma aberração. 

   — E você é. — Michonne comentou sarcasticamente. Sustentei seu olhar por alguns segundos antes de soltar uma risada. Uma risada verdadeira. Já fazia um bom tempo. — Não, mas agora falando sério, não deixe que seu passado atrapalhe seu presente ou futuro. Daryl também precisa saber disso. Seria o que Merle poderia querer, não acha? 

   Assenti fracamente antes de puxá-la para um abraço. A menção em Merle fez meu coração balançar levemente em reclamação, mas me obriguei a afastá-lo da minha mente após me soltar do abraço de Michonne e seguí-la de volta à igreja. Todos continuavam lá, mas faziam um amontoado em volta de uma das salinhas do fundo da igreja.

   Caminhei lentamente até a pequena massa de pessoas, que esperavam atras da porta de madeira escura. Me posicionei ao lado de Rick, recebendo um olhar confortável por parte do homem. Ele apertou levemente meu ombro antes de tentar forçar um sorriso em minha direção. Olhei rapidamente para a porta e voltei meu olhar ao líder, como se pedisse permissão para entrar. Ele assentiu fracamente como resposta. 

   Dei passos calmos e levemente amedrontados até a porta e hesitei alguns instantes antes de erguer um dos braços e dar leves batidas na madeira. Girei a maçaneta após ouvir um resmungo pedindo para que eu entrasse do lado de dentro. Coloquei primeiro minha cabeça no interior e percebi que estavam apenas Bob e Sasha presentes. A garota me encarava com um misto de raiva e tristeza.

   — Veio se gabar que continua viva? — perguntou ela, com a voz raivosa. Olhei em seus olhos, indiferente, mas com o estômago embrulhado. Neguei fracamente com a cabeça. — Então o que quer? — Ela se levantou da cadeira ao lado da cama improvisada de Bob. 

   — Sasha, está tudo bem. — disse Bob antes que eu conseguisse pensar em algo para dizer. Eu não tinha o que dizer a ela. A entendia completamente, e não a culpava por sentir raiva de alguém como eu ter sobrevivido e o cara que ela gostava provavelmente não. 

   — Estarei esperando lá fora. — A morena completou, jogando todo seu ódio nas palavras, antes de sair e fechar a porta impacientemente. 

   — Me desculpe por ela. — disse Bob, com a voz falha por conta da fraqueza. 

   — Não quero que peça desculpas. — Me apressei em dizer. — Eu sinto muito, Bob. — Me sentei na cadeira onde Sasha estava a um minuto atrás. — Você não merecia estar aí, assim como eu não merecia ter sobrevivido...

   — E por que não? — Ele me interrompeu, com a expressão do rosto relaxada e divertida. 

   — Não me sinto bem com os olhares dos outros quando ficam sabendo. — respondi simplesmente, arrancando uma risada do homem. 

   — Use isso para algo que a conforte, então. — disse o homem. Desviei rapidamente meu olhar até ele. Bob ainda sorria. — Quem sabe não consegue salvar pessoas com isto? — Ele prosseguiu percebendo meu olhar confuso em seu rosto. — Só não sei se vai conseguir em mim, já que faz um bom tempo que fui mordido. — Ele comentou, revirando os olhos. 

   Era impressionante como Bob mantinha seu humor divertido e relaxado mesmo sabendo que estava a um passo da morte iminente. Por outro lado, pensei nas pessoas do outro lado da porta. Em Sasha principalmente. Ela sofreria muito antes de se conformar e decidir se seguiria em frente ou não. Apesar de ser uma decisão dela, não queria que tivesse que fazê-la. 

   — Bob... 

   — Apenas me prometa que vai fazer valer a pena. — Ele me interrompeu, com um leve sorriso no rosto. — E cuide muito bem desse grupo, ok? — Sustentei meu olhar no seu antes de assentir fracamente. 

   Sem ter mais absolutamente nada a dizer, apenas me levantei e caminhei até a porta. Eu tinha uma nova promessa agora. Não iria deixar que nada acontecesse a esse grupo, e iria começar acabando com a vida miserável de Gareth. Quando abri a porta novamente, dei de cara com Sasha, ela continha apenas a tristeza em seu olhar dessa vez. 

   — Eu sinto muito. — disse para que apenas a morena ouvisse. — Não foi escolha minha. — Não olhei em seu rosto nenhum momento, mas sentia seu olhar em cima de mim enquanto me afastava.

                                (...)

   Infelizmente, Bob veio a falecer minutos depois e após sua morte, Rick e Sasha tiveram a ideia de inspecionar a área, tentando achar alguma ameaça maior. Michonne e Tyreese ficaram com Cassie, Carl, Judith e Padre Gabriel na igreja, e montaram um tipo de cerca improvisava com alguns troncos de árvores afiados. Já eu precisava distrair a mente, portanto, fui fazer o que fazia de melhor. Caçar.

   Cassie se ofereceu para me acompanhar, mas depois de tanto tempo caçando sozinha, acabei pegando o gosto pelo pequeno momento que tinha onde apenas eu e meus pensamentos estavam presentes. Sem contar que quis que a garota ficasse na igreja, para que ajudasse a cuidar de Judith e para que ficasse segura. 

   Rodei a mata cautelosamente, tentando achar um mísero esquilo que fosse. Já estava a um tempo caçando. Foi preciso apenas abater três Walkers perdidos entre as árvores, sem grande surpresa. O arco estava firme em minha mão esquerda, enquanto a direita segurava uma das flechas. 

   Me obriguei rigorosamente em não pensar absolutamente nada sobre meus irmãos, e até que estava dando certo. Surgiam apenas algumas lembranças, mas todas do tempo antes do apocalípse. Algumas caçando com Daryl e outras conseguindo fazer algumas peripécias perigosas e estupidas com Merle. 

   Foi espantando mais uma imagem de Merle que vi um gambá relativamente grande perto de uma árvore. Comemorei internamente, já que detestava voltar de uma caçada sem nada em mãos, enquanto preparava a flecha no arco. Foi até fácil abater o animal porque não tive nenhuma interferência.

   Corri até onde o gambá morrera, e puxei minha flecha de seu pequeno corpo. Amarrei o animal na alça da aljava com uma pequena corda, e comecei a retomar meu caminho até a igreja. Foi necessário abater apenas um morto durante o caminho, e quando cheguei, avistei Carl e Cassie do lado de fora, observando algo em uma das paredes exteriores. 

   — Carl? Cassie? — chamei sem fazer muito barulho. Os dois me olharam assustados, mas logo o alívio foi nítido em seus rostos. — O que estão fazendo? — perguntei me aproximando dos dois em passos rápidos.

   — Parece que meu pai estava certo, de alguma forma. — disse Carl apontando para alguns rabiscos na madeira branca.

   Semicerrei os olhos e percebi serem palavras. Uma frase para ser mais exata. Lia-se: "Você queimará por isso". Encarei os dois mais uma vez, compreendendo completamente o que possivelmente poderia ter acontecido com Padre Grabriel nesse tempo de apocalípse. 

   — É melhor entrarmos.

                                (...)

   Todos estavam reunidos na igreja novamente. Daryl e Carol ainda não haviam voltado, e minha preocupação de que algo pudesse ter acontecido com eles estava apenas aumentando, a ponto de me deixar inquieta a todo segundo. Cassie percebeu isso, já que tentou conversar comigo e me acalmar, quase sem sucesso, mas fiz um pequeno esforço para fazê-la acreditar que estava conseguindo. 

   — Gareth ainda está por perto. — disse Rick após chamar a atenção de todos novamente. 

   — Isso mostra que precisamos ir. — Abraham se apressou em dizer. — Já concertamos o ônibus, precisamos levar Eugene até D.C. Podemos ir agora. — Ele dizia, mas minha paciência já havia se esgotado há tempos. 

   — E deixar Daryl e Carol para trás? — perguntei com a voz mais elevada. — Nem pensar. 

   — Eles já se foram. Devem ter nos deixado para trás. — O ruivo disse novamente, e eu podia jurar que estava a um passo, muito, mas muito pequeno de socá-lo.

   — Eles não fariam isso. — Rick disse antes que eu pudesse abrir a boca. 

   — Se fariam ou não, precisamos ir. — Abraham continuava insistindo. Bufei completamente impaciente. 

   — Só peço que nos ajudem com isso, depois podem partir. — Rick pediu, se colocando em minha frente, percebendo minha irritação. 

   — Eu prometo que vou com vocês se isso der certo. — Tara disse chamando a atenção para si. 

   — Glenn e Maggie também. — Abraham impôs. Revirei os olhos, já tentando pensar em outra coisa que não fosse uma das minhas flechas na cabeça ruiva do homem. 

   — Não vamos nos separar novamente. — Rick dizia, mas Glenn o interrompeu.

   — Nós vamos. Só nos ajudem com mais essa, por favor. — O coreano falou, recebendo um balanço afirmativo por parte de Abraham, após vários segundos o encarando. 

   A noite se aproximava e Rick estava detalhando os últimos passos do grupo para capturar Gareth e os outros ratos do Terminus. Insisti como nunca para ficar no grupo que iria sair da igreja para poder enganar os outros, mas Rick dissera que queria alguém que confiasse para ficar e cuidar de seus filhos e do resto do grupo, apesar de ele confiar o bastante no próprio filho para isso. 

   — Alguma pergunta? — Rick perguntou por fim assim que terminou de explicar o plano. 

   Sem nenhuma resposta, o líder deu o comando para que todos se posicionassem. Puxei todos que ficariam na igreja até uma das salinhas em um dos cantos, enquanto os outros se posicionavam nas portas. Antes de sair, Rick caminhou até mim e encostou uma das mãos em minha bochecha. 

   — Cuide deles. — pediu ele, depositando um longo beijo em minha testa em seguida. 

   Assenti fracamente, para logo em seguida receber um empurrãozinho do líder no ombro e entrar na salinha. Fechei a porta e me posicionei ao lado de Carl, atenta, segurando firmemente o arco na mão esquerda. Rosita estava com um rifle nas mãos, Carl sua pistola, Cassie sua faca, enquanto Eugene e Padre Gabriel permaneciam com as expressões apavoradas, e um pouco ridículas. 

   A igreja permaneceu em silêncio por alguns minutos, até conseguirmos ouvir passos pela madeira do lado de fora da sala. Fiz um gesto silencioso para que todos ficassem calados, para em seguida tentar ouvir todos os movimentos das pessoas do lado de fora. 

   — Sabemos que estão aí. — Uma voz disse. Era inconfundível. Gareth. — Vimos um grupo grande sair pela porta, provavelmente foram nos procurar. — Ele comentava, divertido. — Mas vimos que alguns ficaram aqui. — Ele continuou. — O Padre medroso, o do cabelo estranho, uma de marias-chiquinhas, a garota loira, o filho do líder, a preciosa bebê... E Reyna. — A forma como ele pronunciou meu nome me deixou completamente incomodada, como se sentisse repulsa. — Vamos lá, Reyna, saia e não mataremos todos. Lembre-se do seu amigo sem perna. 

   A menção em Bob me fez trincar o maxilar, tentando me impedir de abrir essa maldita porta e acertar a porra da flecha no meio da testa daquele desgraçado. Ouvimos mais passos, seguidos de um baque surdo. Provavelmente abriram a porta da outra salinha, consequentemente, estariam vindo até a nossa. 

   — Apareçam... — O choro baixo de Judith invadiu o local e nocauteou todo o silêncio que tentávamos manter. Carl correu até a irmã. — Gostei desse bebê, quem sabe não o deixo sobreviver. — Gareth comentou sarcasticamente. — Vamos, Reyna, eu sei que gostou da sua experiência no Terminus.

   Automaticamente me lembrei do lugar citado por Gareth. Novamente me senti suja por conta do que passei. Não contei detalhes a ninguém, porque se ligava muito ao meu passado, antes do apocalípse. Ao mesmo tempo que tive que me controlar para não enlouquecer, ouvi um tiro ecoar pela pequena igreja. Imaginei serem Rick e os outros e já puxei uma das flechas da aljava. 

   Esperei alguns instantes até que alguém abriu a porta da salinha. Observei a figura de Sasha quando saí. Ela olhou uma última vez para mim antes de se afastar. Voltei minha atenção para as pessoas na igreja. O grupo do Terminus estava ajoelhado em frente ao nosso grupo. Caminhei com o olhar fixo em Gareth. Minha expressão fria, meus olhos como duas chamas inquietas, meus braços e mãos se coçando para não puxarem a flecha e soltá-la na direção do homem. 

   Ele permanecia com um sorriso sarcástico na face nojenta e relaxada demais por ter varias armas apontadas em sua direção. Ergui meu queixo, demonstrando superioridade, mas não deixei de olhá-lo um segundo sequer. Rick permanecia ao meu lado, mas um pouco mais para trás. 

   — Olá, sweetheart. — disse ele, carregando sua voz com ironia e divertimento. Apenas semicerrei meus olhos em sua direção. — Nenhum abraço pelo reencontro? — Ele brincou. 

   — Não está em uma posição favorável para piadas. — disse friamente. Gareth soltou uma risada sarcástica como resposta. 

   — Onde está seu querido irmãozinho, Reyna? — perguntou ele, erguendo uma sobrancelha. Não demonstrei reação, apesar de uma nova onda de preocupação passar pelo meu corpo. — Ah, que péssimo. Queria contar para ele o quando você gritou no Terminus. 

   Encarei-o da maneira mais dura e diabólica possível. As lembranças do Terminus me invadiram novamente, consequentemente, meu passado também me atingiu. Me lembrei de meu pai. Do que ele fazia quando meus irmãos não estavam perto. Ele batia em todos nós, mas o tratamento comigo ia um pouco além de chicotadas e pancadas. 

   — Aposto que aquilo se remete ao seu passado, não? — Ele sorriu sarcasticamente de novo. — Você sentiu o que nossas mulheres e crianças sentiram quando nos atacaram. — Sua voz mudou minimamente para raivosa antes de manter o tom irônico. — Novamente. — completou. — Alguém fazia isso com você antes? Quem sabe seu próprio irmão. 

   Caminhei lentamente até ele. Controlei novamente minha vontade de acertar o primeiro soco de muitos na face de Gareth. Com todo o ódio que tinha nos olhos, abaixei meu corpo até ficar cara a cara com o homem. Encarei profundamente seus olhos, e pude perceber que ele se desestabilizou minimamente. Permiti erguer fracamente um dos cantos dos lábios antes de dizer algo.

   — Você não sabe nada sobre meu irmão... — comecei, carregando minha voz com a raiva e o ódio. — Você não sabe nada sobre minha vida... — Gareth engoliu em seco. — Você não sabe nada sobre mim. — disse por fim, completando com minha melhor expressão de desgosto e nojo. 

   Me afastei para então começar a caminhar lentamente em sua frente, de um lado para o outro, como um advogado fazia quando precisava interrogar uma pessoa. Mantive minha postura superior em relação à Gareth, ainda o encarando com indiferença no olhar. Ele mantinha seu olhar em mim, mas agora com um pouco mais de medo. 

   — Estou cogitando a ideia de acertar uma flecha em sua cabeça, apenas por mencionar meu irmão em uma fala. — disse por fim. Gareth sorriu novamente. 

   — Então você vai me matar? — perguntou ele, fingindo calmaria, como já era perceptível seu nervosismo. Soltei uma risada sem ânimo enquanto parava ao lado de Rick. 

   — Você não faz ideia do quanto eu quero. — respondi. — Mas Rick me contou que lhe fez uma promessa. 

   Olhei para o líder. Ele tirou uma das mãos da cintura e posicionou no cabo vermelho de seu fação. Gareth abaixou o olhar para a arma branca de Rick, e dessa vez não escondeu o medo e preocupação. Sorri diabolicamente na direção do homem enquanto dava um passo para trás. 

   — E uma promessa deve ser cumprida. 


Notas Finais


FOOOII ISSOOOOO GALERINHA, espero muito que tenham gostado. Já estava ansiosa pra matar o Gareth nessa fic. Oh homem inútil. Resto de aborto esse aí, puta merda kkkkkkkkk

Então, galerinha, esse chapter não teve música, mas o próximo terá, e já aconselho a ir comprando os chocolates e sorvetes, porque eu chorei escrevendo kkkkkkkk

Não vou dar mais Spoilers!! COMENTEM BASTANTE GALERA, AMO FALAR COM VCS!!! Me contem o que acham de uma Season 2 pra essa fic, porque eu já estou acabando de escrevê-la, e já está dando um aperto no peito kkkkkkk

Bom, galera, até quinta que vem, BEIJOS DA BALEIA❤️❤️❤️


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